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Devyl -Meu Arcanjo Protetor

Capítulo 1

...*Essa história está completa, só peço paciência pra eu postar tudo de uma vez com calma. Eu tô colocando imagens....

...Personagens:...

...No Santuário Estrela da Manhã, o coração de Devyl pulsava com anseios de escapar da pobreza e encontrar um meio de vencer sua misteriosa doença. No entanto, antes de tudo, precisava conquistar a confiança do Adepto Kairós que o observava atentamente....

...Kairós estava acomodado numa imponente poltrona de couro vermelho, pernas cruzadas, queixo apoiado na mão direita. Seus olhos perscrutavam o rapaz ajoelhado diante dele. Devyl, ciente do respeito que aquele homem inspirava em todos no local, mantinha o olhar fixo no chão, evitando encará-lo sem autorização....

...A voz grave e autoritária do Adepto ecoou pela sala, preenchendo o espaço com uma aura de decisão....

...— Vamos lá, rapaz, convença-me a deixá-lo entrar....

...Devyl sentiu a pressão do desafio, e sem titubear, respondeu:...

...— Estou disposto a fazer o que for preciso para entrar. Não tenho um centavo no bolso, e muito menos sei ler ou escrever....

...Kairós, imperturbável, prosseguiu com a avaliação....

...— Como pretende passar em meus testes se não possui o que é necessário para ingressar?...

...O pagamento da taxa de inscrição era mandatório em Laer ou Digos, e Devyl não possuía nem mesmo o dinheiro necessário, muito menos frequentara uma escola....

...— Quantos anos você tem, rapaz? — indagou Kairós, adotando um tom mais afável....

...— Tenho vinte e cinco....

...— Nunca frequentou uma escola?...

...— Fui abandonado nas ruas de Suanam. Desde então, minha vida tem dependido da misericórdia de estranhos....

...A resposta sincera não parecia promissora. Kairós ergueu-se, pronto para encerrar a conversa quando a voz determinada de Devyl o fez voltar a atenção para ele....

...— Ofereço meu corpo a você!...

...Dessa vez, Devyl o encarava diretamente, sem a devida permissão. Kairós, inicialmente surpreso, deixou um sorriso malicioso dançar em seus lábios. A ousadia do rapaz, aliada à franca oferta, revelava um desafio direto, além da disposição de pagar os 1000 Laer com o próprio corpo....

...Devyl, ainda mantendo o olhar desafiador, enfrentava Kairós. Queria deixar claro que faria qualquer coisa para escapar da miséria, mesmo que isso significasse se entregar a um Adepto de Lúcifer, ou seja, vender sua alma e corpo....

...— Comece então o que propôs!...

...Ao ouvir a autorização, Devyl ergueu-se, dirigindo-se até Kairós. Com um gesto, abriu a boca e a fechou, demonstrando a integridade de seus dentes e a ausência de doenças contagiosas. A única aflição que carregava era a Menticus, que assolava o mundo....

...Um usuário de magia como Kairós podia detectar com facilidade qualquer enfermidade. Ele utilizou seus poderes para verificar a veracidade das palavras de Devyl....

...— Posso começar?...

...— Quando quiser…...

...— Considera-me inscrito e aceito aqui, ao me entregar a você. Mas saiba que será somente dessa vez....

...Outro sorriso malicioso curvou os lábios de Kairós ao ouvir aquelas palavras....

...— Se fizer um bom trabalho, considere-se aprovado. E nunca mais mencionaremos isso!...

...Com determinação, Devyl subiu na poltrona, acomodando-se de frente para Kairós, seus olhares se encontrando em um misto de desafio e expectativa. A proximidade entre seus corpos era palpável, uma promessa de trato selado. Aos poucos, seus lábios se uniram em um beijo suave....

...Em seguida, interromperam, olhando-se intensamente. A tensão entre eles era quase tangível, uma eletricidade carregada de antecipação. Uma segunda vez, seus lábios se uniram, desta vez com mais fervor e ardor....

