...Kassandra Vilar...
Algumas pessoas podem me achar louca por fazer tudo que estiver ao meu alcance para manter o meu relacionamento.
Samuel acha que eu vou aceitar tranquilamente o término desta relação, mas eu lutei muito para que ele olhasse para mim e agora ele simplesmente quer me largar.
— Kassandra, isso vai dar problema — meu amante começou a falar, mas logo o interrompi com um beijo ardente.
— Eu não vou sair desta relação sem nada, entendeu? E você conhece muito bem o Samuel, se eu engravidar, ele nunca vai me deixar.
— Nós já tentamos isso, e é claro que ele vai pedir um teste de DNA, ele não é idiota —ele falou e eu revirei os olhos.
— Eu sei disso, e é por isso que eu tenho isso — falei, mostrando um frasquinho com a droga que ia usar na comida do Samuel.
— Você vai matá-lo? — a cara de choque do meu amente chegava a ser cômica é claro que eu poderia fazer isso, mas o que eu ganharia apenas o matando.
— Você está louco, claro que não! Eu só quero me casar com ele, por isso vou seduzi-lo e fazer ele ter relações comigo. Estou no período fértil, se tudo der certo, vou ficar grávida; se não, consigo o esperma dele, para fazer uma inseminação — falei sorrindo, seria o plano perfeito.
E eu sei que não vai ser tão difícil, hoje é a grande festa da PDV, a empresa de perfume do Samuel e a grande paixão dele. Para ele, a única coisa que importa é a sua empresa.
Ele nem vai se preocupar muito e como sou seu braço direito na empresa mesmo com o pedido de separação isso não vai acorrer, eu não vou perde todos os anos que estive ao lado e sair sem nada, quando a mãe dele faleceu eu estava lá ouvindo os seus lamentos e em cada passo da sua jornada eu estava lá, agora ele quer me descartar como um nada. Ele pode até tentar, mas não irei sair sem alguns milhões no bolso.
E se está noite der tudo certo, o herdeiro dele será a única coisa que vai importar, junto comigo, é claro.
— E quem vai colocar o veneno na comida dele...
— Aí, meu amor, claro que vai ser você. Quanto menos pessoas participarem, menos chances de ocorrer falhas ou vazamento de informação, eu quero que tudo saia perfeitamente bem — falei sorrindo e entregando a ele, explicando o que ele teria que fazer.
E como o previsto ocorreu tudo muito bem o Samuel estava tão empolgado em da entrevista e falar sobre a sua marca de perfume que nem cogitou a estranha o líquido e com o fim da bebida pode ver o início das alucinações.
O Samuel saiu do salão e como seu que ele é o senhor certinho ele iria para o quarto do hotel, mas quando cheguei ele não estava e vi pelas câmeras que quando ele saiu ele esbarrou em uma mulher e a mulher pelo que vi estava meio cambaleando.
A raiva em mim só aumentou. Essa mulher não vai roubar o meu marido, porque é isso que Samuel vai ser, meu marido.
Consegui rastrear o celular do Samuel. Meu medo era de os paparazzi conseguirem fotos dos dois, o que estragaria qualquer ideia de plano que eu tivesse.
Quando vimos, eles estavam em uma praia. Essa mulher só pode estar louca em levá-lo para um lugar assim. Então, resolvi ir atrás dele, mas quando chegamos na praia, vimos que ele não estava mais lá. Porém, achei o seu celular na areia. Estava tudo escuro e não tinha ninguém naquele lugar. Com certeza, aquilo era uma loucura. Quando olhei, vi que ele tinha tirado várias fotos com essa mulherzinha, que com certeza deve ser uma qualquer. Procurei por ele pela praia, mas não o encontrei em lugar algum. Voltei para o hotel e, na mesma hora, escuto risadas. Quando olho, vejo Samuel sorrindo como eu nunca vi antes e ambos começaram a se agarrar. Eu queria me intrometer neste momento, porém eles entraram no carro e trancaram as portas.
— O que aconteceu, Kassandra? Você saiu daqui feito doida...
— Calado! Ele foi para o quarto com aquela idiota. Está tudo arruinado.
— Não pense nisso, meu amor. Vou verificar com meus informantes, mas nada vai atrapalhar nosso plano. Com certeza, ele nem vai conseguir se lembrar desta noite e, quando ele acordar, podemos tirá-lo do quarto.
— Não tem como, e não quero envolver muitas pessoas, entendeu? Mas a partir de hoje, temos que ficar de olho nesta garota. Eu quero saber tudo sobre ela, quero alguém para vigiá-la. Não vamos deixar que uma coisinha qualquer arruíne meus planos.
Ele saiu e eu fiquei assistindo pela câmera que colocamos no quarto dele toda aquela cena ridícula deles dois tendo relações, e minha raiva estava aumentando ainda mais. Eu vi claramente que ele não se preocupou com preservativo nem nada do tipo, eles só curtiram o momento.
Assim que terminou, ele foi tão carinhoso com ela de um jeito que ele nunca foi comigo e acabaram dormindo os dois de conchinha.
Eu não estava acreditando no que estava vendo. Eu nem consegui dormir, só olhava para aquela câmera. Eu vi a garota acordar assustada, era como se estivesse morta de vergonha. Ela se vestiu e saiu do quarto de fininho, e esta era minha chance.
Quando ela saiu, eu tirei minha roupa, rasguei minha calcinha e deixei tudo espalhado pelo quarto. Me deitei ao lado dele, que dormia tranquilamente. O cheiro forte estava pelo quarto todo e, assim que me deitei, ele me abraçou apertado.
— Não vá embora, luz da minha vida — ele falou e não demorou a voltar a roncar.
Com certeza, vai dar tudo certo. Só preciso alterar os planos. Com este pensamento, também acabei dormindo.
