Blake…
Meu nome é Blake Fontana, tenho 30 anos e sou o homem mais rico de Guadalajara.
Tenho empresas espalhadas pelo mundo, sou o líder da cidade e tenho funcionários espalhados por todo o México.
Após a morte do meu pai, herdei a máfia Fontana. Apesar dele ter tido diversos inimigos, eu vinguei a sua morte, não restou ninguém para contar a história. Somos apenas eu, minha mãe, meu irmão Javier e minha filha Dulce na minha mansão imponente.
A vingança, não se deu pelo assassinato de meu pai, mas sim pelo sofrimento de minha mãe, que permaneceu em estado de coma por cerca de seis meses. Fui forçado a assistir a tudo. O meu pai mereceu a morte e, neste exato momento, está queimando no inferno.
Sou um homem muito temido em meu país, devido a minha personalidade fria, arrogante e sem escrúpulos. Passo por cima de qualquer obstáculo que possa prejudicar meus planos, ou de qualquer pessoa que possa tentar me enganar.
Nem sempre fui cruel e frio, mas foi necessário me tornar o homem que sou hoje, para assumir os negócios da minha família. Não sou nem de longe parecido com meu pai, mas sou muito forte e sei como agir diante de cada situação. Ele só pensava em dinheiro, nunca colocou a segurança da família em primeiro lugar, nem mesmo os homens que davam a vida por ele eram valorizados.
Nunca quis ingressar na organização criminosa, nem minha mãe queria que eu participasse dos negócios ocultos da família. Por esse motivo, meu pai teve um caso com outra mulher, que resultou nos frutos Conrado e Javier.
Conrado, era um homem sem limites, uma cópia viva do meu pai. Ele tentou me derrubar para assumir a máfia, mas isso nunca aconteceu.
Javier também é meu braço direito na máfia. Ele e Conrado são gêmeos, mas são totalmente diferentes em termos de caráter. Somos melhores amigos, minha mãe o considera como filho, afinal ela os criou, no entanto, Conrado se rebelou contra nós assim que nosso pai morreu.
Tenho uma vida sem relacionamentos sérios e sou extremamente solitário. Já tive experiências decepcionantes com a única mulher que amei na vida, a mãe da minha filha. Ela me traiu da pior maneira possível, entrou em minha vida por ordem do meu pai e me fez ficar completamente apaixonado. Nós nos casamos e ela me deu o presente mais valioso que poderia ter nesta vida, minha filha Dulce.
Após dois anos de união, flagrei ela e meu pai transando no escritório. Tive uma sensação tão desagradável que, a partir daquele momento, fiquei um tempo ser ter relações sexuais. Atualmente, uso as mulheres para satisfazer-me, mas durante o ato, ainda me recordo daquela cena e isso faz eu ter náuseas. Gozo e vou embora deixando essas putanas implorando por mais.
As únicas mulheres que merecem o meu respeito e proteção, são minha filha e minha mãe Guadalupe. Há algum tempo, uma colega de academia da minha mãe, começou a frequentar a nossa casa, a velha tentou me seduzir de todas as formas possíveis, mas a coloquei em seu devido lugar.
Ela pediu uma grande quantia em dinheiro emprestado para a minha mãe e não pagou, quando soube desse empréstimo, comecei a perseguir-lá para que nos pagasse. Esse dinheiro não fará falta aos bilhões que temos no banco, mas sou um homem correto em relação aos negócios e odeio que tente nos fazer de tolos.
A mulher não tinha condições de me pagar, então começou a jogar a sua filha para eu me casar. Inicialmente não aceitei, pois, como disse, estou muito bem sozinho. O problema é que Dulce, está muito rebelde e sem controle. Minha mãe acredita que sente falta de uma presença materna.
Eu acabei aceitando a oferta da mulher, mas sua filha fugiu e não aceitou o casamento. Durante o período em que estava no Canadá, a mulher tentou me enganar e acabou sendo assassinada, por uma máfia muito conhecida no mundo. Desejo que essa infeliz, esteja se queimando no fogo do inferno por ter destruído parte da minha família. Ela levou consigo um dos meus irmãos e o outro está num coma profundo.
Apesar de conhecer o irmão que tinha, Conrado não merecia ser assassinado da forma que foi. A mulher que o matou, tirou a sua vida a queima-roupa, não teve nenhuma piedade efetuando vários disparos. E Javier também está nesse estado por sua culpa.
Como Giorgia já está sentada no colo do capeta, agora é a vez dessa garota pagar pelo sofrimento da minha família, vou obrigá-la a se casar comigo e farei da sua vida um inferno, minha vingança será lenta e dolorosa.
