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Um Novo Começo

sr mistério

Que dia! Nossa, achei que o tempo tinha mesmo estacionado...agora, ainda tenho esse monte de livros pra estudar...que dureza...

Ah, mas estou tão cansada."

Anne é uma menina muito esforçada. Trabalha duro,pra ajudar no aluguel do apartamento que divide com sua amiga Simone,ou simplesmente, Sy, como gosta de ser chamada.

Desde que chegou a Seattle, vindo de Havana, onde seus pais moram, nunca teve muito tempo pra mais nada, que não ser trabalho e estudo firme.

Quer se formar em comércio exterior. E faz o possível pra ter as melhores notas, porque sua bolsa de estudos depende disso.

Quase não sai pra se divertir. Como toda garota de sua idade.

Simone insiste muito para que isso aconteça, mas Anne é firme.

- Amiga, você tem que sair desse casulo! A vida não é só trabalhar...divertir faz bem também.

- Eu sei...mas, preciso mesmo estar pronta para as provas finais, e além disso, ainda tenho aquela entrevista de estágio...estou muito focada nisso também.

- Ah...a entrevista na Holdgins Enterprise inc?

- Sim...dizem que o CEO é exigente demais...então, preciso manter o meu foco.

- Aff! Esse cara deve ser um velho caquético e mal amado!

- Sy!

Anne começa a rir muito da amiga. Não conhece o homem, mas pelo que dizem, é muito exigente com os funcionários da empresa enorme, uma das maiores multinacionais de Seattle.

- Mas, é pura verdade Anne! Esse homem se recusa a ser fotografado. Não dá entrevista...é um tremendo chato!

- Ele deve ter motivos. Não deve ser fácil ser dono de um negócio tão grande como esse.

- Bom, sendo ou não, eu que não queria ter esse sujeito como meu patrão...

Deve ser um equizidor do tempo da escravidão...

- Aí...

- Tem certeza que vai a essa entrevista?

- O salário é bom, e preciso...Sabe que tenho muitos planos futuros. Dependo disso.

- Já te disse, posso ajudar você e...

- É um amor de pessoa. Já me ajuda muito dividindo o apartamento. Não sei que seria de mim, sem você.

Ela é uma jovem de posses. Sua família é de classe média alta. A jovem gosta de ser independente, viver sua vida livremente. Anne consegue controlá-la as vezes, em seus impulsos. Ela é muito livre.

Sem compromisso com ninguém.

Não tem nada a ver com isso.

- Bom, vou sair com o Ethan, se por acaso mudar de ideia, estarei no mesmo barzinho de sempre.

Ethan é o irmão dela. Um jovem muito bonito que atrai muita atenção das meninas. Anne já percebeu o interesse dele insistente por ela, mas de uma forma suave deixa bem claro que não quer ter compromisso com ninguém por enquanto. Nem foi pra isso que veio para Seattle. Seu objetivo é outro. Nada de romance ou algo parecido.

- Tá bem, se mudar de ideia...coisa que provavelmente não farei, te encontro lá.

- Ah amiga puritana! Vou indo, fique bem.

- Bom divertimento...

Simone sai, porque o irmão já a espera na entrada do prédio.

Uma vez sozinha, Anne começa sua maratona de estudos.

Tanto assunto!

Nem se dá conta de que já é tão tarde, quando sente seu estômago reclamar.

Vai até a cozinha,e para sua tristeza, nada está pronto. E está tarde para começar preparar algo decente.

Bom.

Terá que sair um instante.

Comprar alguma bobagem rápida.

Odeia isso!

Mas, está sem muita alternativa no momento.

Pega um casaco quentinho,pois está um pouco frio.

Saindo na calçada, percebe que uma garoa fininha cai. Ah, que ótimo! Não pegou o guarda chuva!

E nem vai voltar pra buscar.

Sai andando tentando se proteger pelos cantos. Coloca o capuz pra não molhar o cabelo.

Ficaria um caus no dia seguinte..pensa ela.

O restaurante ainda está com as portas abertas, e o simpático sr José está no balcão.

- Bella! Que faz aqui com esse tempo horroroso!

- Ah sr José...estava pensando em levar alguma coisa pronta pra casa...

- Amore...porque não pediu por telefone? Te levaria...

Anne na verdade não faria o pobre homem sair pra entregar algo tão simples pra ela.

Um sanduíche e fritas.

Preferiu ir pessoalmente.

- Como está sua amiga Simone?

- Como sempre...vivendo a vida.

- E você, cara mia? Quando vai começar a fazer o mesmo ragazza? Está tanto tempo envolvida em livros...parece uma bibliotecária velha e gorda...

Anne começa a rir da comparação.

- Pare...Sabe que tenho as provas finais.

- E...quanto a sua entrevista?

- E ainda isso.

- Mia linda garota...Sabe que minha torcida por você é sincera...desejo muito bem a você...é muito esforçada, merece todo o que de bom a vida pode oferecer.