...Enquanto suas línguas se entrelaçavam em uma dança apaixonada, Devyl mal conseguia articular um pensamento coerente, perdido nas sensações avassaladoras do momento. Era como se o mundo se estreitasse àquele beijo apaixonado, e a única coisa que conseguia pensar era "Porra, isso é bom pra caramba!"....

Capítulo 2

...Alguns dias atrás, pelas sinuosas ruelas e becos de Suanam, Devyl perambulava, um vulto desfavorecido entre a penumbra urbana. Desde que tivera a consciência, ele se via nessa penosa condição de mendicância. Se fora abandonado ou nascera nesse estado, jamais soubera dizer....

...Estranhamente, apesar de sua deprimente situação, sua forma física não condizia com a realidade que enfrentava. Sob aquelas vestes andrajosas, habitava um corpo que parecia ter sido nutrido com esmero e treinado com vigor. Este sempre fora o enigma que o envolvia....

...A vida nas ruas era árdua, mas atingiu níveis insuportáveis com a propagação de uma enfermidade chamada Menticus entre os seres mágicos, humanos capazes de manipular desde os rudimentos até a magia mais complexa. E Devyl estava entre eles. A doença corroeu sua mente já fragilizada por uma vida de solidão....

...Em uma noite, enquanto repousava em uma casa abandonada, sentiu uma súbita mudança de temperatura. Naquela cidade, o clima era invariavelmente quente, sem estações definidas. Contudo, naquela noite, algo estava diferente....

...O calor noturno foi abruptamente substituído por uma frieza gélida, despertando-o de imediato. Levantou-se e apressou-se para a rua, tentando entender o que se passava. Foi então que viu uma névoa serpenteando pelo pavimento....

...— O que diabos é isso?...

...Devyl retornou às pressas para o abrigo improvisado, mergulhando sob as cobertas, mas mesmo assim a névoa o envolveu, fazendo-o desfalecer....

...Na manhã seguinte, muitos mendigos jaziam mortos, assim como pessoas de diversas classes sociais. A misteriosa praga assolara o mundo. Muitos sucumbiram, e os sobreviventes carregavam sequelas deixadas pela doença....

...Ele também fora acometido pela Menticus. Todas as noites, atormentavam-no pesadelos terríveis, e durante o dia, enfrentava alucinações se não mantivesse a mente concentrada em alguma atividade....

...Cada dia era uma batalha para resistir à tentação de tirar a própria vida, pois as visões deturpadas o instigavam a cometer esse ato. Em alguns momentos, a doença parecia fritar seu cérebro com sua intensidade....

...Certo dia, enquanto buscava oportunidades de trabalho nas ruas, foi abordado por uma senhora conhecida....

...— Rapaz, tenho observado você por um bom tempo e percebi que está necessitado de um tesouro....

...Devyl a encarou confuso, mas também intrigado, abaixando-se para ficar à altura da idosa....

...— A senhora vai me dar um presente? Nunca ganhei um antes!...

...Ela sorriu e lhe entregou uma caixa selada....

...— Tome, meu jovem. O que há dentro irá auxiliá-lo a alcançar um novo lar e proporcionar a vida que você sempre mereceu!...

...Grato, ele pegou o presente e perguntou animado se poderia abrir. No entanto, ao focar na caixa por um instante, percebeu que a idosa desapareceu....

...Mais tarde, de volta ao antigo esconderijo, decidiu desvendar o conteúdo da caixa. Encontrou uma indumentária nova com botas, uma carta e um anel....

...Um sorriso de pura felicidade iluminou o rosto de Devyl. Nunca havia recebido algo assim, e aquele presente parecia verdadeiramente um tesouro, como a idosa afirmara....

...A carta, embora ele não pudesse lê-la, continha algo que conseguia compreender: um mapa. Mostrava o caminho até um lugar repleto de estruturas, um tipo de santuário, o qual deduziu ser o destino indicado. Devyl sempre fora hábil em se orientar pela cidade e seus arredores....

...O anel, à primeira vista comum, revelou-se mágico quando respirou próximo a ele. Pequenas palavras pareciam surgir e desvanecer....

...— Um artefato mágico, que interessante. Nunca imaginei ter algo assim....

