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Nas Garras Do Amor

CAPÍTULO 1- Dia do nada

Lok fez a sua melhor escolha: ficar com o seu pupilo Eric no Clã dos Macgary.

A sua vida era boa em DUNHILL, mas o caçula dos Cameron era como um filho, já que o havia treinado pessoalmente.

Mesmo Eric insistindo para ele tomar uma mulher para esposa e assim constituir uma família. Ele sabia que ter uma mulher enchendo a sua cabeça com reclamações e cobranças, não era para ele. Estava bem vivendo no alojamento com os outros guerreiros.

Quando a sua necessidade por mulheres para se satisfazer entre um par de coxas era incontrolável, ele ia até um Vilarejo próximo, onde na Taberna havia várias moças resposta a ajudar quem desce algumas moedas.

Vivia sem uma esposa que o controlasse... isso sim era vida!

Agora estava ali, recostado em uma árvore, no meio da mata, fingindo-se de morto.

A espera era para quem tinha tempo e um certo grau de paciência. Com os olhos semicerrados, podia observar tudo ao seu redor. Já sentia um certo cansaço de ficar móvel por tanto tempo, mas lá estava a sua recompensa.

Com agilidade, deu o bote certeiro e pronto, a sua refeição estava garantida. Uma pequena lebre e o vinho no seu odre, seriam suficientes. Após limpar o pequeno animal, colocou-o no fogo para poder saboreá-lo. Descansou por um bom tempo, levantando-se apenas para avivar o fogo e certificar-se de que ainda viveria mais um pouco.

Ia para o vilarejo. Saiu cedo da Fortaleza para ter o seu "dia do nada", que era como ele chamava o dia que ele tirava para ir até à Taberna beber e levantar algumas saias. Ao menos uma vez no mês ele gostava de ficar sozinho, sem ter que pensar em trabalho. Queria apenas uma mulher limpa, que cheirasse bem e que não exigisse carinhos ou compromissos. Ele era um homem livre, era do mundo…

Lok comeu o seu assado tranquilamente, logo em seguida, dirigiu-se para o pequeno lago ali perto para tomar um banho, pois já que exigia que a mulher que se deitava com ele fosse limpa, cabia-lhe seguir essa mesma regra.

Vestiu as sua roupa sorridente, gostava daquela tranquilidade...

 De onde estava podia ver o pequeno Vilarejo, onde gostava de tomar algumas cervejas na Taberna e depois subir para um dos quartos com alguma mulher "prestativa". Não pode segurar um riso ao se lembrar de Eric dizendo:

— Mulher prestativa? Se paga com moedas, então é uma meretriz. Arrume uma esposa, meu amigo e encontrará a felicidade…

Esposa? Lok não tinha intenção de ter uma mulher grudada nele, dando ordens e reclamando. Ele era um guerreiro! Sempre foi um homem solitário, sem um lar, apenas se fixou em DUNHILL por conta de Eric, que quando jovem, ele treinou o garoto, que se tornou um grande guerreiro.

Olhou para o alto e pode ver que já ficava tarde, logo o sol iria se esconder. Montou o seu cavalo e seguiu para o vilarejo, já imaginando a noite tranquila que teria entre as curvas alguma mulher.

Seguiu num trote tranquilo até o pequeno Vilarejo que estava mais movimentado que o normal. Lok, deixou então o seu cavalo aos cuidados do garoto que ficava no estábulo.

Ao entrar no salão, já percebeu que seria difícil pernoitar com alguma taberneira. Dirigiu-se até o balcão para falar com o homem magricela e sem dentes que tomava conta do lugar.

— Movimentado por aqui hoje…

— Receio que essa noite o senhor não poderá pernoitar com nenhuma das meninas, meu mestre. — falou o homem — mas por alguns minutos, que o senhor poderá se satisfazer, é só esperar a vez. — falou a mostrar como um gesto de cabeça uma pequena fila que se formavam ao pé da escada que levava ao andar superior.