- Ah, muito obrigado amor.

- Que vai levar mia linda...

- O de sempre...

- Tem que comer algo com mais substância amore...vou preparar algo diferente...

- Mas...

- E não precisa se preocupar, esse é um regalo mio pra você...

Anne sabe o quanto ele quer gentil.

Ela adora comida italiana. Mas com o dinheiro curto, economiza o máximo que pode.

E o cheirinho é maravilhoso...

- Aqui está mia bella ragazza...bom apetite.

- Nem sei como...

- É um regalo...no me agradeça...

- Obrigada assim mesmo.

- Vai enfrentar a chuva?

- Está fraca e nem moro tão longe...

- Tenha cuidado mia querida...esse bairro as vezes se torna um pouco perigoso a noite.

- Terei. Obrigada mais uma vez.

Anne não é muito acostumada a sair a noite. Por isso a preocupação do velho amigo.

Caminhando bem rápido, pois parece que por capricho a chuva se intensificou, Passa por perto de um local, onde alguns homens estão reunidos em uma atitude um tanto suspeita. Aperta o passo quando percebe o interesse deles na jovem sozinha andando desacompanhada.

"Ah Anne...mais depressa."

Ela pensa, mas é alcançada por eles.

Parecem um tanto alterados.

Não sabe se é pela bebida ou algo ainda pior.

Um homem horrível se aproxima dela.

- Ora...ora, que bela surpresa...o que uma garota tão linda faz sozinha...desacompanhada na noite escura de Seattle?

Outro tenta pegar em seus cabelos e ela se afasta enojada.

- Uma bela diversão, não é mesmo?

Fala exalando um hálito de bebida barata.

Está se sentindo ameaçada. Está com os olhos azuis tão apavorados, que sua respiração está tensa.

- Fique longe de mim!

- Ah, a mocinha é corajosa...

- Pode levar meu dinheiro...

O olhar deles deixa muito claro que não fazem questão disso. Querem algo pior.

Então faz menção de correr,mas o homem a segura forte.

Em um impulso, começa a gritar na esperança de alguém aparecer.

- Ah delicia...grite bastante...gosto das selvagens...

O homem tenta beijá-la, e ela bate com o pacote na cara dele, espalhando a comida por todo o local.

O outro a segurando firme, tenta tirar seu casaco com violência.

Ela luta muito, desferindo chutes e socos nos dois.

Por mais que tente, está dominada por eles. Está sem forças.

- Ah meu bem...vou me divertir um bocado com você...

As lágrimas caindo em seu rosto aflito não comovem os animais.

- Não! Não!...

Sente que está tudo perdido, quando surge uma silhueta de um homem, de moletom cinza com um olhar malvado no rosto.

- Deixe a garota em paz!

Os dois o olham ao mesmo tempo.

Parecem se divertir.

O que um sujeito sozinho pode fazer contra dois?

- Ah...é mesmo? Vai dar uma de herói?

O homem continua na mesma posição. Impacivel.

A escuridão da noite não deixa ela ver seu rosto direito. Mas seus olhos estão muito furiosos.

- Já disse...deixe-a em paz.

Eles se olham e vão em direção do homem.

- Quer mesmo isso,seu babaca?

Simplesmente o homem sorri. Cruza os braços.

- Louco por isso.

Responde de uma forma segura e firme.

Os dois vão pra cima dele. Ela se encolhe.

Fica olhando o seu salvador,dar uma surra descomunal nos canalhas.

Sozinho!

Parece um kinboxer.

Nem é atingido,porque é tão rápido, que os homens nem tem chance.

Se move tão rápido, e em poucos minutos, derruba os dois, que ficam desacordados.

Vai até ela, que ainda está muito assustada.

- Tudo bem com você? Te machucaram?

- Não...

- Pode andar?

- Sim...quem é você?

Ele está sorrindo. Mesmo com a escuridão, ela presume que é um homem bonito. E forte.

- Por sorte sua, o cara que te salvou. Não costumo vir por esses lados da cidade, fazer meu cooper noturno. Mas, por obra do destino, meu caminho se cruzou com o seu.

- Obrigada...bem sei que seria de mim...

- Achou mesmo que macarrão com molho de almôndegas, te salvaria de ser estrupada?

Ele fala se divertindo com a carinha dela de assustada.

- Eu tinha que tentar alguma coisa...

Fala vermelha de vergonha. Lá se foi seu jantar.

Ele está com um sorriso.

- Posso te acompanhar? Não vamos arriscar a outra tentativa...você sabe...

- Moro aqui pertinho.

- Vou com você. Tome, vista isso.

Ele tira a capa de chuva que esta vestido e dá a ela.

- Mas...e você?

- Não se preocupe. Estou bem.

Agora ela pode ver quanto ele é forte. O moletom está grudando na pele dele, moldando aquele corpo muito definido. Deve passar horas na academia, pensa.

