Sou Maximiliano Albuquerque Neto, todos me chamam de Max, tenho 34 anos, sou fazendeiro no interior de Minas Gerais. Possuo uma personalidade caracterizada por minha brutalidade, arrogância, firmeza e dureza nas minhas decisões.
A Fazenda foi herança do meu pai, que herdou do pai dele. A administro a 7 anos desde o falecimento de meu velho, minha mãe também é falecida a mais tempo. Venho garantindo o seu sucesso e prestígio para os negócios, honrando o sobrenome da família.
Fazenda Albuquerque é uma joia no interior de Minas, é símbolo de riqueza e tradição da região. Tem destaque na exportação de grãos e carne bovina, gerando um lucro considerável. Venho investindo muito nas melhorias das operações. Possuo um extenso rebanho de gado, com mais de cinco mil cabeças, são cuidadosamente criados e preparados para a produção de primeira linha.
Exijo o melhor dos meus funcionários, posso ser duro e áspero as vezes, mas considero que o trabalho deve ser lidado com seriedade. A lealdade é muito importante pra mim, e não aceito injustiça com os meus.
Sou apaixonado pelo que faço, me dedico intensamente e exclusivamente aos meus negócios.
Sou Solange Dantas, mas por favor, me chame de Sol, tenho 17 anos, sou linda e ruiva, o que torna facilmente ser notada na multidão. Sou conhecida por ser impetuosa, orgulhosa, mas pela idade tomo algumas atitudes muitas vezes são consideradas... hummm ...infantis.
Vivo com minha mãe na capital, não conheci meu pai e não falamos nele, minha mãe é dentista, nosso relacionamento pode ser considerado normal. Quando entrei na adolescência nosso vinculo mudou, admito que estamos nos afastando aos poucos, não sei dizer... nossa convivência não é de cumplicidade como éramos quando eu era criança.
Gosto de fazer as coisas do meu jeito, amo a vida noturna, estar com meus amigos, sou apaixonada em viver o momento, estou em busca de experimentar coisas novas e ir atrás da minha independência.
Sou apaixonada pela moda, música e animais, mesmo já finalizando o ensino médio não tenho ideia de qual área devo seguir. Como minha mãe já tem seu consultório montado, tenta me influenciar a seguir sua profissão, mas não me atrai em nada. Então deixei pra pensar nisso depois.
Sou Carla Dantas, tenho 34 anos, sou mãe de Sol. Minha profissão é dentista. Tive minha filha muito nova, quando engravidei resolvi sair de casa de meus pais que moravam na fazenda Albuquerque, onde trabalharam a vida toda para o dono das terras. Anos depois minha mãe faleceu, e o meu pai continua vivendo lá. Mesmo com a idade
avançada, ele não aceita sair de sua casinha, por ter muitas lembranças e continua prestando serviços ao dono.
Nunca contei quem é o pai de Sol, somente eu levo esse segredo, na pré-adolescência ela me questionava, mas já passou à fase. Hoje ela ligou o foda-se, palavras dela.
Nunca casei, e meus relacionamentos não passavam de namorados. Hoje estou com Antônio, professor de Química de Sol. Ele é muito doce comigo e cavalheiro, nada possessivo. Isso me dá animação de seguir adiante esse relacionamento.
Professor Antônio Junqueira, 40 anos, namorado de Carla.
Belo Horizonte
Sol acorda com o barulho do celular tocando, desliza o dedo ainda com olhos fechados e suspira. Senta na cama e espera sua alma fazer download para o corpo “Mais um dia! espera... hoje é o último dia” Abre os
olhos rapidamente, checa o dia no celular e se dá conta que está no último dia de aula. Levanta rapidamente, vai ao banheiro, toma banho, faz sua higiene, se perfuma, faz uma maquiagem de leve e se veste para o colégio: calça jeans, tênis Adidas e a blusa de uniforme.
Desce as escadas correndo, esbarrando com sua mãe ao chegar no andar de baixo.
_Devagar menina... daqui a pouco racha a cara no chão.
_Bom dia Mãe... Diz se aproximando da mesa, pega um pão de queijo, morde. Tchau mãe!! E vai correndo para a porta
_Mas não vai tomar café.... (vê a menina fechando a porta em uma batida) ... direito
Sol enquanto aguarda o elevador envia mensagens para Jhonatan, seu peguete da escola.
-Vai me pegar aqui?
-Sim, tô chegando...
Passado alguns minutos, ele encosta o carro. Sol já estava na calçada, dá a volta, dá um beijo nele e ele arranca com o carro.
