Estava caminhando com o meu noivo e a minha melhor amiga de mãos dadas. Tudo parecia perfeito, o casamento estava próximo e eu era a mulher mais feliz do mundo.
Havia escolhido o meu vestido para a grande dia, não cabia tanta felicidade no peito naquela terrível manhã.
Quem iria imaginar que o meu noivo e a minha amiga estariam tendo um caso na minha costa? Pior que estavam pestanejando tomar a herança dos meus avós com o apoio dos meus pais que os amavam.
Não tiveram a decência de pedir desculpas, ao contrário, vendo o meu ódio por ambos empurram para cima da avenida movimentada.
Sem piedade, o meu corpo bateu contra a frente do caminhão e sentiu os meus ossos quebrarem, batendo a cabeça violenta no chão cujo as rodas passaram por cima. Assisti à roda vindo na minha direção, mas não havia nada que pudesse fazer.
Fechei os olhos esperando a dor e a morte buscarem-me, ressentida por tudo que passei na vida para morrer de uma maneira miserável nas mãos de quem considerava irmã.
Porém, a dor não veio, senti os meus dedos se moverem, os meus ossos pareciam bem, desapareceu aquela terrível dor.
Alguém está me sacudindo, ouço abrir de cortina e abro os olhos incomodados com a luz do dia.
— Estou no céu? — Sussurrou sob os risos de uma velha senhora de olhar doce.
— Você não tem jeito, Helena. — ajudando a ficar sentada.
Noto em volta várias mulheres de diferentes idades, arrumando banho, roupas e com bandejas de refeições.
Demorei a entender o que está ocorrendo na minha volta, todas essas pessoas correndo de um lado para o outro. Obrigando sair da cama, puxando a camisola que estou vestida, jogando meu corpo na água morna.
Jamais imaginei que iria parar no livro escrito por aquela que me traiu. Lembro dessa história, pois ela sempre vinha para se gabar dos comentários que recebia.
Houve uma época que queria ser escritora, entretanto nenhuma das obras que escrevia fez sucesso, então abandonei esse sonho. Como muitos outros sonhos que abandonei sempre vi se realizar através da minha irmã, contudo tinha orgulho da sua fama.
— Elizabeth, hora de cumprir suas tarefas. — Fala a senhora Iillie.
Como toda história de romance, sempre tem uma vilã para atrapalhar o casal principal. Essa sou eu, Elizabeth de Camis Lanvald, a filha mimada do Duque de Camis, o segundo da linhagem ao trono.
O Duque tem vários aliados e sempre esteve lutando nas guerras, deixando sua mulher e filha na capital. Havia rumores de que a linda Elizabeth não era sua filha, mas sim de um caso extraconjugal da esposa.
Aos doze anos, Elizabeth teve de ir para o território do pai no lugar de sua mãe que simplesmente recusa deixar a capital e cumprir com seus deveres. A menina não queria ir para um território tão perigoso, porém seu pai precisava urgentemente de alguém de confiança para lidar com as finanças do território.
Constantemente seu território era invadido por monstros ou outros reinos. Ele não teve escolha a não ser levar a pequena criança para ensinar a cuidar do território no seu lugar.
Elizabeth odiava o lugar e só queria ir embora, no que leva a conhecer o príncipe herdeiro que foi de viagem para ajudar o Duque. Ali começa toda uma perseguição para se tornar a Princesa herdeira, acabando o livro com um final trágico que os leitores acalmaram.
Diferente de Elizabeth não tenho interesse em ser princesa herdeira, aqui nesse território ela tinha tudo. Parando para pensar é o mesmo com minha vida passada.
Antes tinha tudo, porém depois da minha irmã perdi até o amor dos meus pais. O mundo parecia ser desenhado para a protagonista ser feliz e o resto sofrer.
E por isso que irei criar meu próprio mundo de felicidade, sem príncipes ou salvadores. Por mim, que os protagonistas sejam felizes para sempre e me deixem em paz.
— Está atrasada. — O mordomo vem me buscar para uma reunião.
