Em uma pequena cidade cercada por colinas sinistras, havia uma lenda assustadora sobre um grupo de crianças que viviam no topo da colina. Dizia-se que essas crianças eram diferentes, estranhas e possuíam poderes sombrios. Ninguém se atrevia a se aproximar da colina, pois acredita-se que as crianças eram capazes de invocar forças malignas e realizar rituais macabros. A cidade vivia com medo e os moradores evitavam qualquer menção sobre as crianças da colina. Um dia, um jovem corajoso chamado Daniel decidiu investigar a lenda. Ele estava determinado a descobrir a verdade por trás das histórias e acabar com o medo que assombrava a cidade. Daniel subiu a colina sozinho, enfrentando os ventos frios e a escuridão crescente. Quando chegou ao topo, ele ficou chocado ao ver um grupo de crianças pálidas e silenciosas reunidas ao redor de uma fogueira. As crianças olharam para Daniel com olhos vazios e sorrisos perturbadores. Ele sentiu um arrepio percorrer sua espinha, mas manteve-se firme em sua determinação. Com cautela, Daniel começou a conversar com as crianças, tentando entender suas origens e seus poderes sombrios. Para sua surpresa, as crianças não eram más ou malignas como diziam as lendas. Elas eram apenas diferentes e haviam sido excluídas pela sociedade. As crianças da colina revelaram que seus poderes eram uma bênção, não uma maldição. Eles podiam curar doenças, prever o futuro e proteger a cidade de forças malignas que se aproximavam. Daniel percebeu que a lenda havia sido distorcida ao longo do tempo e que as crianças eram, na verdade, guardiãs da cidade. Ele decidiu compartilhar essa descoberta com os moradores, na esperança de acabar com o medo e a desconfiança. Com o tempo, a cidade começou a aceitar as crianças da colina e valorizar seus poderes únicos. As lendas sombrias se transformaram em histórias de coragem e proteção. E assim, as crianças da colina encontraram um lar onde eram respeitadas e amadas. A cidade prosperou
sob sua proteção e aprendeu a valorizar as diferenças que existiam em seu meio.
𝑜𝑝𝑖𝑛𝑖𝑎̃𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑟
É um belo exemplo de como nossos preconceitos podem nos impedir de ver a verdadeira essência das pessoas. Aceitar as diferenças e valorizar os talentos de cada um é essencial para construir uma comunidade harmoniosa.
A moral da história é que devemos superar nossos preconceitos e valorizar as diferenças, pois isso pode levar a uma comunidade mais harmoniosa e próspera.
Acho que a história pode ser vista como uma crítica aos preconceitos e à intolerância que muitas vezes impedem as pessoas de ver além das aparências e valorizar as diferenças. É uma mensagem de que a diversidade é uma força e que devemos trabalhar juntos para criar comunidades mais inclusivas e acolhedoras.
𝑎𝑠 𝑐𝑟𝑖𝑎𝑛𝑐̧𝑎𝑠 𝑑𝑎 Colina é uma história de fantasia e mistério que lemos sem nem vê. A forma fantasiosa dela é o que encanta!
Minha única crítica é referente a alguns termos que são racistas e contribuí para uma estereótipação negativa das populações negras. Como li uma edição de 2002, talvez nesta época o debate ainda não fosse tão forte como é hoje.
Então se eu pudesse, lançaria uma nova edição revisada para mudar esses termos.
O telefonema de Maria
Uma garotinha ganhou certa vez uma linda boneca de porcelana, a quem deu o nome de Maria. A menina brincou bastante com a boneca e foi muito feliz com seu brinquedo.
Mas um dia, quando a família se mudar para outra cidade, a menina resolveu se desfazer de algumas coisas e jogou a boneca no lixo.
Foi então que algo inesperado aconteceu. A garota passou a receber telefonemas em sua nova casa. O primeiro dizia: Oi, lembra de mim? Eu sou a Maria. Agora estou na lixeira.
A garota, pensando ser uma brincadeira de mau gosto, desliga o telefone.
Mas logo em seguida o aparelho toca novamente. Agora a voz no outro lado diz: Oi, eu sou a Maria. Agora estou na esquina da sua casa.
Assustada, a menina desligou de novo, mas o telefone voltou a tocar: Olá, eu sou a Maria. Agora estou na frente da sua casa.
A garota reuniu toda a coragem e abriu a porta, mas não encontrou ninguém.
Um alívio tomou conta de seu corpo, mas o telefone toca pela última vez: Oi, sou a Maria e agora estou atrás de você!!
Essa é uma lenda que vem do Japão, sendo contada por gerações. Apesar do ar sombrio que vai tomando conta da história, não sabemos exatamente o que acontece à garota, mas tudo leva a crer que a boneca Maria consegue matar sua antiga dona.
Podemos também pensar nessa lenda como uma história que fala sobre rejeição, ciúmes e vingança, sentimentos humanos que aqui são transportados para uma boneca de porcelana.
Conta-se que no século XVI em uma cidade espanhola chamada Valladolid um menino de cerca de 9 anos desapareceu. A população ficou abalada e começou a procurar a criança por todo canto.
Após dias de busca, ao ouvirem gritos e barulhos assustadores que vinham de uma casa, resolveram invadir a residência. Quem morava ali era Andrés de Proaza, um jovem misterioso que estudava medicina e era brilhante em seu ofício.
Andrés estava sentado em sua cadeira olhando fixamente para uma mesa onde estava o corpo dissecado do garoto e também cadáveres de animais. Os órgãos da criança estavam à mostra, como se tivessem sido manipulados e estudados.
Sem ter como negar, o homem confessou ser o responsável pela morte do menino e disse que a cadeira em que trabalhava era amaldiçoada. Segundo o médico, ele havia feito um pacto com o diabo para que o ser das trevas lhe ajudasse com o conhecimento de anatomia e medicina. Assim, era por meio da cadeira que o jovem entrava em contato com as forças malignas.
Andrés disse ainda que qualquer médico que se sentasse na cadeira poderia se comunicar também com o demônio, mas que as pessoas leigas em medicina que ousassem usar a mobília morreriam três dias depois. Da mesma forma, as pessoas que tentassem destruir a cadeira também amanheceriam mortas.
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