Irá se arrepender do dia em que nasceu…
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Arya…
Meu nome é Arya, completei 23 anos recentemente, curso advocacia. Sou uma mulher forte, determinada, independente e extrovertida. Não sou o tipo de mulher doce, mas tenho meus momentos. Gosto da mulher que me tornei, pois não tenho medo de nada, nem de ninguém. Não sou uma pessoa barraqueira, prefiro resolver tudo por meio de diálogo, mas quando não tenho outra opção, não me importo em descer do salto e resolver as coisas da minha maneira. Tenho uma forte ligação com a família e me empenha em buscar a verdade, especialmente em relação às pessoas que amo.
Meu sonho é ser promotora, tenho me dedicado muito para conquistar esse sonho. Dado o caráter perigoso e arriscado da profissão, realizo aulas de tiro e krav maga, quero melhorar a cada dia, para poder me defender sozinha, de qualquer um que venha querer se vingar.
Atualmente, estou solteira, mas já tive alguns namorados, e cheguei à conclusão de que não tenho paciência para esse tipo de coisa, odeio cobranças e de ter que dar satisfação da minha vida. Por esse motivo, apenas curto. A cada dia, fico com um homem diferente. No entanto, nenhum dos homens com quem conversei já me causou um desejo intenso, algo que me fizesse desejar transar com eles. É claro que já senti esse desejo, mas tenho algo a mais em mente, pois, para me entregar, preciso ter confiança na pessoa e, como não quero um relacionamento sério, isso está muito distante de acontecer.
Após todos os acontecimentos no Canadá, decidi me afastar um pouco de tudo e de todos.
Cansei de todos preocupados comigo, proferindo palavras de conforto, acreditando que estou sentindo remorso por ter matado aquele desgraçado do Conrado. Pode parecer errado, mas não tenho remorso, era a vida dele ou a minha, e depois tinha a minha família…, ninguém mexe com a minha família. Atualmente, estou morando no México, inicialmente queria ir para a Inglaterra, porém queria algo diferente. Fiz algumas pesquisas e me interessei muito pela cidade do México, fiquei em dúvida entre Brasil e México, mas algo dentro de mim me puxava para o México. É um país conhecido pelas belezas naturais, litorais paradisíacos, monumentos históricos, gastronomia maravilhosa, culturas incríveis e paisagens de tirar o fôlego.
Faz uma semana que cheguei aqui, e já fiz uma amiga, Ariadne. Somos da mesma sala na faculdade e ela mora numa vila, próxima do meu apartamento. Ainda não deu tempo de conhecer nada por aqui, mas ela ficou de me apresentar a cidade, no final de semana.
Arya…
Acordo, faço a minha higiene pessoal, tomo um banho e vou tomar um café. Tem uma funcionária do prédio que está trabalhando para mim, nos seus horários vagos.
Então café da manhã, jantar e a faxina do apartamento, ela deixa pronto. Agora finais de semana vou ter que me virar.
— Que cheiro delicioso! — digo entrando na cozinha. — Bom dia, querida!
— Bom dia, senhorita!
— Pode me chamar de Arya! — digo sentando-me na cadeira.
Tomo o café conversando com meus pais por vídeo chamada, tem sido assim diariamente, querem saber como estou, se estou me alimentando direito e se preciso de alguma coisa. Minha família é muito protetora, meus irmãos também sempre estão me ligando.
Encerro a chamada e converso com Susan.
— E então Susan, onde mora?
— Moro numa vila no final desse quarteirão!
— Que coincidência, uma colega da faculdade também mora nessa vila!
— Qual o nome dela? Talvez eu conheça!
— Ariadne!
A mulher muda o semblante.
— Algo errado com ela?
— Com ela não…, mas com sua família! Melhor eu ficar quieta, não quero ter problemas, ainda mais com aquelas pessoas!
— Agora fiquei curiosa…
— Esquece isso, senhorita! Tem coisas que é melhor não saber!
— Caramba, Susan! Diz de uma vez, prometo que não vou contar para ninguém. Por favor…, por favor! — digo com as mãos juntas na frente do rosto, fazendo beicinho.
— Ariadne, é uma menina doce, mas todos na vila, desconfiam de que ela e sua mãe sofram violência do marido da sua mãe!
— Como assim?
— Elas sempre aparecem marcadas, principalmente a mãe dela!
— E por que não fazem a denúncia?
— Ele trabalha para um homem muito poderoso aqui do México e todos têm medo dele!