Lok olhou para a fila desanimado. Ele vinha ao pequeno vilarejo apenas uma vez ao mês e justamente no seu dia , a casa estava cheia.

— Não, obrigado. Sabe que prefiro qualidade, por isso preciso de tempo se é que me entende. — falou Lok, deixando claro a sua indignação.

Continuou a tomar a sua cerveja e logo um senhor idoso, de cabelos brancos, deu um sorriso para ele e falou baixo como se contasse um segredo:

— Tem uma moça...

Lok olhou com curiosidade. Ao perceber o interesse do seu ouvinte, o idoso continuou:

— Ela mora mais a frente. Fora do vilarejo, mas perto o suficiente. É nova, muito bonita. É a coisa mais doce que poderia encontrar. — falou a estalar a língua.

Lok pensou no que ouviu daquele ancião, mas aquela conversa cheirava a confusão e nesse assunto, ele preferia uma coisa mais segura. Pediu mais uma caneca de cerveja e pagou outra para o senhor, que parecia ser muito simpático e assim acabou por ficarem ali conversando e bebendo por conta de Lok.

Mesmo insatisfeito por seus planos de passar o seu dia de folga de maneira prazerosa, agora tinha uma noite agradável com as histórias daquele senhor, que parecia ser um bom homem, com um sorriso de alguns dentes faltando e conversa fácil, o ancião tinha o dom do entretenimento e as suas histórias prendiam a atenção do guerreiro.

Sempre que vinha aí vilarejo, Lok não tinha pressa. Saía da fortaleza logo que o dia clareava e seguia com calma, parava nas proximidades para um descanso e esperava o por do sol. Gostava de chegar na Taberna logo se o sol se punha, assim as taberneiras estavam prontas e a disposição dos clientes.

Essa sua folga, ele usava para o seu "alívio". Não gostava de se deitar com servas da fortaleza, por mais que elas se oferecessem. Jamais iria querer ter vínculos ou responsabilidades. Por isso vinha de tempos em tempos ali, para não se comprometer.

Mesmo sabendo como Eric era feliz depois que conquistou a sua " alma gêmea ", como ele mesmo gostava de falar. Sabendo que os irmãos de seu pupilo também encontraram o amor e tinham uma bela família. Tanto Connor, quanto Aron, estavam felizes com os seus rebentos, assim como Eric.

Mas Lok queria ser livre e crianças não era com o que sonhava.

Ele gostava de uma cerveja e de uma boa conversa, é isso ele estava tendo, faltava apenas uma boa mulher para se satisfazer.

CAPÍTULO 2- Desejos

Lok já estava meio embriagado, quando o homem insistiu:

— Vamos, eu levo-o até ela, Isla irá fazê-lo feliz. — falou enquanto tomava a terceira caneca.

Lok virou a sua caneca de uma só vez, disposto a seguir o homem.

— Se eu fosse o senhor, não iria até à bruxa Isla. — aconselhou o taberneiro.

— Não se meta nessa conversa! A doce Isla não é uma bruxa. — zangou-se o ancião.

Lok ficou curioso:

— Então falamos de uma bruxa velha?– questionou.

— Dizem que o último homem que se deitou com ela, morreu durante o ato, em decorrência das bruxarias dela. Nenhum homem jamais teve coragem de se aproximar. Dizem que quem a olha nos olhos fica enfeitiçado.

Ao ouvir isso, Lok se engasgou com a cerveja. A imaginação dessa cena o fez rir, o homem morreu feliz. Felicidade... era isso que ele precisava.

– A bruxa Isla frequentou a Taberna por um tempo , mas espantou os clientes, então eu a proibi de aparecer por aqui.– falou o taberneiro. – Nenhum homem nessa vida quer morrer dessa forma. Isso não tem nada de prazeroso.

— Eu quero conhecer essa bruxa. Talvez ela possa ser aceitável para aplacar o meu desejo. — Lok já estava bem embriagado.