O castelo de Lanvald no livro é descrito como algo sombrio que nunca entra à luz de corredores longos e tapeçarias de mal gosto. Devo dizer ser lindo pessoalmente, as paredes têm um brilho especial, não há muita claridade, mas não é frio, nem quente.
Fomos para a sala da reunião central onde aguarda os vassalos do ducado. Todos eles odeiam que seja a líder da família no lugar do meu pai.
— A ponte que dá passagem para atravessar o rio está quebrada, precisa urgente de reparos. — Diz o conde Massalon.
— Acha que a ponte é importante? Temos de conter a barragem ou perderemos toda a safra que plantamos com a vinda da chuva. — Retruca o Visconde de Geneb
— Não temos tempo para essas pequenas coisas, o exército precisa de mantimentos, armas e armaduras. — Visconde de Lant.
— Enviamos a duas semanas tudo que pediram, não temos mais para dar. — Grita o conde Massalon.
— Me preocupa esses pedidos constantes, visconde Lant peço que apresente a carta do meu pai. — Respondo firme.
— Lady Elizabeth está duvidando da minha palavra? — Diz ofendido visconde Lant.
— Apresente todas as cartas que meu pai, o Duque, solicitou mantimentos imediatamente. — Ordeno.
— Como ousa, Lady Elizabeth? Perdeu o juízo? — Levanta da cadeira para lhe acertar um tapa. — Você não é mais do que uma figura patética nesse castelo, obtenha-se de tentar dar ordem. — Limpa a mão após acertar o tapa.
— Assine o documento logo como sempre fez e vai comprar seus belos vestidos. — Ordena o conde
Massalon.
Ah! Então é assim que a vilã é tratada, por isso odiava esse lugar, também teria ficado louca no seu lugar.
Levantei da cadeira pegando a espada da parede gritando pelos soldados do castelo. Imediatamente vários entraram porém, percebi que nenhum ficou ao meu lado.
— Acha que alguém aqui estará ao seu lado, Lady? Esqueceu quem é o verdadeiro chefe da família? Quantas vezes terei de lhe educar para que não faça nada desnecessário?
— O que estão esperando? Prendam esse traidor! — Grito com os soldados que tiram a espada da minha mão, batendo no meu rosto com força.
Os homens continuaram tomando seu chá tranquilamente enquanto os soldados se divertem agredindo meu corpo, tomando a coragem para rasgar minhas roupas.
Fingindo que não estão vendo nada deixam os soldados fazerem o que querem.
— Meu pai saberá de tudo isso! — Grito aos prantos tentando me defender.
— Menina tola, só serve para ser a diversão dos soldados, o duque nunca lhe considerou filha. — Fala o conde Massalon orgulhosamente.
Como na minha outra vida pareço sempre estar fadada a sofrer pelas mãos dos outros. No mundo criado pela minha irmã que me traiu qual seria a chance de sobreviver?
Não quero continuar indo pra um caminho onde sei que serei machucada. Caso seja obrigada a viver em traição, prefiro abandonar meus sentimentos vivendo como um fantasma afim de ter pelo menos o que comer.
— Soltem minha menina! — Grito alto poderoso como raio cheio de raiva.
Olhei em lágrimas para o lado e lá estava o Duque com sua guarda. Os soldados em cima do meu corpo assustados saíram correndo. Coloquei a mão no rosto para tampar as lágrimas que saíram descontroladas do rosto.
Quantas vezes Elizabeth passou por isso? Quantas vezes abusaram do seu corpo? Só consigo imaginar o desespero dela para sair desse castelo, onde todos lhe desprezam e fazem o que querem.
O Duque utilizou sua capa para cobrir meu corpo enquanto seus guardas pessoais pegaram os soldados encubidos para me proteger.
Ainda com o braço tampando meu rosto, só conseguia sentir ódio, tanto pelo meu passado como pelo presente e levantei pegando a espada da cintura de meu pai acertando a garganta do único na sala que fez tudo isso acontecer.