-Vamos comemorar a nossa saída daquele manicômio, né gatinha?!
-Claro... vamos sair para uma boate ou um barzinho?
_Vamos avisar pro pessoal, e vamos conversando...
-Ok
Jhonatan e seus amigos estudam na mesma sala de Sol, eles se encontram, se cumprimentam e vão pro “fundão”, onde passaram todo o ano letivo.
Era uma algazarra quando de repente chega o professor Antônio, que dava a aula de química, que também era namorado de sua mãe a alguns meses. Foi um terror descobrir que sua mãe está tendo um caso com um de
seus professores, mas enfim, ele um chato dentro da sala de aula, e a mãe uma chata dentro de casa, os dois se merecem. Todos se acomodam em suas carteiras enquanto ele em silêncio observa com os braços cruzados o rosto de um por um sério, aguardando o barulho finalizar.
-Sei que estão animados com o fim do ano letivo. Muitos de vocês já serão liberados, outros ainda passarão as próximas semanas comigo para a prova de recuperação.
Uns alunos comemoram e outros demostram a insatisfação já sabendo que teriam uma única oportunidade, para não repetirem o ano.
-Então... vou ler os nomes de quem estará de recuperação... O professor vai listando os nomes, é ouvido lamentações, e risos na classe zoando uns aos outros. Até para a surpresa de todos é dito o nome de Solange,
os amigos a olham surpresos, e ela também. O professor quando diz o nome dela a olha em sua direção.
-Como? Mas eu fiz as constas... eu iria passar no limite, mas iria. Diz Sol para os amigos em tom baixo.
-Professor... Diz Sol levantando a mão.
-Depois Solange, no final da aula você esclarece sua dúvida.
Transcorreu a aula, o professor Antônio juntou seus materiais e fez um sinal pra Sol o acompanhar, enquanto passava pelo corredor, o outro professor passou por eles, ele esclareceu a ausência de Sol durante uns
minutos que já a liberaria, ele assente, e os dois entram na sala dos professores.
Como as aulas continuam, só tinha Sol e o professor dentro da sala dos professores.
Ele encosta na mesa cruza os braços e observa Sol que estava nervosa em pé o olhando.
-Então?!
-Professor Antônio, a última avaliação era crucial eu precisava tirar 8 pontos, ela valia 10 eu não entendi, se eu errei uma pergunta, eu tirei os 8.
-Sol. Ele pega a prova dela na pasta a coloca na mesa e a chama pra ver, ela se aproxima. Essa primeira questão valia um ponto, da segunda até a quarta, valia dois pontos cada, e a última questão a quinta,
valia três pontos, você errou a última logo tirou 7 pontos na prova valendo 10., e não oito o que você precisava.
-Professor, eu pensei que era dois pontos cada pergunta!! A minha mãe vai me matar se eu entrar na recuperação... estamos com viagem marcada, ela está muito animada, programou essas férias o ano todo.
- Em nenhum momento eu anunciei o valor de cada questão Sol\, só o valor total da prova.
-Professor Antônio, não tem nada o que você pode fazer? Ou o que posso fazer? Diz ela desesperada. Eu
passei em todas as matérias, vou ficar presa no colégio por essas semanas e correndo o risco de perder o ano por causa de um ponto?
O Professor abre um sorriso, que ela estranha e se afasta devagar. Ele abaixa os olhos pelo corpo dela apreciando e volta pro seu rosto. Sol muda o semblante para um olhar firme e se mantêm em silêncio.
-Eu não posso fazer nada Sol, mas você pode fazer sim...
Sol engole seco, e sem acreditar na audácia dele, nunca imaginava que passaria por aquela situação, ela sentia o tom da voz dele diferente e o ar de tensão.
-O que você quer dizer com isso Antônio, o que você está sugerindo? Seja mais claro! Diz com a voz firme, não iria permitir se abalar na frente dele.
-Eu mudo a prova, eu coloco cada questão valendo dois pontos, você conseguirá atingir os oitos que você precisa, se você me mostrar eles. E olha para os meus seios.
-Não acredito!! Você fez isso de propósito? Como você tem coragem?
- Olha se não quiser\, tudo bem... não vou te obrigar a nada\, não lancei as notas no sistema\, vou fazer hoje\, e depois não será possível fazer mais nada. Disse enquanto juntava os papeis pra dentro da pasta.
-Só ver?! Mais nada?! Diz Sol com a voz embargada.