— E só por isso, podem sofrer na mão desses abutres?
— Infelizmente, aqui quem manda são eles!
— Isso é um absurdo!
— Ariadne tem uma meia irmã, mas ela foi obrigada a se casar, foi levada embora! Nunca mais tivemos notícias suas…, dizem que seu padrasto a vendeu para esse homem, pois era muito rico!
— E ninguém fez nada?
— Fazer o quê?! Moramos num lugar onde quem manda são os narcotraficantes e mafiosos poderosos! Tome cuidado com quem anda, com quem saí por aqui, pois não é brincadeira! Há respeito apenas entre eles e suas famílias! Nas últimas semanas, coisas estranhas vem acontecendo, garotas entre quinze e dezoito anos estão desaparecendo!
— Estou incrédula… Essas famílias têm que se unir, ir a polícia, exigir que façam algo!
— Todos são corruptos, fazem parte dos negócios sujos!
— Não sei nem o que dizer, mas agora que estou aqui vou investigar isso!
— Não se meta com esses bandidos, menina! São perigosos!
— Eu também sou! Não tenho medo de ninguém!
— Por favor, não conte a ninguém sobre o que contei, não quero ter problemas!
— Fique tranquila, ninguém vai saber!… Escuta, Susan, você não tem família?
— Somos apenas eu e meu filho, Damião! É um excelente filho…
Conversamos por mais alguns instantes, então me arrumo e vou dar uma volta pela cidade. Aproveitei e entreguei alguns currículos.
Confesso que fique estática com tantas coisas que descobri.
Caminhava quando encontrei com Ariadne na porta de uma lanchonete, ela limpava as mesas.
— Arya! Que coincidência!
— Pois é! Resolvi dar uma volta e entregar alguns currículos! Você trabalha aqui? — pergunto apontando para o estabelecimento.
— Sim!
— Tenho alguns minutos, quer beber algo?
— Pode ser!
Ela busca dois copos de suco e nos acomodamos nas cadeiras da mesa do lado de fora. Estava muito quente e a garota usava uma camisa de manga longa.
— Não está com calor, Adriane?
— Não! — disfarça.
— Amanhã vamos conhecer a cidade, o que acha?!
— Gostei da ideia!
Um carro preto, estaciona na frente da lanchonete, dois homens descem, parecem ser seguranças, abrem a porta do passageiro e um homem elegante desce, seu olhar recaí sobre mim, mas sinto algo estranho, um arrepio ruim percorre meu corpo.
— Quem é esse homem?
— Ramiro Garcia! Nem olha para esse homem, amiga! Ele é um dos homens mais poderosos daqui!
Era sim um homem bonito, mas nada que me atraísse, era um homem estranho… Ele senta-se numa mesa de frente para a minha, olha com malícia a todo momento para onde estávamos.
Reviro os olhos e volto a minha atenção, para Ariadne.
— Que homens estranhos!
— Ele é um dos narcotraficantes mais poderosos do México! Não se compara aos Fontana, mas ainda assim tem muito poder! — fala em tom baixo.
O homem não tirava os olhos de mim.
— Quem são essas Fontanas?!
— Blake Fontana, é o chefe da máfia, Fontana! É um homem frio, calculista e muito perigoso! Ninguém se mete com ele… é praticamente dono de tudo por aqui!
— Não fazia ideia de aqui era comandado pelo tráfico!
— Infelizmente é sim!… Arya, preciso voltar ao trabalho, já está na minha hora!
— Vai lá, amiga! Também vou voltar para o meu apartamento!
— Que tal sairmos para dançar hoje?!
— Eu topo, estou precisando sair um pouco e relaxar!
— Combinado então!
— Te espero na frente do meu apartamento!
Pago o suco, me despeço e sigo para o meu apartamento.
(imagem retirada da internet)
Blake…
Acordo, faço a higiene pessoal, tomo um banho e desço para tomar café. A minha mãe e Dulce ainda não acordaram, o que é ótimo, por estar mal-humorado.
Tomo meu café sozinho, acordei cedo para resolver alguns assuntos relevantes da máfia. Há um bastardo que deseja morrer, pois, estão saqueando as minhas mercadorias. Isso já ocorreu duas vezes, quando eu descobrir quem é o responsável, seu fim será no inferno.
Termino o café e sigo para a fortaleza, minha prima Paulina, assumiu o lugar de Javier, até que ele melhore, creio que logo saíra dessa por ser um homem forte e determinado. Assim que vou para a minha sala, entra logo atrás de mim.