Conde Massalon estava morto sobre a mesa e os outros vassalos imploraram por suas vidas. O sangue escorria na espada enquanto a loucura corrompe meu coração.
— Elizabeth, minha querida, deixe isso comigo. — O Duque pede com gentileza.
Sua aproxima faz reagir de modo violento sendo bloqueada a espada que está na minha mão por um dos seus cavaleiros que utiliza a magia de repelir, devolvendo o ataque cujo causa danos internos fazendo vomitar sangue.
— O que você fez?! — O Duque grita com seu subordinado o pegando pelo pescoço.
Entre o pânico de acabar morta saí correndo ferida, tentando encontrar a saída do castelo, todos em volta eram figuras assustadoras que para mim queriam me matar.
Ataquei todos que tentaram me segurar, correndo sem rumo descalço parando no alto do castelo cercado pelos guardas do castelo. Sem jeito de escapar, a única saída seria pular do castelo pelo menos daquele modo não seria estrupada.
— Lady Elizabeth, se afaste da ponte! — Ordena o cavaleiro Leonard.
Olhei para trás e para a queda.
Uma longa queda até tocar o chão.
— Lady Elizabeth, suas criancices estão indo longe demais. — Diz outro cavaleiro Sir. Alff.
Nem quis desperdiçar palavras, me jogando da ponta sentindo meu braço ser pego pelas mãos do Duque.
— ME SOLTE! NÃO IREI VIVER! NÃO VAI ME FERIR! ME SOLTE! ME SOLTE! — Se debatendo obrigando a soltar.
Outro cavaleiro conseguiu me pegar em segurança acabando com a esperança de escapar da miserável vida de Elizabeth. Chutei o cavaleiro e bati sem parar para que me soltasse, no entanto ele conseguiu me trazer para cima lançando uma magia na minha mente obrigando a dormir.
Pude ouvir as empregadas limpando o meu corpo com água congelada, sem cuidado algum, cheias de desprezo, reclamando de ter que fazer esse categoria de trabalho.
Ouvi meu pai andando pelo quarto, cobrindo com uma manta grossa e pedindo desculpas. E finalmente pude abrir os olhos no quarto dia, a doce senhora estava ao meu lado segurando minha mão com força nas longas noites que passou comigo.
Não havia comida por perto ou qualquer rastro de que nesse tempo outras pessoas vieram ajudar.
— Senhora, por favor, vá descansar. — toco sua mão carinhosamente.
— Lady Elizabeth, finalmente está acordada. Oh, meu Deus! Finalmente... Finalmente...! — Chora de alegria.
— Parece ser a única que nesse lugar se preocupa comigo. — Falo meus pensamentos em voz alta.
— Oh, não! Minha Lady, o duque esteve aqui o tempo todo cuidando da senhorita, só saiu para castigar aqueles crápulas. — Diz eufórica cheia de raiva.
— Só estou nessa situação por causa das suspeitas do seu senhor. — Respondo quase engasgando no peso dessas palavras.
Na entrada do quarto, o duque aparece com expressão sombria, fazendo sinal para que a velha senhora saia do quarto.
— Nunca quis te magoar. Peço desculpas por tudo que tem passado, juro que vou lhe recompensar por todo o sofrimento. — Fala friamente enquanto olha meus pulsos machucados.
Confesso que deixei o coração de Elizabeth falar, tudo que passou no livro foi por culpa desse homem que fechou os olhos para seu sofrimento. Talvez tivesse o mesmo destino caso apenas gastasse em vestidos e jóias como ela tentou fazer para escapar desse lugar.
— Se realmente sente muito, deixe-me ir. — Digo com a voz branda com o toque de machucado.
— Farei tudo para que seja feliz, por isso descanse. — Diz virando de costas para sair do quarto.
— Você nunca foi um pai, mesmo depois de ver o que seus vassalos e nobres soldados estavam fazendo com sua única filha, ficou quieto. Não espero nada de você, imundo.
