Meu nome é Helife Lascuran. Tenho vinte e três anos e passo meus dias entre as rosas que cultivo com tanto amor e a responsabilidade que recai sobre meus ombros.
Desde que me entendo por gente, a estufa tem sido meu refúgio, um lugar onde encontro conforto e propósito. A arte de cuidar das rosas foi me ensinada por minha mãe, uma mulher cujo espírito gentil e amor pela natureza deixaram uma marca indelével em mim. Mas o destino foi cruel e a levou cedo demais, deixando-me apenas com as lembranças e a promessa de cuidar de seu legado.
Hoje, é apenas meu pai e eu. Vinícius Lascuran, um homem de princípios sólidos e o alicerce de nossa família. Sua ausência, quando os negócios o chamam para longe, é um lembrete constante da dualidade que permeia nossa vida: a tranquilidade da nossa cidade e a turbulência que se esconde além de seus limites.
Me encontro na estufa, regando meticulosamente as belas rosas enquanto entoo suavemente uma melodia. Talvez pareça um pouco insensato, mas acredito que elas me ouvem, e é por isso que estão cada vez mais exuberantes.
A estufa que me abriga é um santuário, cercada por rosas de cores variadas, cada uma delas uma pequena obra de arte viva. A harmonia de tons e aromas é um espetáculo que nunca deixa de me surpreender.
Acredito que, de alguma forma, minha mãe está aqui comigo. Sua presença está entrelaçada com as próprias raízes das rosas, e é por isso que cuido delas com tanto zelo. É uma maneira de honrar sua memória e manter viva a paixão que ela tinha por essas flores.
— Você ama estar aqui, não é, minha querida? — disse papai após chegar da viagem.
Está fazendo uma semana que ele viajou para Londres, resolver alguns assuntos de trabalho. Trabalho esse que ele não quis me dizer o que era. Mas, está colocando nossa comida na mesa. Ele disse que um dia me contará, no momento certo.
Papai olha ao redor da estufa, seus olhos se iluminando com admiração. — Você realmente transformou este lugar, minha querida. Sua mãe ficaria orgulhosa."
Sorrio, a gratidão aquecendo meu coração.
— Eu só estou seguindo os passos dela, pai. Cada rosa aqui é um pedaço dela que permanece conosco.
Ele coloca a mão sobre meu ombro, um gesto de apoio silencioso.
— Você é incrível, Helife. Cuida disso tudo com tanta paixão e força. Ela teria ficado maravilhada em ver a mulher forte que você se tornou.
Olho para as rosas, sentindo a presença da mãe de uma maneira mais intensa do que nunca.
— Eu sinto falta dela todos os dias, papai. Mas sei que ela está aqui, em cada pétala, em cada raiz.
Papai assente, os olhos um pouco longe.
— É verdade, minha querida. Ela está aqui, e tenho certeza de que está orgulhosa de você.
Papai me abraça, e assim que se afasta escutamos um trinco e várias enxurradas de balas perfurar os vidros da estufa.
— Para baixo, se esconda. — papai ordenou, me puxando para baixo da mesa que havia ali.
Coloquei as mãos no ouvido, enquanto ouvia os vidros sendo estilhaçados.
— O que é isso? Quem são eles, papai? — perguntei, minha voz tremendo com a mistura de medo e confusão.
Seu rosto estava tenso, os olhos fixos na entrada da estufa. Ele segurou minha mão com firmeza.
— Não sei, querida. Mas precisamos ficar quietos e esperar até que possamos sair daqui em segurança.
O barulho dos tiros parecia ecoar por toda a estufa, uma sinfonia de perigo e caos. As rosas, outrora serenas em sua beleza, agora testemunharam o tumulto que invadia nosso santuário.
Fiquei ali, com o coração disparado, agarrando-me à esperança de que logo estaríamos a salvo. As perguntas rodavam em minha mente, mas eu sabia que não era o momento para respostas.
Com aquela enxurrada de balas cobrindo a estufa, meu pai meteu a mão no bolso e me deu uma chave da nossa antiga casa em Itália.