- Vamos? Não quero que fique resfriada.

- Obrigado, mais uma vez.

Vão caminhando lado a lado, em absoluto silêncio.

Quando chega na portaria, faz menção de retirar a capa, mas ele a detém.

- Pode ficar.

- Mas...

- Está tudo bem. Vou pra casa.

- Vai ficar todo molhado...por culpa minha.

- Sem problema. Posso te perguntar uma coisa?

- Pode, afinal salvou minha vida hoje...não é mesmo?

- Aquele era o seu jantar?

Sorrisinho debochado.

- Infelizmente...sim.

Ele a olha cheio de ternura.

Pega o celular e faz, uma ligação rápida.

Ela não está entendendo nada.

- Pode esperar um pouco mais? Pedi uma coisinha pra você.

- Olha...de verdade...não precisa.

- Não discute comigo. Não vou deixar você sem se alimentar. Não depois disso que passou.

- Acho que não vou conseguir comer.

- Vai sim...e faço questão disso.

Ele é tão autoritário, pensa.

Não demora muito, chega um carro preto, estiloso e desce um homem de terno preto com uma sacola de um restaurante chique pra caramba. Ela conhece pela sacola.

O homem se aproxima dele e entrega.

- Aqui está sr.

- Obrigada. Me espere no carro, já vou.

Ele vai até ela e entrega com um sorriso.

- Pronto. Agora vá, tome um banho e se alimente.

- Faz as coisas sempre assim? De modo autoritário?

Ele sorri.

- Sempre. Gosto das coisas,do meu jeito. Apenas, faça o que pedi...se preferir assim.

Porque agora ela está se sentindo intimidada por aquele olhar muito atento dele?

- Está bem...obrigada uma vez,mas nem sei seu nome...

- Fiquemos assim...sou seu salvador...e você a mocinha indefesa que defendi dos homens maus, tudo bem?

- Porque todo esse mistério?

Ele pega seu rosto suavemente, e parece fazer um carinho discreto nele.

Isso causa uma sensação estranha nela.

- Não vai querer saber quem eu sou. Melhor assim.

Ela morde o lábio de forma involuntária.

Os olhos dele ficam com um brilho ofuscante.

Parece que isso acendeu algo nele.

Perigoso.

Se afasta dela e vira as costas.

- Boa noite...e se cuide.

- Obrigado.

Ana ainda vê quando ele entra no carro apressadamente. Parece querer fugir de alguma coisa.

O que resta, é fazer o que ele sugeriu.

Toma um banho relaxante, depois de deixar o pacote na mesa da cozinha.

Envolvida em um roupão macio e quentinho,vai ver o que ele comprou pra ela,que se surpreende com fome, apesar dos acontecimentos recentes.

Ao abrir o pacote,que surpresa!

Ravioles recheados de queijo de búfala, com molho branco e tomatinhos cereja em volta.

Acompanhado de um arroz branco que parece suculento e salsinha. hummm...parece muito bom!

Pensa com um sorriso.

Uma salada multicolorida fecha o cardápio delicioso.

" Como ele...ah, parece ser sofisticado...e sabe das coisas, está uma delicia mesmo."

Anne começa a comer, e vê que realmente estava precisando disso.

Agora fica pensando no homem muito misterioso e cheio de charme.

Quem é ele?

E porque não quis dizer seu nome e pareceu fugir de mim?

Ah...não fique imaginando coisas!

Ele derrubou dois brutamontes sozinho!

Porque fugiria de você?

Fica pensando, olhando para a capa de chuva pendurada no cabide.

(***).

Ele está andando de um lado para o outro.

Nervoso.

Como nunca tinha se sentido.

Suas mãos estão queimando.

Desde o momento que a tocou no rosto.

Olha pela vidraça do Scala, a noite chuvosa e escura, está como seu estado de espírito.

Quando a porta do elevador se abre, ele respira um tanto aliviado.

Adrian é perfeita. Linda. E sempre disponível a ele,quando solicitada.

- Queria me ver, meu querido?

- Sim. Preciso aliviar essa tensão toda em mim...

- Como posso fazer pra que isso aconteça?

- Sabe o que fazer.

Ela sorrindo, vai até ele.

Olha em seus olhos azuis cinzentos e ardentes.

- Estou a sua disposição...devo te esperar,no quarto de jogos?

-Sim...Sabe como deve estar.

Ela vai enquanto ele se serve de uma dose dupla de uísque.

Deposita o copo na mesa depois depois de bebê-lo de uma única vez.

Segue.

E ela está lá.

Pronta pra ele.

Como deseja.

Respiração acelerada.

Precisa disso.

Muito.

Se aproximando dela,a puxa contra seu corpo, faminto.

Fala a seu ouvido de forma quente.

- Vamos brincar...muito...

- Quero isso tanto quanto você...