Seu nobre cavaleiro entrou dentro do quarto lançando magia no meu rumo que foi anulada pelo poder do duque. Ainda que por pouco o poder atingiu novamente o rumo do coração, ocorrendo novamente o desmaio.
Nenhuma dessas pessoas me vêem como a Lady do castelo, sou apenas uma filha ilegítima que está aqui contra a vontade do duque.
Acordei na escuridão e nenhum guarda estava me protegendo, esse é a maneira dele dizer que devo obedecer-lhe mesmo que todos me odeiam.
Desde que acordei tenho vivido um inferno, gritar ou bater de frente não vai mudar o destino que me aguarda. A confirmação veio ao ver o príncipe herdeiro no jardim que estava para acalmar minha mente.
Exatamente como descreve no livro, ele gentilmente veio com um lenço para enxergar minhas lágrimas. Com uma fala mansa consolou meu sofrimento, entendo o porquê Elizabeth estava determinada em conquistar seu amor.
Ele deu esperança para que pudesse esperar mais, do que uma vida de servidão e então lhe deixou por outra mulher novamente empurrando para o buraco da onde custou sair.
— Não quero sua piedade. — Franzi o rosto empurrando de volta seu lenço.
— Desculpa minha ofensa, só.... — gesticulando com as mãos , sem saber o que fazer.
Furiosa, peguei pela sua camiseta empurrando-o no chão.
— Fique longe de mim, verme. — Falo com a voz enojada, indo embora em seguida, deixando confuso o príncipe.
Li vários livros sobre protagonistas na mesma situação, onde encontram num casamento de fachada para se livrar da maldição de ser a vilã.
Não seguirei nenhum desses passos que fará esquecer do meu sofrimento, se existir uma maneira quero voltar para meu mundo e me vingar da minha irmã.
Com o plano em mente, fui direto para a biblioteca, sei que em algum lugar está escrito sobre como a heroína veio parar nesse mundo.
Foi esse diferencial que fez ser um sucesso o seu livro, todos queriam saber se a protagonista iria voltar para o mundo real ou continuaria vivendo com o príncipe herdeiro.
O mais irônico foi que a informação é descoberta por Elizabeth que tenta mandar a heroína de volta para seu mundo.
Nas pilhas de livros amontoados continuei a busca sem parar. Como ninguém se preocupa por Elizabeth, não tive que me preocupar com interrupções.
Algumas vezes via da janela a expedição do príncipe sair junto com o Duque.
Toc! Toc!
Batidas na porta interrompem meu sossego, vinda Mara com bandeja de lanche e suco.
— Lady Elizabeth, posso entrar?
— Deixe onde quiser. — Gesticulou com as mãos.
A empregada não saiu da biblioteca deixando claro que queria dizer algo com a atitude.
— O que mais você quer? — Digo furiosa.
— Lady Elizabeth, não seja egoísta. Está atrapalhando o ambiente saudável com sua teimosia, precisa cumprir com seus deveres. — Fala num tom arrogante.
— Dever? Que dever tenho com o sobrenome que nunca me pertenceu? — Responde encarando seu rosto fixo fechando o livro que estava em minhas mãos.
— Seja como for, foi criada como princesa, a única filha do Duque...!
Splá! Largo a mão em suas bochechas brancas, manchando o perfeito tom num rosado intenso.
— Tem razão, sou a única filha do duque, o que significa que sou sua senhorita, dona desse castelo. Volte para sua sujeira, mulher.
Ela impactada pelo tapa saiu da biblioteca com os olhos cheios d'águas. Deixando aberto o suficiente para perceber que nunca estive sozinha, mas que estava o tempo todo sendo vigiada pelos guardas do castelo.
Os homens encararam ressentidos, como se fosse a errada em corrigir uma serva cujo desafiou a sua senhora.
É muito cansativo ter que ficar vendo todas essas pessoas odiosas. Eles não entraram na biblioteca, porém não deixaram sair tornando o lugar minha prisão. Deixando a porta apenas aos retornos do Duque com o príncipe.