— Alguma novidade? — pergunto sentando-me em minha cadeira
— Sobre os saqueamentos ainda não! — diz pegando uma garrafa de tequila.
Desfiro um murro na mesa irritado.
— Mas temos novidades sobre aquela mulher que pediu para investigar! — diz nos servindo.
— A tal Arya Connor? — pergunto e viro uma dose de uma vez.
— Sim, ela chegou recentemente no México!
— Que ótimo, ela veio direto para a boca do leão! — digo com sarcasmo.
— Tem certeza, que vai sequestrar essa garota? A família dela tem ligação com os Santheago…
— Não me importa com quem tem ligação!
— Vai comprar uma briga com essa família, sem saber exatamente o que aconteceu?!
— Não me importo, ela vai pagar pelo que fez!
— Acredita mesmo que essa garota faria isso por mal? Se foi ela por que estaria no avião?!
— Porque não estaria?! O piloto estava! Tudo foi armado!
— O que fará? Vai matá-la? Torturá-la?
Ela se aproxima e senta-se em meu colo.
— Ela será a mãe da Dulce e minha esposa!
— O que?! Como assim?! Um casamento como vingança?
— A minha vingança será lenta, priminha! Agora saía!
Paulina nunca escondeu seu interesse em mim, mas nunca dei nenhuma esperança.
— Blake, vai se arrepender de colocar qualquer uma dentro da sua casa, ainda mais comprar uma briga com aquela máfia, que deveria se unir! — diz levantando-se.
— Eles não vão saber! Agora saía, já cansei dessa conversa! Avise meus homens, que hoje vamos aquela boate, quero relaxar um pouco!
— Porque não me deixa te fazer relaxar, Blake? — pergunta massageando meus ombros.
— Saía! — digo asperamente.
Ela saiu pisando alto.
Passo a manhã, reunido com meus homens, tratando dos negócios e planejando algo para pegar os bastardos que roubaram a minha carga. Isso não vai ficar assim…
Após o almoço, faço algumas ligações para os preparativos do casamento.
Inicialmente, essa mulher não ficará em casa, vou levá-la para a minha residência nas montanhas, aonde vou convencê-la a se casar comigo e como deve agir dentro da minha casa. Minha mãe e filha, não podem saber que tudo isso se trata de uma vingança.
Eu mesmo fiz as ligações e tratei dos assuntos finais, não confio cem por cento em Paulina, ainda mais sabendo que queria essa posição em minha vida.
Ao entardecer, vou para casa, ao chegar minha mãe vem falar comigo com um semblante preocupado.
— Precisamos conversar!
— O que aconteceu, agora?!
— A professora da Dulce ligou, e disse que ela brigou com um coleguinha na escola!
— Isso é coisa de criança, mãe!
— Se ela aprontar novamente, será expulsa!
— Mais que droga! Tenho tantos problemas e agora mais isso!
— Está ausente nos últimos dias, filho, Dulce sente a sua falta!
— Sei disso, mas depois do que aconteceu com Javier, as coisas estão bem complicadas na fortaleza!
— Na verdade, está tão preocupado com essa vingança que está deixando sua filha de lado!
Minha mãe tem razão, subo até o quarto de Dulce e ela está desenhando.
Assim que me, vê, vem correndo para os meus braços. A pego no colo e sento-me na cama.
— Sua, avó disse que teve problemas na escola… de novo! O que está acontecendo?
— Não foi nada de mais, papai…
— Filha! Tem certeza que não é nada de mais?!
— Tenho, sim, pai! Prometo que vou tentar me comportar!
— Se estiverem fazendo algo que não está lhe agradando, sabe que pode me contar, não é mesmo?
— Sei sim! Mas não está acontecendo nada, papai! Eu juro…
— Ok! Me diz o que estava fazendo?
— Um desenho…
Ela vai até sua mesa e entrega-me o desenho.
— Quem são esses?
— Eu, você, a vovó… e tio Javier!
— E esse espaço em branco, entre você e a vovó?
— Seria a minha mamãe, mas como não tenho, deixei em branco!
— Você tem uma mãe, filha… ela só foi embora!
— Então eu não tenho, papai! Quem cuida de mim é você, a vovó e o titio! Se me amasse, estaria aqui!
Sinto-me abalado, uma vez que minha filha sofre com a ausência da mãe e eu não tinha percebido isso. Precisa de uma presença materna, alguém que lhe dê amor, carinho e atenção.
Passo um tempo com ela e logo após vou para o meu quarto me arrumar.
Tomo um banho, me arrumo e sigo para a boate.
Família Fontana:
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