Olá, meu nome é Tatiane, tenho 24 anos e sou membro fervorosa da igreja Sara Nossa Terra. Hoje, trago para vocês um conto que, embora seja uma obra da minha imaginação, foi inspirado pela fé que compartilhamos e pela graça que nos une. Que a mão de Deus guie cada palavra minha e toque os corações de todos que se aventurarem nesta jornada de fé, esperança e amor. Este é um convite para explorar as profundezas da nossa crença, através dos olhos de personagens que, embora fictícios, buscam a luz em um mundo cheio de desafios. Que suas experiências ressoem com as suas e que, juntos, possamos encontrar a verdadeira essência do que significa viver sob a benção do Altíssimo. Amém.
Este conto é um romance tecido com as fibras da fé, onde personagens inspirados em figuras conhecidas se entrelaçam em histórias que celebram o amor divino e a jornada espiritual. Em cada página, você encontrará reflexões sobre a vida, o amor e a fé, sem desviar-se dos princípios do evangelho que nos orientam. Não haverá cenas explícitas ou conteúdo impróprio, pois o foco está na pureza do amor que transcende o físico e toca a alma. Cada personagem, embora possa espelhar a fama e a influência de figuras públicas, será uma criação original, e todos os créditos serão devidamente atribuídos onde for necessário. Prepare-se para mergulhar em um romance que honra nossa fé e exalta o poder transformador do amor verdadeiro. Que este conto seja um farol de esperança e inspiração para todos.
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Sarah Sonza, aos 24 anos, já havia vivido o suficiente para compor uma sinfonia de experiências que moldaram sua alma. Filha do meio em uma família de cinco irmãos, ela carregava em si a marca de um segredo que só veio à luz aos 16 anos: era fruto de uma traição. A revelação abalou as fundações de seu mundo, mas não sua fé.
Conhecendo seu pai, alguns anos depois ela se afastou da igreja, gravou seu primeiro DVD de músicas mundanas, mais pra frente, ela havia amado profundamente, entregando seu coração ao filho do amigo de seu pai, mas a traição desse amor a deixou com uma amargura que só a música poderia suavizar. Com lágrimas e notas musicais, Sarah canalizou sua dor em um álbum de músicas extraordinárias que ecoaram pelo país, elevando-a ao estrelato. A fama trouxe aplausos e holofotes, mas também um vazio que a riqueza e a adulação não podiam preencher.
Em meio ao turbilhão da vida pública, Sarah encontrou-se em uma encruzilhada espiritual. O brilho das câmeras não iluminava os cantos escuros de sua alma, e a sede de algo mais profundo a levou de volta às raízes de sua fé. Em um momento de clareza divina, ela se converteu, redescobrindo a igreja e a fé cristã que havia sido sua bússola antes da fama.
A história de Sarah é um testemunho de resiliência e redenção, um lembrete de que, mesmo quando a vida nos leva por caminhos tortuosos, a fé pode nos guiar de volta para casa. Junto com ela, dois amigos, Henrique e Lorenzo também se converteram, fortalecendo a amizade, virando mais que amigos, mas irmãos. Lançando um álbum de músicas de autoria de Sarah em acústico.
Capítulo 1:
Sarah, Henrique e Lorenzo acabara de chegar na cidade, na qual Sarah recebeu o pedido de seu pai, para que ela visitasse sua antiga escola, vai ter uma apresentação sobre a páscoa e seria bom ter um meio gospel na escola.
Sarah aceitou, com seus dois melhores amigos, ela chegou na sua antiga escola, muita coisa tinha mudado, mas se lembra de cada momento que viveu lá. Ela foi recebida pelos funcionários e professores da escola, a apresentação acontecerá na quadra da escola, onde já está tudo pronto e os alunos já aguarda começar.
Mas antes, Sarah dirigiu-se ao seu antigo diretor, amigo de seu pai, ela o cumprimentou e o abraçou
Diretor: a quanto tempo, hein, Sarah
Sarah: verdade… muita coisa mudou por aqui, no meu tempo não tinha quadra kkkkkk
Diretor: o governo ajudou, felizmente
Sarah: que bom, então vou começar a apresentação
Enquanto Sarah andava até a quadra, algo chamou a sua atenção, um homem representando Jesus, usando uma maquiagem de sangue falso e uma coroa falsa de espinhos, ela simplesmente seguiu em frente a quadra, chegando lá, Lorenzo e Henrique já tinha montado os equipamentos e os instrumentos que era um violão, uma bateria de mesa e im teclado musical.
