O Menino Girassol: O Amanhecer Violento
Onesh t
Antes de começarmos a leitura do 'Oneshot', eu quero apresentar para vocês uma música.
O nome dela é "Lo Lo", de Omah Lay, e é um afrobeat que pode se relacionar um pouco com a narrativa.
Espero que vocês percebam a música, e que mergulhem na teoria da letra e nos momentos calmos e agitados da música, mas qualquer coisa, a letra está no Google!
"Lo Lo", de Omah Lay
Not support
É tudo, burgueses e burguesas, boa leitura!
Suspirei passando a mão por toda a minha extensão facial.
Eu já estou suspirando há uma hora e essa aula parece nunca mais acabar.
Isso está me deixando aborrecido demais.
Tem um menino na sala que esconde um segredo de todos na escola.
Nunca nessa vida pensariam que atrás daquele sorriso animado e animador que faz o dia de todas as pessoas, que chega na escola num tempo razoável e conversa com o seu grupo de rapazes sobre as coisas mais vergonhosas e manda as fotos mais vexatórias,...
Eu descobri esse segredo.
Hoje é dia 9 de outubro e neste preciso momento são 11:43.
Eu estou fazendo nada mais nada menos que o observando dormir sobre os seus braços apoiados na mesa.
Ele respira tão levemente que a professora nem repara no que acontece aqui.
A sua cara está enterrada entre os braços magros e parcialmente musculados com uma marca vermelha que não consigo identificar, escondendo o seu nariz estreito e pontudo e os seus lábios grandes e rosados.
“Rose lips” é como se diz, porque eu tenho visto bastante no Tik Tok as referências à face das pessoas, portanto eu sei descrever tudo sobre ele.
É um exame fácil para mim, mesmo que eu raramente olhe para ele, nem quando ele está focando em outras coisas.
Os seus lábios têm o formato de um coração, o que, normalmente, é atraente nas mulheres, mas nele fica muito melhor que em muitas delas.
Me atrai como uma força, me chamando para ficar no controle dele para o resto da minha vida como um escravo, mas um escravo que assinou o contrato de entrega da sua mortalidade a um deus.
Os olhos de medusa nunca me petrificarão do mesmo jeito que os seus.
Repousando sobre o pesar da vida injusta, a sua, a minha, de todos os de bom e mau coração, os que ajudam e os que enganam, os que amam e os que odeiam, os que correm e os que se escondem.
Sinto-me observado por você. Já duvido do seu sono mesmo não devendo, pois eu sei o porquê.
Porquê você não se deita sobre mim, cacheado?
Descanse no meu peito e não no meu peito, porque assim eu morreria de alegria sem aproveitar a alegria.
Só quero que ame mais que o amor de amigos, mais que amor de irmãos e mais do que a rainha amou o seu servo dos velhos livros das meninas da elite que contam mentiras com dores escritas.
Eu te quero mais que o mundano, moreno.
Você é o único me mostrando o caminho para o Abismo enquanto eu observo as suas linhas.
Eu sei que é você e eu sei que sabe, mas não gosta que te lembrem das suas feições femininas.
A ampulheta de Cronos, roubada por um humano controlando outro ser inocente e sem rumo, parado no tempo pelo semideus que descansa sobre o meu desespero.
Descida brutal que vai apertando sem um pingo de desconfiança da rampa a 45º que espera.
Por isso que se tornou mortal para mim se aproximar dessa cintura.
Eu quero segurar a sua cintura exposta pelas suas t-shirts traidoras, porque você não sabe, mas todas elas te odeiam.
Caso contrário não deixariam o desejo nos olhos dos pervertidos.
Não só te culpo, mas também te julgo, insulto, rebaixo, humilho.
Te humilhar… eu quero te humilhar.
Eu quero te ameaçar de contar a sua verdade suja, impura e podre para que implore de joelhos e em lágrimas a mim pelo meu silêncio.
Porque eu ia amar ver a sua dor e a sua expressão se isso fosse o século XVI e eu um daqueles homens que julgam os ímpios para o público, falando todos os pecados que cometem e que ganha um salário absurdo devido a uma Ordem Superior.
Eu te levaria, melhor, te arrastaria segurando os seus cachos loiros ao supremo tribunal dos mundanos para você ser sentenciado pelos padres e homens justos do Soberano que nos observa, para ser desprezado, envergonhado e estilhaçado com as palavras do Divino e pelo público iluminado.
