...⚠️ AVISO ⚠️...
...Peço a você leitor que respeite o meu modo de escrever, pois, é através dele que expresso a minha verdade e autenticidade como autora. Cada palavra é cuidadosamente escolhida para transmitir sentimentos e ideias únicas. E além de eu ser autora aprendendo a escrever a cada obra, também sou humana como você....
...Boa leitura 🥀...
Desde que era criança e vi os primeiros raios de sol iluminarem minha infância, aprendi a encontrar a beleza nas coisas simples da vida. Meu nome é Melinda Clarck e sou filha do temido Don Juan Clarck. Minha história tem momentos bons e ruins, por eu ser filha de um Don, e nascer em uma família mafiosa.
Cresci em uma mansão cheia de segredos profundos, assim como as raízes das árvores antigas. Enquanto ouvia os sussurros do submundo da máfia ecoando pelas paredes, eu me refugiava nos jardins, onde as pétalas dançavam ao vento. Gosto de admirar cada planta, cada rosa e sentir o cheiro suave de cada uma, e é isso que me torna diferente de muitas princesas da máfia.
Mas agora, diante de um futuro incerto, estou enfrentando um dilema que desafia quem eu sou. O destino me uniu a Arthur Montanari, herdeiro de um império envolvido na escuridão da máfia.
Desde bebês, fomos prometidos mutuamente em um ritual de sangue, feito quando ainda éramos crianças. Nossos destinos foram selados e nossas vidas ficaram entrelaçadas de uma maneira que eu não conseguia entender na época.
Lembro-me daquele dia como se fosse um sonho distante, os adultos com olhares solenes, a pressão do metal contra minha pele infantil. Éramos crianças, mas as palavras ditas naquela cerimônia tinham um peso que eu não entendia completamente.
Enquanto crescia nos jardins floridos da mansão Clarck, eu via o mundo com olhos inocentes, encontrando beleza nas coisas simples da vida. Com o passar dos anos, percebi a realidade da aliança, que foi feita para mim, e o que isso significa.
Arthur, o herdeiro do império Montanari, carregava consigo a marca da máfia, uma herança que o destinava a um caminho de dureza e crueldade. Nossos mundos eram como o dia e a noite, contrastando de maneiras que continuo aprendendo a entender.
Aceitar esse casamento não é uma escolha baseada no amor, mas sim uma responsabilidade que carrego. A união das nossas famílias é mais do que um simples formalismo, é uma promessa feita com o sangue que corre em nossas veias.
Enfrentando essa nova realidade, sei que não posso ser apenas a garota que encontra beleza nas flores. Sei que devo ser forte, resiliente e capaz de lidar com os desafios que estão por vir. Mesmo que eu não tenha escolhido esse caminho, estou determinada a enfrentá-lo com graça e coragem. Pois fui ensinada para isso. Para ser a esposa perfeita à altura de um herdeiro.
Os Montanari e os Clarck, unidos por laços de poder, esperam que essa união fortaleça o equilíbrio de forças em nosso mundo sombrio.
No entanto, não posso negar a inquietação que sinto no coração, pois desejo um amor que seja fruto de escolhas livres, não das correntes de uma aliança política. Mesmo assim, encontro consolo na capacidade de encontrar beleza mesmo nos momentos mais difíceis, e nos meus pensamentos conturbados.
Mesmo aceitando esse casamento, não é uma rendição, mas uma promessa que faço a mim mesma de encontrar a luz na escuridão, se é que essa luz exista em um mundo tão complexo, como o nosso. Mas acredito que, mesmo na situação mais difícil, sempre há um raio de sol que encontra seu caminho.
Por isso, estou decidida a encarar o futuro com graça e coragem. Sei que a verdadeira força está em encontrar a beleza escondida entre os desafios. Minha história se entrelaça com a de Arthur, desafiando as expectativas e mostrando que até mesmo nas alianças mais improváveis, há espaço para a beleza florescer.
Não sou o tipo de mulher que se encolhe chorando nos cantos escuros. Meu pai, Don Juan Clarck, um homem respeitado e temido, não me criou para ser frágil. Cresci em uma mansão cheia de segredos, enquanto os sussurros do submundo da máfia se misturavam nas paredes, eu encontrava refúgio nos jardins, onde as pétalas dançavam ao vento.