Henrique: está tudo pronto, já pode começar
Sarah: Vocês viram a representação de Jesus?
Lorenzo: sim, foi obra de um grupo de católicos
Sarah: Católicos? se eu soubesse não tinha nem vindo
Henrique: infelizmente não nos falaram nada sobre isso, mas já estamos aqui e precisamos honrar a nossa fé e nossa religião
Sarah: verdade, vamos começar
Sarah pega o microfone, ajusta o volume, Henrique e Lorenzo se dirigem ao seus instrumentos.
Sarah: Primeiramente, Boa tarde a todos, graça e paz -os alunos respondem- é um prazer está aqui com você e antes de cantar algumas canções, eu queria que vocês se colocassem de pé para fazermos uma oração, pai nosso… -eles ficam de pé e começam a orar-
Após a oração Luísa canta algumas músicas de autoria sua, que gravou em modo acústico após ter se convertido.
(Jeová Jireh - Aline Barros, Seja forte - Isadora Pompeo e Eu tenho você + Era eu - amém)
Enquanto ela cantava Jeová Jireh, um homem coloca uma cadeira um pouco a sua frente, ela fica sem entender, mas então logo o homem que representava Jesus, entra na quadra e senta naquela cadeira, Sarah tenta não se abalar com isso.
Ela canta as outras musicas, sendo a última ela canta com Henrique e Lorenzo, terminando de cantar essas canções, Henrique e Lorenzo pregam sobre a morte Jesus e a páscoa
Henrique: Boa tarde, a paz do senhor, amém?
todos: amém
Henrique: eu quero ler aqui em Mateus, capítulo 26, quero falar um pouco da páscoa
Henrique abriu a Bíblia e começou a ler com voz firme e clara
Henrique: Quando Jesus terminou de dizer todas essas coisas, ele disse aos seus discípulos, 'Como vocês sabem, a Páscoa é daqui a dois dias, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado.
Após a leitura, Henrique olhou para os alunos e continuou
Henrique: A Páscoa não é apenas um feriado; é um momento para refletirmos sobre o sacrifício de Jesus, que deu sua vida por nós. É um tempo de renovação e esperança.
Lorenzo se juntou a Henrique e acrescentou
Enzo: E enquanto estamos aqui, reunidos, devemos lembrar que a mensagem de Jesus é uma mensagem de amor e perdão. Ele nos ensinou a amar uns aos outros como ele nos amou.
Sarah, observando a reação dos alunos, sentiu uma paz interior. Ela percebeu que, apesar das diferenças, o importante era a mensagem de amor e união que todos compartilhavam naquele momento.
Com a apresentação chegando ao fim, Sarah agradeceu a todos pela presença e queria encerrar com uma canção
Sarah: Vamos finalizar com a música Quem Nunca
Henrique: eita, a gente não ensaiou essa
Sarah: mas não tem como dar um jeito?
Henrique: pior que não, eu nem tô com os acordes e ainda teria que fazer uns testes
Sarah: eita…
O homem que havia colocado a cadeira a frente de Sarah, que é o mesmo que pertence ao grupo de católicos, percebeu que estava acontecendo alguma coisa, então ele se aproximou dos três
Homem: está tudo bem?
Sarah: sim, sim, só resolvendo uma coisa aqui
Lorenzo: amiga, e você não tem o play back da música em seu celular?
Sarah: não tenho, na verdade, a gente nem lançou as músicas em play back
Homem: que música seria?
Sarah: deixa, eu canto outra então
Lorenzo: Quem nunca!
Homem: quem nunca? eu sei tocar essa no violão
Sarah: Você sabe? minha música?
Homem: Sim, eu já ensaiei ela no violão
Lorenzo: ótimo! aqui está -ele entrega o violão aos homem-
Sarah: menino, tu sabe mesmo tocar essa música?
Homem: kkkkkk, eu sei, relaxa
Sarah: ok, então… -ela avança um pouco para frente, ficando de frente aos alunos- eu vou finalizar agora cantando uma música que… eu escrevi em um dos meus piores momentos… eu queria que vocês ficassem de pé, fechassem seus olhos e meditasse na letra dessa canção -os alunos faz como ela pediu e o homem começa a tocar-
(Quem Nunca- Kemilly Santos)
Lorenzo + Henrique
A música tocou no coração de muitos e não conseguiram conter, em lágrimas eles se derramaram, enquanto Henrique e Lorenzo se aproximavam dos alunos e dava um abraço, cheio do espírito santo.