— Tome, se algo acontecer comigo. Se salve, vá embora para Itália, e me prometa que ficará segura. — ele me pediu, olhando em meus olhos.
— Não vai te acontecer nada, papai, não fale assim. Vamos sair daqui juntos.
— Querida, eu te amo. Agora, vá. Vá abaixada, vou despistá-los. Assim que tudo estiver calmo, você pode sair e corra para longe, não volte.
Com um último olhar de angústia, ele se afastou, movendo-se com determinação para o tumulto lá fora. Meu coração batia forte, cada batida parecia uma contagem regressiva para o desconhecido.
Fiz o que ele pediu. Me escondi, a chave firmemente segura em minhas mãos. Tirei meu colar, coloquei a chave e coloquei novamente o colar ao redor do pescoço. Cada som, cada disparo, era um eco de incerteza e perigo.
Os segundos se arrastavam como horas, e o silêncio que se seguiu foi ainda mais ensurdecedor. Finalmente, reuni coragem e espreitei por entre as folhas das plantas, buscando qualquer sinal de meu pai. Vi seu corpo estirado no chão, mas eu não podia ir até ele, os assassinos ainda estavam lá.
A estufa estava agora em um estado de caos, as lágrimas começaram a cair. As rosas, testemunhas silenciosas de nossa aflição, pareciam se encurvar em lamento.
Decidi que não podia mais esperar. Segui o caminho que meu pai me indicara, cada passo uma mistura de medo e determinação.
Ao atravessar o portão dos fundos, caminhei com cuidado, mantendo-me abaixada e alerta a cada som. Meu destino era incerto, mas a promessa que fiz a meu pai me impulsionava adiante.
Corri o mais rápido que minhas pernas permitiram. Desci algumas rochas próximas ao rio, no fundo da nossa casa, mas acabei escorregando entre as pedras. O impacto da queda fez minha cabeça bater com força, e tudo se apagou ali mesmo.
Quando recuperei a consciência, estava atordoada e com a visão embaçada. Minha mão foi instintivamente para o local da dor, sentindo o sangue escorrer entre meus dedos. Com esforço, tentei me levantar, mas minhas pernas tremiam de fraqueza.
Olhei ao redor, tentando entender onde estava. O som suave do rio ao meu lado e a luz difusa indicavam que estava perto da margem. O medo e a incerteza permeiam meus pensamentos, mas a promessa que fiz a meu pai ecoava em minha mente, impulsionando-me a continuar.
Me levantei e continuei a andar pela estrada. Eu não aguentei mas, e cai no chão novamente. Escuto vozes e passos longe, até que alguém para ao meu lado, e me pega no colo. Ali mesmo eu acabei apagando.
Eu estava na sede da máfia, a tensão no ar era palpável. Minha mente fervia com problemas a resolver.
— Acho melhor entrarmos em acordo com eles, não vamos mais piorar essa situação.— sugeriu meu consigliere marcelo, tentando manter os ânimos.
— Será da minha forma, eu dito as regras aqui, Cazzo. — bati com força sobre a mesa, mostrando minha determinação.
— Vicente, está indo longe demais com isso. Os malditos Gregos não vão nos deixar em paz depois disso. O que custa aceitarmos esse acordo de paz? — outro membro da máfia tentou argumentar, buscando uma solução pacífica.
— Lasque-se esse acordo de merda. Não quero acordo com eles, e caso encerrado. — minha voz ecoou na sala, reforçando minha decisão de enfrentar a situação do meu jeito.— Uma vez traído, sempre traído.— completei.
A sala estava impregnada com a tensão que pairava no ar. Olhares inquietos se cruzavam, cada membro da máfia sentindo a gravidade da decisão que estava por vir. Sabia que minhas palavras tinham deixado uma marca indelével naquele momento. Restava agora aguardar o desenrolar dos acontecimentos, consciente de que o destino estava nas minhas mãos.
O membro da máfia me encarou com uma mistura de advertência e preocupação.
