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Perversa Inocência

uma ladra em fuga

Cabelos ao vento, coração acelerado, música no rádio, cigarro na boca, tudo conforme eu gosto, nesse pequeno tempo é como se eu pudesse fugir de mim mesmo, amo essa sensação, me sinto livre, como um pássaro que voa no céu, mas rapidamente esse sentimento muda quando escuto sons de sirene, olho pelo retrovisor e avisto um carro com a sirene ligada acenando para eu parar, isso não seria problema se o carro não fosse roubado, não tivesse alcoolizado e sem carteira de motorista, coloco o pé no acelerador, viro a direita rapidamente tentando fugir da polícia, mas quando olho pelo retrovisor o carro continua atrás de mim e mais próximo, eles são rápido, percorro mas alguns quarteirões tentando não ser pega, a adrenalina toma conta e acelero com tudo, indo a cento e sessenta km, mas eles não desistiram, continua atrás de mim, e começa a bater na traseira do carro em que estou, por um momento quase perco o controle do carro, mas consigo voltar para pista e continuo a minha fuga, parece assustador, mas estou amando essa situação, até o momento em que vejo um policial na janela do carro da polícia com uma arma na mão mirando no meu carro, derrepente o carro começa a perder a estabilidade.

-- droga acertou o pneu, me forçando a parar o carro

— Saia do carro com as mãos para cima, diz o policial vindo na minha direção. Obedeço as suas palavras e faço o que ele me ordena, saio do carro com as mãos para cima, viro-me de costas, e numa fração de segundos já estou com a cara no capo do carro e com os braços algemados.

— Você tem o direito de permanecer calado, tudo o que disser poderá ser usado contra você num tribunal

— O que te faz pensar que eu vou para um tribunal? Digo em tom de deboche

— Veremos, ele diz-me levando na direção do camburão, aonde sou colocada, uma vez dentro, sei que estou a caminho da delegacia, assim que chegamos eles pegam as minhas digitais, e me levam na presença do delegado Brandon

— Ora ora! Se não é a nossa querida Ana, diz-me , o que você aprontou dessa vez?

— Que isso Brandon? O que o nosso amigo polícial vai pensar de mim você falando assim, eu só estava dirigindo tranquilamente quando fui abordada por esse policial

-- Ana vigorelly foi pega fazendo manobras perigosas e quando pedi que encostasse, ela fugiu a cento e sessenta km , consegui dete-lá atirando nós pneus, sem carteira de motorista, alcoolizada , e com o carro roubado, diz o policial se encostando na parede cruzando os braços

-- A sua mãe já foi avisada e vira pela manhã, enquanto isso ficará presa, leva ela até seus aposentos

-- Sim, senhor, diz o policial se afastando da parede, e direcionando-me até a cela em que ficarei

— Aposentos? interessante, essa é nova , tá melhorando Brandon, digo gritando enquanto sou direcionada até uma cela.

--Sua sorte é que a sua família tem muita influência, caso contrário iria direto para a cadeia, ele diz vindo atrás de mim.

— Com certeza lá eu estaria melhor

— Vê se cresce ou vai se dar muito mal. Brandon diz

— E quem importa?

— Sabe que você não vai para cadeia pela amizade que tinha com o seu pai?

— Tinha? O meu pai não ta morto, ele vai se recuperar.

— Eu espero que sim! você pode até não acreditar Ana, mais eu admiro muito o seu pai, e torço para que ele fique bom.

-- Aham, vou fingir que acredito, digo andando, passo por um corredor e chego na cela que vou pernoitar, o policial retira as algemas e fecha a porta, deito-me numa cama, e tudo que consigo pensar é em fumar, olho para o teto e lembro do meu pai, como gostaria que ele se recuperasse, pelo menos aqui posso dormir tranquila, estou segura, aqui ninguém poderá me machucar, acabo-me perdendo nas lembranças e adormeço. Acordo com o policial batendo com um cassetete nas grades, abro os (olhos) assustada, levanto-me rapidamente

— A sua mãe aguarda-lhe, o mesmo policial que fez minha apreensão diz, ele não parece gostar de eu já está indo embora, concerteza ele queria uma boa renumeração por ter apreendido uma adolescente, mais não foi dessa vez.