-Sim! Não vou te tocar... a não ser que queira. Ele dá um sorriso de lado.
Sol se mantêm com o rosto sério, segura a barra da blusa de uniforme e levanta até o pescoço, depois levanta o sutiã, e os seios ficam a mostra para ele.
-Delícia.... sussurra o professor;
O professor devora a com os olhos, e dá um passo na direção dela, que recua, abaixando o sutiã e em seguida a blusa.
-Deliciosa. Quanto você quer para deixar eu pegar. Te pago o valor que pedir.
- Já fiz o que combinamos!
- Ok\, não se preocupe com sua nota.
Sol vai em direção a porta, e professor Antônio a chama.
-Sol.. Ela para e olha pra ele. Não preciso falar pra ficar entre a gente né.
- Não... não precisa... Diz Sol séria\, abre a porta e sai fechando-a.
Se vendo sozinha no corredor, ela corre em direção ao banheiro feminino, chorando, lava o rosto e tenta se controlar. Após alguns minutos, seca o rosto, olha no espelho, tenta colocar um semblante normal, apesar de seus olhos inchados e vai em direção a sala de aula.
-Tudo bem? Diz Jhonatan no ouvido dela, após ela se sentar na carteira.
-Tudo. Ela cochicha de volta. Só estou com cólica. E dá um sorriso pra ele.
Ele sorri de volta, faz um carinho e eles focam novamente no professor de matemática a sua frente.
Sol já de volta no apartamento, não foi a mesma durante o dia, mas os amigos acreditaram na desculpa que deu. Eles a trouxeram de volta pra casa, após a aula, porque daqui a dois dias ela e a mãe vão fazer uma incrível viagem a praia, ela precisava acabar de finalizar as malas.
Seu celular vibra, ela passa o dedo e olha mensagem no grupo dos amigos.
-Combinado então... as 8 nos encontremos na boate..
Seguem várias mensagens de todos combinando, quem busca quem, se vão ou não de carro de aplicativo, por fim, Sol digita mensagem:
-Gente, não vou não, não tô bem... mas divirtam que dá pra mim..
Segue várias mensagens reclamando... Sol bloqueia o celular e continua a aprontar a mala.
Malas prontas, estava na sala, assistindo TV , entra sua mãe animada, e quando Sol menos esperava o Antônio, professor dela, entra atrás.
-Sol... meu amor... o Antônio me falou que você conseguiu passar de ano!! Estou tão feliz!! Ela a abraça, retribuo enquanto observo o Antônio que me olhava com um sorriso cínico no rosto.
Sol narrando:
-Vamos comemorar!! Diz minha mãe... vou preparar um jantar delicioso pra nós três e podemos sair, ou assistir um filme juntos, nós três... o que acha?
-Nós três? Digo olhando para os dois.
-Sim filha!!
-Não mãe, obrigada, já tenho compromisso, já combinei de sair com meus amigos.... vou sair daqui a pouco..
-Ahhhh, então está bem... Ela me beija no rosto, eu afasto deles dois e vou para meu quarto, fecho a porta e a tranco. Pego o celular e mando mensagem no grupo:
-Galera... mudança de planos........ vou ir com vocês..
Começam a vir comentários deles comemorando, e por fim uma de Jonathan falando que a buscava, comento um emoticon de coraçãozinho, e um beijo.
Look de Sol:
Sol sai do quarto e encontra a mãe e o professor no sofá aos beijos, faz uma cara de nojo e vai em direção a porta.
-Não chegue tarde filha. Diz a mãe.
Ela olha pra trás, e vê Antônio a comendo com os olhos.
-Não se preocupe mãe.. E bate à porta.
Jonathan Duarte:
-Gata.... Você está muito linda. Diz Jonathan quando Sol entra no carro.
Ele segura se rosto com uma das mãos e a beija, Sol retribui, depois do beijo rápido, ele arranca com o carro ela abre a bolsa pega o espelho e retoca o batom.
Ao chegar na boate, encontram os amigos que estavam na portaria aguardando, uma turma de oito jovens, entre meninas e meninos. Se abraçaram e entraram em direção ao camarote.
A noite na balada foi regada a bebidas e danças animadas. Em um desses momentos Jonathan sumiu com Matheus, um de nossos amigos também.
Voltaram minutos depois rindo, Jonathan agarra Sol pela cintura e tenta beijá-la. Ela segura seu rosto e olha dentro de seus olhos o afastando.
-Não acredito que fez isso..
- O que gata? Vem cá vem... Passando as mãos pelo corpo dela.