(...)
— Ai, minha cabeça — ouvi ele falando quando me soltou, me fazendo acorda.
— Não grite — falei para entrar no papel.
— O que aconteceu? Nós....— Ele estava totalmente atordoado e olhando e vendo que eu estava pelada...
— Ai, amor, você foi incrível — falei beijando ele, que me olhou confuso. — Vou me arrumar para voltarmos para a nossa casa", falei, beijando-o.
— Kassandra, nós não estamos mais juntos...
— Não foi o que você me disse para me trazer para a cama. Você me pediu perdão, disse que nós estaríamos juntos — falei começando a chorar, logo meus olhos se encheram de lágrimas.
Eu sei que, mesmo ele tendo pose de durão, ele não consegue resistir às minhas lágrimas.
Ele ficou em silêncio, com a mão na cabeça, e fui tomar banho. Precisava pensar em como convencê-lo a ficar comigo. Para minha sorte, um paparazzi tirou uma foto deles se agarrando na praia. Como ela estava de costas e se parecia comigo, a mesma cor de cabelo, mais ou menos a mesma altura , ele colocou em todos os jornais como se fosse nós dois. Dei sorte nisso.
E, como ele não queria um escândalo para a empresa, já que estava entrando com tudo no mercado iraniano e sabia que isso iria prejudicá-lo, ele estava sendo muito frio comigo. Seria muito difícil engravidar se ele nem sequer me olhasse direito.
E, para ter certeza de que aquela mulherzinha não iria se intrometer mais na minha vida, eu coloquei seguranças à sua procura. Depois de mais um mês, encontramos ela: Luz Victoria Muller Calina. Ela mora literalmente no meio do nada e, para minha surpresa, só a descobrimos porque ela passou mal e foi atendida na urgência de uma cidadezinha vizinha, onde descobriu que está grávida.
Isso me deixou com mais raiva ainda. Como ela pode estar carregando o filho do meu futuro marido? Mas, quando a raiva foi diminuindo, eu tive o plano perfeito. Eu ia dar o herdeiro para o Samuel e, o melhor, sem destruir meu corpo.
Com a ajuda do meu amante, eu planejei o plano perfeito. Comprei o médico e uma enfermeira e eu iria acompanhar todos os passos da gravidez daquela mulherzinha.
Com o teste de sangue já com os nomes trocados, fiz a grande surpresa para o Samuel, que chorou tanto. Eu sabia que ele queria muito ser pai e ele me pediu em casamento. Foi uma cerimônia linda e ele até voltou a ser carinhoso comigo, mas com a ampliação da empresa, ele sempre estava viajando, o que era perfeito.
Ele acompanhava a gravidez quase toda por foto e todas as minhas fotos, estampando meus looks de gestante, eram sempre muito curtidas. Eu tive um investimento muito alto para fazer o golpe perfeito.
Quando soube que era uma menina, até eu me animei, mas meu amante parecia estar preocupado demais.
— Você poderia tirar esta barriga agora?— ele falou assim que entrei no escritório dele.
— Bem que queria — falei, porque este negócio é pesado. Já que é super. realista para me fazer andar como uma gestante. — Mas, se não colocar perfeitamente e alguém fotografar, melhor não. Mas fala logo qual é o problema — falei, me sentando com dificuldade.
— Eu não sei se a Luz vai acreditar. Olha, fui ver de perto como ela estava lidando, como você pediu, meu amor, e ela parece amar tanto a filha. Ela chama ela de Aninha, é tão carinhosa. E nós não vemos nenhuma intenção dela querer procurar o pai. Você poderia pegar outra...
— Nem termina esta frase. Nós vamos pegar esta criança, porque se o pai quiser o teste de DNA, vai ter certeza de que a criança é filha dele. Então, nós só precisamos acabar com a vida desta coisinha, e você vai fazer isso. Espero que seja bem feito. Não falta muito para a criança nascer. E continue observando ela.
Saí de lá com medo dele fazer merda, como no meu plano.
Quando chegou perto da 40ª semana de gestação dela, eu fiz com que o meu médico me orientasse a ficar no campo para ficar tranquila, e o meu querido marido nem desconfiou. Para minha sorte, ele teve que ir resolver um problema na filial das Filipinas.
— Esta casa me dá nojo — falei olhando para a casa em que tive que ficar neste fim de mundo.
— Será por pouco tempo, Kassandra. E você já sabe como vai se livrar da Luz? Você tem certeza de que vai fazer isso com ela? Ela parece que só estava no lugar errado e na hora errada. Você já vai tirar a filha que ela tanto está esperando...
— Sei sim o que vou fazer. Agora, que nome mais sem noção: Luz Victoria. Tão feio. Estou fazendo um favor a ela acabando com a vida dela. E você sabe, sem um filho, vamos perder todas as mordomias. E eu quero um bom acordo. Não posso dizer a ele que eu quero o Samuel.
Para mim, já está sendo difícil essa indiferença que ele está demonstrando. Para essa situação, está sendo ótimo. Mas e se eu estivesse realmente grávida? Ele nem estaria ligando para mim. Isso me deixa ainda mais com raiva dele e por isso tenho que garantir que essa tal Luz nunca volte para a vida dele.
Ele me beijou, tirando-me dos meus pensamentos, e começamos a nos agarrar. Quando ele ia tirar minha roupa, o telefone começou a tocar e era a enfermeira avisando que a criança ia nascer.
Nós fomos para o hospital e mandei uma mensagem para o meu marido, que com certeza está dormindo devido ao fuso horário.