Agora, diante de um casamento imposto, sei que tenho a responsabilidade de manter a união das famílias e equilibrar as forças que moldam nosso mundo sombrio. Arthur Montanari, herdeiro de um império envolto em sombras, será meu parceiro nessa dança de dever e determinação.
Não é um casamento que escolhemos, assim como ele também não escolheu. Mas é uma responsabilidade que aceito, pois sei que o futuro de nossas famílias depende disso. Aceito porque sei que a força está em transformar as adversidades em oportunidades.
Estou decidida a enfrentar o futuro com a mesma coragem que encontro nas flores. Foi nesse momento que meu pai me resgatou dos meus pensamentos, com sua voz grave:
— Você ama essas flores — ele disse, com ternura e preocupação, como se soubesse que elas eram uma extensão da minha alma.
— Sim, as flores são lindas e frágeis. Se eu fosse outra pessoa, abriria uma floricultura. — Respondi, tentando dissipar qualquer tristeza que pudesse estar presente. — Eu amo o cheiro suave de cada uma delas.
Meu pai se aproximou de mim, com sua presença imponente, e me deu um beijo na testa. Suas palavras eram uma promessa de que ele sempre estaria lá, mesmo diante das incertezas que estavam por vir:
— Você é minha rosa rara, filha. Agora, essa rosa terá um novo lar e uma nova história. Assim como essas rosas ao nosso redor, você precisa ser cuidada. Tenho certeza de que Arthur Montanari fará isso muito bem. Caso contrário, eu mesmo o enfrentarei. — Sua voz, apesar de firme, carregava preocupação paternal, refletindo o amor que ele sentia por mim. — Você é mais valiosa do que todos os jardins do mundo, minha querida.
Olhei nos olhos do meu pai, encontrando neles a promessa de proteção e a responsabilidade que eu carregava. Sabia que minha nova jornada estava prestes a começar e que, mesmo diante das incertezas, eu era uma rosa que carregava a força de um jardim inteiro.
Minha vida foi esculpida nas pedras do poder e da lealdade desde a infância, onde fui criado para liderar o império Montanari, aprendi cedo que a máfia não tolera hesitação. E meu pai, Don Ethan Montanari, um nome que ecoa em reverência e temor nos corredores da cidade, não me criou para ser complacente, onde fui forjado no fogo da competição e na frieza das decisões difíceis.
Meu casamento se aproxima, e até agora, eu e a minha prometida somos completamente estranhos, ligados apenas pelo fio de uma promessa selada em sangue, onde a tensão é palpável, como uma eletricidade no ar que anuncia um encontro que foi adiado por tempo demais.
E é no altar, que nossos olhos vão se encontrar pela primeira vez, e será um momento marcado pela gravidade de nossos sobrenomes e pelas expectativas que pesam sobre nossos ombros e isso não é uma união por escolha, mas uma obrigação que carregamos.
Eu sinto a incerteza pairando sobre mim, como uma sombra que se move silenciosamente ao meu redor. No entanto, também há uma chama de curiosidade, uma centelha de esperança de que, mesmo em meio às sombras, possamos encontrar um entendimento mútuo entre nós, ou não.
Enquanto nos aproximamos do dia que selará nosso destino, sei que a jornada será uma trilha árdua, repleta de desafios que exigirão minha determinação inabalável, mas também sei que, como a rocha que sustenta nosso império, há uma força nas raízes mais profundas que nos unem.
Não sou um homem que se deixa levar por encantos superficiais, ou por formas e contornos, pois valorizo a inteligência, a perspicácia, a habilidade de enxergar além das aparências e minha futura esposa é uma incógnita, uma mente que ainda não desvendei, e talvez, nesse casamento forçado, encontremos uma forma de compreender um ao outro em meio a esse mundo de sombras que nos envolve.
O amor e eu, somos estranhos. Meu coração foi forjado no gelo da razão, nas trincheiras da lógica e na estratégia, pois não busco a calorosa chama do romance, mas sim a solidez da parceria e a verdade é que, em meu mundo, não há espaço para o amor tal como as histórias o pintam.