Jogando algumas moedas para o taberneiro, virou-se para o ancião:

— Me leve até essa bruxa.

— Ela não é uma bruxa! — indignou-se o velho.

– Que seja! – Lok pôs fim a discussão.

Quando saiu da taberna, Lok pôde ver algumas estrelas despontando no céu claro e a noite começava a tomar conta de tudo. Encaminhou-se até o estábulo e pegou o seu cavalo, jogou uma moeda para o menino. Saiu a puxar o animal pela rédea, seguido o velho.

— Venha, senhor. É logo depois daquelas árvores. — O velho apontou as árvores.– Não será uma longa caminhada.

— Sou Lok. Qual é o seu nome?

— Archie... significa verdadeiro. — falou com a voz enrolada.

— Archie... vamos até à bruxa...

Quando falou, percebeu que o homem parou de andar.

— Ela não é bruxa! Não fale isso jamais! Isla finge que não se importa, mas isso a entristece. A minha doce Davina sabe.

Lok parou de caminhar para observar o seu novo amigo. Estava entorpecido pelo álcool, mas não estava de todo embriagado. Os seus instintos diziam ter algo estranho ali, aquele homem defendia uma bruxa e pelo visto, sua esposa também. Talvez fosse uma armadilha... mas não seria problema , ele era bem treinado e precisava da atenção de uma mulher.

– Vamos! A casa de Isla fica logo após aquela curva, próximo da minha casa.

Os dois homens continuaram a caminhar, Lok puxando o seu cavalo pelas rédeas, andando ao lado de Archie que estava sem o seu cavalo.

— Já pensei em mudar-me para o vilarejo e ficar mais próximo dos outros moradores, mas nossa Isla precisa de companhia.

— Ela é sua filha?

— Não. Ela é filha de ninguém.– falou com tristeza — As pessoas do Vilarejo a temem, e o que se tem medo, as pessoas agridem.– Archie fez uma pausa e continuou– ela tentou ganhar algumas moedas, mas não consegue. Quando descobrem a sua história, todos fogem como o diabo foge da Cruz. Eu a ajudo como posso, mas já estou velho.

— Ela deve ser muito feia, ter alguns dentes faltando, mas não me importo e certamente não irei morrer em cima dela. Será mais fácil ela morrer ao ver o que tenho para ela.

Lok gargalhou, achando graça da forma que Archie defendia a bruxa. No estado em que se encontrava, ela podia ser até careca que ele não perceberia. Apenas gostaria de voltar para casa satisfeito na tarde seguinte. Estava a muitos dias sem o consolo de uma mulher e ele precisava se satisfazer.

Andaram alguns metros por uma trilha e logo que fizemos uma curva, Lok podia ver uma fraca luz vinda de uma pequena cabana. Três cães enormes apareceram, mas ao verem Achie, abanaram os rabos e ficaram apenas sentados observando Lok de longe.

– Bons cachorros. – Falou o ancião acariciando a cabeça dos três. –Esse grandalhão é amigo, certo? – falou, como se os animais pudessem entender.

Ao chegarem perto da cabana, ele virou-se para Lok e explicou:

— Não andará mais que alguns passos e verá uma luz, vinda de uma pequena cabana com flores na entrada, é lá. — abaixou a cabeça envergonhado. — diga que foi Archie que lhe enviou. Não irei até lá, se a minha Davina souber que tenho algo a ver com isso, ela vai matar-me.

O velho ergueu o olhar para observar o rosto de Lok, varrendo-lhe a alma.

— Senhor Lok, eu acredito que seja um bom homem. Não a trate mal, ela já sofreu muito nessa vida. Seja paciente e carinhoso, ela não tem muita experiência.

Lok pode observar o brilho de uma lágrima nos olhos do homem. Pensou em desistir, mas a sua curiosidade era grande. Essa bruxa parecia ter o coração do velho. Seguiu a assobiar e puxando pelas rédeas o seu cavalo, que era um belo animal de guerra, o seu orgulho.

