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Ritana

Capítulo 1

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Autora Diene Médicci

Capítulo 1

Ritana é filha de Carol e Thiago, ele faleceu quando ela era pequena, desde então sua vida foi sofrida, pois Carol não tinha família e nem vontade de cuidar da sua. Na vida delas era comum que faltassem as coisas em casa, alimentos, produtos de higiene pessoal, até água e luz. Enquanto Rita era criança se acostumou a ver sua mãe com vários parceiros, até de uma maneira inadequada para qualquer um.

Assim gerando traumas relacionados a se relacionar com as pessoas, na adolescência Rita começou escrever contos, poesias, de todos os tipos principalmente romances, já que ela não tinha coragem de viver, se aprofundou no mundo da imaginação.

Sempre muito quieta, humilde, era vítima de bullying e nunca reagiu de maneira alguma, só queria ficar em paz e passar desapercebida. Um dos meios de ajudar em casa, era fazendo cabelos, tranças de todos os tipos, que não exigiam material ou produtos, o principal eram suas mãos.

Mesmo precisando de dinheiro ela sempre cobrava barato, tinha muita vergonha de oferecer, as vezes atendia as meninas da escola no intervalo ou na educação física.

Maria era uma colega de classe, também tímida, que adorava tranças e estava tentando conciliar os horários delas a semanas, Maria não entendeu muito bem se Rita queria ou não atender na casa dela, porque tentou desmarcar ela cima, também pareceu que na verdade ela nem queria fazer nada, muito gentil Maria sugeriu que fossem a sua casa então, foi encontrar ela, acompanhada de José, um dos seus vários primos.

Era nítido como Rita estava constrangida, com a presença dele, na casa de Maria atendeu também Valentina, pode ver como as duas eram fora da escola e até se sentiu mais normal, conversando com elas, reparou no quanto eram patricinhas e sem querer mostrou o deslumbre com a quantidade de cosméticos delas.

Na hora de ir embora, ganhou carona e esqueceu o celular no carro de José, que sem querer leu algumas coisas, e viu várias chamadas perdidas de Nelson, alguém que procurava Rita com certo desespero.

Em casa as coisas não iam bem, Carol estava armando um encontro romântico para vender a filha, em troca de alugar uma casa sem entrada ou fiador, Nelson iria sair com a jovem. Um agiota perigoso que sempre saiu até com Carol, perdeu o interesse nela, olhando como sua filha estava bonita e moça.

Rita estava com pressa, cheia de sacolas com as coisas que comprou, com o dinheiro das tranças, só percebeu que esqueceu o celular tarde demais, por isso perdeu o encontro e levou uma surra, coisa até comum por lá.

Teve que retornar a casa de Maria, não encontrando ninguém, pediu informações em um bar e achou a casa de José, que era ali perto.

Ele tinha saído e seu irmão João, quem atendeu ela, não entendeu muito bem o que estava acontecendo, teve que insistir pra ela entrar na garagem e sair da chuva.

Enquanto tentava falar com José, reparou nela, estava com o rosto machucado, tremendo de frio com cara de choro, olhos inchados.

Sem conseguir fazer contato, disse que podia acompanhar ela até em casa ou deixá-la esperar lá, com medo do que a aguardava em casa sem o celular, decidiu ir embora. Ele quase a obrigou colocar uma blusa sua, foi acompanhar dividindo um guarda-chuva, tentou conversar puxando assunto e percebeu que ela estava muito envergonhada, com respostas vagas. Curioso chegou a perguntar quem havia ferido ela, assim a irritando, nem soube onde ela morava, porque ficou falando sozinho.

Esse simples contato, foi um gatilho criativo para ela, que não perdeu tempo em criar contos eróticos, pensando nele, era bonito, cheiroso, educado e simpático, na verdade o cara mais bonito na vida, que um dia conversou com ela de fato.

Naquele fim de semana, Maria e seus primos estavam em uma festa, Rita precisava do celular e foi buscá-lo, antes do encontro com Nelson, não era um bom dia e a noite com certeza seria cada vez pior.

Ela passou na casa de José, que já havia saído, foi até o encontro dele na festa, de carona com seus pais, ao chegar lá novamente tomou um bolo, ele tinha saído e já ia voltar.

