- E se um homem pudesse dar à luz? E se fosse hermafrodita? E se não entendesse por que um homem é como uma mulher? Os "homens Ômega" têm útero e podem dar à luz.

- Devem saber que é uma novela BL (Boys Love). Amor entre rapazes. É um Omegaverse de fantasia. No capítulo 71\, esclareci mais detalhes\, podem lê-lo antes de começar. Esclarecendo o tema\, se não lhes agrada\, por favor\, se retirem... Sem mais delongas ✍️

...

...****************...

Um Alfa atraente acabara de tomar banho com água fria e ingerira o último supressor. Sua cintura estava envolta por uma toalha de banho, o Alfa é forte e bonito, parecia uma celebridade.

_Maldição!_ pegou seu celular e discou para seu assistente. _Encontre-me um Ômega que esteja limpo e mande-o para mim.

_Donovan, por que esta noite se interessou por um Ômega?

_Fui drogado na festa\, se apresse_ sua voz soou baixa\, mas irritada _Agora!

Diante de um pôster luminoso, estava um rapaz com roupas frescas, olhando assustado e perdido ao redor, seu celular estava descarregado e ele não viu ninguém passar pelo caminho.

Ele havia entrado em uma vila privada. Caminhando para frente, encontrou uma porta em uma das magníficas vilas, ficou feliz ao ver que se salvava.

Ele se aventurou e entrou para pedir ajuda e poder voltar ao hotel onde estava hospedado.

Tocou a campainha e a porta se abriu.

_Há alguém aqui?_ ninguém respondeu e ele acendeu a luz.

_Deve haver alguém aqui que possa me ajudar! Você está em cima?

Kael Wright deu um passo à frente e observou que no quarto principal a luz estava acesa, engoliu em seco de tão tenso e nervoso que estava.

Estava perdido por muito tempo, não havia encontrado ninguém que lhe dissesse como voltar ao hotel onde estava hospedado e pensou que teria que passar a noite ao relento.

_Há alguém aí?_ perguntou Kael ao entrar pela porta entreaberta do quarto.

De repente, uma força poderosa puxou seu pulso e o arrastou para o quarto. No segundo seguinte, a luz do quarto se apagou.

_Ah\, quem é? O que vai fazer?_ O pequeno Ômega gritou\, perguntando com pânico.

_Fique quieto!_ A voz do Alfa soou rouca e fria por todo o lugar.

_Por que apaga a luz?_ Kael perguntou com pânico extremo. _Você é um assassino? Quer me matar?

_Não quero te ver!_ A voz do Alfa era fria e repugnante.

O Alfa, obviamente, o tinha confundido com o Ômega que lhe foi mandado para suprimir o cio, já que apareceu na porta, supôs que foi enviado por seu assistente.

Kael estava muito assustado. O Alfa o levantou e o jogou na cama, e Kael gritou novamente. Kael estava tonto com as feromonas do Alfa e logo entrou no cio. O corpo bonito e forte do Alfa o intimidava.

_Ah..._ Kael o empurrou com força. _Idiota\, me deixe ir. Uhhh!...

Seus gritos e medos foram silenciados no segundo seguinte pelas poderosas feromonas do Alfa, esse homem odeia Ômegas barulhentos e desobedientes.

Mesmo sendo um brinquedo entregue na porta, que classificação o Ômega possui para rejeitá-lo?

No entanto, Kael, que foi pego equivocadamente, tinha um maldito cheiro doce, o que fez o Alfa se sentir um pouco menos entediado e mais ganancioso.

Algumas horas depois, o Alfa caiu rendido, deixando Kael dolorido e com marcas por todo o seu corpo.

Os olhos de Kael estavam arregalados e suas pequenas mãos afastavam o Alfa que o intimidara.

Ele soluçava em seus braços, as lágrimas rolavam por suas bochechas, seu coração estava cheio de desespero e impotência. Ele não sabia quem era o Alfa, mas podia sentir o perigo iminente se ficasse por mais tempo.

Na escuridão, Kael não conseguia ver o rosto do Alfa, a única coisa que ele podia sentir era o seu corpo e suas fortes feromônios.

Kael tinha tido o pressentimento de que era uma noite miserável e inesperadamente se perdeu na sua primeira vez.

Uma mulher entrou pelo corredor e ao ouvir o choro interrompido acompanhado pela voz selvagem de um Alfa, imediatamente virou assustada e saiu correndo.

No meio da loucura, o Alfa se fez uma pergunta se a loba ia morrer naquele momento.

Enquanto o Alfa dormia, Kael foi embora embora ainda estivesse cansado e tonto ele foi rapidamente. Do começo ao fim, ele não viu o rosto do Alfa.

No entanto, o Alfa também não se importava em vê-lo era apenas uma ferramenta para resolver a necessidade naquela hora, ele se sentia incomodado quando entrou.

Ele apagou as luzes para que fizesse o seu trabalho, fosse embora naquela noite e não voltasse a aparecer em sua memória.

Três horas depois o Alfa se levantou, tomou banho e voltou para o quarto para dormir. Quando abriu a cama para deitar, ficou surpreso por alguns segundos pela cor vermelha na cama. Ele tinha ordenado que sua assistente deixasse limpa e não imaginava que estivesse tão limpa, que era virgem.

Três dias depois.

No aeroporto Kael estava nervoso quando entrou no táxi.

O taxista perguntou para onde ele ia! Kael disse o endereço de seu noivo Max.

