Samara está sozinha em sua casa em São Paulo, com as pernas dobradas e os pés no sofá, uma garrafa de vinho na mesa de centro e a certidão de casamento com averbação de divórcio nas mãos.
Olhava aquele papel sem ler realmente, se lembrando dos sete anos que viveu com o ex marido, e sabendo que chegaram aquele ponto por falta de amor!
Se fosse honesta consigo mesma, admitiria que era ridículo ter se casado pra começo de conversa. Nunca teve sequer um sentimento por Wellington, a não ser amizade. Teve um único amor na vida: Júnior. Seu primeiro homem na cama, que dominou seu corpo, sua cabeça e seu coração, mesmo que não deviam.
Casou com Wellington porque ele lhe jurou amor eterno e cuidou dela nos momentos mais difíceis. Eles eram amigos íntimos, noivos as vistas dos outros, mas nunca tiveram intimidade. Quando Samara pensou em colocar um final na farsa, já que Wellington tinha atingido seus objetivos com o noivado, Júnior deu a grande mancada de dormir com Tamara. Ela ficou grávida e Samara achou que só lhe restava casar com Wellington.
Tinha 21 anos, acabado de se formar numa universidade em Portugal, onde passou os 4 melhores anos de sua vida. Estava perto de Ana, sua melhor amiga por toda a vida e seu filho Alysson, de quem Samara era madrinha. E Júnior ia visitá— la pelo menos 8 vezes no ano, onde faziam amor desenfreado, além de passear como se fossem namorados. Em Portugal, criaram sua bolha. Ninguém poderia saber que estavam se encontrando, já que sua relação era totalmente errada de acordo com a visão da sociedade.
Samara se mudou para Portugal pra estudar com 18 anos e Júnior tinha 30 nessa ocasião. Se não bastasse a diferença de idade, ainda tinha o fato de que Júnior era negro último tom e Samara branca dos olhos muito verdes. Problema zero, se não fossem as irmãs dele que o criaram desde os 4 anos, que não aceitavam a miscigenação de forma nenhuma. E esse nem era o maior problema que eles enfrentavam!
Ainda tinha o fato de Júnior ser o irmão caçula de Jones. O homem maravilhoso que casou com a mãe de Samara quando ela tinha 13 anos e Emília 15. O divórcio dos pais não foi difícil, na verdade foi visto como uma benção. E as duas irmãs adolescentes viram a mãe feliz pela primeira vez depois que se casou com Jones, mesmo enfrentando o pré conceito das irmãs deles com relação a cor delas. E Emília ainda tinha um pouco de cor, por causa do pai. Mas Samara e a mãe Clara, nenhuma pigmentação! Jones foi o pai que elas conheceram então, já que o verdadeiro foi para o exterior e nem as procurava mais.
A mãe confiava em Júnior de olhos fechados e Jones também. Jones era CEO de uma empresa familiar e Júnior era seu vice. Quando com 14 anos Samara começou a dar problemas, a mãe a colocou pra fazer as tarefas domésticas na casa de Júnior. Não como castigo, mas como educação.
O problema era que Samara já tinha se encantado pela boca do "tio" enquanto ele estava apaixonado pelo olhar da "sobrinha" e nenhum dos dois conseguiu segurar...
Com 14 anos, Júnior tirou a virgindade de Samara e depois de alguns dias deles vivendo um grande amor, ele a largou sem explicação.
Naquele momento, contemplando enfim sua liberdade, Samara se sentia pronta pra viver esse amor! Lamentava por Wellington, ele nunca teve a menor chance, mesmo eles tendo dois filhos. Aliás, Samara pensava com amargura, dois filhos das duas únicas vezes que o marido a tocou. E ela nem se lembrava da primeira, onde geraram sua encantadora Helen. Mas da segunda, que gerou Pietro, ela se lembrava muito bem, apesar de querer esquecer e foi o que desencadeou o divórcio.
E se lembrou que foi também na mesma época que descobriram que Brayan, filho de Tamara, não era de Júnior.
