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Corações Cautelosos

Prólogo

Nas dobras ocultas da existência, encontramos corações cautelosos, afastados do amor como sobreviventes que se refugiam nas sombras do passado. Entre eles, Sophia e Gabriel, dois viajantes solitários que carregam consigo as cicatrizes de feridas profundas, cada um com sua própria armadura de proteção.

Sophia, com seus olhos carregados de ternura, guarda um segredo doloroso. Sua alma sensível e compassiva teme causar sofrimento àqueles que se aproximam, como se sua mera presença pudesse desencadear uma tempestade que devastaria corações. Ela se esconde por trás de uma fachada de distância, evitando qualquer conexão que possa levar ao naufrágio emocional.

Gabriel, por sua vez, carrega nas entranhas a marca indelével de uma experiência traumática. Seu coração foi partido e sua alma despedaçada, deixando-o em ruínas. Ele trilha o caminho da autossuficiência e da frieza, erguendo muralhas impenetráveis ao redor de si. O amor tornou-se uma quimera distante, uma chama que foi extinta em seu âmago.

Destinos entrelaçados, mas separados por um abismo invisível, Sophia e Gabriel vagam pelo mundo, cada um desejando escapar das garras do amor. Suas vidas seguem em paralelo, mas com uma sutil melodia em comum, como se o universo conspirasse silenciosamente para reunir suas almas fragmentadas.

Até que, em um encontro inesperado entre linhas cruzadas do tempo, seus caminhos se entrelaçam. Olhares se encontram e faíscas de reconhecimento iluminam suas almas, despertando uma chama há muito adormecida. Mas o medo, esse intruso implacável, sussurra em seus ouvidos, alertando-os dos perigos inerentes à entrega.

Juntos, Sophia e Gabriel embarcam em uma dança perigosa entre atração e resistência. Cada passo dado em direção ao amor é seguido por uma recuada, uma hesitação. Eles se debatem nas águas turbulentas da incerteza, lutando contra o desejo que os consome e a necessidade de se protegerem.

Enquanto se esforçam para resistir à atração magnética que os une, Sophia e Gabriel se encontram presos em uma encruzilhada. Será que conseguirão superar seus medos e abrir seus corações feridos para uma chance de felicidade? Ou continuarão a fugir, mantendo-se cativos dos escombros do passado?

Esta é a história de Sophia e Gabriel, dois corações cautelosos que descobrem, nas brechas das sombras, que o amor é um antídoto poderoso para a dor. Uma história de coragem, cura e redenção, onde o destino os conduzirá a um despertar transformador. Eles podem resistir ao chamado do amor, mas o destino é implacável e, eventualmente, eles serão compelidos a enfrentar a escolha mais difícil de todas: entregar-se ao amor ou permanecer prisioneiros das suas próprias defesas.

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Recadinho da autora

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*A obra está em andamento, com atualizações diárias;

*Escrever um capítulo é muito difícil, depende de vários fatores, tem dias que consigo escrever vários capítulos, mas em outros consigo apenas um;

*Aceito sugestões para acrescentar no livro;

*Quem fizer comentários ofensivos que não agregam em nada, será bloqueado;

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*As imagens dos são retiradas da internet para ilustrar como a autora imagina os personagens.

Capítulo 01

Lena _ O que você tem, Sophia ? Está com uma cara preocupada.

Sophia _ Estou um pouco aflita. Meu pai fez um empréstimo e o prazo para pagar está chegando. Preciso ir ao banco tentar conseguir um novo prazo.

Lena _ Ah, Sophia! Sinto muito, se eu tivesse condições eu ajudaria você.

Sophia _ Eu sei amiga, e só de você está me ouvindo já ajuda muito, eu não consigo mais conversar com o meu pai, ele chegou tarde e estava bêbado.

Lena _ Nossa, entendo como isso pode ser estressante para você. Mas tenho certeza de que você vai conseguir resolver essa situação.

Sophia _ Tomara, se eu não conseguir esse prazo, vamos perder nossa casa.

Lena _ Os bancos costumam ser compreensivos nessas horas.