Ele a beija com paixão. Seus beijos são deliciosos.

Adrian se deixa levar por aquele homem febril e denso.

Ah, ele é perfeito.

Cheio de paixão, a leva a lugares inimagináveis, quando a tem com toda sua volúpia e intensidade.

Satisfaz qualquer mulher que tiver em seus braços fortes e protetores.

Depois de consumado,ele fica olhando para a mulher linda do seu lado, sem qualquer expressão.

- Porque é assim?

- Que?

- Você, é o homem que toda mulher deseja ter na vida...e no entanto...se esconde em um casulo. Não te entendo Cristian...

- Sou complicado. Não tente me entender.

- É maravilhoso. Mas,parece ter uma luta interna com você mesmo.

- Como disse a pouco...não tenta me entender...ficaria de fato maluca com isso.

- Bom...não farei, já que faz questão disso.

- Obrigada.

- É tão fácil...se apaixonar por você...

Ele segura suas mão carinhosamente e as beija.

- Por favor...não.

- Porque resiste tanto Cristian?

- Continuemos assim, está bem? Sem compromisso...desse jeito.

- De que tem tanto medo?

Ele não sabe.

Não pensou nisso.

Apenas vive o seu momento.

Nada mais.

Até essa noite.

Alguma coisa mudou.

Mas, ainda não tem ideia de quê.

E isso o está consumindo por dentro.

De forma avassaladora.

que bela surpresa!

No dia seguinte,  Anne acorda um tanto dolorida. Aqueles canalhas a machucam no braço quando tentaram ...ah, melhor nem lembrar disso.

Se não fosse...ele!Seu cavalheiro das trevas, ela pensa com um sorrisinho travesso.

Qual o mistério que envolve aquele homem?

Parecia tão seguro e depois ficou de um jeito estranho.

Ah Anne, esquece!

Possivelmente, nunca mais o encontrará.

Melhor se concentrar na entrevista mais tarde.

Simone entra na cozinha com uma cara amassada.

- Bom dia.

- Bom? Porquê? Me lembre de nunca mais na vida beber!

Ela começa a rir. Sempre é  assim. Depois de uma gandaia,sempre reclama no dia seguinte.

- Quer um café? Dizem que melhora muito.

- Quero sim...ah amiga...você sempre me salva...

Simone é uma gracinha.

Mas, Anne tem mesmo que sair pra sua entrevista.

- É hoje aquela entrevista?

- Sim, é... estou bem atrasada.

A olha de cima a baixo. A amiga não  está vestida de maneira apropriada.

- Quer uma roupa emprestada? Tenho um terninho lindo. Vai cair como uma luva.

- Ah obrigada.Vou aceitar.

Ela se olha no espelho. Está tão bonita. Faz uma maquiagem leve. Quer parecer formal.

E, imprecionar o CEO,que parece muito exigente.

Pega sua bolsa e as chaves do carro da amiga.

- Cuidado na estrada.

- Vou bem devagar, tá bem?

- E, boa sorte amiga.

- Obrigada.

Preferiu não comentar nada a respeito da noite passada. Não tem necessidade.

Acabou tudo bem mesmo.

(***)

A empresa é enorme. Majestosa. Impressionante mesmo.

Parece uma torre de vidro e aço.

E escrito em letras garrafais,  HOLDGINS ENTERPRISE SlA INC, mostra o tamanho de sua responsabilidade se acaso for contratada pra trabalhar ali.

É um império!

Caminhando por seus corredores intermináveis, Anne se sente ainda mais admirada. As moças dali, sabem mesmo se vestir.

Parecem modelos de revista.

Se encaminha para o elevador.

- Segure pra mim, por favor!

Ela escuta uma voz masculina conhecida e se vira pra ver.

Qual não é a surpresa,  quando vê de quem se trata.

Seu salvador misterioso.

- Oi...

- Oi, que surpresa!Você trabalha aqui?

Ele está com um sorriso contido.

- É. Trabalho...e, você? O quê faz aqui?

- Tenho uma entrevista com o CEO daqui.

Ele franse a testa.

- Ah, é mesmo?

- Pois é.  E nem o conheço.  Queria tanto ter ao menos um ideia de como ele é. Você o conhece?

- Se o conheço? Ah, sim. Claro...conheço muito bem. Aliás, eu trabalho com ele, diretamente.

- Ah...por favor, me dá uma dica...sei lá,  como devo me comportar?Dizem que ele é exigente...

- Sério?

- Ah por favor!

Ele controla o riso.

- Bom, posso te ajudar com isso. O que exatamente te falaram...dele?

- Minha amiga, disse que ele deve ser um velho caquético e mal amado.

- Velho caquético?Não acredito nisso! Muito espirituosa sua amiga...

Os dois começam a rir.

- Bom, a culpa é toda dele...não se deixa fotografar...fica difícil né,  não ter esses pensamentos a respeito dele.

