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A Pequena Noviça

capítulo 01

Laura, acordou com as badaladas fortes e intermitentes do sino do convento onde vivia a cerca de seis anos desde que o seu pai para castiga lá havia posto.

Se levantava sempre no mesmo horário, as quatro horas, para a primeira oração da manhã, levantou a passar as mãos nos olhos sentia um pouco de sono ainda, mas não poderia ficar por mais tempo na cama, calçou os seus sapatos e foi até o casa de banho minúsculo dentro do seu humilde e pequeno quarto, lavou o rosto fez a sua higiene pessoal e vestiu seu habito cinza que usava diariamente, seu habito diferia dos das freiras, pois era cinza e branco enquanto o das freiras era azul-marinho e branco, Laura ainda era noviça não por escolha dela, mas por decisão da madre superiora, pois não lhe concedera a ordem para fazer os seus votos.

Caminhou em silêncio pelo enorme corredor mal iluminado a sua frente, outras freiras e noviças juntaram-se a ela, caminharam todas da mesma forma, cabeça baixa e em silêncio até uma capela centralizada no meio do jardim do convento, uma capela pequena de pedras com uma torre central com um sino que tilintava em alto e bom som

Laura ajoelhou-se junto as outras noviças que havia entrado com ela e iniciou a sua oração.

_ Não adianta orar se sabe que não entrará no céu com os pensamentos e o coração cheio de impurezas mundana_ sussurrou Ana ao ouvido de Laura, rindo em seguida do (tapa) discreto que Laura lhe deu na perna. Ana era uma noviça também, fora ao convento por vontade própria, era mais velha um ano que a Laura e já estava para fazer os seus votos.

_ Quiete, não quero ser punida por sua causa sua

Pervertida. Repreendeu Laura com um tom de brincadeira. Ana e Laura eram melhores amigas desde que entrara forçada no convento, se não fosse o bom humor de Ana, Laura não teria aguentado tanto tempo naquele lugar. Laura no começo só chorava e constantemente era punida pelas freiras mais velhas por descumprir regras, só não era expulsa porque o seu pai era um excelente colaborador sempre dando altos valores em doações para o convento e o orfanato do sagrado coração de Maria.

Mas mesmo o seu pai sendo tão generoso, Laura não escapava das punições, variavam entre palmatória a rezar de joelhos em grãos de milho secos.

_ Eu sou uma santa, logo serei esposa de Cristo, disse com deboche Ana.

_ shiii. Repreendeu com um som a madre que rezava de cima do púlpito olhando as duas com um ar de reprovação.

Laura e Ana levantaram um pouco a cabeça, inclinando em seguida ao se separarem com os olhos da madre.

Ao final das orações todas as feiras e noviças saíram em silêncio como entraram, mas quando Laura e Ana estava a sair da capela a Madre as chamou de volta.

_Laura e Ana aqui agora, as outras noviças saíram com um sorriso no rosto, pois sabia que as duas estavam encrencadas.

_ Já que as duas estavam a conversar durante a sagrada hora, as duas poderão ficar agora em oração e para que o senhor as perdoem ficaram em jejum, e de joelhos no milho. Ordenou a Madre com um olhar de reprovação e raiva.

_ sugiro que comecem agora, pois ainda terão as suas tarefas a cumprir. Concluiu a Madre saindo em seguida.

_ tá! Vendo onde a sua língua grandes meteu-nos Ana, resmungou baixo Laura dando um soco de leve no braço da amiga.

_ A culpa não é minha, isso já é perseguição. Se defendeu Ana com uma cara de emburrada, em quanto alisava o braço atingido por Laura.

capítulo 02

Após passar pelo castigo com a Ana e de fazer as suas tarefas do dia, se dirigiu aos seus aposentos, também chamado sela, sento se em frente a sua escrivaninha e começou a ler um dos seus livros educacionais, Laura tinha o sonho de ser professora, mas mesmo após concluir os seus estudos, A Madre não a permitia lecionar para as crianças do orfanato. Laura não desistiu de lecionar, um dia ela iria ser uma ótima professora e para isso precisava estar sempre estudando e aprendendo novidades académicas.

Laura assustou-se com as batidas na porta, foi até a porta a abrindo em seguida, Ana entrou rápido e jogou-se na cama a sua frente.

_ Laura a Madre Francisca quer falar com você, pediu para que eu viesse-te buscar. Informou a virar se na cama apoiando o corpo com os cotovelos na cama.