Dessa vez completamente arrumada, bem maquiada de vestido e salto alto, o motivo da vergonha era esse, Rita entrou na festa quase arrastada por Maria, elas estavam conversando, João se aproximou, levemente alterado, gostou do que viu, insistiu para brincar de bory shot, foi cortando limões

- Poooo Rita faz dupla comigo? Tô sobrando, a gente só vai brincar, e não precisa beber se não quiser.

Ela nem havia entendido o que iriam fazer

- Não sei.

- Já vou embora!

Ele sorriu irônico

- Ahhh você me deve, vaiiii eu não posso brincar sozinho.

Ela concordou, um outro casal chegou na cozinha para brincar, ele lhe deu pedaço de um limão

- Vai, a gente começa. Onde quer?

Ela ficou confusa segurando o limão

- O que?

Ele começou rir

- O limão!

Ela esticou a mão dando a ele o pedaço de limão, ia tomar um gole de refrigerante, João pegou o limão rindo, levantou a camiseta mostrando a barriga definida

- Eeeee vai me chupar Ritinhaaaa! Eu não ia pedir, mais tô querendo.

Ela se afogou começou tossir super envergonhada, balançou a cabeça que não, todos começaram rir muito, Maria acudiu ela ficou próxima, Kaique seu namorado começou falar brincando

- Esse tanquinho não faz tanto sucesso a um tempo em João.

- Quer matar a visita?

- Toma uma tequila que melhora Rita!

Ela disse que não ia brincar, João se aproximou com o limão e a dose

- Deixa que eu brinco.

- No seu pescoço, vai?

Maria começou rir

- João ela não quer.

Kaique se aproximou de Maria

- Vem baixinha deixa eu puxar o bonde.

Colocou sal e limão no decote dela, lambeu e bebeu, ela começou rir o acariciando, ele olhou para os outros dois

- Se ficar arrepiada, tem que beijar, já é?

Deu um beijão na Maria encostados no armário, o outro casal fez o mesmo, a garota chupou no pescoço do cara e beijaram, João sorriu percebendo o quanto Rita estava desconfortável

- Não quer brincar mesmo?

Ela balançou a cabeça que não, ele virou a dose, pegou o celular como quem olhava algo

- É o Zé, vem aqui fora, o som tá alto demais.

Pegou outra dose saiu no quintal, ela foi atrás, assim que passou para fora, ele fechou a porta, a pegou pela mão

- Se arrepiar, tem que beijar. Ninguém vai ver!

- Nem eu nesse escuro, só beija se quiser.

- Poooo da um sorriso aí que eu não tô te vendo.

Ela realmente sorriu com o comentário besta

- Eu não bebo.

Ele a encostou na parede a segurando pela cintura

- Vou fazer em você.

Sutilmente subiu a mão acariciando o corpo dela debaixo pra cima, foi até os seios, enfiou lentamente os dedos dentro do vestido para ver se conseguia abaixar

- De boa?

Ela estava com o coração disparado ao ponto dele sentir a batedeira, respiração ofegante, perdeu completamente a fala, com as mãos trêmulas e geladas apenas acariciaram os braços dele como quem consentia.

Ele puxou o vestido para baixo deixando os seios dela a mostra, os acariciou sutilmente sentindo, eram pequenos e firmes, completamente arrepiada permaneceu imóvel e calada, ninguém nunca a tocou assim na vida, ficou super constrangida o achando um maluco safado.

Ele passou o limão com sal e lambeu até o pescoço, pode sentir o quanto ela estava cheirosa e arrepiada, chupou um seio com provocação, foi beijando até o outro, abocanhou sugando o bico a fazendo gemer alto, com a sensação, ele começou rir foi levantando o vestido a cobrindo

- E aí vou ganhar um beijo ou não?

Se aproximou puxando o corpo dela contra o seu, falando de pertinho

- Vai só um, de leve Ritinha.

- Você tá muito bonita hoje, quando te olhei toda toda pensei, que morena linda!

Ela virou o rosto resistindo a uma investida

- É Rita! Não gosto que me chamem assim.

Acenderam a luz, ele a segurou pela nuca olhando nos olhos, foi se preparando para tentar beijar de novo

- Sou doido por morena!

Ela o afastou séria

- Sou negra e não morena.

Abriram a porta, ela se afastou ajeitando o vestido toda sem jeito, ele começou rir falou alto

- Sou doido por uma pretinha! Oooo Rita volta aqui .

Rapidamente ela passou pela Maria

- Preciso ir embora.

Foi indo para fora como quem fugia

- Você pode levar meu celular na escola segunda?