- É...muito difícil mesmo, mas diga-me...como posso te ajudar?

- Me dá uma dica...como posso lidar com ele?

Ele a olha de modo intenso. Detalhadamente. E sorrindo fala.

- Seja você. Apenas isso.

- Só?

- Garanto que vai contar muito a seu favor.

- O conhece muito pelo que vejo.

- Na verdade...trabalho diretamente com ele, um...espelho, talvez. Não tem como não  saber o que passa na sua cabeça.

Falando de modo divertido.

Anne morde o lábio involuntariamente.

E ele fica um pouco incomodado com isso.

- Desculpe...fiz alguma coisa errada?

- Que?!

- Parece que se aborreceu...outra vez. Ontem me lembro de ter feito isso e você  ficou todo estranho...

Respira fundo e dá um sorrisinho debochado.

- Não posso falar de fato o que acontece quando faz isso...iria ficar muito zangada a meu respeito.

Ela fica um pouco vermelha. Claro que entendeu o que ele quis dizer. Não  é de todo boba.

- Farei o possível pra que isso não aconteça mais então...

- Ótimo.

- E...aliás, você não  me disse seu nome.

Ele pensa rápido.

- James.

- Ah...prazer, Anne.

- O prazer é meu.

- Porque não me disse ontem, quando te perguntei?

- Era irrelevante...

- Porquê?

- Não vem ao caso. Bom, se pretende ir a sua entrevista...

- Ah, me desculpe...estou tão nervosa!

- Fique calma.Dará tudo certo.

- Ah, espero que sim. Essa vaga está  disputadissima...

- Sei disso, esqueceu? Trabalho com o homem ... Tudo passa por mim.

"Claro que sim, srta."

Pensa ele com um sorriso charmoso.

- Estarei a sua disposição,  caso precise de algo. Agora, vou enfrentar o " velho caquetico" como disse sua amiga.

Fala com um sorrisinho debochado.

- Obrigada por sua atenção.

Ele se afasta, passa por algumas mocinhas, que esperam por serem entrevistadas. A secretária, Andreia está atenta a tudo.

Passa e a cumprimenta de maneira sucinta.

Ela o olha meio sem entender nada.

Já na sua sala, ele se senta na cadeira e olha para a pilha de currículos que o espera.

Quis fazer isso pessoalmente.

Quer conhecer as candidatas.Todas elas.

Pega o de Anne.

Olha atentamente.

" Hummm, interessante..."

Seu sorriso é misterioso.

Que bela surpresa.

Começa as entrevistas.

Uma a uma, vão sendo avaliadas pelo homem

Todas interessantes.

Competentes também.

Ela está com as mãos suando. Muito nervosa mesmo.

Aquilo tudo parece uma eternidade pra ela.

A hora parece não passar quando olha para o relógio e parece que o ponteiro simplesmente parou.

Andreia pergunta a ela se quer um café ou uma água.

- Ah não,  obrigada.

- O sr Salvatore logo a atenderá.

- Me diz...posso ter alguma chance?

Andreia fica sem entender. Porque a moça perguntou isso? Nem devia estar tão tensa.

- Acho que sim. Todas vocês.  Tem um ótimo currículo,  srta. O sr Salvatore leva em conta pequenas coisas, que são fundamentais pra ele. Mas, achei que já sabia disso..

- Como assim? Não entendi...

O interfone toca.

- Andreia, por favor...chame a srta Martins.

- Sim sr.

Andreia sorrindo, pede para que Anne entre.

Ela respira fundo e vai.

A sala do homem é muito bonita e toda decorada em móveis brancos.

Sua mesa, uma imprecionante obra de mogno de lei, é um charme a parte.

Ela entende de decoração,  pois sua mãe é obcecada por essas coisas...acha chique e de bom gosto tudo ali em volta.

Procura por ele.

Está tão ansiosa!

- Srta Martins...fique a vontade.

Ela se assusta, ao ver que James está ali.

- James? A entrevista não  seria com o sr Salvatore?

- Será...é que, preciso que se acalme. Parece um pouquinho nervosa. Vamos fazer assim, diga o que diria a ele...

- Ah...estou! Vou tentar.

O sorriso dele é tão lindo.

Se senta e fica a observando.

- Por favor, sente-se. 

Ela se senta e fica olhando pra ele sem saber como agir.

Ele pega o currículo dela e olha com um sorriso.

- Bom, pelo que vejo, você está na faculdade de comércio exterior, correto?

- Sim...

-Hummm, o que mais pode oferecer a Holdgins?

- Tenho muita vontade de aprender. Crescer e oferecer meus conhecimentos...sei que não tenho muita experiência...mas muita vontade de fazer parte da equipe.

Enquanto ela fala, livremente,  ele a olha muito atento.

Gosta de sua espontaneidade. Ela realmente é fascinante.