Tantos desencontros e desentendimentos! Mas Samara não ia desistir de ser feliz. Não era mais aquela menina ingênua e assustada que entregou a virgindade pra ele! Não era mais criança, e essa diferença de idade agora nem fazia mais tanta pressão. Ela estava com 28 anos e ele 40! Se tinham um momento pra viver seu amor, essa era a hora!
Também não era mais a pobretona, a filha da secretária que as irmãs dele achavam que estava dando o golpe do baú! Por seus próprios méritos e estudos, Samara fundou uma salgateria de sucesso que virou franquia em todo o mundo. Era tão bem sucedida, que duas franquias no litoral bastou para Wellington não querer se aprofundar em dividir seus bens. Além disso, ainda tinha um salário comissionado estrondoso por cuidar da carreira de Emília.
Era adulta agora. Independente e auto suficiente. Se Júnior tivesse a coragem de assumi— la pra Jones, eles poderiam enfim viver seu amor, ficar juntos e ser felizes!
Seis meses depois do divórcio, Samara conversava ao telefone com Ana:
— Você disse o que?
— Que eu preciso que você fale com o Alysson, ele é muito novo pra isso!
— Ana, ele é um rapazinho. Centrado e responsável. Deixe o menino namorar!
— Ele tem 15 anos, Samy. Não tem a menor lógica ele namorar agora.
— Foi o que te falei há 16 anos atrás, o que não te impediu de ficar grávida e ter ele! Deixa o menino namorar. Faz o seguinte: conversando, com instrução, ele vai saber se cuidar e não fazer merda. Você já foi adolescente, sabe que o proibido é mais gostoso. E nós duas fizemos bastante merda quando era proibido.
— Ah. Pra você estar azeda assim, ainda não rolou nada...
— Pois é. Você me conhece muito bem. Parece que agora que não tem mais nenhum impedimento, deixei de ser interessante pra ele.
— Sammy, você deve entender que ele está velho!
Samara pôde ouvir a risada de Ana ao fundo.
— Você sabe que quarenta anos não é velho! Tudo bem que me interessei por um coroa, mas não tão coroa assim. Você acredita que há uns quinze dias, saí com algumas modelos e bebi um pouco...
— Deixa eu adivinhar: acabou de cara cheia pilotando até a casa dele nua?
— Nua não, bêbada sim. Mas ele me deu banho, café amargo e me colocou pra dormir.
— Te deu banho e nem uma mãozinha boba?
— Nem o pau dele subiu, Ana!
— Então, minha amiga, sinto em lhe dizer que esse homem não tem mais interesse em você. Cai fora dessa relação e vai tirar as teias de aranha dessa periquita.
— Hoje tenho um compromisso de trabalho. Amanhã vou ligar pra ele e colocar um fim nesse relacionamento abusivo.
— Concordo com você. Parece que ele te colocou na coleira e te puxa quando quer te usar e depois solta a corda pra você tentar se enforcar e depois jogar toda a culpa em você!
— Não me conformo com isso, Ana. Foram tantas vezes que chegamos tão perto...
— Pior foi da última que você acabou se casando com aquele traste. Agora pode chamar de traste, né?
— Pode Ana, concordo. Wellington é um traste e eu sofri longos sete anos ao lado dele. Mas vamos combinar que Júnior não tem nada a ver com meu casamento. Todo mundo, inclusive ele, me orientaram a não casar.
— Mas você achou que o príncipe encantado que aquele oportunista se fazia parecer ia durar pra sempre e tirar do seu coração a mágoa por Júnior ter engravidado aquela loirinha sem sal.
— Hoje você está impossível, Ana! O que é isso? A proximidade de ser avó que está te deixando azeda?
— Não vou ser avó aos 28 anos não, sua ridícula. Porque você está me irritando? Porque está defendendo a loirinha?
— Porque você deve admitir que Tamara é linda. Eu que vivo entre modelos, celebridades e atrizes, sei que muitas mulheres se esforçam muito pra chegar na metade do que que ela é! Então por mais que a gente não goste do golpe da barriga, que no final nem foi um golpe se ela mesma contou pro Júnior que foi embora porque o filho não era dele, não podemos desmerecer a beleza dela.