— Bom dia para você também. O policial não responde, mal-educado, passo pelo corredor e vou em direção a sala do advogado, através dos vidros avisto a minha mãe em pé com um semblante bem diferente do que costumo a ver, ela está ao lado do amante

— Vamos? Diz a minha mãe com um tom suave

— Ham? Como assim? Cadê o sermão? Já até preparei os ouvidos!

— Acha isso engraçado Ana, poderia ter morrido, diz Lerry o amante da minha mae.

— Vamos Ana, e ao senhor eu peço-lhe desculpas senhor Brandon, isso não vai se repetir, minha mãe diz.

— A senhora disse-me a mesma coisa semana passada, diz o delegado enquanto se senta em sua cadeira. Saímos da esquadra de polícia, entramos no carro e fomos para casa, o caminho todo em silêncio, ninguém disse uma palavra se quer, isso é novidade, a minha mãe e do tipo que não sabe ficar quieta, ela fala pelos cotovelos, chegamos em casa, entro e já estou a ir para o meu quarto, quando sinto uma dor forte no braço, minha mãe me segura com força

— Me solta

— O que pensa que está a fazer? o que aconteceu com você, Ana? você não era assim, cadê a minha menina doce e amável, agora é sempre assim, buscar-te na esquadra de polícia, hospitais e escola, quem é você?? Porque não pode ser a minha filha

— A sua filha morreu há três anos atrás

— Eu não tenho culpa sobre o que aconteceu com o seu pai

— Claro que tem, você é a maior culpada, você e o seu amante

— O que aconteceu com seu pai foi um acidente, ninguém tem culpa! Diz lerry se entrometendo outra vez.

— Exatamente, ninguém tem culpa, diz minha mãe defendendo seu amante

— Ele não teria sofrido o acidente se não tivesse pegado você na cama com esse aí, sinto uma dor em meu rosto, queima como se tivesse pegando fogo, olho para a minha mãe com ódio, mas não retribuo o tapa, saio correndo para o meu quarto e tranco-me. Vou até o banheiro, me olho no espelho e ao vê meu rosto vermelho no reflexo, sou tomada pela irá e dou um soco no espelho que se quebra, o sangue fica grudado no espelho, quando abaixo o meu braço, o sangue pinga da minha mão manchada um tapete branco, eu sento-me no chão encostado na parede e choro, pensando em como uma família perfeita foi destruída por um cara como o Lerry, mas logo os meus pensamentos mudam quando eu lembro que é dia de visita, levanto, tiro a roupa e entro no chuveiro, tomo um banho e escovo os dentes, visto uma roupa e saio pela janela, vejo um carro preto que para e me observa eu descer pela árvore, não dou importância e continuo o meu caminho, ando alguns quarteirões e pego um táxi para casa de recuperação, assim que chego vou até o recepcionista e identifico-me, espero alguns minutos e sou chamada, avisam-me que o meu pai está no jardim, uma enfermeira acompanha-me até ele.

— Oi papai, eu estava com saudades, dou um abraço e um beijo

— Ele sempre melhora com as suas visitas, diz uma enfermeira com um sorriso gentil

— Eu sei, eu deveria vir mais, mas as coisas não andam fáceis para mim

— Entendo

— Como ele está?