Existe, no entanto, algo que carrego em meu íntimo, mesmo sem ter conhecido o amor. É o respeito pela instituição do casamento, pela aliança que transcende os desejos individuais, porque passei por diversas mulheres, mas foram meras passagens em meu caminho, peças temporárias em um jogo de poder e isso fez com que eu não me apegue a nenhuma delas, pois todas são recursos que utilizo e manípulo, quando e onde quero, porém um tempo depois elas perdem o seu valor e por isso a descarto.
Porque para mim o mais importante são os negócios que a família Montanari tem com a família Clarck, nós lhes devemos muito por sua ajuda e isso vai desde a morte do meu irmão gêmeo, Nathan, ele foi alvo de nossos inimigos, mas o bom é que tudo foi cobrado no tempo certo.
— Filho, você está bem… faz horas que está neste escritório e não comeu nada. — disse minha mãe, com expressão preocupada.
Eu hesitei por alguns segundos, imaginando o quanto ela sofreu quando meu irmão partiu dessa vida. Éramos tudo para ela, e ela sempre falava disso. Mas agora, sou a sua única preocupação diária.
— Não se preocupe, mãe. — digo me levantando da cadeira, e vou até ela.
— Coma algo, eu pedi para que Mila prepare algo para você. Não pode só se afundar no trabalho. — Ela alisou o meu rosto.
— Tudo bem mãe, peça para trazer e eu comerei.
— Ah querido… o seu pai saiu e disse para você ir até a boate resolver alguns assuntos com os russos.
— Papai… papai sempre me jogando nos abismos, odeio essa gente. Mas vou assim mesmo, não se preocupe.
Naquele momento, senti o peso da responsabilidade recair sobre os meus ombros. Minha mãe tinha razão, eu não podia me perder no trabalho e ignorar minha própria saúde. Enquanto ela se afastava para falar com Mila, tomei um momento para refletir sobre as palavras de meu pai. Sabia que lidar com os russos não seria tarefa fácil, mas era uma responsabilidade que eu não podia evitar.
Me recordei de um dia, na qual não entramos em consenso na mesma opinião, e por causa disso, tive que matar um deles dentro da casa noturna, vendo o seu sangue podre, molhar todo meu tapete caríssimo. Desde então, eles têm sido uma pedra no meu sapato.
E após um breve momento, Mila trouxe um prato com uma refeição reconfortante. Sentei-me à mesa e comecei a comer, permitindo-me um breve momento de pausa em meio ao caos que parecia cercar a minha vida e mais tarde, deixei a casa e dirigi até a boate.
O ambiente sombrio e pulsante parecia um mundo à parte. Encontrei-me com os contatos necessários para iniciar as negociações com os russos. Sabia que teria que mostrar determinação e firmeza para proteger os interesses da família.
Enquanto eu adentrava no local, o rosto do meu irmão gêmeo, Nathan, piscou em minha mente. Ele sempre foi melhor em lidar com situações como essa. Mas agora, era minha responsabilidade honrar sua memória e manter a família segura, custasse o que custasse. Era sempre assim, quando eu não queria ir às reuniões que me incomodavam, ele era especialista em vir no meu lugar, e se passar por mim.
À medida que as conversas com os russos avançavam, mergulhei nas intrigadas negociações e na complexa teia de relações entre as famílias. Onde era um mundo sombrio e perigoso, mas eu estava determinado a proteger o legado dos Montanari.
Os minutos se transformaram em horas, a tensão no ar era palpável. Cada palavra, cada movimento era calculado com precisão. Sentia a sombra daqueles que vieram antes de mim, guiando-me pelos caminhos perigosos dos negócios da máfia.
Finalmente, chegamos a um acordo em que, embora não fosse ideal, protegeria os interesses vitais da família. Saí do local com um misto de alívio e exaustão, consciente de que havia cumprido a missão perigosa que meu pai me designara.
Assim que a reunião foi encerrada, saí para fora para fumar um cigarro, antes de ir embora, e ali na área VIP, observei atentamente as pessoas dançando e se divertindo como podiam.