— Você sabe que Braian é sim filho do Júnior, né?
— Sei, claro que sei.Não entendemos porque ela disse que não é, mas não daria tempo de ela ter engravidado de outro. Júnior disse que ele quem tirou a virgindade dela. Ela nunca disse, mas ele viu...
— AFF, amiga, de verdade? Sua vida já foi tão complicada. Deixa esse homem pra lá, pula fora enquanto é tempo. Você acabou casada por esse pensamento de que só existe o Júnior no mundo. Se joga pra pista. Coloca umas roupinhas mais curtas, unhas e cílios postiços, vai dançar até cair e dormir cada noite com um diferente. Experimenta os docinhos que estão no mercado...
— Ah, lindo. Estou até vendo as manchetes no jornal: irmã e empresária de celebridade encontrada na sarjeta com os fundos em evidência numa micro saia que mostrava até o útero.
— Tenho certeza de que se você tiver se divertido de verdade e for feliz, Emília vai até rir disso tudo com você.
— Sem sombra de dúvidas. E por isso as celebridades tem empresários pra zelar por sua reputação e fazer contenção de danos. Se não fosse, a maioria afundaria sua carreira antes mesmo de ficar conhecidos. E minha função é evitar o nome da minha irmã em escândalos até que ela ganhe o Oscar. Não arrastar o nome dela pra lama por causa dos oito segundos
— Oito segundos que mudam uma vida, delícia. Fala sério se você não está morrendo de saudades dos oito segundos, principalmente se for múltiplos?
— É por isso!
— Por isso o que?
— Que o Alysson vai enfiar um filho na namoradinha! Porque você só pensa e fala em sexo! Crianças replicam o que vêm em casa.
— Se você falar de novo que meu filho vai engravidar alguém antes dos 35 eu vou daqui a nado quebrar sua cara! Como você vai fazer amanhã com o Júnior?
— Vou avisar que vou na casa dele, pra ele não sair com ninguém.
— Acho meio difícil. O que Wesley tem ouvido na empresa é que ele está saindo com algumas mulheres diferentes desde que soube que Brian não é filho dele.
— Ele não me pega, mas nunca se recusou a me encontrar e eu nunca nem vi ele com nenhuma mulher.
— Então vai lá, fica esperando ele só de calcinha na cama dele e resolve logo isso!
— Agora quem não quer mais sou eu. Já tomei a decisão.
— Pois eu duvido se ele fungar no seu cangote, vocês não acabam se embolando.
— A antiga Samara faria isso, a nova não vai mais fazer sexo com ele!
— Se nem eu acredito nisso, vejamos se ele vai acreditar.
— Vou desligar, preciso me arrumar. Com a Emília fora do país, preciso fazer um merchandising no lugar dela. Amanhã nos falamos
— Está bem. Fique bem, amiga. Tudo vai se ajeitar…
Quando Junior entrou em seu quarto e viu aquela morena sexy deitada de bruços em sua cama, com um short jeans curto, blusa larga com decote canoa tombada no braço mostrando a alça do sutiã e os longos cabelos pretos cacheados caídos nas costas, teve certeza de que se preocupou a toa.
Samara mandou mensagem perto da hora do almoço, e deixou uma ruga em sua testa durante o resto do dia:
"Boa tarde, tio. Hoje vou pra sua casa. Volte cedo e traga chocolate"
"Hummmm. Chocolate? Está menstruada?"
"Não. Apenas quero muito chocolate. Traz vinho também "
"Opa. Chocolate pra te amansar e vinho? Vamos transar a noite inteira então "
"Negativo. Sem sexo. Precisamos conversar"
"Podemos conversar entre uma e outra rs"
"Esquece. Não vamos trepar. Mesmo porque, depois que eu colocar os pingos nos is, você não vai ter disposição"
"Sério? Pingos nos is? Conversa broxante?
"Estou ocupada, tio. Conversamos a noite. beijos"
Junior olhou o celular e viu que ela se despediu friamente e não estava mais on line. Se preocupou imediatamente.