-- Ele está bem

— Já recuperou bastante os movimentos da mão, acredito que se ele fizer a cirurgia da coluna ele voltará a andar

— Obrigada por tudo

— Não precisa agradecer, estou apenas fazendo o meu trabalho, agora vou deixar vocês a sós, ela diz saindo, sento-me num banco ao lado da cadeira de rodas do meu pai

— Eu vou conseguir o dinheiro pai, e assim o senhor vai volta a andar, leio um livro pra ele, o seu semblante é de alegria, mas não posso ficar mais, tenho que ir, o horário de vista acabou, mas logo eu volto, eu vou conseguir pai, dou um beijo e saio , na saída vejo o carro preto novamente, acho estranho, mas continuo o meu caminho, paro num café e faço uma refeição.

Ana

Quem tá me seguindo e, porque taria me seguindo, na certa que isso é coisa da minha mãe, levanto-me pago a conta, peço ao dono do estabelecimento que me deixe sair pela porta dos fundos, ele me olha estranho e não aceita o meu pedido, então explico que to sendo seguida e ele deixa, dou a volta no quarteirão e bato no vidro do carro preto que abaixa o vidro assustado julgando que ainda estou no estabelecimento

— Como posso ajudar?

-- Sua mãe pediu que eu a vigiasse

-- Claro que sim. Não dou moral para o que ele diz , apenas saio andando, ele vira o carro e me segue, vou até a praia, mas não entro no mar, apenas observo as ondas, alguns pássaros, sinto a areia nos pés, pego um cigarro e fumo.

Passo a tarde na praia, antes do sol se por, eu volto para casa, assim que passo pela porta dou de cara com a minha mãe e o seu amante

— Aonde esteve Ana?

— Pergunta ao homem que você pagou para me seguir —você não está a facilitar nada

-- Facilitar é uma palavra interessante, sabe o que mais é interessante? é você ser milionária e não custear o tratamento do meu pai

— Eu ajudaria se pudesse, mas estamos falidos, estou a três anos tentando nos reerguer, porém nada do que eu fiz adiantou

— Mentira, o papai deixou muito dinheiro para você

— Que dinheiro, Ana ? O dinheiro que ele perdeu em casas de azar ou o dinheiro que uso para te impedir de ir para a prisão ou o dinheiro que uso para pagar hospitais

— Mas mentiras

-- Você não sabe nada sobre o seu pai, ele era um viciado e nós fez perder tudo

— Se estamos falidos, com que dinheiro contratou um motorista para me vigiar?

— A alguns meses um homem procurou-me com uma proposta irrecusável, de início eu não aceitei, mas as coisas só estão a piorar e você não ajuda, só esse mês gastei mais de trezentos mil para que não vá para a prisão, fora os gastos com os hospitais, então hoje cedo eu liguei-lhe e informei que aceitaria a proposta

— E qual é a proposta? Vai me internar em um manicômio?

— Se você fosse louca, eu realmente faria isso, mais não posso, então não tive escolha, você não meu deu escolha.

— Do que tá falando?

— Você se lembra do senhor que conheceu no dia em que foi hospitalizada?

— O velho que compartilhou quarto junto comigo?

— Sim Ana, ele mesmo

— O que tem ele?

-- Aquele dia vocês passaram horas conversando e ele gostou muito de você, e pediu que fosse a esposa do seu neto

— Que p**** é essa?

— Não fala assim Ana, eu já me decidi, eu assinei os papéis hoje cedo, você casa-se amanhã

— Não pode está falando sério?

— Estou Ana, eu não aguento mais, não sei mais o que fazer com essa sua rebeldia, já tentei te ajudar, você não me ouve, abandonou a escola e agora está sempre se metendo em confusão, esse segurança está a vigiar-te para que você não fuja

— Eu para, prometo a você, eu volto pra escola, te juro mãe, não vou mais me meter em confusão, só preciso de mais uma chance

— Sinto muito Ana, te dei chances demais

— Você vendeu-me, eu sou sua filha, por favor não faz isso comigo mãe, sei que temos as nossas diferenças, mas eu te amo

-- Também te amo filha, mas não sei o que fazer com você, e o seu futuro marido é muito rico e ele disse que vai custear todo o tratamento do seu pai, será melhor assim

— Qual foi o meu valor? pergunta enquanto as lágrimas escorrem pelo meu rosto

-- Sua vida não tem valor filha!

