A cada dia que passa as coisas parecem mais notórias e sem graça.
Todo mundo tem algo de bom, eu já por outro lado, não tenho nada, até o que eu consigo é tomado, e nem precisa de ajuda para isso acontecer, a própria vida já faz isso, e de graça. Estou começando a pensar que esse é o meu destino, sofrer e morrer, porém ver esse céu nublado me deixa feliz.
Um vento poderoso surgiu do nada, sacudindo as árvores ao redor e levantando folhas como se fossem confetes dançantes no ar. Antes que pudesse reagir, um brilho intenso rasgou o espaço à sua frente, formando um portal pulsante que parecia respirar. Ela sentiu uma força invisível a puxar com determinação, como se o destino a chamasse.
Sem tempo para resistir, foi engolida pelo portal, sentindo seu corpo flutuar entre luzes e ecos de vozes distantes. Quando finalmente sentiu o chão sob seus pés novamente, abriu os olhos para um cenário que parecia saído de um livro de história. As ruas eram de pedra, as pessoas vestiam trajes elaborados, e soldados patrulhavam com armaduras brilhantes.
Atordoada, olhou para si mesma e percebeu que também usava roupas da época. Com um misto de incredulidade e ironia, murmurou para si mesma:
- Ah!...Que bonito! Até quando sou transportada para outra dimensão, me torno uma mendiga. Se chega alguém e dizer...Ah, como foi o seu dia? Eu vou dizer, ah, foi legal. Porque ninguém diz "terça-feira comum" como ser sugada para um portal e acordar em uma novela de época.
Espera aí, eu estou no passado? Eba! mais o que é isso em minha mão? Rong?
A mendiga caminha pela ruas da cidade e fala:
- A rua está bem cheia, e não tenho dinheiro para comprar nada.
Um homem numa carroça descontrolada começa a gritar:
- Sai da frente! Saí!
A menina mendiga se vira e diz:
- Mas que merd...
Naquele instante, o mundo ao redor parou. Cada som, cada movimento congelou no ar, como se a própria realidade tivesse prendido a respiração. Uma voz firme e fria ecoou em sua mente:
– Olá, sou o sistema, mas pode me chamar de Sist. Você foi transportada para o passado.
A menina mendiga estreitou os olhos, o coração batendo pesado no peito. Em pensamento, respondeu com um sarcasmo afiado que mascarava sua inquietação:
– Nossa, sério? Nem percebi.
A voz continuou, ignorando seu tom desafiador, mas cada palavra era um golpe:
– Sua família... todos estão mortos. E sua vila... foi devorada pelas chamas.
O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Ela sentiu o peso de uma verdade que não sabia se era capaz de carregar. O passado que agora a cercava parecia ainda mais cruel do que o futuro que deixara para trás.
O Sist continua a falar. "O culpado que fez isso, deixou isso para trás, a sua missão é encontrar o culpado e se vingar, caso não consiga, ficará pressa aqui para sempre, e morrerá."
A mendiga se assusta com o que escutou e pergunta:
- Morrer? Como assim morrer? Ei, espera!
O Sist sumiu fazendo com que o tempo voltasse ao normal.
O carroceiro começar a gritar, fazendo com que as pessoas saíssem da frente, a menina mendiga percebe que não tem mais tempo de correr, então fecha os olhos até sentir uma mão em volta da cintura, suavemente, fazendo com que ela sentisse um frio congelador por dentro, ao abrir os olhos, ela percebe que um homem lindo a salvou.
Com cuidado ele a coloca no chão, olha para ela com carinho e pergunta:
- Você está bem? Se machucou?
Ela olha fixamente para o rosto dele, o coração dela estava acelerado, mais ela não sabia se era do susto que tinha acabado de passar ou se era por causa dele. Ela responde acenando com a cabeça dizendo que está bem.
Ele se afasta um pouco dela, tirando a mão em volta da cintura e fala:
- Qual é o seu nome?