_ Sabe o que ela quer comigo?, questionou Laura com um ar preocupado, pois sabia que a Madre não a chamaria se não fosse algo sério.

Laura fechou a porta atrás de si e voltou a se sentar no banco, olhando Ana que ainda permanecia deitada na sua cama.

_ Não sei sobre o que possa ser, mas ela mandou-te chamar depois que a irmã Margarete esteve com ela.

Laura ficou a pensar porque irmã Margarete viria do orfanato ao convento ter com a Madre, e a Madre iria querer vela por isso.

_ Então levante e vamos, sabe bem que a Madre não gosta de esperar, falou Laura levantando do banco e puxando Ana pelo braço a tirando da cama.

Saiu puxando a porta atrás de Ana que a acompanhava com má vontade.

_ Estou faminta, como a Madre se diz serva de Deus e nos deixa morrer de fome, reclamou Ana passando a mão na barriga.

_ Se não tivesse ficado de falatório comigo durante a hora sagrada não estaria com fome agora, esclareceu Laura também sentindo o seu estômago doer de fome.

_ Ela é muito má não estávamos fazendo nada de mau, reclamou Ana.

_ Agora não adianta choramingar vamos ter que esperar até amanhã para podermos comer algo, avisou Laura pensando como seria difícil dormir aquela noite sem ter comido nada.

Caminharam pelos corredores iluminados apenas por candelabros de velas presos ao teto por correntes grossas, a pouca luminosidade e as paredes revestidas de pedras com corredores longos dava um aspecto de sombrio a construção.

Chegando em frente a grande porta de madeira, as duas jovens pararam e bateram na porta, ouvindo em troca um "pode entrar", vindo de dentro da sala onde a Madre ficava durante o dia cuidado do convento.

Laura abriu a porta devagar, ficou com um pouco de receio de entrar quando observou a figura imponente de vestes preta e branca atrás da mesa de madeira escura, a sua fisionomia severa e a má iluminação da sala deixava a mulher com um ar ainda mais pesado.

_ vamos entre, não tenho o dia todo, reclamou a Madre.

_ A senhora me chamou, disse a dar alguns passos para dentro da sala, sentia um tremor correr o seu corpo, não gostava de estar na presença da Madre Francisca.

_ Ana o que ainda faz aqui? Questionou a Madre olhando para a jovem que vinha logo atrás de Laura.

_ Desculpe Madre, já estava de saída com a sua licença. Disse Ana saindo e fechando a porta atrás de si.

_ Laura vou direto ao assunto, partir de amanhã você irá para o orfanato. Deu uma pausa levantou e caminhou com um caminhar pesado e lento até ficar próxima de Laura, o seu corpo grande ainda ficava maior devido ao habito que usava

_ Sim, senhora, mas gostaria de saber porque irei para o orfanato? Questionou Laura.

_ A irmã Clarice, foi expulsa do nosso convento, e não mais poderá dar aulas no orfanato. Laura ficou assustada com o que acabou de ouvir, irmã Clarice era uma irmã fervorosa e amorosa porque será que ela foi expulsa, a pergunta martelava na mente de Laura, mas não se atreveria a questionar a Madre.

_ como não temos outra irmã preparada para dar aulas no orfanato, você irá substituir a irmã Clarice. Afirmou a Madre, Laura ficou paralisada estava tão feliz que pensou que seu coração iria parar, tudo que ela queria parecia um sonho.

_ Es… Estou… Muito feliz Madre muito obrigada pela oportunidade. Laura falou com dificuldade por conta da emoção, tudo que ela queria o seu sonho estava para ser realizado.

_ Que bom que gostou, disse a madre olhando a animação de Laura.

_ Arrume as suas coisas amanhã logo após a oração da manhã irá para o orfanato.

_Agora pode se retirar, disse virando e voltando para a sua cadeira. Laura virou e saiu fechando atrás de si.

Ana estava do lado de fora ansiosa esperando a sua amiga.

_E aí o que foi? você parece que não tem sangue no corpo, o que ela fez com você? Questionou Ana com várias perguntas de uma vez.

_ Ela disse que amanhã eu irei para o orfanato, respondeu Laura ainda sem acreditar no que acabara de ouvir.

_ porquê? o que você fez, para ser mandada para o orfanato? Ana perguntou com os olhos arregalados.