— Fala mãe, quanto que ele vai-te dar

-- Vinte milhões.

vendida

Melissa

Saio correndo para o meu quarto, jogo-me na cama e choro, como assim a minha mãe me vendeu, não consigo acreditar no que tá acontecendo, porque aquele velho me escolheu para ser mulher do neto dele, a minha mente está um turbilhão de pensamentos e quase não consigo raciocinar, mas de uma coisa eu sei, não vou-me casar com esse homem, levanto, pego a minha mochila, coloco algumas peças de roupa e desço pela árvore que fica do lado da janela, olho para todos os lados, mas não vejo o carro do segurança que estava me seguindo, saio correndo, mas assim que viro o quarteirão dou de frente com os seguranças, ele pega-me pelos braços, eu grito e peço por socorro, mas parece que ninguém me ouve, ele abre a porta traseira do carro e empurra-me para dentro, tem um homem sentado no banco ao meu lado, ele é alto e grande, olho pelo vidro da Janela e vejo o segurança de costas para o carro, me impedindo de qualquer possibilidade de fuga — Sabe quem eu sou?

-- Não tenho nenhuma ideia, e também nem me interesso em saber.

— Se acha espertinha, não é mesmo? Pois, vou-lhe dizer uma coisa, cuidado com o que fala, eu não sei como e nem o porque, mas você caiu nas graças do meu avô, e ele quer que eu me case com você, não tenho nenhum interesse em você menina, mas meu avô está doente e ele implorou-me que eu me casasse com você, então não quero desapontá-lo, então só vou te dizer uma coisa, se fizer qualquer gracinha, eu mato o seu pai e de brinde a sua mãe, agora saia do carro e volte para sua casa, amanhã cedo um carro vem-lhe buscar. Eu não digo nada, tremo com as palavras que sairam de sua boca, ameaçar meu paizinho, como alguém pode ameaçar um ser humano que está em uma cadeira de rodas, que não tem movimento nenhum das pernas, e tao pouco das mãos, ele passa o braço por mim, abrindo a porta para eu descer, saio do carro em silêncio, um segurança acompanha-me até a porta de casa, assim que entro fecho a porta, o meu coração está tão acelerado que parece que vai sair pela boca, a minha garganta está seca, e as minhas mãos tremem, vou até à cozinha e pego um copo da água

— Tentando fugir?

— Não tinha viajado assombração

— Voltei algumas horas, você não me respondeu, tentou fugir?

— Esse assunto não interessa a você

— Eu não sabia que sua mãe tinha feito um acordo com aquela família, eu fui contra a sua mãe, posso-te ajudar a fugir passarinho, tenho uma casa no campo, pode ficar lá, você sabe que vou cuidar de você, ele diz tirando meu cabelo do olho

— Eu sei muito bem porque iria me levar para lá, eu estou cansada das suas brincadeiras e do kess, eu prefiro me casar

— Não seja arrogante Ana, estou apenas tentando te ajudar, de uma coisa você pode ter certeza, vamos cuidar de você, ninguém iria te machucar, já esse cara, você nem o conhece, não sabe como ele é, vai que ele seja violento, te prometo passarinho, que até as suas drogas eu lhe forneceria

-- O que faz você pensar que eu aceitaria ajuda de você? tenho nojo de você.

Ele segura o meu braço, apertando fortemente e fico apavorada,as as lembranças daqueles momentos perturba meus pensamentos, fico sem reação, não tenho forças para gritar, minhas mãos tremem, meus músculos travam

— Ah Ana, não seja estúpida, vai-me dizer que não se divertiu? Eu sei que no fundo você gosta, na verdade você sempre fica esperando pela próxima vez, sei que te deixo toda molhada

— O que está acontecendo aqui? Pergunta minha mãe, enquanto entra na cozinha

— Nada querida, apenas a sua filha tentando fugir, ele diz soltando meu braço

-- Minha filha, não seja burra, não vê que o quarteirão está cercado? Pensei que fosse um pouco mais esperta.