Sophia _ Espero que sim, Lena. Estou preocupada com as consequências caso não consigamos um novo prazo. Mas vou fazer o possível para resolver isso da melhor maneira.

Lena _ Tenho certeza de que você vai conseguir, Sophia. Você é determinada e sempre encontra soluções.

Sophia _ Obrigada, Lena. Significa muito para mim ter o seu apoio. Vou marcar um horário para ir ao banco o mais rápido possível e tentar resolver tudo. Espero que dê certo.

Lena _ Tenho certeza de que as coisas vão se ajeitar. Estarei aqui para te apoiar em qualquer situação. Vamos torcer para que o banco compreenda a situação e ofereça uma solução adequada.

Sophia _ Obrigada novamente. Sei que posso contar com você. Vamos esperar pelo melhor.

Lena _ Exatamente. Vamos pensar positivo e acreditar que tudo vai se resolver da melhor forma possível. Estarei ao seu lado, não importa o que aconteça.

Sophia _ Obrigada, Lena. Você é uma verdadeira amiga. Agora, vamos aproveitar o restante do intervalo e nos divertir um pouco, afinal, momentos felizes também são importantes para enfrentar os desafios da vida.

Lena _ Você tem razão, vamos lá.

Em outro ponto da cidade.

Gabriel _ Mauro, não posso acreditar nisso! Você está me dizendo que tenho que ir pessoalmente resolver esse problema no banco? Não é esse o motivo pelo qual contratei um advogado?

Mauro _ Gabriel, entendo sua frustração, mas esta é uma situação em que sua presença física é necessária. O banco exige que você compareça pessoalmente para assinar alguns documentos importantes relacionados ao seu caso.

Gabriel _ Mas isso é absurdo! Não posso simplesmente assinar os documentos em casa e enviá-los? É tão inconveniente ter que ir até o banco, especialmente considerando minha agenda lotada.

Mauro _ Compreendo sua preocupação com a agenda, mas o banco tem suas políticas e requisitos específicos. Eles não aceitam assinaturas enviadas por outra pessoa ou digitalmente nesse caso em particular. Eles exigem sua presença física para garantir a autenticidade e a validade dos documentos.

Gabriel _ Mas eu pensei que você estivesse aqui para lidar com esses problemas burocráticos por mim! Eu não tenho tempo para lidar com essas coisas.

Mauro _ Gabriel, como seu advogado, estou aqui para ajudá-lo a resolver essa situação da melhor maneira possível. Infelizmente, existem limitações legais que não podemos contornar. Minha presença no banco não substituirá a sua.

Gabriel _ Estou realmente frustrado com isso. Eu odeio ir ao banco, vou perder muito tempo indo até lá.

Mauro _ Entendo sua irritação, e lamento. Posso acompanhá-lo e fornecer todo o suporte necessário durante o processo. Vamos marcar um horário que seja mais conveniente para você e garantir que tudo seja resolvido o mais rápido possível.

Gabriel _ Tudo bem. Vamos marcar esse compromisso no banco, espero que possamos resolver isso o mais rapidamente possível.

Mauro _ Vou cuidar de todos os preparativos e garantir que estejamos bem preparados para a reunião no banco.

No dia seguinte

O banco estava repleto de clientes impacientes, cada um com suas próprias preocupações e problemas financeiros. Sophia, com os cabelos em um coque desarrumado, estava sentada em uma das cadeiras de espera. Seu olhar estava fixo em uns documentos que segurava em suas mãos trêmulas, enquanto esperava ansiosamente para ser chamada.

Do outro lado do banco, Gabriel, com uma expressão séria e terno impecável, estava em pé próximo ao balcão de atendimento. Seus olhos percorriam a sala, sem demonstrar qualquer emoção, enquanto aguardava sua vez de resolver seu problema.

Os olhares de Sophia e Gabriel se cruzaram brevemente, mas não houve nenhum sinal de interesse entre eles. Em vez disso, ambos estavam imersos em suas próprias preocupações, perdidos em um mar de papéis e burocracia.

Sophia suspirou, sentindo a pressão aumentar em seus ombros. Ela estava ali para tentar ganhar mais um prazo para pagar seu empréstimo, desesperada para evitar a perda de sua casa. Cada minuto que passava parecia uma eternidade, e a incerteza a consumia.