Ficamos os dois no quarto. Ele já ligou para a agência de babá que contratamos para que, assim que eu voltar para casa, tenhamos uma pessoa para cuidar, já que não pretendo fazer isso. Eu consegui que a enfermeira deixasse o celular em um lugar estratégico e ligasse para mim para que eu pudesse ver o que eles estavam fazendo.
— Por favor, liguem para a minha avó. Eu preciso que ela esteja aqui comigo — ela falou, desesperada e parecendo estar com muita dor.
— Já tentamos. Você precisa se acalmar para que sua filhinha fique bem...
— Por favor, fique de olho na minha filhinha. Eu vi uma reportagem sobre sequestro de bebês e estou com medo de me tirarem a minha Aninha. Por favor, me prometa que você vai cuidar da minha filha — ela pediu com os olhos cheios de lágrimas e deu um grito de dor quando a contração veio, com certeza.
— Não se preocupe — foi tudo o que a enfermeira disse.
Mas ela não pareceu se convencer. Meu amante chegou neste momento, trazendo uma água.
— Acho melhor você se sentar. Essas coisas demoram horas. O médico falou que ela está com cinco centímetros de dilatação — ele falou, sentando-se em uma poltrona. — Já está tudo certo? O Samuel já perguntou como você e a filha dele estão?
— Não, ele deve estar dormindo na Finlândia...
— Não se engane assim. Lá só são cinco horas a mais, deve ser umas 20 horas. Ele não se importa. Imagina se fosse realmente você parindo...
— Você sabe que ele está em um processo muito grande...
— Sim, o lado bom é que isso vai dar certo — ele falou, e olhamos para a TV vendo-a.
— Me lembra de nunca querer ter um filho. Eu só podia estar doida de ter pensado em engravidar e parir. Isso parece ser uma dor insuportável.
Depois de duas horas, vi ela pedindo anestesia. Mas quando o médico disse que ia ter que ser cesariana, o que para o plano seria perfeito, ela ficou pensativa e não respondeu. Isso me fez prestar mais atenção.
— Então, Luz, você vai querer fazer a cesariana? — ele voltou a perguntar.
— Eu não sei, doutor. Eu preciso estar bem logo para cuidar da minha filhinha e ajudar a minha avó. Com uma cesárea, eu vou precisar de mais repouso. Eu não posso.
— Então, infelizmente, você vai continuar sentindo dor. Já chegou em sete centímetros. Falta pouco — ele falou, ainda calmo.
E demorou mais quatro horas. Meu celular começou a tocar, e era o Samuel, mas não atendi. Ia mandar mensagem depois de conseguir a menina.
Foi neste momento que voltei a prestar atenção. Vi ela se levantando e se abaixando. Ela já fez de tudo, já abaixou, esticou, pulou em uma bola. Mas agora ela estava de cócoras, junto com uma enfermeira, e começou a fazer força. Ela fazia tanta força que, quando a bebê saiu, ela caiu.
— Por que ela não está chorando? — ela perguntou, e foi besta hora que a enfermeira colocou um pano com boa noite cinderela.
O médico deu um tapinha, e a bebê começou a chorar muito alto.
Ele fez todo o procedimento e levou ela para fazer os exames e arrumou a Luz na cama.
Está tudo perfeito. Depois, eles trouxeram ela ainda meio melada até mim para tirar algumas fotos, e eu fingia chorar. A menina não era como a maioria dos bebês, que tinha cara de joelho. Ela parecia uma boneca e estava calma com a enfermeira. Mas só foi eu pegar que ela começou a chorar desesperadamente, o que, para as fotos, foi ótimo.
Eles deixaram ela comigo, e era para desligar a câmera no outro quarto, mas eu queria ver a reação da Luz.
— Ela é tão linda, e nasceu tão grandinha. Está perfeita — ele falou, olhando para a menina, depois de tudo terminado.
— Já viu a babá? Porque está daí é uma chorona.
— Ela vai começar assim que voltarmos para a cidade...
— Eu não vou cuidar dela.
— A enfermeira vai cuidar enquanto estiver aqui. Ela já foi paga para isso - ele falou, e a menina estava dormindo, já arrumadinha com uma roupa rosa que comprei em Milão.
Depois de algumas horas, vi que a Luz acordou, e nunca vi alguém tão desesperada quanto aquela mulher. Ao saber que a filha tinha morrido, ela chorava, gritava. Chega estava completamente vermelha.
— Desliga isso, Kassandra... – meu amante falou, e assim eu fiz, mas ainda podíamos ouvir os gritos.
Ela estava histérica e desesperada. Todos do andar estavam ouvindo ela, e isso fez a bebê chorar. Ele foi chamar a enfermeira que contratamos, e ela veio com a fórmula.
— Eu sou enfermeira aqui há anos, e nunca vi uma bebezinha tão linda. Ela não parece um joelho — ela falou, com a bebê já no colo, dando de mamar.
— Eu também achei — ele falou, querendo aprender como fazia para dar de mamar para a menina.
Depois de mais de meia hora, a mulher parou de chorar, pelo menos parecia.
A bebê demorou mais ou menos isso para mamar um pouquinho de nada.
Ela explicou alguma coisa, mas não prestei atenção, e resolvi mandar uma mensagem com a foto para o meu marido, que mandou um áudio.
Samuel: Nem acredito, como ela é linda! Eu vou voltar hoje mesmo. Muito obrigado mesmo, Kassandra. A nossa filha é linda. Ela tem os meus olhos, né? E o meu nariz. Ela é perfeita.
Kassandra: Eu também acho que ela se parece com você. Eu estou cansada. Foram mais de 8 horas em trabalho de parto.
Samuel: Vai descansar, minha linda, e muito obrigado por me dar este presente maravilhoso, a minha filha. Já comprei a passagem. Devo chegar em São Paulo amanhã para conhecer nossa princesa. Você está em uma cidade próxima a Holambra. Me manda o nome do hospital, e me desculpa não ter estado com a minha família neste momento.