- ...então, é isso... James, seja sincero comigo.Será que vou agradar a ele? Porque, só consegui falar tudo isso porque é você aí do outro lado. Tenho certeza que irei travar quando ficar frente a frente com ele.

Ele sorri.

A porta se abre.

É  Andreia.

- Sr Salvatore, sua reunião na sala de conferências daqui a dez minutos...posso confirmar?

Anne fica estática.

Como assim?

Ele?!?

Cristian olha para a secretária e confirma. Depois olha pra ela, que está agora sem saber como agir e morrendo de vergonha.

" Meu Deus! Eu chamei ele de velho caquético! Ah meu pai! Já era qualquer  chance que eu teria!"

Ele cruza os braços de maneira divertida.

- Eu pareço mais velho do que imaginava,sra Martins? Prazer, Cristian Salvatore.

Sorrisinho delicioso.

Ela está sem saber onde enfiar a cara, literalmente.

- Eu...me desculpa sr Salvatore...eu...

- Tudo bem. Imagino a sua surpresa.

- Mas...porque não me disse...

- Queria conhecer você, sem o compromisso de ser seu futuro patrão.  Ficou bem mais fácil sem que soubesse de quem se tratava, não é?

Sem palavras.

Agora Anne está assim.

Ele dá a volta na mesa e fica de frente com ela.

É um homem bonito.

Irreconhecível,  sem aquele moletom cinza.

Charmoso e de um olhar intrigante.

A estuda detalhadamente.

- Conseguiu se refazer do susto? Ou se preferir, posso te dar alguns minutos...

Ela se sente uma boba.

Tenta se refazer.

" Anne! Concentre-se..."

Respira fundo e olha pra ele.

- Faremos novamente?

- O quê?

- A...entrevista.

- Não.  Já tenho o suficiente.

- Por favor, sr Salvatore...me perdoa eu...ter dito que...

- Eu era um velho caquético?

Ele fala sem esconder o seu contentamento em vê-la como se sente constrangida com isso.

" Ah Simone! Você  me paga por isso!"

Pensa Anne muito vermelha mesmo.

- Mais uma vez, por favor...

- Tudo bem. Eu até que entendo. As vezes pareço mesmo um. Mas, diga-me, gostou do ambiente de trabalho?

- Quê?

- Se estiver disposta, poderemos agilizar tudo, para que começar seu estágio.  Gostei de você. 

Ela está sonhando!

Conseguiu?

Assim?

Tão facilmente?

- Algum problema,  srta?

Ele nota que ela ficou um tanto surpresa.

- É que eu...não imaginava que...

- Quer o emprego, ou não?

Sombracelha arquiada e olhar sério.

- Quero...Claro que sim!

- Bom, vou falar com a Andreia te dar tudo o que precisa. Bem vinda a Holdgins...esperando ter uma ótima parceria com você.

Fala com aquele sorriso encantador.

Mas, Anne tem que esclarecer uma coisa com ele antes de qualquer coisa.

- Porque...mentiu pra mim?

- Menti?

- Sim...não  disse que se tratava do dono da empresa. Porque?

- Você estava muito nervosa. Achei que assim, passaria bem por todas as perguntas.  Se eu fosse outra pessoa, confiaria em mim, como fez.

- Eu confiei em você...ontem, quando me salvou daqueles homens.

- Foi diferente. Queria te proteger...dependia disso.

De repente, Anne sente um calor intenso. Não  sabe se por causa do olhar dele ou do ton de voz.

Parece se preocupar com ela.

Muito até.

- Precisava que confiasse em mim, e deu certo.

- Quem é...James?

Ela pergunta com a sombracelha arquiada.

Cristian sorrindo diz se tratar do seu segurança particular.

- Ah...

- Pode se sentir segura do meu lado, mas acho que já  te dei grandes provas disso...anteriormente.

Agora ela se sente instigada.

Como ele consegue despertar esse tipo de coisa nela?

- Mais uma vez, obrigada por ontem. Não  sei o que aconteceria se não  tivesse...

Ela para de falar por um instante, quando percebe o olhar dele. Parece imprecionado com ela, por outros motivos, que não  tem nada a ver com a vaga pretendida.

- Sr Salvatore?

- Sim.

- Agora eu que suponho, que tenha algum problema...ou não? Ficou com aquele olhar novamente...

Ele se levanta e anda pela sala. Tem que se mover.

Quê essa moça está fazendo com ele?

Nunca fica sem saber como agir, e exatamente isso está acontecendo na sua presença tão doce e intrigante.

Olha pra ela, mais uma vez e diz.

- Não  fiz nada demais. Estava em perigo...faria tudo novamente.

- Se arriscou.  Eles poderiam ter te machucado.

- Sei me defender. Acho que te dei provas disso. Só um conselho...não  saia a noite, ainda mais em um lugar tão  ermo...de verdade, poderia ter tido um final nada feliz.

- O quê fazia por lá? Já que acha tão perigoso?

