NovelToon NovelToon

Amada Por Um Mafioso - Terceira Geração Da Familia Lopes

Capítulo 1

Stephon...

Florença, capital de Toscana, na Itália...

Segurava o corpo sem vida da minha esposa, eu só pensava no meu filho que agora ficou sem mãe, meu pequeno Ângelo. 

Eu odiava tudo que envolvia essa merda! Todos eles roubaram um dos meus bem mais preciosos e farei questão de cobrar e vingar a sua morte! 

Com a sede de sangue, o coração dilacerado, solto o corpo da minha mulher devagar no chão. 

Me levanto, não choro, o choro representa fraqueza e como um maldito Dom, eu não podia demonstrar esse tipo de sentimento. 

Ainda tinha essa, com esse maldito confronto, levaram a vida do meu pai, não que eu me importasse com ele. 

Estava pouco me fodendo se vivia ou morria, mas com a sua morte eu teria que tomar o seu lugar. 

— Chefe...— Um dos meus soldados ia começar a falar, porém eu o cortei antes que começasse a latir.

— Recolha os corpos, leve para o cemitério dos fratarolli, enterre-os, menos o corpo do meu pai e da minha mulher. — Ordenei para os dois soldados a minha frente, me analisavam tentando me ler, coitados, eu era inelegível. — Agora! — Gritei. 

Rapidamente eles começaram a fazer o que eu havia ordenado, novamente fui até o corpo de minha mulher que antes tinha o corpo quente como o inferno, agora estava gelada, pálida. 

Novamente a vontade de chorar havia me atingido, mas engoli a dor empurrando para o fundo da minha mente, junto com as outras lembranças desse mundo de merda, a qual eu pertencia. 

Peguei ela nos meus braços, caminhei rumo a mansão, depositei o seu pequeno corpo ali no meu sofá de couro.

— O que eu faço agora sem você, querida? Você era a alegria que me mantia de pé? Como criarei o pequeno, sem você meu amor? Sentiremos tanta saudade. — Lágrimas, malditas lágrimas, escorrem do meu rosto.

Agora era hora de começar os preparativos para o enterro. Daria um enterro digno tanto a ela como a meu pai. 

Ela porque merecia, ele porque eu era obrigado, afinal era um Dom que morreu, tinha que seguir a regra e toda essa baboseira.

Eu queria tanto fugir disso tudo, mas se você é filho de um Dom isso não lhe é permitido, principalmente se for o filho único.

 

O caixão havia sido fechado, agora era oficial, meu amor se foi.

Logo mais teve toda uma homenagem de honra, por conta do meu pai e o caixão também havia sido fechado. 

Lembrando que eu era agora o novo Dom, teria que pegar todas as responsabilidades para mim, todo o poder do meu pai agora pertencia a mim. 

Foi feita toda a bobagem de posse, feita por um dos conselheiros do meu pai, os capos de outras cidades e estados da Itália haviam vindo, para ver o novo Dom.

Esperavam algum tipo de discurso da minha parte, mas tudo que lhes dei foi o meu silêncio.

Sai daquela posse indo direto para o quarto ficar com o meu menino, agora era eu e ele, somente nós dois.

ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ

Stephon 30 anos.

Pequeno Ângelo 3 meses.

Capítulo 2

Bianca...

Campo, estado de São Paulo, no Brasil…

Eu não aguento mais a faculdade, eu acho que vou enlouquecer.

Porque de todos os cursos disponíveis eu fui escolher justo a medicina?

— Estudando ainda minha filha? — A minha mãe Alicia aparece na porta do quarto.

— Me fale uma coisa que eu não faça? Mas calma, já está acabando a parte teórica então começarei a fazer o melhor, que é a parte prática.

— Bom, só não durma muito tarde. — A minha mãe pede me dando um beijo.

— Está bem mãe, pode deixar.

Minha mãe fecha a porta do meu quarto e eu decido deixar os livros de lado.

Me deito na cama e pego o celular, vejo a divulgação da festa que o meu primo dará, curto e faço uma prece, não posso perder essa festa.

Durmo com o celular na mão, acordo com o despertador.

Repito o meu mantra de todos os dias: Calma Bianca, falta pouco, respira e não pira.

Levantei e me arrumei para a faculdade, como eu faço medicina, é horário integral, ou seja saio de manhã e volto só a noite, bom pelo menos valerá a pena.

Preparei a minha mochila, diferente das outras meninas da minha sala que levavam bolsas e um tablet, eu preferia levar o caderno, pois isso me ajudava demais na hora da prova, principalmente quando o professor dava prova com consulta.