Não se importava se fosse velha, se não era usada , então estava limpa, e era isso que importava.

De repente, sentiu um baque no seu ombro, parou e olhou ao seu redor, mais outro nas suas costas. Passos rápidos sobre as folhas secas, por entre os arbustos e mais ataques. Levou a sua mão até as costas, segurando o cabo da sua espada e puxou-a, pronto para se defender dos inimigos covardes que agiam nas sombras.

Podia perceber ser ao menos três agressores. Estava com a mente meio entorpecida, mas não era problema para ele, afinal ele era um guerreiro, treinou muitos homens.

Foi quando sentiu na sua nuca uma pancada mais forte, teve a sensação de que as suas pernas não o sustentariam. A última coisa que pode ter consciência, foi que os seus joelhos dobraram e ele cravou a sua espada no chão, tentando manter a dignidade, mas foi em vão.

Antes de tocar cabeça no chão, pode ver um ser pequeno de cabelos de fogo se aproximando lentamente…

CAPÍTULO 3- Plano perfeito

 Aiden ouviu toda a conversa dos dois homens. Não deixaria que aquele grandalhão se aproximasse de Isla. Ele, antes apenas desconfiava, mas agora tinha a certeza de que o velho Archie levava os planos dela adiante e ele não deixaria, ele era o seu guardião.

Quando o velho foi para casa e aquele grandalhão se pôs a caminho da cabana, ele fez o que já treinava a tempos. Tinha muitos de pedra em lugares estratégicos e a única coisa que precisou fazer foi ser rápido com o vento como um gavião em caça.

Sentiu vontade de rir daquele homem que não sabia onde atacar. Iria assusta-lo e, juntamente com a lenda da bruxa, ele sairia correndo apavorado e nunca mais voltaria ali. O seu plano era perfeito, só não contava que arremessaria uma pedra maior e que fosse certeiro.

Quando viu o homem desabar, sem forças, ficou assustado. Ele não queria matá-lo! Correu para casa em desespero, entrou rapidamente e passou o ferrolho na porta.

— O quê aconteceu Aiden?

— Nada Isla...

Ela virou-se com o rosto sério, secando as mãos no avental:

— O quê aprontou menino? — com a mão na cintura demonstrando o seu humor, continuou — Quantas vezes terei que avisar para você, não é Isla? Eu sou a sua mãe!

Aiden abaixou a cabeça pensando se contava a sua mãe que matou um homem bem ali, pertinho de casa.

— Isla... mãe, tem um homem fétido... penso que morreu.

— O quê? Um homem morto? Onde Aiden? — Ela bombardeou o filho com perguntas.

Aiden sabia estar em apuros e as suas lágrimas começaram a escapar dos seus olhos conseguisse controlá-las.

— O velho Archie trouxe ele para usá-la. Eu não isso, não é certo…

— É certo você usar trapos? Comer raízes quase diariamente? — mudando o tom de voz, tentou falar com mansidão. — Aiden, meu filho, você está na idade de ter um mentor, ser treinado para tornar-se um guerreiro de honra e assim deixar de ser apenas" O filho da bruxa". Preciso de muitas moedas, sabe disso.

Aiden manteve a sua cabeça baixa.

— Vamos Aiden! Onde ele esta? Leve-me até o morto.

Os dois saíram para a escuridão da noite. Não precisou mais que alguns passos para avistarem um cavalo enorme e robusto perto de um corpo.

Ao se aproximar, Isla viu que o cavalo batia uma das patas dianteiras no solo, o animal estava nervoso. Teria que conquistar a confiança do animal primeiro. Aproximou-se com cuidado e acariciou o pescoço dele, o que fez com que se acalmasse como pôr encanto.

Isla aproximou o seu rosto do nariz do homem, ele ainda respirava…

– Ele está vivo! Aiden, ajude-me.