— Seu pai e seu avô, não vão gostar nada disso. Conhecemos os homens Montanari, como homens sensatos e que pensam com a cabeça antes de agir — ele disse, tentando me fazer reconsiderar.
Eu sabia que estava desafiando uma tradição de gerações, mas também sentia que era hora de tomar as rédeas do meu próprio destino.
— Eles tinham seus métodos, agora é minha vez de encontrar os meus. — Respondi, mantendo a firmeza em minha voz.
A decisão estava tomada, e eu estava disposto a enfrentar as consequências, mesmo que isso significasse desagradar as figuras veneradas da minha família. Era tempo de trilhar meu próprio caminho.
— Deixe meu pai e meu avô fora disso. Eu sou o dono de tudo aqui agora, e faço como eu quiser fazer. E se aceito ou não o acordo, é de minha vontade. Minhas opiniões são para serem cumpridas e não revogadas — afirmei, sem titubear.
Minhas palavras ecoaram na sala, cortando o silêncio tenso. Olhares se fixaram em mim, surpresos com a minha determinação.
A sala parecia congelar por um momento, e então, aos poucos, os membros da máfia começaram a assimilar minhas palavras. Era um novo capítulo na história dos Montanari, e eu estava disposto a escrevê-lo com minha própria tinta e à minha maneira. O destino da família agora estava nas minhas mãos, e eu não recuaria.
Meu consigliere, um homem experiente e de confiança, que conhecia os meados da máfia melhor do que ninguém, quebrou o silêncio tenso com uma voz firme.
— Façam o que ele está mandando. — Ele voltou atrás, olhando para todos os presentes, transmitindo a autoridade que eu havia acabado de afirmar.
Suas palavras foram um reforço crucial, uma confirmação de que minha decisão era a certa. Agora, com o apoio do meu consigliere, estava mais claro do que nunca que o caminho que eu escolhera seguir era o que guiaria os destinos da família Montanari. Era uma nova era, e estávamos prontos para enfrentar o que quer que viesse pela frente.
A tensão na sala era quase tangível, e o capo Rayson expressou sua frustração e confusão.
— Mas que porra é essa? Você foi o primeiro que não estava concordando Marcelo, e agora voltou atrás porque? Não posso aceitar isso, estão nos colocando nas mãos do inimigo. — disse ele, com voz carregada de desconfiança.
— Nas mãos dos inimigos estaríamos, se aceitássemos esse acordo de paz. Será que não pensa com a cabeça? Quem quiser ficar do meu lado nessa guerra, continue com suas bundas pregadas nessa cadeira, e quem não for de acordo, a porta de entrada é a mesma de saída. — encarei-os, deixando claro que não haveria espaço para indecisões ou traições.
Minhas palavras ressoaram na sala, e o silêncio que se seguiu era pesado com o peso das escolhas que todos ali teriam que fazer.
Heitor Venturino, o futuro noivo da minha irmã Sofia, quebrou o silêncio com um tom resignado.
— Acho que isso está indo longe demais. Estou saindo fora. — disse ele, visivelmente desconfortável.
— Então saia fora. Tenho dó da minha irmã, por ter um marido frouxo como você. — falei, assistindo-o passar pela porta, sem hesitação.
A sala ficou novamente em silêncio, agora com a ausência de Heitor. Estávamos todos diante de escolhas difíceis, e eu estava determinado a liderar a família Montanari com firmeza e determinação, custasse o que custasse, eu fui ensinado para isso.
Com as palavras finais, eu encerrei a reunião de forma definitiva. Era a minha palavra que valia ali, mesmo alguns não concordando.
— Essa reunião está encerrada. Os que não desistiram agora, não têm mais para onde fugir. — afirmei com firmeza. — Podem sair agora.
Um a um, os membros da máfia deixaram a sala, alguns ainda murmurando entre si, outros visivelmente desconcertados com as reviravoltas daquela noite. Eu permaneci no centro da sala, ciente de que o curso dos acontecimentos estava agora em minhas mãos. Era o início de uma nova era para a família Montanari, e eu estava determinado a moldar o futuro com minha própria visão e decisões.