Enquanto isso, Gabriel estava determinado a resolver seu próprio problema financeiro, que ameaçava minar sua estabilidade. Seu rosto impassível escondia a turbulência interior que ele enfrentava, mas ele estava decidido a encontrar uma solução, custe o que custasse.

Finalmente, o nome de Sophia foi chamado pelo atendente do banco. Ela se levantou, sentindo as pernas trêmulas, e caminhou em direção ao balcão. Gabriel observou-a brevemente, mas seu foco permaneceu em sua própria situação.

Os funcionários do banco estão em movimento constante, atrás dos balcões de atendimento ou circulando pela área de espera para auxiliar os clientes. O som dos teclados sendo digitados e das impressoras emitindo documentos se mistura ao barulho das vozes, criando uma sinfonia peculiar de um ambiente bancário em pleno funcionamento.

A movimentação de clientes é constante, com pessoas entrando e saindo das portas giratórias. Alguns estão lá para fazer depósitos ou retirar dinheiro, outros para buscar informações sobre empréstimos, cartões de crédito ou investimentos. Os caixas eletrônicos estão ocupados, com pessoas realizando transações rápidas, enquanto outras estão em conversas animadas com os gerentes de contas.

A área de atendimento ao cliente é um ponto de encontro entre funcionários e clientes, com perguntas sendo feitas, documentos sendo revisados e soluções sendo encontradas para problemas financeiros. Telefones tocam, conferências são realizadas e consultas são respondidas, tudo em um ritmo acelerado.

Apesar da agitação, os funcionários do banco permanecem calmos e profissionais, demonstrando habilidade em lidar com a intensa demanda. Eles se esforçam para fornecer um serviço eficiente e atencioso, mesmo diante da pressão e das longas filas.

Depois de ser atendida Sophia estava frustrada por não conseguir um novo prazo, enquanto caminhava pela agência, ela, distraída em seus pensamentos, esbarrou em Gabriel sem querer, os papéis que os dois seguravam se espalharam pelo chão.

Capítulo 02

Sophia _ Desculpe.

Ela murmurou rapidamente, sua voz carregada de irritação e frustração. Ela estava lutando para manter a compostura diante de sua situação complicada.

Gabriel _ Tome mais cuidado por onde anda,

Ele respondeu abruptamente, sem mostrar qualquer sinal de simpatia ou compreensão.

Sophia sentiu uma onda de raiva se formar dentro dela, mas ela se obrigou a respirar fundo e manter a compostura. Ela não queria se deixar levar pela atitude arrogante de Gabriel. Já tinha problemas demais para se preocupar com ele.

Ela apanhou os papéis e não olhou mais para ele, ela saiu da agência ainda mais irritada.

O Gabriel também apanhou os papéis praguejando, ele odeia ir ao banco, pois perde muito tempo e ele definitivamente odeia isso.

Mauro _ Pronto o gerente já vai atender você, eu vou resolver outras pendências e já volto.

Ele se dirigiu ao balcão do gerente, que o atendeu com um sorriso. O gerente pediu para ver os papéis que Gabriel tinha em mãos e começou a analisá-los. Gabriel ficou aliviado, achando que tudo ia se resolver rapidamente. Mas sua expressão mudou quando viu a reação do gerente.

O gerente olhou para Gabriel com uma cara de espanto e mostrou os papéis para ele. Eram atividades escolares de crianças, com desenhos, colagens e letras coloridas, e também uma notificação de atraso de pagamento de um empréstimo, Gabriel ficou confuso e pegou os papéis para ver melhor. 

O gerente não sabia se ria ou se ficava sério. Ele achou a situação muito estranha e não entendeu o que Gabriel queria fazer com aqueles papéis. Ele perguntou se Gabriel estava tentando fazer alguma brincadeira ou se era algum tipo de código secreto. Ele disse que não podia resolver o problema da conta dele com aquilo.