Não respondeu e realmente dormi. Agora já está de madrugada.
Ouvi os choros daquela menina algumas vezes e pedi para tirar ela dali, na quarta vez que ela acordou.
Já era de manhã, e eu não tinha dormido nada. Porque, quando não era o choro da bebê, era a mãe dela do outro lado chorando tão alto que fazia qualquer um acordar.
Saí do quarto no dia seguinte quando vi que já era mais de duas horas.
Eu tenho medo dele fazer uma burrada. E, quando saí, vi ele conversando com ela enquanto a mesma segurava a menina. Não acredito que ele fez isso.
— Amor, você não deveria ter saído do quarto — ele falou olhando para mim. Eu olhei para ele e para ela e para a criança.
— Sua filha é muito linda, me perdoa, é que ela estava chorando muito, e o seu marido falou que você não conseguiu dormir. Só quis ajudar, eu também tive uma menininha, mas a perdi — ela falou com os olhos cheios de lágrimas, abraçando a bebê sem nem desconfiar que é a filha dela.
Peguei a menina dos braços, que começou a chorar na mesma hora. Ela com certeza não gosta de mim.
— Ela deve estar com fome — ele pegou ela dos meus braços e começou a balançá-la. "Vou ver com a enfermeira."
— Seu leite não deu, né? — ela perguntou de um jeito bem amigável.
— Sim...
— Se você deixar, eu amamento. Eu estou doando mesmo o meu leite...
— Sério? — ele perguntou muito surpreso.
— Sim, a dor de perder a minha filha é muito grande e os meus seios estavam vazando. Não podia só deixar secar, pensando que outra mãe podia estar sofrendo porque o leite não desceu.
Eu queria sair dali correndo e nem pensar no que vou fazer com ela, mas ele deixou ela amamentar a bebê.
Entramos no quarto dela e a mesma foi muito cuidadosa, ensinando a bebê a pegar no peito. Ela ficou tão calma mamando e o silêncio reinou no quarto. Ela chora olhando para a bebê.
— Qual é o nome dela? — ela perguntou olhando para a bebê.
E eu não fazia a menor ideia. Nunca tinha parado para pensar em um nome.
— Ana — ele respondeu e eu e ela olhamos para ele ao mesmo tempo. —Era o nome da minha mãe", ele falou, mas sei que é uma mentira.
— O nome da minha mãe também, e da minha filha, Ana Maria. Desculpa estar chorando tanto, eu não consigo me controlar. Eu não sei nem como explicar isso que estou sentindo. É como se tivessem tirado um pedaço de mim, um pedaço que eu nem tive oportunidade de conhecer — ela falou, voltando a chorar. —Vocês têm muita sorte de ter uma filha tão linda, né, Aninha? — Conforme a menina ia ouvindo a voz da mãe, ela se acalmava ainda mais.
Ela ficou por um tempo com a criança no colo depois da mamada. Parecia que ela não queria devolver, como se soubesse que a filha era dela. Mas depois que a bebê estava em um sono profundo, ela me entregou.
Voltei para o meu quarto e a menina dormia tranquilamente.
E eu tinha que arrumar tudo para o acidente. O Samuel vai chegar amanhã e eu não quero que ele veja mais ela.
Depois de tudo pronto, era só esperar a alta dela.
Que seria amanhã e como o meu marido só chegaria à noite, se ele vier direto dará tudo certo.
E foi assim que aconteceu. O meu amante foi fazer o serviço e me mandou uma foto. Pelo jeito, tinha sangue perto da cabeça, com toda certeza ela já tinha partido desta para uma melhor.
E à noite, o Samuel chegou todo eufórico. Me trouxe um buquê enorme e, assim que entrou no quarto, me beijou de um jeito que nunca fez antes.
— Eu nem acredito que eu sou pai — ele falou, pegando a menina com cuidado.
— É sim, e ela é muito linda, né? Nós fizemos um bom trabalho — falei, e ele sorriu feito um bobo.
Eu nunca vi um sorriso tão bobo assim. Ele parecia muito feliz. Ele veio até mim e me beijou novamente. Era até estranho tê-lo tão carinhoso ao meu lado.
— Já pensou no nome dela, meu amor? — ele perguntou, ninando a menina e olhando para mim sorrindo.
— Ana — falei, e ele olhou para mim sem acreditar.
— Um nome tão simples. Pensei que você fosse querer Penélope, ou Cloe, ou Zoé...
— Eu gosto de Ana, você não gostou? — perguntei, e ele olhou para a bebê.
— Ela tem cara de Aninha mesmo. Ana Luiza, para ter o nome da minha mãe — ele falou, e a bebê sorriu para ele.
— Ana Luiza, gostei — falei, e ele sorriu e me beijou novamente.
E era incrível. Em meia hora, ele me beijou mais do que o ano inteiro.
— E o Fred, onde está?", ele perguntou, e achei estranho e sem entender por que o Fred tinha que estar ali.
— Não sei, o que ele viria fazer aqui?
— Eu pedi para ele cuidar das minhas garotas, mas deve ter acontecido alguma coisa — ele falou, e voltou a ninar a bebê em seus braços.
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Continua....
...Luz Victoria Calina...
Eu não sei o que deu em mim naquela noite. Eu bebi tanto que acabei ficando com um cara. Não lembro direito dos acontecimentos, mas quando acordei, estava desesperada e morta de vergonha por ter tido relações com um total desconhecido e ter fugido antes mesmo dele acordar.
Porém, não esperava a bomba que estava por vir quando descobri que estava grávida. Eu realmente não sabia o que fazer, mas com o tempo fui me acostumando com a ideia e até estava muito feliz.