A tragédia daquela noite era como um pesadelo que o atormentava. Ele não sabia o que dizer e como contar a Max mas só queria vê-lo já que uma semana depois seria o casamento deles.

Quando chegou à casa, era por volta das 7:00 da manhã, achava que Max devia estar exausto porque a empresa tinha estado ocupada recentemente.

Abriu suavemente uma pequena porta dos fundos, entrou cuidadosamente, colocou a caixa de presente na porta do corredor e silenciosamente subiu as escadas.

Estava cansado e queria pular nos braços de Max e chorar. Abriu suavemente a porta do quarto principal, esperando ver o rosto adormecido de seu noivo. No entanto, o que apareceu em seus olhos foi uma cena que o deixou com raiva e desmoronou.

Seu noivo estava segurando um garoto nu. Esse garoto não era ninguém menos que seu meio-irmão Sergio, que tinha apenas um ano menos que ele.

Os dois pareciam ter passado uma noite louca juntos. A roupa desarrumada debaixo da cama e o cheiro desagradável das feromônios no ar, Kael apertou a boca com força e seu coração estava prestes a partir e ele saiu correndo pela porta.

No casamento, uma semana depois...

Kael mandou uma mensagem para sua família e para Max. Onde anunciou o cancelamento do casamento e depois desapareceu.

Cinco anos depois...

No aeroporto, um jovem Ômega estava segurando um lindo garotinho em sua cintura.

O Ômega era elegante com um toque clássico, pele delicada, como água de outono e uma postura relaxada. Seus olhos claros estavam fixos no menino, que o cercava com muito carinho. Os dois se tornaram o centro das atenções da multidão.

O menino que o Ômega segurava atraia os olhos de todos ao seu redor, ele tinha um rosto com traços profundos, pele branca e delicada, cabelos negros e suaves que cobriam sua testa para sua tenra idade, o menino parecia um modelo chamativo, Karl tinha apenas quatro anos.

- Mãe\, será que o vovô realmente vai gostar de mim?

O menino olhou para sua mãe, em breve iria conhecer o avô que nunca tinha visto antes.

- Sim\, Karl... - Kael acariciou a cabeça de seu filho com um sorriso.

Naquele momento, Kael não disse uma palavra e desistiu do casamento.

A relação entre Máx Barker e sua família nos últimos dias foi muito vergonhosa. Seu pai estava zangado com Kael, que não lhe dirigiu a palavra durante um ano. Depois que ele deu à luz, ele estava ainda mais decepcionado.

A madrasta e o meio-irmão encheram sua cabeça de veneno, a relação entre ele e seu pai ficou tensa, Carlos pensava que a vida de seu filho estava cheia de caos e ele não sabia se comportar.

Ele não voltou para casa durante cinco anos, mas o tempo permitiu que seu pai fosse tolerante, de vez em quando Kael enviava algumas fotos dele e de seu filho.

Três dias atrás, Carlos ficou doente. Ele o chamou e pediu que voltasse e trouxesse seu neto para conhecê-lo.

Cinco anos haviam se passado no exterior e fizeram Kael esquecer tudo o que aconteceu durante aquele tempo. Agora, em sua vida, só existe seu pequeno filho e ele não quer prestar atenção àquelas velhas lembranças.

Um táxi percorreu todo o caminho do aeroporto até a casa dos Wright.

Em pé na frente da porta, Kael suspirou um pouco. Kael nesta família, aos poucos, tornou-se um estranho.

Mamãe, no que está pensando? perguntou o pequeno Karl.

Kael afastou seus pensamentos, riu e se abaixou na altura de seu filho para ajeitar o capuz que ele usava naquele momento.

_Bem, não sei.

O pequeno inclinou os lábios e sorriu. Ele tinha olhos grandes como estrelas.

Desde o nascimento de Karl, Kael deixou de lado o ressentimento por aquele canalha que o abusou. Seu filho está cada vez mais bonito, mas seus traços faciais não são como os dele, o que o deixa sem palavras toda vez que o olha.

De qualquer forma, a criança pertence somente a ele, mas ele não quer nunca mais se encontrar com aquele canalha em sua vida.

Kael levantou-se e tocou a campainha. Depois de um tempo, um servo abriu a porta e ficou surpreso.

_Finalmente, voltou, eu... Este é seu filho? Ele é bonito.

_Meu pai está em casa?.

_Sim, a senhora e Sérgio também estão... A forma de sorrir do servo estava um pouco rígida.

Kael não prestou atenção à existência de Dora e Sérgio. Apenas trouxe seu filho para conhecer seu avô.

Kael leva o pequeno até a entrada da sala de estar. No sofá do corredor, seu pai, Serguei, segurando uma xícara de chá e esperando por eles. Serguei olha para cima e vê um par de crianças, seu filho e seu neto, entrando, rapidamente ele abaixa a xícara de chá e se levanta.

-Papai, estou de volta _ Kael o chamou.

Ah! só chegue mais perto Serguei olha para seu filho mais velho que está cada vez mais bonito e seus olhos pousam brevemente na criança pequena ao seu lado.

Ele já o conhece pelas fotos enviadas por Kael, mas não pessoalmente, ao olhar seu neto tão bonito seu coração se emociona um pouco.

-Você... é Karl?

-Olá, vovô _ Karl o cumprimentou cortesmente.

-Ah, venha aqui, deixe o vovô dar uma boa olhada _ O coração de Serguei de repente palpita de emoção.

O pequeno imediatamente se joga nos braços de Serguei e ele o abraça e o examina atentamente.