Ao perceber que estava olhando muito para ele, ela desvia o olhar para o chão, e pensa consigo mesma, "Como é que eu me chamo? O Sist não me falou", Então ela abaixa a cabeça e suspira. O mestre percebendo isso, sorrir com os olhos, e pergunta:
- Você não se lembra do seu nome?
Ela balança com a cabeça confirmando. Ele olha para ela e diz:
- Você quer ser minha discípula?
Ela não sabia se deveria aceitar sim ou não, então perguntou:
- Quem é você?
Ele dar um sorriso e fala:
- Eu me chamo Ling An.
(-Ling An...)
Minutos antes.
Ao andar pela rua da cidade de Ruwang a guarda-costas que se Chama Xuan Ji fala com empolgação:
— Mestre, no festival lunar as ruas ficam bem cheias e animadas. Chamando a atenção de qualquer um. Diz a Xuan Ji, enquanto olhava fixamente para seu mestre.
O mestre dela é Ling An, um homem destacava-se como uma visão quase irreal. Ele caminhava com uma elegância que fazia parecer que o chão se moldava ao ritmo de seus passos, como se cada movimento fosse uma coreografia ensaiada.
Seus cabelos eram longos, ondulados e de um castanho profundo que brilhava sob a luz dourada do entardecer. O vento os balançava suavemente, criando um espetáculo natural, como se a própria brisa fosse cúmplice em enaltecer sua presença. Suas vestes eram ricas e detalhadas, uma combinação de branco com prata, que refletiam o brilho do sol. Botas de couro impecáveis completavam o conjunto, seus passos ecoando com suavidade pelo caminho.
Sua beleza era deslumbrante, quase sobrenatural. Seus traços eram marcantes, com um rosto angular, olhos profundos de um azul quase hipnótico e lábios perfeitamente delineados. Era o tipo de beleza que parava o tempo, atraía olhares e fazia corações acelerarem. Contudo, sua expressão não era de arrogância, mas de uma serenidade acolhedora que contrastava com sua aparência quase divinal.
Ao caminhar, ele lançou um olhar para a guarda-costas, confirmando o que ela disse anteriormente. Logo a frente, tinha um soldado, com sua postura rígida e armadura polida, parecia ser um marco de autoridade e disciplina. Porém, ao receber o olhar do homem, algo mudou em sua postura. O olhar não era desafiador, nem indiferente; era amistoso, carregado de uma leveza que parecia capaz de dissolver a formalidade mais rígida. Por um momento, o vento carregou o som suave de sua voz: — Espero que o dia esteja lhe tratando bem.
O soldado, surpreso, não pôde evitar um sorriso discreto, respondendo com um aceno respeitoso. " Como o homem mais poderoso, respeitado, e rico da cidade falou comigo?" Pensou o humilde soldado.
Ling An seguiu seu caminho, mais logo para ao escutar o alvoroço que estava na rua, corre para o lugar, ao ver que alguém está em perigo, ele corre para ao encontro dela a salvando do perigo.
Momento atual.
A Mendiga mendiga ao escutar o nome (Ling An) pensa:
— Acho que deveria ir com ele, é melhor do que ficar com fome aqui. Então eu vou dizer sim.
A Xuan Ji ao escutar a resposta da menina interrompe dizendo:
— Mestre, ela pode ser uma assassina disfarçada.
Mestre Ling An olha em direção da guarda costa e fala:
- Você tem que ser mais compreensiva.
Então quer dizer que eu fiz uma péssima escolha, quando te acolhe?
A guarda-costa olha para o chão, cabisbaixa e diz:
- Desculpe, Mestre. Você tem razão.
Ling An olha novamente para a mendiga, ao dar alguns passos para frente, se aproximando, fixando o olhar no rosto da menina mendiga, se agacha lentamente enquanto diz:
- Está tudo bem, meu nome é Ling An, mais você pode-me chamar de Shifu. A minha mansão é aqui perto, estará segura comigo.
Ao chegar na mansão, as empregadas levaram-na para o banho e arrumaram o cabelo.
Enquanto isso o Mestre está a observar o céu estrelado.