Eu ia ser mãe, mas não tive coragem de contar para ele. Afinal, ele não iria me entender e eu não queria me estressar ainda mais, indo atrás de um cara que me chamaria de interesseira e diria que eu estava dando um golpe.
Contava os segundos para ter minha filhinha em meus braços. Eu já a amava tanto que foi uma dor insuportável saber que nunca iria vê-la crescer.
E a dor só aumentou depois de amamentar aquela menina. Sentia uma paz tão grande com ela no colo, mas aí tudo mudou quando tive que devolvê-la para a mãe.
Quando recebi alta da maternidade, foi muito difícil sair com os braços vazios, sem a minha filha. O médico disse que, quando eu quisesse, poderia preparar as coisas para o funeral.
Não sabia se tinha forças para isso. Não consegui nem sequer olhar para a minha filhinha, ver o seu corpinho. Isso me doía tanto, muito mais do que a dor que senti no parto.
Peguei meu carro para voltar para casa. Era uma viagem de uma hora. Moro em uma pequena cidade no interior do município de Holambra.
Estava chorando, vendo o bebê conforto da minha filha no carro. Me esforcei tanto para que minha filhinha tivesse as coisinhas dela, tudo preparado para a minha Aninha, e ela não iria para casa comigo. Liguei o carro e segui meu caminho, toda em lágrimas, nem me importando com a dor que estava sentindo enquanto dirigia.
Hoje não tinha muitos carros na rua e acelerei para chegar logo em casa. Eu precisava do colo da minha avó, eu precisava muito ter alguém ao meu lado.
Estava tão desatenta, mergulhada em pensamentos, que não percebi o perigo iminente. Enquanto dirigia, vi o trem se aproximando rapidamente pela minha lateral. Em um instante de pânico, tentei frear o carro com todas as minhas forças, mas parecia que os freios haviam falhado.
O coração disparado, minha mente entrou em modo de sobrevivência. Acelerei com todas as minhas forças, desesperada para passar antes que o trem cruzasse o meu caminho. No entanto, à minha frente, três motos estavam paradas, bloqueando a única rota de fuga.
O tempo parecia ter desacelerado enquanto eu tomava uma decisão impulsiva. Sem pensar duas vezes, joguei o volante para o acostamento, numa tentativa desesperada de evitar a colisão com as motos. A sensação de perder o controle do carro foi avassaladora, meu corpo foi arremessado contra o cinto de segurança e o mundo ao meu redor se transformou em uma confusão de luzes e sons.
O impacto foi violento. O carro colidiu com uma árvore à beira da estrada, fazendo um estrondo ensurdecedor. Vidros estilhaçaram-se, metal retorceu-se e o ar encheu-se de fumaça. Por um momento, tudo ficou embaçado e eu perdi a consciência, sem saber o que aconteceria a seguir.
...
...
🐴🦄🐴🦄5 ANOS DEPOIS 🐴🦄🐴🦄
— Fica quieta, Luz — minha melhor amiga Isabel falou quando me mexi pela décima vez. Eu já estava nesta posição há mais de uma hora, servindo de modelo para ela.
— Eu estou cansada — falei fazendo biquinho. Eu vim unicamente para tentar pensar um pouco no que fazer com a minha vida, e minha amiga, ao invés de me ajudar, está me fazendo trabalhar feito uma condenada.
— Está bem, você venceu, pode parar — ela falou, limpando a mão no seu avental e finalmente pude me esticar. — Agora, sobre aquele assunto, você deveria ir atrás do seu pai. Você lembra que tem um?
— Não é legal ficar brincando com isso, viu Isabel? Depois daquele acidente, eu tive uma amnésia, mas eu lembro de tudo. E eu lembro tão bem que sei que não posso contar com o meu pai.
— Claro que você lembra de tudo - ela falou com a cara que ela sempre faz quando eu falo isso, como se fosse uma grande mentira.
— Minha avó está muito mal, e os médicos já deixaram bem claro que ela não vai voltar a andar. Eu não sei o que posso fazer para ajudá-la. Além da conta no hospital, descobri que não estavam pagando o plano dela, e não sei o que fazer, amiga. Além disso, eles venderam a fazenda da mamãe. Me fala o que vou fazer.
— Você tem que ir atrás do seu pai. Ele não deveria fazer isso com a sua avó, a própria mãe dele. Seu pai tem condições de te ajudar, e ele não poderia fazer isso, afinal, é seu por direito.
— Eu sei que ele pode pagar todo o tratamento dela, mas ele nunca me escuta...
— Vai lá, que vai dar tudo certo.
— Você pode ver a minha avó hoje? Eu preciso ir para São Paulo, vou falar com o meu pai. Eu não entendo porque eles estão fazendo isso comigo. Primeiro tiram o meu menino, agora querem o quê? Que eu vá morar debaixo da ponte e que minha avó morra? — falei, e ela tirou o avental para vir me abraçar.
— Vai dar tudo certo, amiga. E não se preocupe, e você sabe que eles têm direito sobre o seu irmão — ela falou, e eu resolvi ir para casa arrumar uma mochila com algumas coisas e a minha bolsa, e fui até o meu carro.
Minha mãe faleceu quando eu ainda era criança e me deixou tudo. Ela tinha muito dinheiro, e tudo que meu pai tem hoje é graças a ela. Mas agora ele resolveu vender tudo, e o pior, as minhas terras, onde eu moro com a minha avó e onde eu faço o meu trabalho.
O caminho inteiro eu fui ensaiando um possível discurso na minha cabeça, de como pedir ajuda para o meu pai.
Meu pai tem muito dinheiro, e sei que para ele dinheiro não é problema. O problema mesmo é comigo. Bom, o problema mesmo é a esposa dele comigo. Ela não me suporta, nunca soube o motivo. Eu só tinha seis anos quando ela se casou com o meu pai, mas ela sempre me odiou.