Eu rasgaria a sua roupa para se lembrar que um dia já fiz parte da sua vida naquele quarto apertado e quente, e te traí naquela mesma madrugada em busca de prestígio.
Você me olharia com ódio, raiva e desejo de dar um fim na minha vida acorrentado à sua garganta, pois você sabe melhor que ninguém que se você abrir a boca aqui, duas coisas acontecem: você morre ou é humilhado na corte enquanto é obrigado a executar o seu pecado.
Meu cacheado, porque você me…tortura?
Por favor, me leve, mas antes, me ame, é tudo o que eu te peço.
Me torture, mas não me deixe. Pelo menos não assim.
Estou com sérios problemas agora e ainda não tocou para a saída.
Eu ‘tô duro há um tempo só de olhar para a cintura dele e continuo preso.
Não consigo desviar a atenção para nada, porque eu ainda vou vê-lo, mesmo que seja indiretamente.
Ainda bem que vim de suéter grande, porque eu não ‘tô vendo outro jeito de conter essa merda.
Pior, ele está na minha frente, e dessa forma, é claro que eu vou começar a criar filmes.
Mërda de pensamentos imundos, não me deixam nem pegar o celular como se eu fosse perder qualquer coisa…
Se desse ao menos para pausar…
Porque você só… não senta no meu colo?
Isso resolveria tantos problemas, seu sem-noção!
Quero dizer,... pelo menos uma boa parte.
Porque o resto,... só com tapas e beijos.
Mas não como a novela, sabe?
Eu recebo os tapas e depois te beijo.
Também, eu sou ciumento, e vou brigar contigo se cumprimentar algum amigo meu.
Vou descobrir o que tiver e se não tiver, tenha cuidado.
Eu posso fazer com que tenha.
É o que você diria em lágrimas e raiva acumulada se descobrisse que eu tramei para você.
E eu ia dizer que te amo e você ia gritar que isso não é amor.
Eu diria muito calmamente que é por você que eu faço isso enquanto me aproximava para te abraçar e você recuava pedindo para que eu não me aproximasse, com medo, desesperado e trémulo, passando a mão entre os cachos de tanta raiva.
Disseram para dividir o pão, não você.
Vai dizer que não te parece bem?
Você não tem opinião aqui, para começo da conversa.
O que você faz não tem desculpa na Geena quem diria no Celestial.
Porra, não se mexe desse jeito, pequeno, eu não acho que eu vá durar muito tempo.
Inclinar a cabeça para trás já não ajuda em nada.
Eu ia deixar a sua cintura tão vermelha que ela ia apanhar o molde das minhas mãos de tanto apertar.
E eu ia te deixar tão mal que você ia ficar sem voz por muitos motivos imorais.
A corrosão por tanto te desejar está me colocando cada vez mais tenso sobre o pensamento de não te ter ou poder nunca te ter.
Isso é meio engraçado, vou ficar doente de amor.
E eu pensando que essa mërda era só nos filmes, mas eu realmente estou sentindo um pouco o que é.
Ou talvez seja outra coisa, mas eu só sei que estou… apaixonado.
Cura do paciente: o toque de um ladrão.
Um ladrão que não roubou do admirador fanático e impróprio que precisa de uma lavagem cerebral cada vez que respira o mesmo ar que ele.
Se pedir algo de mim, eu faço até um Taj Mahal para você.
Para você ver o que esse idiota faz por amor.
Eu devo ser o clichê em pessoa.
Mas se o clichê te fizesse me amar, eu preferia ser a origem dessa palavra.
E quero ser o início de tudo.
Eu quero fazer parte de você e quero que diga o meu nome várias vezes nos mais variados tons de voz e momentos.
Eu quero que seja livre para me mostrar quem são as outras pessoas importantes para você.
Porque se você as ama, eu acredito que é meu direito também.
Mas eu nunca vou amá-los da mesma maneira que te amo.
Eu sempre vou te mostrar o que eu sinto por você de várias maneiras e talvez uma em específico mais frequentemente.
Vou fazer isso parecer especial todos os dias até você dizer “Chega!”, e eu vou parar.
Eu vou te fazer sentir especial todos os dias.
Eu já os vi aqui na faculdade uma vez e você estava com eles, e você os abraçou.
Mas agora, eu quero que você me apresente para eles oficialmente.
E eu queria o seu abraço também
Deve ser ótimo segurar você na cintura durante um abraço.
Eu devo dar umas duas voltas nela.