Sarah fica surpreendida com o homem tocando violão, a melodia ficou melhor que a original, a música terminando, Sarah continuou ali, glorificando e sentindo a presença de Deus, ela chorava com alunos, em espírito, Jesus estava lá.
Finalizando, a escola aplaudiu calorosamente, e mesmo aqueles que tinham diferentes crenças sentiram-se tocados pela sinceridade e paixão com que as palavras foram ditas. A representação de Jesus, agora sentado tranquilamente, simbolizava a paz que a mensagem havia trazido à escola naquele dia.
E assim, Sarah, Henrique e Lorenzo planejavam deixar a escola, mas antes que saíssem, uma das professoras os chamou
Professora: vocês não gostariam de desfrutar do banquete em que preparamos na sala dos professores?
Sarah: a gente ainda precisa viajar para outra cidade
Lorenzo: mas talvez seja melhor, Sarah, assim a gente não perde tempo parando pra fazer um lanche
Henrique: verdade, é melhor ficarmos
Sarah: ok, vamos colocar os equipamentos no carro e voltamos
Eles colocam os equipamentos e voltam para a escola, direcionando para a sala dos professores, chegando lá, a sala estava cheia de professores e funcionários, uma grande mesa com diversos tipos de alimentos, tudo elegante.
Sarah e seus amigos entraram e se sentaram num sofá, ficaram conversando entre si, até que um professor chama a atenção de Sarah
Professor: Sarah, sinceramente, eu prefiria de quando você era do mundo
Sarah: bom, os planos mudaram e eu posso dizer que eu sou melhor com Deus
O professor sorriu com a resposta de Sarah e acenou com a cabeça, reconhecendo a convicção em suas palavras. Enquanto isso, os alunos começaram a se dispersar, ainda comentando sobre a apresentação e a mensagem que haviam recebido.
Sarah, Henrique e Lorenzo aproveitaram o banquete preparado pelos professores, trocando histórias e risadas com eles. A comida era deliciosa e a companhia agradável, e por um momento, eles puderam relaxar e desfrutar da hospitalidade.
Aquele mesmo homem que havia ajudado Sarah na apresentação, se aproximou dela novamente.
Homem: acho que não nos apresentamos, eu sou Nicolas, professor daqui da escola e bispo da igreja católica -ele estende a mão e cumprimenta os três, Sarah ver a aliança em seu dedo-
Sarah: prazer em conhecê-lo e obrigada por ter me ajudado naquele momento
Nicolas: Disponha
Henrique: Sabe, apesar de religiões diferentes, agente adora ao mesmo Deus
Outro homem: Verdade! mas não entendo por que vocês julga a gente, por causa dos santos -ele coloca a mão no ombro de Nicolas-
Nicolas: esse aqui é meu amigo, Paulo, bispo da igreja matriz da cidade
Paulo: mas não é verdade? quando vocês pulam e roda dentro da igreja, a gente não julga
Sarah: -ela olha pra ele da cabeça aos pés- na bíblia diz que não podemos adorar outros Deuses
Nicolas: mas os santos são apenas uma representação
Sarah: não, não é representação, vocês adoram a eles, fazem sacrifícios a ele, mas é como minha vó dizia, sacrifício de tolo
Paulo: eu gostaria de respeito a minha religião
Sarah: eu também! os santos de vocês tem mãos, mas não pega, tem pés, mas não anda, o homem que o carrega, porque ele nada faz! e sinceramente, acho que é a nossa hora de partir
Paulo: eu também acho
Os três se levanta, vai em direção a porta, Sarah sendo a última passar, escuta quando Paulo fala pra Nicolas, dizendo que Sarah e seus se amigos acham melhor que todo mundo.
Sarah: E só pra constar, eu não me acho melhor que todo mundo, só melhor que você! -ela fecha a porta-
Antes que eles pudessem sair da escola, a professora que havia convidado o trio para o banquete se aproximou deles com um olhar gentil.
Professora: Sarah, eu queria te agradecer. Sua música e suas palavras tocaram muitos corações hoje, inclusive o meu.
Sarah: Eu que agradeço pela oportunidade de voltar aqui e compartilhar um pouco da minha fé.
Lorenzo: E quem sabe não voltamos no próximo ano? Acho que seria ótimo!
Henrique: Com certeza, seria uma honra.