A atmosfera pulsante da boate contrastava com o mundo sombrio dos negócios que eu acabara de enfrentar. Enquanto tragava meu cigarro, permiti-me um breve momento de reflexão. As noites como essa, eram um escape temporário da realidade implacável em que vivíamos.
Meus olhos varreram a pista de dança, até que os encontrei em uma mulher de cabelos ruivos, ela estava no meio da multidão, dançando com uma graciosidade cativante. Ela parecia estar completamente à vontade naquele ambiente, como se fosse parte integrante daquele mundo noturno.
Um sorriso involuntário surgiu em meus lábios enquanto a observava. Havia algo magnético nela, algo que ia além da superfície, e algo nela me chamou a atenção. Parecia tão inocente, mas eu sabia que nada naquele mundo era o que realmente parecia. Rapidamente, decidi sair da casa noturna. Não tinha mais nada a fazer ali.
Eu estava entediada por ficar em casa tempo demais sem sair, pois fui criada e treinada para ser uma esposa perfeita para o herdeiro Montanari, eu nunca frequentei escola, meu pai trouxe a escola até mim, aprendia tudo em casa mesmo e não costumava sair muito para festas, mas hoje decidi ir à boate do meu futuro sogro. Com meus seguranças e algumas amigas foram comigo.
Ao entrar na boate, fui envolvida por uma atmosfera elétrica e pulsante e à medida em que entrava naquele ambiente fui envolvida pela música alta e as luzes dançantes, que criavam um mundo à parte e tudo era muito diferente da tranquilidade de casa, olhei ao redor, observando a multidão que dançava e se divertia, então me senti como uma peça fora do lugar.
Meus seguranças estavam sempre por perto, atentos a qualquer movimento suspeito. Era um lembrete constante do mundo perigoso que rondava nossa família. Apesar disso, senti uma mistura de excitação e nervosismo por estar ali.
Enquanto me movia ao ritmo da música, meus olhos capturaram a figura de um homem que parecia estar em sintonia com o ambiente. Ele emanava uma aura de autoridade e confiança, algo que eu não estava acostumada a ver nos homens da alta sociedade mafiosa, com quem eu convivia.
Fiquei observando-o discretamente, mas desviei o olhar rapidamente. Porque em poucos dias, eu seria uma mulher casada, e isso não me convinha fazer, já que sempre soube o meu lugar e o papel que me era destinado.
Retornei à minha pequena bolha de familiaridade, cercada pelos seguranças e minhas amigas, eu tentava encontrar conforto na familiaridade desses rostos conhecidos, mesmo que a agitação da boate parecesse um mundo à parte.
Enquanto a noite avançava, senti-me dividida entre o desejo de aproveitar aquele momento e a responsabilidade que carregava como futura esposa do Montanari, era um equilíbrio delicado, e eu estava determinada a honrar as expectativas que pesavam sobre mim.
O tempo passou rápido, e logo estava pronta para deixar a boate. Olhei uma última vez para aquele homem que havia chamado minha atenção, sabendo que aquele encontro fugaz ficaria marcado em minha memória. No entanto, ele não estava mais lá.
Ao sair da boate, o ar noturno me envolveu novamente, trazendo um alívio momentâneo. Sabia que o destino estava traçado, e em breve eu me tornaria parte da família Montanari, com todos os deveres e compromissos que isso implicava. Então, aquela noite foi a última que pude sair ainda solteira.
Porém nos dias que se seguiram, o peso das expectativas crescia sobre meus ombros e os preparativos para o casamento estavam em pleno andamento, e cada detalhe era meticulosamente planejado para garantir que a união entre as famílias fosse impecável.
Enquanto eu experimentava os vestidos e participava das reuniões, minha mente vagava de volta naquela noite onde me encontrava na boate. O rosto daquele homem ainda pairava em meus pensamentos, um lampejo fugaz de algo que poderia ter sido, mas que agora era apenas uma lembrança longínqua.
Eu estava determinada a cumprir meu papel com graça e dignidade. Era minha obrigação como futura esposa dos Montanari, e eu não hesitaria em honrar esse compromisso. Por mais que o destino pudesse ter traçado outros caminhos, sabia que minha responsabilidade era com a família e com a tradição que me fora confiada.