_ Eu não fiz nada, quem foi a irmã Clarice que fez, ela foi expulsa do convento e agora eu serei a nova professora do orfanato.

_ Parabéns, fiquei feliz por você, mas o que irmã Clarice fez? Quis saber Ana

_ Não sei, respondeu Laura.

_Agora vamos, tenho que arrumar minhas coisas para amanhã.

capítulo 03

Laura não conseguiu dormir a noite, um pouco pela ansiedade de pensar como seria de agora em diante no orfanato, como cuidaria daquelas crianças, tão pequenas e já maltratadas pela vida, Laura também sentia fome pois havia ficado sem se alimentar pelo castigo imposto pela Madre.

Quando o sino tocou Laura já estava de pé pronta para começar sua nova jornada.

Caminhou em silêncio como fazia todos seus dias, depois foi direto pegar suas coisas e foi para a sala da Madre que já a aguardava na companhia de irmã Margarete.

_ Bom dia Madre, a sua benção? Disse Laura amparando a mão da madre e a levando aos lábios, beijando em seguida o anel de honra na mão da madre._ bom dia irmã, Margarete? Continuou a falar soltando a mão da madre e olhando para a mulher alta e esquia a sua frente.

Deus a abençoe!_ disse a Madre recolhendo a mão após receber o beijo de Laura.

_ Bom dia! irmã Laura_ disse Margarete olhando Laura de cima a baixo e voltando os seus olhos a madre_ Madre Francisca, tem certeza que a jovem Laura conseguirá cumprir com as suas obrigações, é muito jovem e ainda não fez os seus votos, aquelas crianças não irão teme lá nem respeita lá como se deve_ concluiu irmã Margarete olhando de volta a Laura com um olhar de reprovação.

_ Tenho certeza que darei conta são crianças que só precisam ser amadas_ retrucou Laura com uma voz firme.

_ São crianças que precisão de educação e disciplina, não sei se com esse tamanho e essa sua aparência irá conseguir concluir o nosso objetivo_ disse irmã Margarete olhando com desdém para a aparência pequena e franzina de Laura.

Laura era uma jovem de estatura baixa, mas não se achava feia, muito pelo contrário sempre foi muito elogiada pelo corpo bem definido, tinha uma bunda grande e redonda, os seios fartos e a cintura fina, olhos verdes e cabelos loiros e cacheados, estava muito magra devida as horas que era obrigada a fazer jejum, ou quando era castigada e tinha que ficar sem se alimentar, mas no geral era considerada bonita.

_ Não julgue pela aparência_ respondeu com um ar desafiador.

_ Bom veremos, agora vamos, pois logo começarão as aulas e temos que estar lá no horário._ Falou irmã Margarete segurando a mão da Madre, beijando e se despedindo.

Laura fez o mesmo se despediu da madre e seguiu logo atrás da mulher.

Ao chegar ao orfanato foi primeiro a secretária com a irmã Margarete, que era vice-diretora do orfanato, bateram na porta e esperaram a resposta para poderem entrar.

_ Podem entrar. Uma voz suave autorizou a entrada. Margarete entrou primeiro seguida por Laura.

_ está é Laura a noviça que a Madre Francisca enviou para substituir irmã Clarice. Informou irmã Margarete mostrando Laura que agora estava ao seu lado.

_ Prazer irmã Laura, eu me chamo Irmã Madalena sou a diretora responsável pelo orfanato. Falou irmã Madalena saindo de trás da mesa e indo ao encontro da jovem lhe segurando a mão, enquanto a analisava dos pés a cabeça.

_ prazer irmã Madalena, espero corresponder a suas expectativas. Respondeu Laura um pouco incomodada com o olhar analítico da irmã Madalena.

_ Eu também espero, irmã Margarete mostre a irmã Laura seus aposentos e logo depois a sua sala onde ministrará. as suas aulas. Falou irmã Madalena dirigindo o seu olha a irmã Margarete.

Despediram se e saíram da sala, Laura seguiu em silêncio a irmã Margarete até o seu aposento, a sua cabeça rodava com tantos.

 Pensamentos de como seria, se conseguiria, o seu estômago doía de agonia e ansiedade.

Após deixar as suas coisas no quarto foram diretos a sala onde os alunos as esperavam.

Do lado de fora da sala já se ouvia a balbúrdia das crianças que estavam na sala, irmã Margarete foi a primeira a entrar seguida por Laura, os alunos estavam todos distraídos ou brincando, ou conversando animadamente nem botaram a presença das duas na sala.