Gabriel estava irritado, por não conseguir resolver seu problema com a conta da empresa, que estava bloqueada por algum motivo. Ele achava que isso era um absurdo, já que ele pagava todas as contas em dia e nunca tinha feito nada de errado. Ele queria resolver isso o mais rápido possível e voltar para a empresa, mas parece que tudo conspirava para dar errado, chateado com a situação ele pegou os papéis e percebeu que tinha se enganado e trocado os papéis com a garota desconhecida quando esbarrou nele. Vendo que não ia conseguir resolver nada ele pegou os papéis e deu uma olhada com desgosto.

Gabriel se desculpou e disse que tinha esbarrado em alguém e que provavelmente com o incidente os dois trocaram os papéis. Ele disse que ia voltar e procurar pela garota desconhecida para destrocar os papéis com ela. Ele pegou tudo e guardou, saiu apressado, sem olhar para trás. Ele esperava encontrar a garota novamente pelo caminho. Ele se sentiu o maior azarado do mundo.

Ele procurou por ela mas sem sucesso, ela já tinha ido embora.

Mauro que estava resolvendo outros assuntos viu quando Gabriel saiu quase correndo da sala do gerente e foi ao encontro dele.

Mauro _ Pronto? Já resolveu tudo?

Gabriel _ Nada feito, antes de falar com o gerente uma garota atrapalhada esbarrou em mim, e os documentos que eu trouxe foram trocados por outros papéis que ela tinha em mãos.

Mauro _ Então vamos esperar um pouco assim que ela perceber o erro vai voltar com certeza.

Gabriel _ Distraída do jeito que ela estava duvido que ela vá perceber alguma coisa agora, e além do mais já fiquei aqui tempo demais, preciso voltar para a empresa, sem contar que hoje é sexta feira e o expediente do banco já está quase encerrando, não podemos perder tempo esperando sem saber se ela volta aqui ou não, isso vai ficar para a próxima semana.

Mauro _ Tudo bem, você quem sabe. Cadê os papéis da moça, posso procurá-la e fazer a troca, assim você não precisa se aborrecer com mais isso.

Gabriel - Pode deixar, eu mesmo resolvo isso. Agora vamos embora daqui, não suporto esse ambiente. 

Gabriel estava certo Sophia simplesmente pegou os papéis e colocou dentro de uma pasta com outras atividades sem olhar e saiu atordoada e só pensava o que ela poderia fazer para resolver sua situação. Seu pai fez o empréstimo sem o seu conhecimento e ainda colocou a casa como garantia, ela só descobriu sobre o empréstimo quando estava arrumando as coisas do pai e viu a notificação de cobrança, ela não falou nada ao pai, e tentou resolver o problema sozinha, mas infelizmente não conseguiu, o prazo já tinha sido estendido uma vez e ela não conseguiu um novo prazo.

Ela estava voltando para casa se sentindo derrotada, em pouco tempo eles poderiam perder a casa caso o empréstimo não fosse pago na data estipulada.

Sophia _ E Agora o que eu faço? Não conheço ninguém que possa me ajudar. Eu preciso de uma solução urgente, não podemos perder nossa casa.

As parcelas do empréstimo estavam atrasadas e o banco não quis negociar um novo prazo, pois já tinha feito isso antes. Ela tinha que pagar tudo até o final do mês ou perderia a sua casa, o salário como professora mal dava para pagar as despesas de casa, pois o seu pai não parava em nenhum emprego por causa da bebida. Ela não sabia o que fazer.

Ela chegou em casa e se sentiu sufocada. precisava de um momento de paz, de um refúgio. Ela foi para o banheiro, tirou suas roupas e entrou no chuveiro. Ela deixou a água fria cair sobre seu corpo, tentando aliviar seu calor e sua angústia. Ela chorou baixinho, soluçando. Ela se sentia impotente, fracassada, envergonhada. Ela queria esquecer de tudo, mas não conseguia. Ela precisava de uma solução, de uma saída, de uma esperança. Ela decidiu que ia terminar seu banho, vestir uma roupa leve e ligar para sua amiga Lena. Ela esperava que isso a ajudasse a relaxar e a encontrar uma solução. Ela respirou fundo e se sentiu um pouco mais forte. Ela desligou o chuveiro, se enxugou e saiu do banheiro, pronta para enfrentar sua situação.

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