-Jonathan... você usou essa porcaria de novo? Seus olhos... te conheço garoto.. você me prometeu..
- Gatinha... por favor.
-Vou embora Jonathan. Diz Sol, o soltando pegando o celular e tentando chamar um carro aplicativo quando Jonathan a alcança e a segura pelo braço, fazendo ela se voltar.
-Vou te levar gata, desculpe, mas eu vou te levar.
-Você não tem condições... Tchau Jonathan
-Por favor gata... Sol.. venha, eu sei o que estou fazendo. Só estou ligado... não é do jeito que você pensa, vem...
Ele pega a mão dela e vão em direção ao carro, Sol entra coloca o cinto. Jonathan liga o carro, coloca um funk alto, e saem.
Alguns minutos depois, uma viatura atrás faz sinal pra eles encostarem.
-Merda... Diz Jonathan
- O que foi?! Sol olha pra trás e o corpo gela. Agora ferrou!!
Jonathan abaixa o vidro, e o policial lá fora observa os dois dentro do veículo.
-Cadê seu cinto senhor?
-Desculpe, eu esqueci. Jonathan tenta colocar o cinto.
-Documentos por favor. Diz o policial
Jonathan entrega o documento do carro.
-Habilitação senhor... Ele arqueia a sobrancelha
-Não tenho senhor. Tenho 17 anos.
-Que merda heinm... sai do carro, e moça, a senhora também.
Eles saem do carro e encostam as costas no carro. Sol abraça os próprios braços, pensando “Porque não chamei o carro de aplicativo, Sol, você é uma idiota”, enquanto observava Jonathan ser revistado pelo policial.
Outro policial chega perto da Sol.
-Posso ver dentro da sua bolsa senhora?
-Claro.. Abro a bolsa ele olha, assente a cabeça.
- Agora me explica o que fazia nesse carro.
Eu explico enquanto ele me observava com olho sérios, ele olha pra Jonathan de relance, algo chama a atenção dele e ele aproxima.
-Espera... Diz o policial. Ele aproxima de Jonathan.
-Tá doidão senhor? Diz o policial
- O que?! Jonathan diz tentando desfaçar.
- Revistem o carro dele... tem algo lá senhor? Diz o policial sem tirar os olhos de Jonathan
-Não senhor!! Antes de Jonathan acabar de falar, o outro policial grita dentro do carro “Achei.”. Jonathan suspira.
- Achei esse papelote no porta luvas\, acredito ser cocaína\, e tinha essa arma em baixo do banco do motorista.
-Meu pai é promotor senhor, por isso ando armado, não podemos vacilar...
-Você é menor de idade Senhor. Vou levar vocês pra delegacia. Bora...
Sol narrado:
Sento no banco de trás na viatura ao lado de Jonathan, sentia uma mistura de sentimentos, raiva, medo, ansiedade. Só faltava isso na minha vida, ser presa por que o idiota se droga, anda armado, não ter carteira eu já sabia, mas eu não seria presa por esse motivo. Então não ligava.
Mas drogas e arma é outra coisa, quando chegamos na delegacia, me sento enquanto eles ligavam para nossos responsáveis.
Minha mãe chega em minutos, sendo trazida pelo Antônio. Já chega fazendo escândalo, gritando comigo, os xingamentos variam de irresponsável, mimada, sem juízo. Me mantenho calada, a tontura que sentia antes, já tinha se dissipado a horas devido a tensão que passava.
No momento chega o pai de Jonathan, lindo quanto o filho, sua presença era imponente, falava com calma com os policiais e ao ir em direção a sala do delegado, passa um olhar em mim e volta a atenção pra minha
mãe, abre a porta e aguarda ela entrar e fecha a porta na cara de Antônio quando ele ia na intenção de entrar também.
Não aguentei e ri, vendo a frustação dele, ele se aproxima de mim e senta ao meu lado.
-Está ferrada hein .... Ahhhh, você sabe a novidade?
Me mantenho calada, mas não consigo esconder minha cara de curiosidade.
-Vou viajar com vocês duas. Sua mãe me chamou, e eu aceitei. Já combinei com o colégio que irá colocar outro pra aplicar as provas de recuperação para mim, e posso viajar com vocês.
Ele abaixou o tom de voz, mantendo quase um cochicho. "Será uma delícia ver você
todo dia... quem sabe não podemos aproveitar para conhecermos melhor..." Ele aperta minha coxa, que me assusta e levanto rapidamente indo pra fora da delegacia, aproximo em um canto na calçada e vomito.
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