Samara era do tipo conversadeira, sempre mandava mensagens calorosas, emojis, piadas. Eles tinham muita intimidade, tanto que ela usou com ele a palavra "trepar" que ele sabia que ela jamais falaria assim nem mesmo com seu ex marido.
Algo no tom formal e sério das mensagens dela, o fez pensar que talvez ela colocaria um fim nessa intimidade toda. Depois de quinze anos, de toda a história que tinham juntos, não sabia como impedi— la de fazer isso, por mais que tivesse pensado durante toda a tarde e ficado cada vez mais de mal humor.
Quando encerrou seu expediente, dirigiu apressadamente até em casa. Ao abrir a garagem e ver sua moto estacionada mais a frente, ficou ainda mais apavorado. Isso queria dizer que ela não tinha intenção de passar a noite. Olhou suas vestimentas de segurança para motoqueiros jogadas na bancada da garagem. Por um segundo, se lembrou do quanto ela é cuidadosa: sempre que guarda a moto, pendura seu capacete no gancho, tira a jaqueta e calça de napa preta com faixas refletivas e coloca pendurada num cabide já próprio para isso. Mesmo quando as vezes estão no clima para sexo que ela joga tudo lá, depois da transa ela ajeita tudo enquanto ele vai se lavar.
A visão de tudo jogado o fez correr para dentro de casa, muito assustado. Mas quando a viu, despreocupada com seus fones de ouvido mexendo no celular, suas pernas jogadas pra cima e a primeira visão que tinha era do seu traseiro cheio lindamente posicionado, se acalmou automaticamente. Ela não teria coragem de encerrar essa história. Em nenhum outro lugar, com mais ninguém ela encontraria aquela liberdade. E ela sabia disso perfeitamente!
Samara estava deitada de bruços, balançando as pernas, vestida despreocupadamente na cama de Júnior enquanto falava por mensagem com sua melhor amiga, Ana.
Apesar de seus dois filhos e 28 anos, Samara era uma menina linda e com o corpo muito bem estruturado. Se arrumando ou mais a vontade, não parecia ter mais que 18 anos. Com uma cintura fina e ancas avantajadas, pele morena clara e cabelos longos cacheados até a cintura, ela já chamava atenção por onde passava. Mas quando a olhavam e viam seus lindos olhos verdes jade, se encantavam por ela na mesma hora.
Ana mandou um áudio
"Você está aí na cama dele, com essas pernas de fora, e tenho certeza de que está de bunda pra cima. Quando ele chegar e ver essa cena, não vai acreditar que você não vai fazer sexo com ele. Nem eu acredito"
Samara estava respondendo por mensagem de texto, tinha medo de que ele chegasse e ouvisse ela gravando áudio
"Não vou fazer amor com ele, Ana. Já tomei uma decisão"
"Sexo, você nunca fez amor com ele Sammy. Mantenha isso em mente pra firmar sua decisão"
"Tá bom Ana, vai cuidar do seu jantar. Diz pro Alysson que quero ser a madrinha quando ele fizer a mesma besteira que vc"
"Eu te odeio, Samara Stongler. Eu não vou ser avó aos 28 anos não sua pateta"
Samara desligou o app rindo. Ana estava preparando um jantar para conhecer a namorada do seu filho de 15 anos.
Ela era madrinha de Alysson e sabia que era um menino bem introvertido e responsável. Mas nunca deixaria de aproveitar qualquer oportunidade de provocar Ana, que foi mãe aos 13 anos.
Entretida com essa lembrança, Samara sentiu uma grande mão acariciando sua bunda. Um arrepio passou por seu corpo, todos seus sentidos ficaram alertas e automaticamente sua intimidade começou a pedir por ele.
Samara se levantou de um salto, sentou tipo índio na cama de frente pra ele, arrancou os fones de ouvido e tentou falar normalmente, antes que sua reação ao toque dele a fizesse desistir de seu propósito
— Oi, tio.
Samara deu um sorriso forçado ao cumprimentar e olhar pra ele, o que o fez explodir
— Tio é o caralho.