Nicolas: Sarah, eu poderia falar com vocês? -ele aparece por trás da professora
Professoa: vou voltar pra lá -ela sai-
Nicolas: eu gostaria de pedir desculpas pelo Paulo, ele acabou não respeitando a sua religião primeiro
Sarah: tudo bem, isso não vai mudar nada na minha vida -ela volta a andar-
Nicolas: espera! será que eu poderia ter o número de telefone?
Sarah: meninos, vocês podem ir, eu já chego lá. -Lorenzo e Henrique vão para o carro- Então, eu não posso passar meu número de telefone por questões de segurança
Nicolas: ah, tudo bem… então provavelmente nunca mais vamos nos falar ou se ver pessoalmente
Sarah: nunca se sabe, agora eu preciso ir, terei que viajar para outra cidade, honrar o convite de um congresso
Nicolas: Tudo bem, foi bom conhecer vocês
Sarah começa a andar em direção ao carro
💭Sarah: perdoa-me senhor, acabei pecando e agindo com desrespeito para calar aquele bispo💭
Com os corações aquecidos pela experiência, Sarah, Henrique e Lorenzo partiram para a próxima cidade, levando consigo as memórias de um dia que, sem dúvida, deixaria uma marca duradoura em todos que estiveram presentes. Eles sabiam que a jornada deles estava apenas começando, mas estavam prontos para enfrentar o que quer que viesse a seguir, juntos e com fé.
Já estava escurecendo quando Sarah, Lorenzo e Henrique chegaram no congresso, foram recebidos com muito amor pelo irmãos e já tinha preparado um lugar na primeira fila pra eles.
Logo o congresso começou, com três hinos da harpa, depois começou a dar oportunidades para as pessoas até que chegou a vez de Sarah, que pode cantar três canções e que cantou as mesmas da apresentação na escola.
O congresso foi ótimo, Deus se fez presente naquele lugar, várias pessoas foram batizadas com fogo e alguns receberam profecias da letra do senhor.
A igreja pertence ao seu antigo pastor de quando era cristã na adolescência, ele a convidou e ela não podia recusar esse convite.
Quando por fim, terminou, Sarah e seus amigos se dirigiram ao lugar decorado para tirar foto com algumas pessoas, minutos depois tirando foto, ela se surpreendeu com uma pessoa bem a sua frente
Nicolas: poderia tirar uma foto comigo?
Sarah: o que você está fazendo aqui?
Nicolas: eu vim assistir o culto, não posso? -ele pega o celular e vai para o lado dela
Sarah: não é isso, só não esperava te ver aqui -eles tiram a foto-
Nicolas: obrigado
Sarah: por nada
Sarah continua tirando foto com as pessoas, quando enfim terminou, ela foi lanchar, a igreja tinha preparado vários alimentos para distribuir.
Pegando seu prato, ela observou ao seu redor e viu Nicolas sentado do lado da quadra sozinho, então ela se aproximou dele e sentou ao lado
Nicolas: uau, nem acredito que tô comendo ao lado da Sarah Sonza
Sarah: não começa kkkkkk, isso aqui tá tão bom
Nicolas: verdade
Sarah: então, a sua esposa não veio com você?
Nicolas: …
Sarah: assim, eu sei que não tenho nada a ver com isso, mas pensei que ela viria com você
Nicolas: eu sou viúvo -Sarah fica espantada-
Sarah: nossa, sinto muito, meu Deus e eu ainda entrei nesse assunto
Nicolas: não, tudo bem, você não sabia… ela morreu a nove meses, deixou um filho com dois meses que hoje tem onze, desde então só foi nós dois, deixa eu te mostrar uma foto dele -ele pega o celular e mostra uma foto-
Pietro (11 meses) + Nicolas (27 anos)
Sarah olhou para a foto e viu um bebê com olhos brilhantes e um sorriso encantador. Por um momento, ela se perdeu naquela imagem, sentindo uma mistura de emoções.
Sarah: Ele é lindo, Nicolas. Tem os seus olhos.
Nicolas: Sim, ele é tudo o que tenho. E você, Sarah? Como tem sido sua vida?
A conversa entre eles fluiu naturalmente, e enquanto compartilhavam histórias e risadas, Sarah percebeu que Nicolas era mais do que um bispo, Ele era alguém com quem ela poderia compartilhar o presente.
À medida que a noite caía, as estrelas começaram a brilhar no céu daquela cidade, e o congresso que havia reunido tantas almas em busca de fé e comunhão, agora também se tornava testemunha de uma nova amizade renascendo das cinzas de memórias antigas.