Demorei em média duas horas para chegar até a casa do meu pai. Bom, aquela casa estava mais para uma mansão.
Estava tudo bem silencioso. Cheguei e toquei a campainha, e a demora para chegarem até a porta parecia uma eternidade, mas assim que a Socorro abriu a porta, eu sorri. Ela é a governanta da casa do meu pai e trabalha com ele há décadas.
— Minha menina, que bom te ver aqui — ela falou, me abraçando apertado.
— Também estava com saudades, Socorro. Meu pai está em casa?
— Não, porém ele vem almoçar. Vem, entra. Você deve estar com fome, está tão magrinha. E parece que eu estava adivinhando, já que fiz caruru — ela falou, e sorri na mesma hora.
— É a receita da minha mãe? — perguntei, indo com ela até a cozinha.
— Claro, o seu pai não aceita outra receita — ela falou, e já me sentei na mesa redonda da cozinha.
— Aí, Socorro, eu fisicamente estou bem, porém estou preocupada com a minha avó. E você acredita que o meu pai cortou o plano de saúde dela, e não sei o que fazer para pagar tudo o que a minha avó está precisando? Fora o tamanho que é essa dívida do hospital. Eu até pensei em vender o meu carro para pagar uma parte, mas aí penso como vou levar minha avó para fazer todo o tratamento? Os médicos já deixaram bem claro que ela não vai voltar a andar. E além de tudo, recebi uma mensagem das PDV avisando que eu tenho duas semanas para sair das minhas terras — falei, olhando para as minhas mãos. Eu me sinto culpada, mesmo tendo sido só um acidente de carro. Eu me sinto culpada por não poder fazer nada para ajudá-la.
— Não acredito que o seu pai fez isso com ela. Como ele pode cortar o plano de saúde da própria mãe? — ela falou, me servindo a comida.
— Também não acreditei. Eu entendi ele não querer saber nada da minha vida, mas aí fazer isso com ela, é crueldade. Além do terreno, ele é meu se eu não vender, quem o fez — falei, colocando a primeira porção na boca. Como aqui era nostálgico, e o gosto era maravilhoso.
— Conversar com ele, menina, pode ter sido um erro...
— Eu realmente quero acreditar que isso é verdade, que só foi um erro.
— O erro é você estar na minha casa — ouvi a voz estridente da minha madrasta, e na mesma hora que vejo o seu olhar de raiva, vejo um menininho loirinho entrar correndo, vindo até mim.
— Mam... — eu arregalei os olhos — Luz, que bom que você está aqui! Você trouxe sorvete? — o meu irmãozinho falou, me abraçando, e eu gosto tanto daquele garoto fofo.
— Infelizmente não, meu amor. Eu só vim conversar com o papai sobre a vovó, mas eu prometo que vou trazer um presente do seu aniversário — falei, e ele estava com o olhar triste, o aniversário dele foi ontem, mas não consegui falar com ele.
— Garota, eu já disse que não quero você na minha casa — minha madrasta falou, puxando o meu braço.
— Senhora, você vai machucar a Luz...
— Se cala, Socorro. Este assunto é meu e da bastarda, e eu acho que já deixei bem claro que eu não quero te ver na minha casa.
— Mamãe, não faz assim com a minha irmã — o meu irmãozinho falou, mas ela simplesmente o ignorou.
— Ela não é sua irmã, é só uma intrometida...
— Eu preciso falar com meu pai, eu só vim aqui porque é realmente necessário. Se não, eu estaria em casa. Bom, se eu ainda tiver uma casa — falei, tentando convencê-la a me deixar ficar.
Mas ela me pegou pelo cabelo e me arrastou pela porta a fora, e eu fiquei completamente sem reação. Ela me jogou na calçada e chutou minha barriga.
— Entenda de uma vez por todas, aqui não é lugar para você. Esta é minha casa, e não venha pedir esmolas para meu marido. E não foi nenhum erro eu pedir para cancelar tudo. Você não é mais criança para ele ter que te bancar, então se vira e não coloca mais os seus pés aqui. Se não, eu juro que eu acabo com a sua vida — ela falou, entrando na casa e me deixando ali, jogada na rua.
Me levantei e fui para o meu carro. Eu não aguentava mais ser tratada assim. Eu só vim porque minha avó precisa de mim, e eu não posso ficar sem minha casa, sem minha terra. Antes de ligar o carro, eu vi meu irmãozinho correndo com algo nas mãos e bateu na porta do meu carro.
— Não vai, Luz. Eu quero ficar com você — ele falou, com os olhos cheios de lágrimas, e me abraçou.
Eu tenho dois irmãos, o Luiz Miguel e o Luide. O Luiz tem 15 anos e o Luide tem apenas 5 anos. Como minha madrasta teve depressão pós-parto, meu pai mandou ele para morar com a vovó, e eu cuidei dele até o ano passado. Foi difícil ter que devolver meu menino.
— Eu também queria muito ficar com você, Luide, mas a mana não pode. Eu preciso cuidar da vovó, ela está doente. E você tem o papai e a sua mãe.
— Eu não quero, minha mãe é malvada. Ela te machucou — ele falou, me pedindo colo, e assim eu fiz.
— Você está poluindo a cabeça do meu filho. Luide, vem com a mamãe, deixa essa garota ir embora logo daqui...
— Não, eu quero ficar com a Luz. Ela é boazinha e me dá carinho — ele falou, me abraçando.
— Meu menininho lindo, eu te amo muito mesmo, mas você precisa ficar com a sua mamãe. Outro dia você pede para o papai deixar o motorista te levar para me visitar — falei, beijando-o, embora ele não gostasse muito, e ele foi com a mãe.
