JC
Meu nome é João Carlos, também conhecido como JC, tenho 22 anos, olhos cor de mel, cabelos castanhos, 1.92 de altura, algumas tatuagens, um corpo sarado.
Sou sub dono do morro, braço direito do meu melhor amigo Pedro. Ele assumiu o morro tem 3 anos e desde então passamos a ficar ainda mais próximos. Nós crescemos juntos aqui na favela, sempre fomos como irmãos, a mãe dele morreu no parto e o pai dele criou ele sozinho com a ajuda da minha mãe que sempre amou muito ele.
Vimos o pai do Pedro ser morto quando o morro foi invadido. Foi terrível, mas ele superou e hoje comanda essa favela como ninguém.
Pedro
Meu nome é Pedro, tenho 23 anos, olhos verdes, cabelos castanhos bem claros, quase um loiro, 1.87 de altura, corpo definido.
Sou dono do morro desde que meu pai morreu, e desde lá tem sido só responsa manter esse lugar nos eixos, mas pelo menos eu tenho meu parceiro JC que nunca me deixou na mão, confio minha vida a ele, crescemos como irmãos, a mãe dele, a tia Marina, foi quem ajudou meu pai a me criar, e nunca aceitou um centavo em troca, mesmo meu pai sempre oferecendo, o máximo que ela aceitava era uma ajuda com os mantimentos já que ela sempre foi sozinha e criou o João e a Camili sozinha, e hoje ainda tem a Manu, ambas são irmãs do João, a Camili tem 21 anos, e hoje em dia mora no asfalto e dificilmente vem aqui. Já a Manu tem 2 anos, e apesar de amar o irmão é um grude comigo, se eu não fosse muito conhecido no morro e todos soubessem quem a Manuzinha é, diriam até que é minha filha pois quando não tô na boca ela passa o dia comigo, e tenho um apego surreal por aquela menininha.
Mari
Oi, eu sou a Mari, mãe do João, Camili e Manu, e também mãe adotiva do Pedro. Tenho olhos verdes, cabelo castanho claro, 1.66 de altura. Não gosto nada dos meus filhos trabalharem no tráfico, mas eu já sabia o destino do meu pequeno Pedro depois que o pai dele partisse, afinal, filho de peixe, peixinho é. E ele sempre foi fissurado pelo morro, sempre ajudou o pai, mesmo quando criança.
Camili
Eu sou a Camili, irmã do João, tenho 1.69 de altura, olhos verdes, e cabelo ruivo, como os do meu pai, aquele traste, pelo menos algo de bom ele me deixou. E na boa, não curto o morro não, pra mim aquilo lá não é vida. Por isso gosto de fica no meu canto. Eu tava de lance com um playboyzinho, quando ainda morava no morro, e o papai dele odiou a ideia do filho estar com uma favelada, como ele mesmo me chamou, e hoje o papai dele banca todos os meus luxos só pra eu fica bem longe do filhinho dele. Por isso tenho meu apartamento e vivo minha vida do jeito que eu bem entender, sem ninguém pra me incomodar.
Pedro
Eu tava em casa de boa até que me bateu uma puta fome, olhei no relógio e era 12:40, então resolvi descer o morro e ir bater um rango na Tia Marina, ela abriu um pequeno restaurante no morro tem uns 3 meses, com a minha ajuda, mas cá entre nós, foi difícil convencer aquela mulher em. Ela só aceitou quando eu disse que então ela ia me pagamento parcelado tudo que ficasse me devendo. Cá entre nós, essa mulher me criou como mãe, quem deve algo há ela sou eu, mas enfim, é difícil convencer a tia Mari de algo, ainda mais quando envolve dinheiro do tráfico. Passei um rádio pro JC falando que tava baixando na baia dele, pra bate um rango, ele me avisou que tava na boca resolvendo uns B.O. e já descia lá.
Cheguei na tia Mari, e a Manu não deixou nem eu descer da moto, já veio correndo ao meu encontro. Peguei ela no colo antes mesmo de descer.
Pedro - Oi meu amor, como você tá?
Manu - Bem papai.
Sim a Manu me chamava de papai, desde 1 anos e 3 meses. Foi complicado no começo, mas hoje todos já estamos acostumados com a situação, ela não entende e também ela não tem uma figura paterna. O pai dela era um viciado que ficou me devendo uma boa grana em drogas e eu só não apaguei ele em consideração a Manuzinha, mas fiz ele se mandar daqui, ele não era exemplo algum pra menina. Não que eu seja, mas ele chegava bêbado e drogado em casa, e só nunca encostou a mão na tia Mari porque eu e o JC ficamos em cima e o dia que ele tentou o JC quase apagou ele. Esse aí se não fosse pela Manu já tava comendo minhoca a muito tempo. Não queríamos ela um dia sabendo que matamos o pai dela.