Enquanto Marcelo continuava a falar, eu alcancei meu cigarro mentolado e um copo de uísque, buscando um momento de pausa para pensar.
— Espero que o que está fazendo não nos prejudique de alguma forma, Ragazzo. — Marcelo expressou sua preocupação.
— Marcelo, eu sei o que estou fazendo. Da próxima vez, não me questione na frente de todos, e muito menos revogue minhas decisões. Do contrário, já sabe o que te espera. — minha voz era firme, deixando claro que não aceitaria insubordinação.
— Desculpe, não vai mais acontecer. Você está certo. — Marcelo respondeu, reconhecendo a autoridade que eu havia afirmado.
O momento de confronto havia passado, e agora estava claro para todos que as minhas decisões seriam seguidas sem questionamentos. Era uma demonstração de que a liderança da família Montanari estava firme e determinada a enfrentar os desafios que estavam por vir. Assim como meu avô Ethan Montanari e meu pai Arthur montanari, eu também sou um homem de negócios e tenho que ser respeitado. Também sou um montanari ligitimo.
Enquanto eu e Marcelo estávamos conversando. Sofia adentrou a sala sem bater na porta, e isso me fez revirar os olhos com um misto de irritação e frustração.
— Só o que me faltava agora. — falei, jogando o cigarro fora.
Marcelo, percebendo a tensão, decidiu nos deixar a sós.
— Estou saindo, espero você do lado de fora. — ele disse, deixando a sala.
Sofia aproveitou a oportunidade para falar comigo.
— Meu irmão, eu queria muito falar com você. E pedir a sua ajuda. — ela começou.
— Se for com aquele assunto do seu casamento, que é o problema de sempre, eu já sei, Sofia. Você não quer casar, e tem toda razão. O seu marido não é um homem bom, e pode te deixar a qualquer momento, morrer sozinha no meio de uma guerra mundial. — minha voz era firme, expressando minha preocupação genuína.— Mas, esse é seu destino, sinto muito e boa sorte.
Ela me olhou com olhos estreitos, provavelmente surpresa pela franqueza das minhas palavras.
— O que eu faço, Vicente? Papai quer que eu case com aquele homem que não gosto. — ela desabafou.
Sofia estava visivelmente angustiada, andando de um lado para o outro na sala.
— Se papá decidiu, está decidido, querida. Na sua vida pessoal eu não posso me meter. Mas, se aquele homem deixar você sozinha e não cuidar de você como um verdadeiro cavalheiro, eu juro que você fica viúva cedo. Agora venha aqui, e me dê um abraço. — a abracei com ternura, tentando confortá-la.
— Por que eu tenho que casar e não você? — ela perguntou, com uma pitada de frustração.
— Porque sou um homem que cuida dos negócios e da família. — respondi, sabendo que era minha responsabilidade assumir esse papel na dinâmica da nossa família. Mas também sei, que terei que casar, assim como Sofia estava sendo obrigada a casar. E isso me dar um certo desconforto.
A situação era difícil para todos nós, mas eu estava determinado a proteger e apoiar minha irmã da melhor forma que eu podia.
Sofia murmurou com determinação:
— Eu não quero me casar, eu me nego.
Eu me afastei um pouco dela e segurei o seu rosto, olhando nos olhos dela com seriedade.
— Veja bem, minha linda, esse é o destino das mulheres que vivem na máfia. — disse, reconhecendo a dura realidade que ela enfrentava.
Era uma verdade difícil de aceitar, mas naquele mundo em que vivíamos, havia tradições e expectativas que muitas vezes não podiam ser ignoradas. Eu queria proteger minha irmã, mas também sabia que havia limites para o que eu podia fazer.
— Tenho que ir, já deu minha hora. — falei, olhando para o relógio, enquanto andei até a porta.
Sofia soltou um desabafo antes que eu pudesse sair:
— Ele vai me matar, ele me disse que quando casarmos, vai fazer da minha vida impossível. — As palavras dela me fizeram parar no lugar.