Quando eu liguei o carro, ele voltou correndo e me entregou seu cofrinho.
— Para a vovó — ele falou, me entregando, e ela já o arrastou de volta para casa.
E respirei fundo não podia desistir.
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Continua...
...Samuel...
Minha paixão por aromas vem desde menino, e hoje eu nem acredito que tenho um império nesta área.
Mas mesmo tendo um grande sucesso neste quesito, eu sinto que sou uma péssima pessoa principalmente por causa da minha filha. Eu sempre quis ser pai, acho que o fato de não ter um pai me fez desejar muito isso, e foi uma alegria tão grande ter a minha filha nos meus braços só que depois daquele dia o meu relacionamento voltou a piorar, a Kassandra não quis amamentar e muito menos cuidar da nossa filha temos uma equipe de 6 babás para cuida da Aninha e se eu reclamasse porque ela não a levou no médico, ou porque ela não pegava a nossa filha no colo começava uma guerra.
Além dela não aceitar muita o meu toque, durante a gravidez foi assim depois de passar o período do resguarde ela mal deixava eu a beijar.
E mesmo eu tentando manter este casamento pela minha filha estava sendo insuportável lidar com ela, ela sempre estava de mal humor e só pensava em comprar e viagens de luxo, as vezes ela passava semanas sem vim para casa, e como eu tinha muito trabalho também nem sempre podia levar a Aninha comigo, e quando falava isso para ela ela fazia um escândalo.
E antes do aniversário de um ano da nossa filha ela sumiu, foram dois meses sem notícias só a encontrei porque o meu contar me contou que estava indo muito dinheiro para uma conta na Suiça, e quando fui ver ela fazia isso desde quando nós casamos.
E para mim foi a gota d'água, pedi o divórcio e ela queria levar a nossa filha, e o pior aconteceu quando juiz a deu aguarda para ela, eu tinha que pagar 25.000 de pensão, fora tudo que ela levou no divórcio, desde a nossa casa até uma fazenda, como eu fui esperto e casei com comunhão parcial de bem ela só tinha direito a metade do que foi construído durante aqueles dois anos, o que a deixou furiosa.
Mas na primeira vez que fui pegar a minha filha ela estava totalmente machucada tinha queimadura de bituca de cigarro na barriguinha dela, e a babá me contou todos os horrores que ela fazia com a minha filha, além de não dá o mínimo para a minha filha para ela poder continuar vivendo de luxo e aparência.
Para ter a minha filha comigo eu tive que pagar uma pequena fortuna para está mulher sumir das nossas vidas, e assim foi já tem quatro anos que eu e a minha filha não a vemos e hoje é aniversário da minha Aninha.
- Onde está a princesa mais linda do Brasil - gritei chegando em casa.
- Papai - a Aninha veio correndo da cozinha com um vestido rosa lindo e o cabelo todo arrumado.
- Parabéns minha princesa feliz aniversário - falei a abraçando apertado, e a pegando no colo.
- Papai, este ano eu não quero festa de aniversário, pode avisar a Magra para ela não vim, eu quero o meu papito só para mim - ela falou beijando.
- Ana Luiza, mas você tinha dito no mês passado que você queria uma festa meu amor, já convidamos todos os seus amigos, na próxima semana vai ser a sua festinha.
- Mas eu não quero a Magra aqui Papai, é meu aniversário, é o meu dia, eu não quero aquela mulher aqui papai.
- Mas Aninha meu amor a Margaret é a namorada do papai e ela gosta muito de você, minha linda.
- Eu não gosto dela...
- Filha, você só viu ela uma vez - falei e ela revirou os olhos, a coloquei no chão e respirei fundo.
Ela pode só ter cinco anos, mas tem uma senhora personalizada.
- Se a Magra for eu não vou, ela não é a minha mãe e eu não quero ela lá - ela falou saindo correndo.
- Aninha - a chamei, mas a mesma já tinha sumido.
Olhei para a Rafaela que estava na ponta da escada e ouvi a nossa conversa.
- Ela nunca vai aceitar a minha namorada, né? - perguntei a minha prima.
- A Aninha tem uma personalidade muito forte além de ser muito mimada você sabe disso, mas a sua filha é uma menina muito doce ela só está triste.
- Triste?
- Ela não dormiu está noite, passou a noite inteira me perguntando da mãe dela e quando a mãe dela vai voltar.
- Que história é está da mãe dela?
- Aí primo eu não sei, você sabe como a Aninha sente falta da mãe e ela achou isso - ela falou pegando uma foto da foto que um paparazzi publicou. - Está mulher nem parece a Kassandra.
...
...
...Peguei a foto e não sei porque guardei está foto, acho que é porque está foto foi tirada no dia que fizemos a Aninha e realmente não parecia muito com a Kassandra, mas não tinha como ser outra pessoa....
- Não fala o nome desta mulher...
- Olha a Aninha não faz ideia do nome da mãe, mas depois de ver está foto ela está cheia de perguntas ela acha que vocês se amam. Se ela soubesse a cobra que está mulher é, mas porque você não se livrou disso.
- Eu não consigo lembrar deste dia, mas acho melhor deixar está foto com a Aninha, não podemos fingir que a mãe dela morreu, ela sabe que ela não morreu. - falei não queria ver a minha menininha mal.
- Você é pai, mas sério primo, a Aninha está muito mal com isso, e você sabe que não é de hoje.
- Não entendo como ela pode sentir falta de algo que ela mal teve. - falei olhando para a foto e não sei porque eu não sinto raiva olhando para aquela foto, eu queimei todas as outras, mas está não sei porque me trás uma sensação estranha. - Vou atrás dela - falei levando a foto e ela estava no quintal sentada no balanço.