Marina - Oi filho, como você tá? Aposto que com fome né?
Fui tirado de meus pensamentos quando a Tia Marina me chamou.
Pedro - Há, oi tia. Bom, você me conhece né, tô varadão de fome, e vim no melhor lugar pra bater aquele rango né.
Marina - Vem, desce dessa moto, que vou ajeitar uma mesa pra você, da aqui a Manu.... Vem filha.
Manu - Não, mãe, quero papai.
Pedro - Então que tal você almoçar comigo baixinha.
Manu - Ximmm ( Falou erguendo os braços )
Marina - Você já almoçou mocinha.
Manu - Denovo mamãe.
Marina revirou os olhos e foi para dentro me ajeitar uma mesa.
Sentei a Manu no tanque da moto pra conseguir descer e depois a peguei e fui pra dentro.
Chegando lá fiquei brincando um pouco com a Manu e não demorou nada pro João chegar.
Pedro - E aí irmão, suce?
JC - Fala viado, de boa? Tô vendo que a pirralha já tá grudada em você.
Pedro - Não fala assim dela. ( Enquanto eu falava, Manu mostrou a língua pra ele, hahaha, a menininha era terrível ).
Tia Marina que viu que João tinha chego aproveitou e trouxe comida para nós três.
JC - Fala ae coroa, de boa?
Marina - Coroa é a sua mãe mocinho. (Falou fazendo careta pra ele e em seguida se virou para mim )... Não quer q eu fique com ela pra você comer em paz querido?
Pedro - Pode deixar tia, esse aqui é o meu sucego diário nesse lugar ( falei abraçando a minha baixinha ).
Pedro
Tia Marina fez um sim com a cabeça e saiu, ela confiava demais em mim quando o assunto era a Manu, até porque desde que a Manu nasceu, ela não podia ter uma cólica que eu estava lá. Troquei fraldas, dei banho, e levei algumas vezes no médico, principalmente nas consultas de rotina, já que a tia trabalhava fora e não tinha como se dedicar 100% a pequena bebê. Ela não tinha com quem a deixar antes de abrir o restaurante então ela ficava quase que o dia todo comigo e o morro ficava na responsa do JC. Ele é o irmão, mas não leva jeito nenhum com crianças kkkkk, e a Camili, esse mundo nunca foi pra ela, sempre foi a típica patricinha, mesmo não tendo onde cair morta, na primeira oportunidade vazou daqui e largou toda a família. Tia Mari pra falar com ela, tem que ir até o apartamento dela, ou ligar mesmo. Hoje tia Mari tem a Júlia, uma menina criada aqui no morro, que a ajuda no restaurante, principalmente quando ela precisa dar umas escapadas por causa da Manu.
Julia e eu tivemos um rolo quando mais novos, eu tinha uns 15 anos, mas não foi nada sério pra mim, apesar de ela ainda ser doida por mim. Já o JC odeia ela, ele chega aqui e nem um oi não dá pra menina, sei lá eu, porque de tanto ódio. Já perguntei se ele era afim da mina, porque também acharia sacanagem eu estar furando o olho do meu irmão, mas ele sempre disse "não, credo, só não vou com a cara daquela garota" e revirava os olhos toda vez que falávamos dela.
Sei lá, quem sabe um dia eu entenda esse ódio todo pela garota.
Terminamos de comer e pedi pro JC voltar pra boca porque tinha carga de droga pra receber. Enquanto isso eu subi pro quarto com a Manu, e fiquei assistindo desenho com ela. Ficamos ali um tempão até que ela dormiu. Então eu desci e dei um beijo na tia Marina que estava entretida com toda aquela louça e dei tchau pra Júlia que limpava as mesas e fui pra boca com o JC.
Julia - Aí tia, ele é tão bom com crianças né?
Marina - Um verdadeiro Deus quando se trata da minha pequena Manuzinha. Não é atoa que ela chama ele de pai, porque o traste que deveria ser pai dela nunca foi. Já esse aí tem amor de sobra pela minha pequena, e eu por ele. Sinto como se fosse meu filho mais velho.
Julia - Aiai ( Suspirou me vendo subir na moto e subir o morro )
Marina - Você é louquinha por ele né menina?
Julia - E como tia, mas ele nunca me deu bola. Ficamos umas vezes quando mais novos, mas nada de mais. Teu filho sempre aparecia pra atrapalhar, aff.
Marina - Nunca entendi essa cisma do João em você, ele não vai com a sua cara de jeito nenhum. O que tu fez pro meu menino em Julia? Não vai me dizer que andou pegando os dois ao mesmo tempo.
Julia - Não tia, credo, nunca fiz nada disso não. Não faço ideia do porque o JC me odeia, nunca fiz nada pra ele, éramos amigos quando crianças, crescemos juntos, e do nada ele me virou a cara e nunca mais me deu um oi.
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