Nicolas: Sabe, Sarah, eu não esperava que isso ia acontecer, mas estou feliz por isso. Você sempre teve um jeito especial de trazer luz para os lugares.
Sarah: E você sempre soube como fazer alguém sorrir, mesmo quando não parece haver motivo.
Eles continuaram conversando, e quando a noite terminou, ambos sabiam que aquele encontro não seria o último. Uma nova página estava sendo escrita em suas vidas, e talvez, apenas talvez, o destino tivesse mais surpresas reservadas para eles.
Nicolas olhou para o relógio e, com um suspiro leve, disse:
Nicolas: Já está ficando tarde, preciso voltar para casa. O pequeno Pietro deve estar acordando agora, eu deixei ele com minha mãe
Sarah: Claro, eu entendo. Bebê têm sua própria rotina, não é?
Nicolas: Exatamente. Foi muito bom te ver, Sarah. Espero que possamos nos encontrar novamente.
Sarah sorriu e, num gesto espontâneo, pegou um guardanapo e uma caneta. Ela anotou seu número de telefone e entregou a Nicolas.
Sarah: Aqui está meu número. Se precisar de alguma coisa, ou só quiser conversar, me liga.
Nicolas: Obrigado, Sarah. Eu vou guardar com carinho. Boa noite.
Eles se abraçaram brevemente, e Nicolas se afastou, caminhando em direção à saída. Sarah observou enquanto ele desaparecia na noite, sentindo uma sensação de gratidão por aquele reencontro inesperado. Ela sabia que aquela noite tinha sido especial, um pequeno milagre em meio à rotina do dia a dia.
Enquanto observava Nicolas se afastar, uma súbita realização atingiu Sarah. A religião, uma parte tão intrínseca da identidade de uma pessoa, poderia ser um obstáculo entre eles. Ela sabia que Nicolas é católico e ela crente, e as diferenças doutrinárias entre suas fés poderiam ser um desafio.
Sarah pensou sobre as conversas que tiveram, sobre a fé que compartilharam e como isso os uniu naquela noite. Mas também sabia que, para alguns, essas diferenças eram mais do que simples detalhes; eram divisões profundas.
Ela se perguntou se a fé deles poderia ser uma ponte, em vez de uma barreira. Talvez, com compreensão e respeito mútuo, pudessem encontrar um terreno comum. Afinal, ambos buscavam conforto e orientação em suas crenças.
Com esses pensamentos, Sarah decidiu não pensar nessas coisas, apenas confiar em Deus. Se houvesse uma chance de explorar o que sentiam, ela estava disposta a tentar, mesmo que isso significasse navegar por águas desconhecidas e, às vezes, turbulentas.
Após a despedida, Sarah, Lorenzo e Henrique foram para o hotel que estavam hospedado. O hotel não era longe, e logo chegaram ao seu destino. O lugar tinha um charme rústico, com uma fachada iluminada por lanternas que balançavam suavemente ao vento da noite.
No quarto, Sarah deixou-se cair na cama, sentindo o peso do dia se esvair. Ela pegou seu celular e, por impulso, digitou o nome de Nicolas no Instagram. Lá estava ele, o perfil aberto mostrando fragmentos de sua vida. Fotos de sua falecida esposa, sorrisos congelados no tempo, momentos de felicidade que agora pertenciam ao passado. Mais abaixo, havia fotos do seu filho, o pequeno Pietro, com seus olhos brilhantes e inocentes, alheio às complexidades do mundo dos adultos.
E então, havia Nicolas. Fotos dele em diferentes momentos: brincando com Pietro, trabalhando, em momentos de reflexão. Cada imagem revelava um pouco mais sobre quem ele era: um pai dedicado, um homem que carregava a dor da perda, mas que ainda encontrava motivos para sorrir.
Sarah deslizou o dedo pela tela, parando em uma foto de Nicolas sorrindo para a câmera, com Pietro nos braços. Ela sentiu uma conexão inesperada, uma ponte invisível que se estendia entre suas vidas. Com um suspiro, ela bloqueou o celular e o colocou de lado, fechando os olhos enquanto se entregava ao sono, com a imagem de Nicolas e seu filho dançando em sua mente.
Mas logo se lembrou que não havia orado, ela se pôs de joelhos rapidamente e orou a Deus, terminando a sua oração, se deitou na cama e rendeu-se ao sono.
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