-- Você não tem mais filha, e eu não tenho mãe. Vou em direção ao meu quarto, entro e tranco a porta, começo a sentir dor no peito, falta de ar, minha boca seca, não sei o que fazer, entro no banheiro ligo o chuveiro de roupa mesmo, água gelada cai sobre minha cabeça, fico um tempo ali e sinto que estou melhorando, começo a ficar mais calma, droga o que foi isso que aconteceu comigo, nunca senti isso antes, tiro a roupa e tomo banho, me visto, pego um cigarro, vou até a janela e fumo, o carro preto agora está na porta de casa, será que aquele homem também está lá, eu não consegui ver o rosto dele, estava escuro, estava tão nervosa que nem tentei olhar, vou ter que me casar com esse monstro, eu só consigo pensar no meu pai, se ele tá bem, vou até o closet e pego uma garrafa de bourbon que fica escondido no piso, pego mais um cigarro e volto pra janela, bebo uma dose e fumo, vejo o segurança me observando, não consigo dormir depois de tudo que aconteceu, passo a noite ali pensando no que vai ser da minha vida.

casamento

Já é manhã, não dormi nada, vejo da janela um carro prata se aproximando, desce uma mulher do carro, ela olha para cima e me vê debruçada no corrimão da varanda, ela anda em direção a porta e toca a campainha, Tim dom, escuto o barulho da campainha, pego a minha mochila que está sobre a cama, saio do quarto e desço as escadas, vou em direção a porta e abro

— Bom dia! vim-te buscar, diz uma moça ruiva, ela deve ter uns trinta anos, olhos azuis e pele clara, se acha empoderada em cima de um salto verde que combina com o seu vestido

— Vamos?

— Não vai despedir da sua mãe? Diz Melissa vindo na minha direção

-- Não tenho mãe, digo olhando em seus olhos, só meu coração sabe como dói dizer essas palavras a ela, mais no momento a raiva que sinto é muito grande. Acompanho a mulher e entro no carro, não digo nada o caminho todo, observo todo o percurso, paramos em frente uma casa de noivas, é um lugar onde se prepara a noiva, é um lugar muito grande e luxuoso, concerteza eles são muito rico, ricos não, milionários, talvez até bilionário já que pagaram vinte milhões para se casar comigo, com tanto dinheiro, porque iriam querer se casar comigo, isso não faz sentido, aquela história de que vai se casar comigo, apenas por que o avô quer, ah não me convenceu, tem que ter algo mais, entramos em uma sala, aonde há vários vestidos, uma moça, que provavelmente é uma funcionária da loja começa a me mostrar os vestidos, são todos muitos lindos, a moça ruiva disse que posso escolher o que eu quiser, não preciso me preocupar com o preço, eu experimento seis, e então escolho um vestido de mangas longas.

Assim que temos o vestido escolhido, sou levada até o salão, há varias mulheres a minha volta, elas me mostram uma paleta de cores para o esmalte, eu escolho a cor nude com algumas pedras brilhantes, elas fazem as minhas unhas e maquiagem, por último o cabelo, eu escolho um modelo simples, um coque com tranças, o dia passou muito rápido, já são seis da tarde e não comi nada ainda

— Eu preciso comer, você sabe disso?

— Já vamos trazer algo para você, a ruiva me responde, ela não parece gostar de mim, concerteza deve estar sendo obrigada, passando alguns minutos ela me traz uma bandeja com algumas frutas e um lanche, pela primeira vez no dia, eu fico sozinha, me olho no espelho, me vejo toda pronta para a cerimônia, e só penso que isso é um pesadelo e logo vou acordar, eu vou até a mesa ainda a bandeja está e faço a refeição, assim que termino de comer, eu pego a minha mochila que está em uma poltrona, tiro um cigarro e o isqueiro, acendo e fumo, contudo dessa vez é um cigarro de cannabis, todo esse estresse me pede por um cigarro desses.