A guarda- costa (Xuan Ji) ao vê-lo se aproxima, e depois de cumprimentar ela diz:
- Mestre, tem certeza que foi uma boa ideia trazê-la, não conhecemos ela, e nem sabemos de sua origem.
Ling An olha para a guarda-costa e diz:
— Xuan Ji, eu entendo a sua preocupação, mais não precisa se preocupar. As nuvens brancas embelezam o céu, enquanto as nuvens carregadas trazem uma nova atmosfera, transformando um céu limpo em um dia nublado.
A guarda-costa Xuan Ji pergunta para Ling An:
- Mestre, não entendo o que você quis dizer.
Mestre Ling An olha para o céu e diz:
- Para alguns, o céu nublado e ruim, mas ele te protege do sol. Você acha que essa menina é má, é porque você ainda não a conhece.
Ling An saí, e vai ao encontro da menina, para ver como ela está, a Xuan Ji percebendo que o Shifu não lhe deu ouvidos, diz:
— Mestre!
Enquanto isso... A menina mendiga se olhava no espelho dizendo:
— Eles arrumaram o meu cabelo, e está bem bonito, não importa o que eu fizesse no meu cabelo, não chegava nem um pouco perto disso, e eu... não sou mais feia, estou tão linda de dar inveja, gostei.
Até ficaria aqui, se não tivesse a parte de morrer.
A noite a barriga da menina começa a roncar ela coloca a mão na barriga e fala:
- Se tivesse algo para comer séria bom, será que eles não percebem que eu acabei de vir da rua, isso significa que eu ainda não comi nada. Já faz horas que eu estou aqui esperando. ["Espera, se eu descobrisse um jeito de não morrer, eu poderia ficar, e se o morrer que o Sist disse, for uma morte de velhice."] A menina mendiga começa a rir do pensamento que teve.
- Esse Sist está querendo me enganar.
O Mestre Ling An ao chegar na porta da menina, se aproximar e bate na porta, dizendo:
- Oi, sou eu, Ling An, vim ver como você está, posso entrar?
A menina responde:
- Sim.
Ele abriu a porta, ao entrar no quarto ele se vira, sem olhar para dentro para fechar a porta, enquanto fazia isso ele falava:
- Estou entrando.
Ele olha para o quarto, dar alguns passos, enquanto a procura, ele a vê saindo, as cortinas que as escondia eram finas, ele a ver de baixo para cima, o que não foi proposital, ele para abruptamente. Ao vê-la já vestida com as roupas de dormir, se vira rapidamente, o rosto corado de vergonha. Com a voz embargada, disse:
– Desculpe, eu não sabia que você já estava pronta para dormir. Vou sair agora.
A menina, confusa, o observou, os olhos cheios de incerteza. Ela se perguntou em pensamento:
"Por que ele se virou assim? Tem algo no meu rosto?"
Após um momento de reflexão, um leve brilho de compreensão apareceu em seus olhos. Ela murmurou para si mesma, surpresa e um pouco envergonhada:
"Ah... é mesmo. Isso deve ser indecente para eles."
Sentindo-se agora ainda mais insegura, ela olhou para o Mestre Ling An e, com um tom hesitante, perguntou:
– Shifu... você se virou por causa da minha roupa?
Ele fica em silêncio, e dar alguns passos em direção da porta para sair do quarto.
Ela ergue a mão e pega no braço dele, bem no pulso, ele fica alguns minutos parado, e então ele se vira e fica de frente a frente para ela. Ele fica algumas horas olhando para ela, e como se o tempo tivesse parado, ele desvia o olhar e olha para o chão ao ver que estava olhando muito para ela, ele puxa o braço de volta, o fazendo soltar da mão dela e pergunta:
- O que você pensa que está fazendo?
Ele desvia o olhar e olha para o chão ao ver que estava olhando muito para ela, ele puxa o braço de volta, o fazendo soltar da mão dela e pergunta:
- O que você pensa que está fazendo?