Maria foi indo atrás tentando conversar

- Espera, o José tá chegando.

- Rita espera.

- Tá tudo bem?

Ela disse que sim, pediu desculpas, estavam na calçada se despediram rapidamente, Rita recusou a oferta de carona e foi embora a pé, desacreditada do que fez e com medo do que estaria por vir.

Já que tinha um encontro marcado com o Nelson agiota, em uma lanchonete que era mais familiar, frequentada por pessoas mais velhas e famílias.

João estava rindo muito contando ao Kaique o que aprontou, Maria voltou para dentro curiosa, perguntou o que ele fez para Rita sair correndo, ele continuou com graça

- Nem fiz, mais queria.

- Não vai dizer que ela já foi?

- Que menina doida.

Maria não gostou

- Doido é você, chato insistente. Ela não queria nada, nem todas caem aos seus pés.

- Tô super preocupada agora, ela foi embora quase chorando nervosa e sozinha.

- Sem celular.

José chegou disse que só viu a mensagem quando estava lá na frente, João respondeu

- Ahhh ela já foi, infelizmente.

Capítulo 2

João nunca quis nada com nada na vida, da idade delas, era mulherengo assumido, largou a escola para trabalhar, adorava curtição, logo começou ficar Biana na festa, uma colega da escola de Maria, já disse que iriam dormir juntos, eles estavam de rolo a algumas semanas.

Carol mãe de Rita fez questão de deixar claro que a filha não era de namorar, expôs a timidez só para dar a entender que era vir gem. Já esperando um comportamento arredio, Nelson fez questão de a encontrar onde se sentisse mais a vontade, ela chegou tensa e cabisbaixa, sorriu imaginando como acabaria a noite, ele ofereceu uma bebida, porções e lanches, ela estava com vergonha de tudo, beliscou a porção, tomou suco e respondeu vagamente as perguntas sobre si.

Insinuando que ela estava lá a força, ele sugeriu que fossem embora, levantou pra ir pagar a conta, quando estavam saindo da lanchonete, ele falou tranquilamente

- Gostei de te conhecer e acho que não vamos mais nos encontrar.

- Acho que sua mãe armou esse compromisso.

Ela interrompeu buscando palavras

- Não...

- Ela não!

- Desculpa, não tenho o hábito de sair.

- Lugares cheios, eu não gosto.

Ele se aproximou acariciando as costas dela perto do carro

- Gostaria de ir para outro lugar? Apenas conversar!

Completamente tensa e com medo ela concordou, entrou no carro suando frio, foram para casa dele, ele já entrou ficando próximo a segurando pela cintura, distraída com o luxo, entrou reparando nas janelas, pensando no que a mãe falou, sobre a mulher precisar tomar atitude, porque o Nelson era discreto um cavalheiro.

Ela pediu para ir ao banheiro, molhou os pulsos, tomou com a água da pia um comprimido que sua mãe deu, sugerido para se soltar e não ter vergonha, ingênua Rita nem perguntou o que era, ou como ficaria ao ingerir.

Saiu do banheiro com as sandálias na mão

- Nelson?

Ele respondeu do quintal enquanto enchia dois copos com gelo de coco, Corote de limão e suco em pó de baunilha

- Aqui fora.

- Venha até aqui Ritinha !

Tirando coragem de onde não tinha, querendo apenas acabar com tudo rápido, ela tirou o vestido na cozinha, saiu semi nua com uma calcinha pequena vermelha e os braços cobrindo os seios, mal podia olhar para ele, seu coração batia forte como se fosse entrar em colapso, ele olhou surpreso admirando seu corpo

- Ritinha fiz um drink pra você, coisa que a meninada toma, meus sobrinhos adoram.

Se aproximou a olhando como um predador, deu o copo

- Tirou a roupa para nadar?

Se virou na direção da piscina evitando olhar ela

- Pode ficar a vontade Ritinha, estamos a sós, somos amigos a muito tempo.

Ela permaneceu parada cobrindo os sei os, virou um gole grande da bebida

- Obrigada.

- Que tipo de música você gosta?

Ele foi indo para a piscina, tirando a roupa

- Um pouco de tudo e você?

Ela se aproximou já começando sentir os efeitos do comprimido

- Também. Eu não sou de ficar escolhendo muito!

- É fundo aí?

Ele entrou na piscina, sentou na parte rasa a convidou para ficar perto, ela entrou confusa

- É muito agradável, eu ...

- Não deveria estar gelada?