Samara sabia o quanto chamá— lo de tio o irritava. E ele sempre soltava essa frase quando ela o fazia. O incomodo era em parte porque, com 12 anos a mais do que Samara, se fossem vistos juntos num relacionamento, logo as más línguas falariam que o tiozão estava com a novinha.
Mas principalmente, porque tecnicamente, ele era sim tio de Samara, e essa relação só não era mais incestuosa porque não tinham relações consanguineas.
Por um momento, Júnior se lembrou do dia em que a conheceu.
Ele tinha 25 anos, estava num relacionamento aberto com a mãe de seu filho Lucas, que tinha um ano.
Junior era o caçula de 6 irmãos órfãos. Seu pai morreu quando ele tinha 4 anos, sua mãe no ano seguinte. Ele ficou aos cuidados de 4 irmãs e um irmão mais velho, todos adultos quando a mãe morreu. Em consequência disso, sempre foi protegido por todos eles.
Como era o único solteiro, suas irmãs tramaram a gravidez de Paula, para força— lo a sossegar e se casar.
Junior adorava o filho, mas não quis se casar de jeito nenhum. Paula até ameaçou fazer um aborto diante da recusa, ao que foi respondido: seu corpo, suas regras. Jamais vou obrigar vc a gerar e criar uma criança se não é seu desejo. Mas se você provocou uma gravidez indesejada apenas para me amarrar, prova mais ainda que não é a mulher certa pra mim.
Diante da teimosia de Júnior, suas irmãs aconselharam Paula a manter a gravidez e ser uma boa mãe, assim talvez ele se encantasse pela idéia de formarem uma família. E assim nasceu seu maior tesouro.
Naquela noite, Paula não queria ir a festa na casa das irmãs. Disse que não queria compactuar com o que Jones estava fazendo, então decidiu pegar seu filho e ir visitar a mãe.
Junior franziu a testa. Ela não tinha jeito mesmo, tinha um falso ar recatado que não combinava com uma mulher que furou o preservativo para forçar um casamento.
Junior conheceu a nova namorada do irmão logo depois do enterro de sua cunhada. Suas irmãs torciam o nariz para a relação, afinal, Jones era recém viúvo e Clara recém divorciada com duas filhas adolescentes.
Jones não tinha filhos e Clara tinha operado, não poderia lhe dar isso, mas Jones estava a vontade em criar as duas meninas como se fossem suas. O pai assinou o divórcio e se mudou para o exterior. Elas ficariam lançadas ao mundo mesmo, seria bom ter uma figura paterna.
Alice, a mais velha das irmãs, já avó, não aceitava isso e incitava as outras irmãs a não concordarem. E Paula , que fazia tudo para agradar a elas, ia no embalo.
Aquele jantar proposto por eles para conhecerem a família de Clara prometia ser azedo…
Junior conversava com sua irmã Fabíola quando viu primeiro Emília entrando, seguida pela mãe, Jones e viu de relance a outra menina que não conhecia.
Se adiantou, abraçou Emília com carinho. Ele ujá a conhecia. Dona de uma beleza fora do comum, logo a mãe a inscreveu em agência de modelos e instantaneamente a menina de 15 anos começou a fazer trabalhos.
Depois de cumprimentar a todos, Júnior rapidamente percebeu porque ninguém dava muita atenção a Samara.
A menina de apenas 13 anos era baixinha, no máximo um metro e meio, tinha o corpo cheinho, chegava a ser gordinha, usava óculos e mantinha os olhos baixos, parecia ser muito tímida. Quando lhe foi apresentada, mal conseguiu ouvir sua voz. Usava tranças jogadas para o lado, o que lhe conferia um ar de infantilidade parecendo ser ainda mais nova.
Perto da beleza estonteante de sua irmã alta, magra, de pele levemente mais escura e cabelos lisos, que parecia uma índia e estava sendo lançada ao mundo como modelo e em breve atriz, Samara era um patinho feio.
Ao decorrer da noite, Samara ficou esquecida no canto e Júnior foi tentar amenizar a situação. E quando a menina o encarou, atendendo a seu chamado, Júnior se perdeu por um instante em seu olhar.
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