E eu não ia te largar tão rápido, por isso se deite confortavelmente em mim e adormeça.
Clander
Cäralho, já tocou!
Consequentemente fui voltando ao estado indesejado após sofrer tësão compulsivo, e ficando depressivo.
Com aquele rosto sonolento e bochechas cheias e marcadas pelo bom sono.
Olhos abrindo e fechando lentamente como se ainda não soubesse o que está acontecendo à sua volta.
Começou a arrumar as suas coisas ainda com a cara de sono mais fofa que eu já vi.
Um amigo do grupo dele o chamou.
Um deus faz as suas coisas no seu tempo.
Assim… eu também tenho mais tempo para o apreciar.
Me levantei e comecei a arrumar as minhas coisas.
Ainda bem que vou embora, pensei que fosse morrer apenas olhando para alguém.
Esse lugar fica vazio muito rápido, que desgraça.
Foi nesse momento que a porta de uma sala abriu e alguém me puxou para dentro me encostando brutalmente na parede.
Isso doeu pörra, e eu quase perdi a visão aqui.
Essa pessoa segura o meu casaco o puxando com certa força.
Kaic
Você está me seguindo, não é?
Ele puxou o meu colarinho.
E está com o rosto tão perto do meu que eu sinto a sua respiração quente passando por mim.
Eu sinto que vou morrer aqui mesmo… Isso é um sonho?
Eu não sou masoquista, mas saber que fui pressionado por ele na parede de uma maneira que poderia ter me matado, é uma das melhores coisas que aconteceram este ano.
Clander
Calma… Eu posso explicar.
Ele me empurrou de novo contra a parede e admito que essa dor foi diferente.
Mas eu preciso manter a calma primeiro, principalmente com ele.
Falar num tom que ele não gosta não vai fazer com que eu saia daqui como entrei.
Clander
Primeiro, eu prometo não contar a ninguém o que eu vi ontem.
Kaic
É melhor mesmo, boneco.
Kaic
Se não quer desaparecer do mapa, eu aconselho você a costurar a sua boca com as agulhas da sua avó, você está me entendendo?
Kaic
Eu te odeio, entendeu?
Kaic
Você e todos esses pervertidos que cobiçam o meu corpo pensando que podem fazer o que quiserem só porque eu pareço uma puta.
Kaic
Pois me deixa te dizer uma coisa.
Clander
Eu nunca afirmei nad-
Kaic
Eu não terminei, filho da püta.
Pörra, ele olhou rapidamente para baixo.
Kaic
Você ‘tá com tesão por causa do que eu estou dizendo?
E para de se aproximar assim, eu 'tô ficando doido.
Kaic
Me responde, cäralho, o gato comeu a sua língua?
Eu vou me matar mais tarde.
Kaic
Fala essa mërda mais alto para você ver, seu lixo.
Kaic
Com quem você pensa que está gritando, seu nojento?
Kaic
Você quer morrer aqui, não é?
Pörra, quando ele aperta o meu cabelo dessa maneira…
Desculpa, Kaic, mas eu não posso ficar simplesmente parado enquanto você faz essas coisas comigo.
Eu sou louco o suficiente para nos trancar nesta sala e não duvide de mim nem me critique depois.
Kaic
É assim que você quer, é?
Clander
É assim que eu sempre quis.
Kaic
Eu vou mostrar a sua cabeça numa bandeja para toda a escola se eu escutar de um passarinho que isso aconteceu, você está me entendendo, seu pervertido?
Kaic
Eu mato você a sangue-frio.
Clander
Com toda a certeza.
Ele foi até uma mesa se sentando e abrindo as pernas para eu ficar entre elas e então nos beijamos e eu pude sentir aquela cintura desenhada por um artista misterioso que olhava para a tela com raiva da sociedade não o entender.
Mas eu o entendo, e entendo mais agora.
A consistência, a textura sobre a roupa, o quão bem desliza sobre as minhas mãos enquanto acompanho o beijo, tudo coopera para a melhor experiência corpo a corpo.
Eu quero te apertar tão forte… te puxar, morder, chupar, provocar e lamber para o prazer… te fazer sentir amado por mim e mais ninguém.
O calor, o silêncio, os sons do consentimento, me fazem querer passar à possessividade, à agressividade.
O momento em que o terei só para mim…
Clander
Não sabia que estava tão necessitado.
Clander
O dia mal começou.
Kaic
Hum…, cala a boca… me beija seu desgraçado.
Senhoras e senhores, isto é o Céu.
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