Ela olha para ele e fala:
- Só queria dizer que estou com muita fome, pode me dar um pouco de comida?
Ele responde:
- Sim, vou mandar a serva trazer para você.
Ela se aproximando dele, e enquanto ela se aproximava ele dava alguns passos para trás, e ao chegar perto dele ela pergunta:
- Tem miojo nessa época?
O Mestre Ling An ao ver que o rosto dela está perto demais, o coração dele começa a acelera, ele levanta a mão, e aponta para testa dela, pressionando o dedo, a empurrando para trás, ele se afasta e diz:
- Não sei do que você está falando?
Então ela diz:
- Macarrão!. Espera um minuto. Quer saber trás qualquer coisa que seja bom, e comestível.
Ele acena com a cabeça confirmando, e se vira em direção da porta e saí.
Ela começa a rir e diz:
— A expressão facial dele estava tão engraçada, mais não sei o que significa, penso que deve ser de vergonha. Ele está com vergonha, mas também parecia que ele estava a pensar em algo, mais não sei se realmente é isso. Mais o que ele pensaria, que eu sou desequilibrada? Ha, ha, ha.
Ling An andou pelo corredor, era como se ele estivesse correndo de algo, ele para suspira bem profundo, e caminha calmamente até a cozinha, e mandou que levassem comida para a menina. Ao sair os que trabalhavam na cozinha começaram a comentar.
Cozinheira:
- O Mestre está meio estranho, você viu o rosto dele?
Serva:
- Será que ele viu uma assombração?
Servo ajudante da cozinheira:
- Você não viu que a bochecha dele está vermelha, é porque ele bebeu, e acabou ficando bêbado.
Cozinheira:
- Verdade, tem gente que bebe e fica assim, mas ele não parecia bêbado, e a voz estava meio trêmula.
Servo ajudante da Cozinheira:
- Percebeu isso tudo, só em alguns minutos? Deve estar ficando alienada depois de cozinhar tanto.
A cozinheira fica brava ao escutar isso e fala:
— Se eu não te considera-se um filho, te encheria de pancadas.
Ling An, ao chegar no quarto fechando a porta, começou a andando em círculos, para lá e para cá, tentando entender o que tinha acontecido, a voz da menina ecoava em seus ouvidos, o que o deixava mais inquieto, ele pensava, porque de ter tido uma visão quando ela segurou em seu braço. Ele se sentou na cama e pensa:
- Será que isso significa alguma coisa? Uma rosa caindo no chão, era uma rosa mesmo? Não conseguir olhar direito. O que isso quer dizer? Mas não parece ser uma rosa de qualquer maneira, que flor é aquela? Tenho que perguntar para Shi feng se ela sabe algo sobre essa flor. Ah! mais eu nem sei o nome dessa flor. Quer saber, eu devo estar delirando. Ele vai em direção a banheira e toma um banho para acalmar a mente, em seguida pega suas vestes, e vai para cama, um boa noite de sono o fará se tranquilizar.
Cidade Sombria Tirzakel.
Capacho.
- Mestre, encontramos a menina, mais um homem chegou primeiro. Parece que ela não se lembra de nada, nem quem ela é.
O Mestre da Cidade Sombria pega um pincel e enquanto passava tinta vermelha com o pincel, os levava para cada nomes que nele continha, os riscando como uma linha resta nos nomes, enquanto fazia isso, ele falava :
- A família dela pagou um grande preço, por não aceitar o casamento, não só eles, mais a vila toda, ela não poderá escapar de mim.
Descubra quem foi esse homem que ajudou ela, e para onde ela foi.
Capacho:
— É meio impossível não descobrir.
O mestre da cidade sombria, vira rapidamente para o capacho, o olhando com um olhar de dúvida diz:
— Ahm?
Capacho:
— Multidão, gritava o seu nome. Ling An.
O mestre da cidade sombria, faz um sinal com a mão, despachando o capacho, ele colocando o pincel sobre a mesa, e pensa:
[- Já que ela não se lembra de mim, vou fazer ela se apaixone por mim].
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