Coloquei o meu jeans, minha camiseta branca, fiz um coque no cabelo, afinal cabelo cacheado e comprido? Não dá para ficar solto nesse calor.

Desci as escadas e fui até a cozinha.

— Bom dia pai, bom dia mãe… — Pego uma banana da fruteira.

— Não vai comer não? — Meu pai perguntou bebendo seu café na xícara.

— Não, tenho prova, quero dar uma revisada no livro, beijos pai e mãe. — Beijo cada um e pego um Uber.

……

Já na faculdade eu me dirijo até a minha sala encontrando alguns colegas pelo caminho.

— Bibizinha, diga quando terei a chave do seu coração? — Jimmy da enfermagem joga a mesma cantada todos os dias.

— Dia 31 de fevereiro me chama para um encontro. — Digo rindo e entro na sala.

Pego os meus livros e cadernos e dou mais uma estudada.

A prova é clínica médica, ou seja, diagnosticar e responder como tratar.

Os demais alunos vão chegando e se sentando, até o professor entrar e anunciar a prova, guardamos nosso material ficando apenas com a caneta na mão.

Ainda bem que é múltipla escolha, a primeira questão é na área da ginecologia, essa é fácil pois é a área que mais me identifico, porém da segunda em diante começa a complicar, respondo um a um levando cerca de duas horas para fazer essa prova de 35 questões.

Vou até a cantina e compro algo para comer, algumas outras meninas que eu pouco falo sentam ao meu lado.

— Bianca, acha que foi bem na prova? — Letícia pergunta, ela está na mesma turma que eu.

— Espero que sim, essa é a grade que tenho mais dificuldade, clínica médica, devíamos já começar na nossa especialização, eu não quero saber o que fazer se um adulto engolir desinfectante caramba! — Falo, quero ginecologia e obstetrícia, mas infelizmente precisa passar por todas as áreas da medicina antes de se especializar.

— Eu acho que fui boa também, agora só esperar para ver. Hoje é que dia?

— Quinta…

— Ai credo! Hoje tem aula de genética. — Letícia diz e faz uma careta.

Também detesto essa matéria.

Retornamos a aula e a professora começa a passar slides enormes e explicar.

Não sei se presto atenção na explicação ou se copio o slide, por fim decido prestar atenção na aula.

Abro a boca de sono algumas vezes, mas consigo ter um aproveitamento de 80 por cento da aula.

Mal vejo a hora de começar as práticas e ter ação, não só prestar atenção em explicação. Bom, de qualquer jeito, faz parte.

Volto para casa já são 19:00, como toda a semana vou ficar em casa estudando, essa é a minha rotina.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

Bianca 21 anos.

Capítulo 3

Stephon...

Florença, capital de Toscana, na Itália...

Fui convidado por meus amigos a ir ao bordel, jogar tempo fora, e daqui posso avistar eles com várias mulheres no colo.

Reviro os olhos e caminho até eles, peço uma bebida.

— Stephon, você sabe que agora que você é o Dom, precisa de uma esposa, né? — Gerard, meu primo e também subchefe me indagou.

Porém eu o olhei com tanta fúria, que se não fosse o meu primo teria metido uma bala no meio da sua cabeça.

— Eu acabei de enterrar a minha esposa, não vou colocar outra mulher no seu lugar! — Rosnei pra ele, que não se abalou pelo meu tom duro e frio, mas os demais soldados se encolheram de medo.

— Stephon são apenas negócios, conhece as regras. Os capos do conselho, já estão pressionando. — Eliseo, meu consegliere e também primo rebate, no mesmo tom duro que o meu.

— Mandem vim falar comigo, claro se tiverem coragem. — Zombo.

Todos sabiam seus lugares, sabiam que eu era o topo dessa fodida máfia italiana. Sabem que se me desafiar, não sairá vivo.

— Agora se me dão licença senhores. — Me levanto alisando meu terno Armani. — Preciso ir embora, meu filho me espera.

Deixo pra trás meus dois amigos, sendo seguido por meus soldados que fazem a minha retaguarda.

Não queria nem ter saído de casa, sinto que estou traindo minha mulher. Eu não deveria viver e sim ela, mas decidi dar ouvido aos meus amigos, e vim até a um dos bordeis que tínhamos, contudo foi um erro.

...----------------...

Em casa vou até o quarto do meu filho, dispenso a babá, e vou até o berço do Ângelo.