- Estava correndo...

- Aquela hora? E na chuva?

- É. Não tenho muito tempo livre de dia. Prefiro a solidão da noite e seus mistérios. As vezes tenho ótimas recompensas com isso...

A olha de maneira envolvente.

Isso chega a causar um arrepio nela.

" O quê esse homem é? O conde dracula disfarçado?"

Esse pensamento causa um risinho maroto nela.

- Bom, não  tenho o poder de decifrar os pensamentos,  mas creio que deve ser muito engraçado,  porque está com um olhar divertido.

- Ah,por favor...me desculpa...

- Não que seja obrigada a isso...mas, o que pensou agora mesmo?

Anne, claro que não dirá.  Seria ridículo. Morde o lábio nervosamente.

- Prefiro não  comentar...

- Gostou do jantar?

Ele muda de assunto de maneira impressionante.

- Ah...sim, estava delicioso. Obrigada.

Ele olha o relógio. Tem que ir pra sua reunião. Mas está relutante. Gosta mesmo da sua companhia.

- Estará livre, mais tarde?

" Quê !?!"

- Eu...

- Poderíamos comer algo...juntos. Queria te conhecer mais a fundo...

" Me conhecer!?"

- Srta? Está tudo bem? Parece que...ficou fora do ar por alguns momentos...

Ela está realmente fora de órbita mesmo.

O quê esse homem, que além de lindo e misterioso quer com ela? Será seu chefe...mas parece ter algo oculto nele...

- Sr. eu...

- Posso te pedir uma coisa, por favor?

- Sim...Claro que sim.

- Me chame de Cristian...estou me sentindo um velho...caquético toda vez que vem com o sr Salvatore...

Sorriso delicioso.

Claro que ele vai jogar isso na cara dela. Toda vez que tiver a oportunidade.

- Mas...será meu chefe. É falta de  respeito, ou não?

- Apenas Cristian,  por favor Anne...tratemos assim, a partir de agora.

" Ele a chamou de Anne?"

- Se faz tanta questão...tá  bem, Cristian...

O olhar dele fica intensamente brilhante quando ela fala seu nome de jeito suave.

- E...quanto a que te perguntei? Estará livre, mais tarde?

- Eu...acho que sim.

- Ótimo.  Te buscarei para um jantar, decente...tudo bem?

" Ele...está me chamando, pra jantar? Mas...que está acontecendo?"

Se aproxima dela devagarinho e sorri.

- Estou com a impressão de estar te deixando um pouco...distraída, não é?

- Acha isso...ético? Você será meu...chefe, não sei se...

- Faço questão.

- Tá bem.

Aquele sorriso.

Eis algo difícil de esquecer.

- Bom, vou pra meus compromissos. Mais tarde terei toda a sua atenção. Espero.

Ah,ele já tem...

Com toda a certeza.

ser irresistível

Ela não está acreditando!

Conseguiu o emprego dos sonhos, realizou seu grande desejo...trabalhar em uma empresa poderosa de renome.

E um chefe...lindo!

Contenha-se Anne!

Como poderia imaginar uma coisa dessas?

E ela achando que ele era um velho de 1000 anos!

Pensa com um sorrisinho maroto.

Deve ter o quê...uns 27 anos, ou menos.

Tão jovem...

E já um poderoso CEO!

Nossa! A Simone não  vai acreditar nisso.

E menos ainda quando disser pra ela que vai jantar com o homem!

Parece que sua vida deu uma guinada de 390 graus!

Quando entra no apartamento, vem recebe-la com um sorriso.

- E aí...como foi a entrevista?

- Bem. Era o que eu esperava.

- E o tal Salvatore...como é?

-Vai ter que se sentar...ou vai cair dura no chão.

- Porquê?

Anne começa a relatar tudo o que aconteceu,  inclusive a noite passada.Está com a boca aberta tamanha sua surpresa.

- Anne! Como não me disse nada!

- Achei que não era necessário. Enfim,  como podia imaginar uma coisa dessas?

- Que sorte essa sua!

- Nem imagina. Fiquei tão surpresa quando vi que ele era o tal que me salvou.

- Bom, ao menos isso. E agora? Como vai ser?

Anne se prepara para um ataque nervoso da amiga.

- Vou jantar com ele.

- Você  vai o quê?!?

- Ele me convidou. Então...aceitei.

- ANNE!

- Calma...não fique imaginando coisas... é apenas um jantar inocente.

- Mas claro que não é! Anne...esse homem porque cargas d'água iria te cortejar?

- Ele não fez isso.

- Está cega? Claro que está! Aí meu Deus...porque uma coisa dessas não  acontece comigo?

- Está me deixando nervosa...quer saber? Vou ligar pra ele, e desmarcar.Não posso fazer isso.

- Você tem o telefone pessoal dele?!?

Anne faz que sim com a cabeça.