E pela parte da tarde, minha mãe me acompanhou até uma loja de sapatos, onde passamos horas escolhendo o par perfeito para o meu casamento. Cada detalhe era cuidadosamente considerado, e sua presença ao meu lado tornou o momento ainda mais especial.
Após a loja, decidimos nos mimar com uma tarde de relaxamento em um spa luxuoso. As massagens e tratamentos nos fizeram sentir como se estivéssemos flutuando em um oásis de tranquilidade. Era um tempo valioso juntas, longe das pressões e expectativas que rodeavam o casamento iminente.
Dali, fomos direto para o salão, onde nossos cabelos estavam meticulosamente preparados para o grande dia. Cada traço do penteado e cada toque de maquiagem eram uma expressão da arte e da dedicação dos profissionais.
A nossa tarde foi maravilhosa. Rimos, conversamos e compartilhamos segredos como cúmplices de longa data, a conexão entre mãe e filha era palpável, eu me sentia grata por ter alguém tão especial ao meu lado.
Ao final do dia, quando olhei para o espelho me vi como uma noiva radiante diante de mim, soube que aquela lembrança ficaria gravada em nossos corações para sempre, pois estávamos prontas para o novo capítulo que o destino tinha reservado para nós.
O nosso casamento seria na mansão Montanari, a partir da noite, eles escolheram essa forma, e o cenário prometia ser verdadeiramente deslumbrante.
Conforme a tarde se transformava em noite, o jardim da mansão era meticulosamente decorado com luzes cintilantes e flores exuberantes. Cada detalhe refletia a grandiosidade e a tradição da família Montanari. pude ver somente em fotos, que minha sogra enviou para meus pais.
Enquanto me preparava para a cerimônia, senti uma mistura de emoções, meu coração batia forte no peito, mas a certeza de estar prestes a unir minha vida com a do meu noivo me trouxe uma sensação de tranquilidade.
Minha mãe estava ao meu lado, radiante em seu vestido elegante. Seus olhos brilhavam com orgulho e ternura. Sabia o quanto esse momento significava para ela, não apenas como mãe, mas como alguém que compreendia a magnitude do que estava prestes a acontecer.
Meu pai também estava perfeito, vestido em seu terno social preto, que realçava perfeitamente o seu jeito sério de ser, enfim, estávamos todos prontos e minhas mãos estavam frias, geladíssimas, mas meus pais estavam sempre ao meu lado, segurando minhas mãos, enquanto me diziam que tudo ficaria bem.
Nós entramos na limusine, e atrás do nosso carro vinham dois veículos com seguranças, mas no caminho, cinco viaturas fecharam nosso carro, forçando-nos a parar.
— Papai, o que está acontecendo? Por que eles nos pararam? Quem são essas pessoas? — Minha voz trêmula ecoou na limusine.
— Fique tranquila, meu amor, fique tranquila.
Papai tentou manter a calma, mas havia uma tensão palpável no ar, ele pegou uma arma em sua cintura, enquanto minha mãe me abraçava forte e dizia:
— Filha, preste bem atenção. Saia daqui agora mesmo, corra para onde puder. — Mamãe me olhava com olhos marejados, segurando meu rosto entre suas mãos trêmulas.
O nosso carro foi atingido por tiros, muitos tiros. Papai tentava me proteger, enquanto nossos seguranças reagiram, abrindo fogo contra os atacantes, a troca de tiros era ensurdecedor, uma tempestade de balas que parecia não ter fim e o caos reinava do lado de fora, e o terror se instalava em meu coração. A adrenalina pulsava em minhas veias enquanto mamãe tentava me manter calma:
— Escute-me, minha querida. Fuja daqui, agora. Vá logo, encontre um lugar seguro e se proteja. Nós cuidaremos do resto. — Mamãe sussurrou novamente, dessa vez com urgência, não tive tempo para mais perguntas.
Com o coração batendo descompassado, abri a porta da limusine e corri para o abrigo mais próximo. Enquanto o som dos tiros ecoava ao meu redor, eu sabia que minha vida estava prestes a mudar de forma irrevogável.
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