...Ao aproximar novamente o rosto, letras tornaram-se visíveis, mas ele não sabia lê-las....

...— Maldição! Não sei ler....

...A respeito da vestimenta, ele presumiu que seria reservada para alguma ocasião especial....

Capítulo 3

...Determinado, Devyl focou-se novamente no mapa, lembrando-se das palavras da idosa sobre um lugar que poderia mudar sua vida. O santuário de Lúcifer, onde os pactos entre humanos e arcanjos eram selados, parecia ser o refúgio ideal para romper com aquela existência desoladora....

...— Não tenho mais nada a perder. Estou fadado a perecer a qualquer momento por causa dessa doença....

...Carregando consigo tudo o que precisava para a jornada, Devyl partiu sem hesitar. Não desperdiçaria mais tempo. Era sua chance de adentrar aquele lugar, custasse o que custasse....

...O trajeto não foi fácil. Teve que pernoitar em árvores e escapar de animais selvagens, mas vislumbrou, ao longe, dois anjos de pedra negra, suas asas imponentes parecendo prontas para o voo, e espadas flamejantes erguidas como sentinelas do lugar....

...— Gosto disso!...

...Desceu da árvore e seguiu a longa estrada até os portões....

...Ao se aproximar, pensou em como abordar os guardiões e solicitar permissão para entrar e falar com o responsável. No entanto, para sua surpresa, chegou justamente no dia da inscrição. Seria a idosa sua guia espiritual, pensou ele....

...Os anjos de pedra negra, além das espadas flamejantes, o observaram com atenção ao se aproximar. Gentilmente, recolheram suas armas e se ajoelharam em uma reverência submissa....

...Adentrando os portões de ferro, parou para absorver a arquitetura singular do lugar, começando pela estrela de cinco pontas, símbolo dos Adeptos de Lúcifer, como diziam os boatos. ...

...Mais adiante, pôde contemplar o complexo de construções antiquíssimas, erguidas em pedra e metal, repletas de símbolos arcanos....

...Um sorriso de antecipação iluminou o rosto de Devyl....

...— Então, este é o lugar secreto e sagrado para os candidatos a adeptos dos arcanjos caídos? Sinto minha vida mudar apenas por estar parado aqui....

...Um homem emergiu do edifício principal, dirigindo-se aos candidatos com uma saudação educada....

...— Por favor, candidatos, dirijam-se ao prédio menor no lado leste. Lá encontrarão tudo o que necessitam para hoje e para amanhã....

...Devyl seguiu as instruções, grato por encontrar um lugar onde pudesse se lavar. Uma ducha luxuosa, algo que jamais havia visto antes, foi uma surpresa para ele. Vestiu a roupa presenteada pela idosa, desfrutou da refeição oferecida e acomodou-se em um colchão macio e perfumado, um luxo inédito em sua vida....

...Quase adormecendo, sussurrou para si mesmo:...

...— Estou vivendo como um rei!...

.........

...Na manhã seguinte, Devyl despertou com o primeiro raio de luz que adentrou o quarto, ansioso para explorar mais sobre aquele misterioso lugar. Após saborear a refeição gratuita, saiu para investigar, escutando discretamente as conversas dos outros candidatos enquanto percorria os corredores....

...Ele agia com destreza, como um ladrão, mantendo uma distância segura dos demais. Desejava evitar parecer desesperado na frente dos outros pretendentes à Basílica. À medida que explorava, captava informações valiosas sobre o Santuário, suas divisões e propósitos...

...Os candidatos sussurravam sobre os diversos edifícios dedicados ao ensino e ao culto dos arcanjos caídos. Uma biblioteca guardava conhecimento em forma de livros antigos e raros, contendo segredos e histórias dos mestres celestiais que haviam desafiado as leis do Paraíso. Uma capela impressionava com vitrais coloridos retratando as imagens e nomes dos sete príncipes infernais: Lúcifer, Belzebu, Leviatã, Asmodeus, Belphegor, Mammon e Azazyel. Havia ainda um salão majestoso, com um altar de mármore, onde os candidatos selavam seus pactos com os arcanjos caídos, recebendo em troca poderes e marcas arcanas....

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