A gravidade da situação atingiu-me de cheio. Olhei para minha irmã com preocupação, sabendo que estávamos diante de uma encruzilhada perigosa.
— Está inventando isso, para não casar Sofia? Porque se for, eu vou... — Antes que eu pudesse responder, ela me interrompeu.
— Olhe, veja meu corpo e tire suas conclusões. — ela disse, mostrando-me as marcas visíveis de violência. Havia muitas marcas de cinturão, manchas roxas espalhadas ali. — Olhe o que ele fez antes de casarmos.
Fiquei em choque diante da brutalidade que tinha sido infligida à minha irmã. Fechei os punhos, sentindo a mistura de raiva e impotência percorrer meu corpo. Era um momento decisivo, e eu sabia que não poderia permitir que Sofia sofresse mais nas mãos desse homem.
— Isso não vai continuar, Sofia. Eu prometo a você. — minha voz era firme e determinada. Eu estava disposto a enfrentar as consequências, mas não deixaria minha irmã ser vítima de tamanha crueldade.
Peguei nas mãos de Sofia e a puxei até o carro, determinado a tirá-la daquela situação insustentável. Marcelo vinha logo atrás, visivelmente preocupado e indagando o que havia acontecido.
Marcelo sempre demonstrava uma grande preocupação com minha irmã. Era evidente que ele nutria sentimentos por ela, mas nossos pais jamais permitiriam que se envolvessem de outro modo. Porque ele está no patamar mas baixo na máfia.
A segurança e o bem-estar de Sofia eram minha prioridade naquele momento. Eu estava disposto a fazer o que fosse preciso para protegê-la, mesmo que isso significasse enfrentar dilemas e desafios que estavam por vir.
Ao chegar à mansão, me deparei com a cena que me causou um misto de indignação e frustração. Meus pais estavam ao redor da mesa, jantando e se divertindo com o canalha que pretendia se casar com minha irmã.
Respirei fundo para controlar a raiva que borbulhava dentro de mim. Sabia que teria que abordar a situação com cuidado, mas estava decidido a proteger Sofia a qualquer custo. O meu modo de cuidado, é já chegar e quebrar a cara do imbecil.
Minha paciência se esgotou diante da cena na mesa. Sem qualquer hesitação, arranquei o canalha da mesa com brutalidade, arrastando-o para fora da mansão e jogando-o na grama. Meus pais vieram correndo atrás de mim, tentando me impedir de agir daquela forma.
— O que está acontecendo? Ficou louco? — Heitor perguntou com uma expressão cínica.
— Não sabe, não é? O único louco aqui é você. Acha que tudo ficará encoberto, vindo à nossa casa e fingindo ter boas intenções, maldito. — minha voz transbordava indignação e raiva.
Estava claro para todos ali que eu não toleraria mais aquela farsa. Era hora de confrontar a verdade e proteger minha família, custasse o que custasse.
A sala estava carregada de tensão enquanto eu encarava meus pais, olhando diretamente nos olhos deles.
— Vejam bem, pai e mãe, o que vocês queriam para a minha irmã. — minha voz era cortante. — Esse canalha agrediu Sofia antes mesmo de casar com ela. Imaginem o que ele não faria se tivessem se casado?
Olhei para Sofia, encorajando-a a mostrar as marcas que o covarde havia deixado em seu corpo. Ela hesitou, mas finalmente o fez.
Nossos pais ficaram em choque ao verem a brutalidade das agressões. Meu pai, Arthur, tomou a iniciativa e pegou a arma, sem dar ao imbecil a chance de se explicar, ele atirou.
A sala ficou em silêncio, apenas interrompido pelo som da respiração pesada e pelo coração acelerado. Meus pais caminharam até Sofia e abraçaram ela, enquanto ela desabava em choro. Papai a todo momento a pedia perdão.
Eu chamei os seguranças e pedi para se livrarem daquele lixo humano, que agora estava com seu CPF cancelado.
...( Marcelo / consigliere de Vicente)...
...(Sofia montanari)...
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