Ele estava encostado na borda bebendo, disse que aquela era aquecida, cada vez mais fora de si ela começou conversar, disse que a muitos anos não entrava em uma piscina de verdade, ficou com o corpo submerso na água, falando coisa com coisa questionou como se limpava uma piscina, atencioso ele respondeu todas as perguntas, até as bobas, deu risada percebendo que ela estava diferente e menos contida.

Sentindo seu corpo todo estranho, ela decidiu sair da parte rasa, seguindo as instruções dele confiou que daria pé e foi andando, se sentindo leve quase alucinando ela começou falar sobre o cabelo, porque não deveria molhar as tranças, ele se aproximou a levantando pela cintura

- Se estragar, te dou dinheiro pra colocar de novo. Quer subir nas minhas costas?

Apreensiva ela concordou, o abraçou por trás e foi erguida, começou falar que fazia as tranças sozinha e confessou ter o sonho de um dia abrir um salão de beleza, a levando até a parte mais funda, ele fez perguntas sobre o assunto, por baixo d'água estava a acariciando nas pernas e braços, onde não daria pé, a afastou tirando das costas com brincadeira

- Você é uma sereia, tão linda...

Ameaçou a soltar afundando

- Tão cheirosa e adorável. Calma, não vou te soltar Ritinha!

A fez ficar abraçada de frente, entre a borda e seu corpo, foi puxando as pernas dela as abrindo, se enfiou no meio até roçar a intim idade dela mostrando estar duro excitado

- Calma, não tem porque ficar nervosa docinho.

- Somos amigos, estamos curtindo um pouco.

Quase sem reação ela não disse nada, o sentiu passando a mão apertando seu corpo todo, ele começou beijar o pescoço

- Um docinho desses, eu quero morder, te chupar inteira.

A levantou um pouco para chupar os seios, a tocou por dentro da calcinha, reagindo a um impulso no susto, ela recuou empurrando seu corpo pra longe

- Desculpa!

Se segurou na borda, ele a puxou pra baixo encaixando seus corpos

- Calma Ritinha, estamos nos conhecendo apenas.

- Gostaria de te dar um beijo.

Ela balançou a cabeça que sim, nunca havia sido beijada por ninguém antes, fora de si deu seu primeiro beijo, ele sabia que ela estava mal, continuou deixando ela beber, apenas a beijou se esfregando e convidou para sair de lá.

Saiu primeiro da piscina e a tirou enrolada na toalha quase caindo, foram para o quarto de mãos dadas, ele a conduziu para a cama e continuaram juntos, o resto da noite.

Acordou sozinha na cama de Nelson se sentindo desorientada, sentou olhando tudo, estava completamente nua.

Levantou com dificuldade, foi para o banheiro e trancou a porta, suas coisas estavam lá em cima da pia, sem se lembrar do que aconteceu, ligou o chuveiro e entrou, pode sentir sua intimidade dolorida ao fazer xixi, começou chorar se sentindo suja com nojo de si, refletindo sobre o que fez, muito arrependida.

Quando saiu do banheiro já vestida, encontrou Nelson no quarto, sentado na cama só de cueca

- Acordou Ritinha, que noite em...

Se levantou indo perto dela

- Adorei estar com você.

Ia dar um beijinho, ela virou o rosto

- Bom dia!

Foi calçar as sandálias sentada na cama

- Preciso ir embora. Estou sem celular, minha mãe deve estar preocupada!

Ele sorriu incomodado

- Ééé, vou te levar!

Começou se vestir, ofereceu café da manhã, cabisbaixa apenas agradeceu, desceram juntos, ao passarem na sala ele a segurou pelo braço

- Tem certeza que não quer comer antes de ir?

A abraçou por trás

- Pode avisar sua mãe, pelo meu celular, manda uma mensagem.

Começou beijar o pescoço

- Achei que íamos aproveitar o dia.

Ela agiu com indiferença, o olhou se sentindo acuada

- Desculpa.

- Preciso ir.

Ele se afastou foi pegando as chaves

- É claro que precisa.

- Aí aí Ritinha.

Saíram em silêncio, ela ficou nervosa não conseguia olhar pra ele, impaciente ficou balançando a perna, teve medo de ter feito algo errado, por não ficar mais tempo lá.

Quando estavam chegando no bairro dela, ele abaixou o som

- Podemos conversar?

- Está se sentindo bem?