Ele me olha com seus olhos idênticos ao da mãe.

Já tem 3 semanas que sua mãe se foi, entretanto parece que foi ontem.

Pego meu filho no colo, encostando ele em meu peito.

Ângelo tem a capacidade de domar os meus demônios, quando estou com ele em meu colo é como se ele os acorrentasse. Tão pequeno, tão indefeso, ele é a melhor coisa que já fiz. Aqui eu posso chorar a vontade, estou no refugio do nosso quarto, eu e ele.

De repente Ângelo, fica impaciente e começa a resmungar.

— O que foi mio Figlio? — Pergunto, como se ele pudesse me responder com apenas 3 meses. — Está com fome? — Continuo conversando com ele, já me dirigindo para a cozinha, para preparar seu leite.

Faço sua mamadeira, certificando no pulso se a temperatura está boa, e tento dar a ele, mas o mesmo expulsa o leite pra fora, me dando a certeza que não é fome.

Vejo se está molhado ou se me presenteou com uma fralda recheada, mas ele está limpinho e seco.

— Eu não sei o que fazer pra te ajudar filhão, o que você tem amigão. — Benicio chora sacudindo as perninhas e sua pele branquinha vai ficando vermelhinha.

— Será que você está doente? — Pergunto olhando pra ele. — Sua mãe saberia lidar com você. — Começo a me desesperar, pois o choro vai ficando mais alto e ele está muito mais nervoso.

Com medo que ele possa estar doente, peço ao meu soldado para chamar um dos médicos do hospital dos Fratarolli.

Não podia sair no meio da noite com meu filho tão pequeno, não nesse mundo que eu nasci.

— Quero vocês aqui em cinco minutos, senão você é um homem morto Mariano. — Falo para o meu soldado, não suportava ver meu filho chorando.

E como se temesse a morte, Mariano chegou rapidamente, seguida de uma medica.

— Descubra o que ele tem? — Entrego meu menino em seus braços. — Acho bom fazer um diagnostico correto, ou não voltara mais para a casa. — Rosno para a medica.

Atentamente examina meu menino, mesmo ele esperneando e chorando, a mão da mulher está tremendo, sabe que eu cumpro todas as minhas ameaças, sou o grande executor Stephon Fratarolli, em minhas mãos carregam o sangue de muitos homens.

Fiz meu nome, muito antes de me tornar o Dom, com apenas 16 anos já carregava mais morte nas costas do que se pode imaginar, então ganhei respeito ainda na adolescência.

E hoje que detenho o poder de todo o império, eles temem ainda mais a mim.

— Senhor Fratarolli, ele está com cólicas, é bem comum em crianças pequenas, não se preocupe. — A mulher diz me cobiçando com o olhar.

— E o que eu faço? — Ignorando o jeito que me olha.

— Você dará algumas gotinhas desse remédio. — Ela escreve algo no papel e me entrega, que eu automaticamente entrego ao meu soldado, que sabe o que precisa fazer.— E pode fazer massagem na barriga dele, assim. — Ela me ensina e eu presto atenção em seus movimentos. — E você pode deita-lo de bruços em seus braços. — Ela me explica e pego meu pequeno que está mais calmo.

Deito meu menino em meus braços, e embalo ele de um lado ao outro.

— Stephon... — A mão suave da médica cobriu meu braço, claramente com segundas intenções.

— Não lembro de dizer que poderia me chamar pelo primeiro nome e muito menos que tinha autorizado tocar em mim. — Digo usando meu tom mais gelado que tinha.

A mulher rapidamente recolheu a mão, e me olhou com aqueles grandes olhos assustados.

— Saia! — Esbravejei. — Vito, leve a medica até sua casa. — Peço ao meu outro soldado.

Que imediatamente escolta a mulher para fora do meu quarto.

— Pronto meu filho, o nosso refugio está livre do inimigo, somos só nós dois. — Falo para o meu menino que agora dorme tranquilamente, deposito ele suavemente na cama.

Lentamente tiro minha roupa, cansado desse dia infernal e sabendo que amanhã não será diferente.

Como eu sinto falta dela, olho seu nome tatuado em meu peito, Giorgia se destaca em torno do sol, pois ela era meu sol, seu brilho conseguia chegar no mais escuro e profundo coração.

Mas isso foi tirado de mim e nem que seja a ultima coisa que eu faça nessa Terra, mas eu vou matar todos eles.

Deixando minha vingança de lado, eu tomo um banho, coloco uma cueca, bermuda e deito ao lado do meu filho.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!