Cada um pegou um braço do homem para arrasta-lo até a cabana, mas ele nem se moveu.

— É muito pesado para nós dois. — Isla falou pensativa.

— Ele é gigante! Olha a sua espada, é um guerreiro, disso eu tenho certeza.

— Vá Aiden, esconda essa espada e traga uma corda, tive uma idéia.

O menino saiu a correr em direção a cabana, levando consigo a pesada espada. Isla olhou para o filho, aos nove anos, ele era maior que as outras crianças, não tinha amigos já que viviam isolados. Ele não tolerava as palavras que ouvia sobre a própria mãe.

Isla olhou para aquele homem desacordado, caído no chão. Ele era alto, forte e os seus cabelos claros acrescentavam-lhe uma beleza extraordinária. O queixo forte e a barba por fazer, a encantava…

O que foi isso? Ela odiava os homens, eles só pensavam numa coisa que lhe causava dor. Ela não queria nem pensar nisso. Quando ser dispôs a aceitar moedas em troca do seu corpo, ela fez por acreditar que o seu filho teria uma vida melhor, mas a sua fama chegou antes que pudesse pensar em obter lucro. Ela era "a bruxa", o homem que a tocasse morreria.

Sobreviviam de algumas caças, legumes ou ovos que vendia no vilarejo, mesmo assim era o velho Archie e Davina que iam vender para ela. Uma brincadeira do destino colocou ela e o seu filho numa situação de penúria.

Aiden chegou nesse momento trazendo a corda.

— Vamos puxá-lo para dentro com o auxílio do cavalo, assim não precisaremos fazer muita força.

— Vai levar esse desconhecido para dentro de casa? Está louca Isla?

— Não estou louca. E já falei mil vezes: SOU A SUA MÃE.

Aiden fez uma careta entregando a corda para ela.

— Não podemos deixá-lo aqui fora, algum animal pode aparecer a noite.

— Mas ele pode não ser uma boa pessoa...

— Se fosse de todo mau, Archie não o traria até aqui.

Esse argumento fez um menino se acalmar um pouco. Ela então amarrou os pés do homem e outra ponta da corda, amarrou na cela. Pegou as rédeas e puxou o cavalo, indo em direção a modesta cabana. Isla só esperava que essa fosse uma decisão acertada, que esse homem não os culpasse por nada, ele poderia ser violento e machuca-los. Certamente o porrete que ela mantinha atrás da porta surtiria efeito num homem como ele.

Conseguiu deixá-lo bem próximo à entrada da cabana. Desamarrou os pés do homem e com sacrifício arrastou aquele peso todo para dentro, com ajuda de Aiden, levou aquele corpo desacordado para a pequena dispensa.

— Acredito que ficará bem aqui. — Isla pensou em voz alta.

— Mas Isla, ele irá congelar...

— Para quem quase matou o homem, você está muito preocupado. E já lhe avisei, sou sua mãe.

Isla pegou ali mesmo, no alto da prateleira, uma manta velha e um travesseiro. Com cuidado colocou a cabeça do homem confortavelmente sobre o travesseiro. Ele podia ser um desconhecido, mas para ela, era como se já o conhecesse há muito tempo. Achou estranho essa sensação, olhou bem para aquele rosto. Ele tinha os traços bem marcantes, os calos nas mãos não eram de trabalho braçal, ele era mesmo um guerreiro, não era um mercenário qualquer.

— Vá se lavar para comer algo. Vamos descansar que amanhã será um dia cheio. — falou Isla, sem tirar os olhos daquele homem.

Colocou manta sobre aquele corpo, quando se viu sozinha, abaixou-se ao lado dele e o olhou de perto. Sim, ele era um belo homem, mesmo com as cicatrizes nos seus braços, as mãos calejadas ou o cabelo em desalinho, não o deixavam com má aparência.

Quando se preparava para sair dali, foi segura pelas mãos fortes e ela pode ver o azul profundo daqueles olhos.

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