- Meu Deus! Mulher...Claro que não vai deixar ele na mão...Vai sim, linda e poderosa.

- Ainda acho quê...

- Não  acha nada! Vou procurar um vestido lindo pra você. Vai deixar o sr Salvatore...doido!

- Não  quero deixar ninguém doido! Você que é doida varrida...esqueceu? Vou trabalhar com ele!

- Ah meu bem...garanto que vai ser a funcionária do mês.

Ela é sarcástica.

Fazer o quê?

Agora de verdade,  não  consegue pensar em mais nada.

(***).

Cristian, está em uma reunião que parece interminável. Olha para o relógio. Norma percebe sua irritação.

- Senhores, preciso mesmo encerrar. Tem mais alguma coisa a ser discutida?

- Não. Tudo certo.

- Bom, se é assim, estou indo. Tenho um compromisso.

- Cristian?

- Sim.

- Já está tudo certo a respeito da estagiária?

- Já. A moça começa na segunda-feira.  Já está tudo certo a esse respeito.

- Tá bem.

- Mais alguma coisa?

- Parece um tanto...ansioso. Está acontecendo alguma coisa?

- Na verdade...não. Nada.

- Então, bom descanso.

- Obrigado. Até amanhã.

- Até.

Cristian sai rapidamente.  Está ansioso mesmo.

Pega o celular ligando em seguida para certificar-se que ela vai ao jantar marcado. Só por precaução.

Toca duas vezes e na última ela atende.

- Anne?

Silêncio.

- Está aí?

-Ah Cristian, sim...estou.

Anne pede para que Simone pare de dar gritinhos felizes.

- Ah,bom...estou indo pra casa agora. Estarei na sua casa no horário.  Algum problema quanto a isso?

- Não.

- Então, estarei aí as oito em ponto. Até mais.

- Estarei te esperando.

- Claro que sim.

Ele desliga o telefone com um sorrisinho delicioso.

Simone está em cólicas.

- Anne! Aí meu pai! Olha isso...ele todo preocupado, confirmando o encontro.

- Não é encontro nenhum...é apenas um jantar.Ele quis ser gentil, é isso.

- Como pode ser tão teimosa?

- Não sou,você que é! Pare de fantasiar coisas...ele é meu chefe.Pronto.Fim de assunto.

- Me diga isso depois.  Do jantarzinho inocente.

Não tem como argumentar com ela. Questão difícil essa. Bom, no final vai mostrar que a amiga está enganada a esse respeito.

Por mais que proteste, quer mesmo deixar a amiga pronta para arrasar.

O vestido cor de cereja justo no seu corpo esguio, a deixa muito bonita mesmo.

Se olhando no espelho, gosta do que vê.

Deixa os cabelos levemente presos e a maquiagem leve elegante.

- Ah...não esquece o perfume!

Coloca um pouco na moça que ri.

- Não é um encontro de namorados! Que coisa!

Já falei,  ele apenas quer ser gentil comigo.

- Aham...sei.

- Porque ainda discuto com você?

- Porque não sabe viver a vida. Sua boba...aí estou louca pra saber o resultado desse jantar.

- Ele é meu chefe!

O celular dela toca.

É ele.

Agora fica nervosa.

E, tudo por causa de sua amiga louca!

Respirando fundo, pega a bolsa e vai ao encontro do homem.

(***)

Cristian olha em direção a recepção. Passa a mão no cabelo pela milésima vez.

Nunca se sentiu tão nervoso assim.

Sim.

Está nervoso.

Mas, porquê?

É apenas um jantarzinho...nada mais.

Ele propôs, para a conhecer melhor.

Afinal, vão trabalhar juntos...não é mesmo?

" Mas, desde quando você marca encontros com suas funcionárias, Cristian? Só pode estar maluco...não há outra explicação pra isso!"

Ele pensa com um sorriso contido.

Olha mais uma vez para o celular.

Pensa em ligar pra ela, mas se contém.

" Não… vou esperar um pouco mais.

Pensa com um sorriso.

não quer parecer ansioso renais,embora quem o vê parado ali percebe que sim, ele está de fato,muito ansioso.

Bobagem, é apenas um jantar inocente.

Agora está a estreitar is olhos.

" Tá bem!..não tão inocente assim… ela tem algo...que de fato o deixou por demais curioso, e tem que saber o que é. Sanar todas as dúvidas possíveis… e bao medirá esforços nenhum para isso acontecer.

Sabe esperar o momento certo…

sabe mesmo Cristian?

Agora está com uma grande dúvida a esse respeito...

Olha mais uma vez no relógio, e sabe que está um tanto adiantado.

não gosta de esperar…

sempre resolveu os seus assuntos, todos eles de maneira imediata.

Respira fundo.

É quando a vê vindo em sua direção, parece que seus batimentos cardíacos ficam fora de qualquerritmo normal.

"Está maravilhosa...pensa com um sorriso contido "

Linda demais!

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