Ninguém levava refeição, o que estava me matando de fome, algo que não desejo para nenhum ser vivo. Tentei pensar em outras coisas e até bebi todo o vinho que estava na dispensa da biblioteca para afastar a fome.
Por fim, quando o finalmente pude deixar a biblioteca estava completamente bêbada e magra. Cambaleando com uma garrafa de whisky na mão, morrendo aos poucos pelo álcool.
— Elizabeth! — Grita o Duque furioso pegando meu punho. — Essa é a sua maneira de protestar sendo infantil negligenciando sua saúde?
— Do que importa, como vou morrer? Seja de fome, envenenada ou de frio, vocês querem me matar, mas não darei esse gostinho, vou lutar até o final por minha vida. — Jogo a garrafa no seu rumo sendo partida no meio pelo seu cavaleiro que várias vezes me atingiu, ao ver que não recebeu nenhuma punição comecei a rir da miséria de Elizabeth. — Veja só se não o mais nobre leal cavaleiro do ducado em pessoa que veio para castigar a malvada filha da traição do grande Duque.
— CHEGA, ELIZABETH! ESTÁ INDO LONGE DEMAIS! — Se exalta o Duque.
— Disse algo errado? — Atuando inocente.
— Mestre, permita levar a Lady Elizabeth de volta aos seus aposentos. A Lady não está em suas melhores condições. — Fala com respeito meio curvado.
— Vá para o inferno, canalha! Você e toda essa corja de imundos que chama de soldados! — Grito enlouquecida.
Os homens que lhes acompanham não falam nada, desviando os seus olhares em desgostos.
— Saiam todos. — Diz Duque em autoridade.
— Mestre, insisto. — Tenta convencer o cavaleiro.
— SAIAM!— Ordena num tom agressivo.
Sem escolhas os soldados se retiram.
— Elizabeth, não torne mais difícil para nós dois. A única que vai se machucar com a sua teimosia é você mesma.
— Que seja. — Dá de ombros.
Tentei seguir meu caminho, todavia o duque bloqueou meu caminho puxando meu punho notando dessa vez a desnutrido do corpo.
— Eli... Elizabeth, o que fez? — Pergunta com os olhos assombrados em tormento.
— Pode ter mandado seus pessoal não deixar sair da biblioteca, sem comida ou água para que morresse, mas sobrevivi. — Empurro sua mão. — Sobrevivi senhor Duque! A sua vergonha está viva! — Grito para que todos nos corredores pudessem ouvir levando um tapa forte no rosto como resposta.
O tapa fez cair no chão sangrando o nariz cortando um pedaço dos lábios inchando o rosto. Olhei para cima vendo o brilho do raio que estralou no céu, iluminar o rosto perdido do Duque fazendo meu estômago embrulhar.
Fui agredida várias vezes, sou eu quem estão matando, mas ele se atreve me olhar como se fosse a vítima e isso me enoja.
— Te odeio na mesma intensidade que me odeia, Duque de Camis Lanvald. — Levanto do chão virando seguindo meu caminho para o quarto debilitada.
Passando por todos os empregados novamente que encaram com desprezos. Senti a garganta doer enquanto a visão começa a ficar turva.
Forçando meu corpo, continuei caminhando parando os passos pelas falhas das pernas. O Duque veio para tentar me ajudar levantar, mas é humilhante ser ajudada por um homem que quer se livrar de mim a todo custo.
— Não me toque! Nunca! NUNCA!
Sua mão recuou no ar vendo a dificuldade que estava para respirar, tremendo com as mãos no peito perdendo completamente a visão, condicionando ficar acordada para chegar no quarto.
Novamente levanto dessa vez perdendo a consciência, tropeçando nas pernas, caindo diversas vezes antes de chegar no quarto.
Quando entrei dentro, não ouvia nada, nem enxergava, sentei de frente com a lareira apagada encolhendo as pernas desmoronando em prantos. Um choro não só por mim, mas pela minha nova vida.
Esse livro foi feito para que não importasse o quanto Elizabeth tentasse escapar, ela sempre será miserável.
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