— Está louca em fumar isso, é o seu casamento, quer estragar tudo? diz a mulher ruiva tirando o cigarro da minha boca e jogando o cigarro no chão, ela pisa sobre ele para apagá-lo.

— Exatamente, é o meu casamento, um casamento que não quero, tenho que relaxar para enfrentar o que vem pela frente.

— Eu sei que você não teve escolha, e juro, não sou a favor disso, mais não posso fazer nada, estou apenas cumprindo ordens.

— Se você não gosta disso, por favor me ajuda a fugir. -- Não pode fugir do Joseph, acredita, não existe um lugar que ele não irá te achar, agora precisamos ir, o motorista a aguarda. Pego a minha mochila e vou em direção ao carro, entro, andamos uns vinte minutos, o carro para em frente uma igreja, alguém abre a porta e estende a mão, para eu descer, não quero descer, mas que escolha eu tenho, a ruiva tá certa, mesmo se eu fugir, ele terá meu pai contra mim, como tudo chegou a isso, agora meu pai corre risco de vida, e até a minha mãe, não estou feliz com o que ela fez, mas ainda ela é minha mãe, eu querendo ou não, pego na mão estendida e quando consigo olhar no rosto do homem a minha frente, eu o reconheço, é o velho do hospital.

— Você está muito linda Ana, não sei se você se lembra, mas me chamo German.

German

-— Infelizmente, eu me lembro.

-- Vamos o noivo está esperando, seu German diz entrelaçando meu braço ao seu, damos alguns passos e paramos em frente a porta, passado um tempo a porta se abre, a igreja está cheia, nunca vi nenhuma dessas pessoas, assim que começa a tocar a música cerimonial, começamos a caminhar lentamente, tudo que quero e fugir desse lugar, sinto como se as minhas bochechas estivessem a pegar fogo, mas continuo a andar, olho para o lado e vejo minha mãe ao lado de Lerry, ela enxuga lágrimas que caem pelo seu rosto, algumas pessoas até podem achar que são lágrimas de emoção, mas eu sei que são lágrimas de crocodilo, chego no altar e o seu German dá-me um beijo na testa e entrega-me ao homem, joseph.

O olho por um segundo, mas logo viramos-nos para o padre que começa a cerimónia, eu não consigo ouvir nada, como se eu não tivesse presente, olho para os lados alguma vez, pensando que alguém viesse e tirasse-me daquela situação, mas nada acontece, sinto um cutucão que vem do homem ao meu lado, escuto o padre dizer

— Vou repetir, Ana vigorelly, a senhora aceita Joseph maranzano como o seu legítimo esposo, para ama-lo e respeitar na saúda e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza?

— Sim, a boca diz sim, a mente diz não, e a minha mente me provoca uma pequena cena de como seria se eu dissesse não, não sei exatamente o que aconteceria, mas provavelmente eu iria parar em um caixão

— Joseph maranzano, aceita Ana vigorelly como a sua legítima esposa para ama-la e respeitar-lá na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza?

-- Sim, ele diz friamente.

-- Eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva!

Eu viro-me para Joseph e ele se vira para mim, pegando na minha cintura, me puxando para mais perto dele, e me beija, o beijo dura alguns segundos o meu coração está acelerado, e a igreja faz grande barulho em comemoração do casamento, ele entrelaça o seu braço no meu e andamos juntos em direção a saída, na saída há uma grande chuva de arroz, entramos no carro, meu corpo está gelado, minha respiração é praticamente inexistente, meus olhos lacrimejam, e minha mente tenta me convencer que tudo ficará bem.

Zack

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