_ hurum.rapou a garganta irmã Margarete chamando a atenção da turma que correu a se, porém nos seus lugares.

_ Esta é irmã Laura, de hoje em diante...

_ Bom dia! irmã Laura. A turma respondeu em coro interrompendo a irmã Margarete, fazendo Laura abrir um leve sorriso, que logo desfez sob o olhar de repreensão da irmã Margarete.

_ como eu ia a dizer, irmã Laura será a nova professora de vocês, espero que a respeitem e a obedeçam.disse com uma voz seca e firme.

_ muito prazer a todos! Tenho certeza que nos daremos muito bem e fico muito feliz de estar aqui com vocês. Falou Laura com um sorriso.

_ vou deixá-la com os seus alunos espero que consiga por bem educar esses enjeitados. Deu uma pausa foi até a mesa pegou um objeto de madeira e abrindo a mão de Laura colocou o que mostrava ser uma palmatória_ porque se não, não hesite de usar. Fechou os dedos de Laura envolta da quele instrumento de tortura e saiu fechando a porta atrás de si, Laura sentiu o seu coração gelar e a sua mão queimava ao ver aquele objeto horrível nas suas mãos, ela caminhou até próximo da lixeira de madeira trançada e jogou o, no lixo arrancando suspiros dos alunos que a olhavam com os olhos esbugalhados por ter desfeito daquele que era o principal instrumento de tortura usado para disciplina Los.

_ Acredito que não iremos precisar mais disso, não é mesmo? Falou Laura olhando todos, que balançaram a cabeça em sentido de aprovação_ Bom, gostaria muito de conhecer vocês, então vou pedir para que cada um se levante e se apresente assim os conhecerei a todos está bem. Concluiu Laura, recebendo um grandioso coro de sim, irmã Laura em resposta, a fazendo sorrir com o entusiasmo das crianças.

_ Então começaremos por essa fileira e seguiremos a sequência assim todos terão oportunidade de falar. falou indicando a primeira carteira de madeira a sua frente onde havia duas meninas com idade entre 07 e 08 anos_ você. Apontou para a primeira menina que estava sentada próxima a parede_ qual o seu nome e a sua idade? Perguntou.

_ Me chamo Maria das Graças e já tenho 08 anos. Respondeu a garotinha de cabelos avermelhados e bochecha sardenta, com um sorriso empolgado.

_ Eu me chamo Conceição, tenho 08 anos e estou muito feliz por você ser nossa nova professora porque a irmã Clarice não era boazinha não viu.falou espontaneamente a outra menina de cabelos longos e preto todo desarrumado.

_ eu me chamo Gabriel, como o anjo do senhor. Respondeu o menino de cabelo vermelho como a menina Maria das Graças_ tenho 08 anos, eu sou irmão da Maria somo gêmeos. Informou logo que viu que Laura tinha reparado na semelhança dos dois.

E assim seguiu, até que todos se apresentaram e deram a sua idade até que, chegou a vez de um menino que ela havia reparado desde o começo da aula estava com os braços sobre a carteira e com o corpo debruçado sobre os braços, não levantou a cabeça nem por um momento durante toda a aula.

O Menino sentava no fundo da sala numa carteira, sozinho isolado e parecia não se importa com isso.

_ Ei, e você não vai se apresentar para que eu o conheça? Falou tentando em vão chamar a atenção do menino.

_ Ele se chama José, ele não fala com ninguém, fica só aí sozinho a aula toda, parece um bobo. Informou Conceição, com uma voz de desdém.

_ Ele não é bobo, nunca mais diga isso, nenhum de vocês são bobos está bem. Repreendeu Laura, caminhando até o menino que continuava da mesma forma.

Se abaixou próximo à carteira onde o menino estava e devagar começou a alisar a cabeça do garoto aquele cabelo preto cacheado que cobria a orelha ela o fez carinho por alguns minutos sem esperar que ele a olha se.

_ Eu estarei aqui quando precisar, serei sua amiga sempre que precisar. Falou dando um beijo na cabeça do menino e voltando a frente da sala.

_ Quero agradecer a todos por ter-me recebido com carinho e ter se apresentado a mim. Falou Laura com os olhos fixos no menino José que continuava com a mesma posição, uma tristeza apertava o seu coração, ao olhar aquele garotinho tinha uma vontade tão grande de protegê-lo.

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