Ela disse que sim balançando a cabeça duas vezes, ele continuou falando

- Não parece bem. Acho que fomos rápidos demais!

- Não me importo de pagar para ter uma boa companhia Ritinha.

Ela interrompeu sem jeito achando que não ia ganhar nada

- Eu tô bem.

- Desculpa, eu não sei como me comportar com alguém...

- Posso voltar com você, só preciso me trocar.

Ele parou na frente de um lote vazio

- Não sou tolo e você não precisa fazer nada disso, porque sua mãe mandou.

- Sei que é nova, tímida. Não fui até o fim com você!

- Não trans. amos! Caso não se lembre, apenas te toquei, muito.

Foi pegando o celular

- Sempre que fico com alguém, que eu não tenho essa intimi dade, deixo tudo rodando.

Começou mostrar gravações das câmeras, na piscina, no quarto

- Para segurança, alguém como eu, não pode estar envolvido em coisas, acusações.

Ela estava super nervosa, perplexa assistindo os dois ficando, começou chorar

- Você não podia fazer isso.

Tentou abrir a porta

- Me deixa sair!

Quase derrubou o celular dele afastando sua mão

- Abre. Não quero ver isso!

Ele se manteve tranquilo

- Ritinha é para segurança, tanto sua quanto minha.

Ela respondeu irritada

- Sua? Acha que eu ia te roubar ou ferir?

- Isso é ridículo, desrespeitoso.

- Vai mostrar pras pessoas...

Ele disse que não ia mostrar a ninguém, começou explicar que muitas das vezes meninas queriam tirar vantagem, de situações assim, ela continuou chorando

- Não sou como a minha mãe e nunca, tentaria enganar alguém, ainda mais como você.

- Não precisa me dar nada, só apaga isso tudo! Por favor.

Ele começou apagar mostrando

- Ritinha eu tô tentando ser o mais honesto e legal possível com você. Adorei te conhecer melhor!

- Pronto, só não consigo apagar da minha cabeça.

- Vou te levar pra casa.

Ela se acalmou não disse nada, quando chegaram ele falou que ia estar tudo certo, para mudarem no próximo fim de semana e que ninguém, deveria saber do que aconteceu ou não entre eles, nem a mãe dela.

Rita foi tirando o cinto

- Tá bom, obrigada. Desculpa qualquer coisa!

Tentou abrir a porta, ele sorriu

- Calmaaaa docinho, ainda não.

- Acho que tudo tem um lado bom, te ver brava mostrou que sabe falar, se impor.

- Isso só fez eu te admirar mais. Tem algo que eu possa fazer por você?

- Nada que sua mãe precise. Qualquer coisa, um presente ou passeio?

- Pensa que é um pedido de desculpas, dinheiro?

Ela continuou cabisbaixa olhando as mãos

- Já ajudou a gente demais, não precisa dar mais nada.

Ele destravou a porta, agradeceu pela noite, disse que gostou muito dela, especialmente pela manhã, ela apenas disse tchau e entrou sem olhar pra trás.

Sua mãe correu recebê-la

- Oi filha e aí?

- Como foi?

- Ele te tratou bem?

- Deu tudo certo?

Rita a olhou com raiva

- Não é da sua conta, fiz o que deveria fazer.

- Ele disse que no fim da semana, podemos mudar.

Foi para o quarto jogou a bolsa no chão, tirou as sandálias, nem porta tinha, sua mãe abriu a cortina, entrou logo atrás com uma caixinha de remédio nas mãos e um copo d'água

- Toma isso, é a pílula do dia seguinte. Pra não engravidar!

- É melhor ter certeza que nada vai acontecer.

Rita tomou e afrontou a mãe

- Mas já aconteceu. Nunca mais vou fazer nada disso, nem que eu vá morar embaixo da ponte.

Começaram discutir sua mãe fez questão de dizer que por várias vezes precisou fazer coisas até piores que aquilo, para criar a filha sozinha, como sempre fazia jogou tudo na cara, a fazendo se sentir péssima, ingrata, tentando evitar mais conflito Rita foi deitar e nem disse mais nada, também não quis ir buscar o celular.

Capítulo 3

Maria e Valentina não foram para a escola na segunda feira, por causa de problemas pessoais, João ia levar o celular de Rita para ela, sem avisar porque não tinha como, Kaique tinha pego com Maria na hora do almoço e levou no trabalho, a oficina onde João trabalhava também.