E estava chorando e com os braços cruzados.
- Aninha... - Ela olhou para mim e olhou para a foto na minha mão.
- Não jogue a foto da mamãe - ela falou pegando a foto e a abraçando. - Papai a minha mãe não me ama né? Ela me abandonou, não foi? - ela falou com lágrimas nos olhos abraçando a foto.
Meu coração se partiu de uma forma que eu não sei explicar, ela é meu tudo e ver ela triste por causa da Kassandra doía demais no meu coração.
- Filha...
- Eu sou má Papai?
- Não, minha princesa, você é boa...
- Onde a minha mãe está?
- Eu não sei filha ela trabalha muito...
- O senhor também, a Magra, disse que ela nunca vai voltar, que a minha mãe não me ama, mas é mentira né, a minha mãe me ama né, a minha mãe vai voltar - ela falou chorando.
Eu sei que eu tenho que conversar com a Margareth, como ela falou uma coisa desta e olha que eu nunca falei da Kassandra para ela, só disse que sou pai solteiro, ela nunca me perguntou pela mãe da minha filha e vem falar isso para a minha menina.
- Papai me fala que é mentira dela - a pedir no colo.
- É claro que é mentira dela meu amor, a sua mãe te ama muito - Eu sei que não deveria mentir, mas nunca vou deixar a minha filha achar que foi rejeitada.
- Papai, eu posso ligar para a minha mãe? - ela me pediu com os olhos cheios de lágrimas.
- Sabe filha onde a sua mãe trabalha, não tem sinal de celular, por isso ela nunca te liga...
- Minha mãe trabalha mesmo na lua papai, a Cida falou que ela é astronauta, e que ela teve que ir em uma missão lá no espeço quando eu tinha um aninho, por isso eu não lembro dela - ela falou empolgada.
- Sim filha, por isso não dá para ligar para ela.
Seria melhor ela achar que a mãe é uma astronauta do que saber a verdade agora.
- Dinda, a minha mãe é astronauta mesmo, o meu pai falou - ela falou correndo até a Rafaela.
- Nossa meu amor, eu tinha esquecido disso você acredita, a Dinda veio te dá um beijo, eu já vou para casa, o seu primo está deixando a dinda morta de sono. - ela falou alisando a barriga que nem aparecia ainda.
- É só dormi aqui - a Aninha falou fazendo ela rir.
- Eu dormi aqui ontem, eu preciso ir para a minha casa se o seu tio Léo vai ficar triste - a minha prima falou e a aninha a abraçou e deu um beijo na barriga dela.
- Tchau priminho cuida da sua mamãe, e Dinda não demore.
- Eu estou aqui quase todo dia meu amor, mas eu volto mais tarde para comemorar o seu aniversário - ela falou beijando a Aninha.
Eu sou muito grato a minha prima ela me ajuda muito com a Aninha, desde que ela soube da gravidez ela já quis ajuda, mas a Kassandra a afastava o tempo todo e quando fiquei sozinha ela e o namorado se tornaram uma das pessoas mais portantes na minha vida e na vida da Aninha.
- Até já Rafa e se cuida - falei a abraçando.
- Eu nem vou demora e eu moro aqui do lado literalmente - a Rafaela falou beijando a minha bochecha e depois a testa da Ana e saiu.
E fui almoçar com a minha filha muito empolgada porque a mãe era astronauta, e ela não para de falar nisso.
- Dindo - o meu amigo Fred chegou com uma caixa enorme.
- Onde está a aniversariante mais linda do dindo. - Meu melhor amigo falou e a Aninha correu até ele o abraçando. - Nossa como você está grande.
- Dindo você sabia que a minha mãe é uma astronauta? - o Fred olhou para mim que fiz que sim com a cabeça e ele sorriu para ela.
- Sabia ela deve está em Vênus ou Marte.
- Não Dindo ela está na Lua, eeu vou mandar uma carta para ela voltar nem que seja só um pouquinho, mas a minha mãe já foi para Marte?
- Sim, e para júpiter - ele falou e ela estava muito empolgada.
- Por isso ela tá demorando tanto, sabia que daqui para Marte são 9 meses de viagem eu pesquisei com a tia Flávia e sabia também que daqui para a lua são três dias, se eu manda a carta e ela recebe pode ser que ela volte para minha festa, eu só queria ela um pouquinho comigo. - ela falou com o olhar triste.
Nós realmente não sabíamos o que falar o Fred tentou da o presente para animar e era uma fantasia de astronauta com uma Barbie astronauta ela tem uns meses que está obcecada por espaço e eu não tinha noção que era por causa da mãe.
Ela saiu correndo para mostrar a Flávia, a Cida e a Maria
Flávia é a babá e a Cida é a nossa governanta e a Maria e a nossa cozinheira.
Fui com o Fred até o escritório, e pela cara tinha algo de errado.
- O que foi? - perguntei já indo até o Bar.
- Melhor nem beber você vai ter uma reunião...
- Eu cancelei a minha agenda.
- O proprietário daquelas terras que você tanto quer em Horambra, não assinou os documentos nós estávamos tratando com a mulher dele e parece que o dono deu para trás a questão e que já pagamos a metade um valor acima do valor de mercado só porque você está doido por aquele lugar.
Aquela fazenda de flores era única, lá tem flores que eu nunca vi em nenhum outro lugar e olha que eu viajo o mundo atrás de arromas, eu não posso perder aquelas terras.
- Eles estão brincando com a gente só pode, eu vou resolver isso agora.
- E está história de astronauta, ela não vai esquecer da mãe tão fácil viu, se eu fosse você contratava uma atriz para ficar um pouco e volta para lua - ele falou rindo.
Mas não tinha graça e eu tinha que pensa direito nisso.
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Continua...
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