Kaique tinha levado chocolates para o João, colocaram o celular dela na sacolinha de papelão da cacau show, com alguns bombons, logo o João foi almoçar e passou na escola, ficou encostado na moto esperando, quando viu Rita a chamou e correu até ela

- Ritinha!

- Rita espera aí.

Se aproximou rindo

- Tá sentindo falta do seu filho não?

A beijou no rosto

- O celular!

Entregou a sacolinha todo sorridente se gabando por ter chocolates, ela quase nem falou com ele

- Oi, obrigada!

- O que é isso? Eu não quero!

Ele continuou simpático, dizendo que era um pedido de desculpas pelo bory shot, não que fosse motivo para se desculpar, a deixou super envergonhada, ela sorriu agradeceu e já foi se afastando.

De longe a Biana ficante dele assistiu a tudo, ele a viu de longe quando já estava na moto, buzinou e foi embora para não se atrasar, desde que dormiram juntos ela estava esperando ele falar de namoro, parecia algo sério e ela queria, no dia anterior ele sumiu do celular preocupado com problemas familiares e a deixou no vácuo.

Biana não era nada tranquila, uma das mais populares da escola, era super barraqueira, durante a aula soube por uma amiga, que Rita tinha ficado com o João na festa, essa amiga dela estava lá quando os dois se fecharam no quintal.

A manhã toda Biana ficou encarando Rita, falou alto sobre talarica mais de uma vez, em tom de ameaça fez provocações, super distraída e indisposta por ter usado coisas fortes no fim de semana, Rita nem deu atenção, também porque nunca imaginaria que o João tinha ficante, ela não seguia ninguém da sala nas redes sociais, nem conversava.

Biana foi atrás dela na hora da saída, com um grupinho de meninas também populares, amigas da Valentina inclusive, assim que Rita chegou na rua de trás perto de um lote vazio, foi cercada, Biana se aproximou tomando a sacolinha das mãos dela

- O que é isso sua encardida?

- Caridade?

- É verdade que você ficou com o João no sábado?

Ela balançou a cabeça que não, tomaram sua mochila, Biana abriu um bombom foi enfiando na boca de Rita a intimidando

- Tá passando fome né?

- Come vagabund@!

- O João tá comigo e faz tempo!

Rita a empurrou

- Não tô nem aí, pra quem você fica.

- Fica com qualquer um mesmo.

- Me deixa!

As outras estavam mexendo na bolsa dela jogaram tudo no chão, tinha um caderninho que ela vivia anotando e desenhando coisas, ao ver que iam mexer tentou pegar, pediu desculpas por conversar com o João, disse que não sabia de nada, as meninas começaram jogar de uma para outra, Biana pegou

- Coitadinha vai chorar.

- O que tem nesse caderno? É um diário?

- Filma isso! Nossaaaaaaaaaaaa!

- Olha as coisas que ela escreve, que piran ha!

Rita se aproximou tentando pegar, levou um empurrão caiu sentada, enquanto Biana lia em voz alta poemas e contos sobre se xo, amor, vingança e dor, as outras acharam na bolsa um saquinho de absorvente com um paninho costurado a mão dentro

- O que é isso?

- Ela não tem dinheiro para comprar um absorvente coitada.

- É ela a ladra que estava pegando das nossas mochilas, filma isso, genteeee.

- A ladra de namorados também rouba absorventes!

Jogaram no rosto de Rita que estava sentada chorando, começaram rasgar os cadernos escolares, quebraram lápis e canetas, tudo piorou quando Biana achou um conto sobre o que parecia ser o João, falava sobre a moto, cor dos olhos e cabelo, o cheiro, furiosa ela mandou segurarem Rita, começou cortar as tranças dela, falando que só nos sonhos um cara como ele ficaria com alguém como ela, falou rindo sobre Rita ser suja e nem ter cabelo para ser puxado, como escreveu.

Filmaram tudo, uma das meninas não gostou muito daquilo, achou errado e grave, de longe só ficou vigiando para ver se vinha alguém, deixaram Rita no chão com as tranças curtas despontadas, levaram o caderno dela como uma ameaça, de que iriam espalhar pela escola toda, se ela contasse algo a alguém.

Ela foi para casa arrasada, tirou as tranças e jogou tudo fora, aquele cabelo sintético era novo e ela não tinha dinheiro pra comprar outro, decidiu não ir mais para escola, sua mãe não estava em casa e nem iria ligar, já que Rita ia mal e já tinha repetido o ano mesmo.

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