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Um Ceo, Dylan & A Pequena Ladra.

Capítulo 1

Ravi

— Amor, promete que nosso Dylan vai ser uma criança feliz e que você nunca irá deixar ele passar por qualquer sentimento que o faça sofrer? — os olhos de Lola gritam preocupação e angústia.

— Amor, meu anjo, você estará ao meu lado até envelhecer. Vamos amar e cuidar do nosso pequeno até mesmo depois que ele estiver casado e com filhos. Não se preocupe com nada!

Tento tranquiliza-la, Lola está assustada porque queria um parto natural, mas seu corpo não está preparado para isso e a obstetra decidiu fazer o parto cesariano. Isso a deixou insegura, ela não queria esse parto, porém estou aqui ao lado dela e não vou soltar sua mão.

O parto foi tranquilo, logo nosso pequeno Dylan estava em meus braços e devo dizer que ele é a cópia exata de Lola que fica emocionada ao ver tantas semelhanças. Chorei feito um menino enquanto analisava cada detalhe do nosso pequeno Dylan, depois que voltamos para o quarto a enfermeira e a pediatra me entregaram meu pequeno já que fui obrigado a solta-lo e entregar para elas lá no centro cirúrgico.

Lola está dormindo, Dylan está olhando para mim com seus expressivos olhos azuis iguais de sua mãe. Ele tem o cabelo loiro igual ao de Lola, mas tem meu queixo, minhas mãos e meus pés, meu filho é lindo. Algumas horas se passam e Lola acorda se queixando de dor de cabeça.

— Amor, preciso de um remédio. Minha cabeça está doendo demais, não suporto a dor intensa.

Logo um médico entrou, levaram ela para alguns exames e não pude ir com ela. Tive que ficar e cuidar de Dylan, mas o mesmo médico que a levou voltou para o quarto sozinho com o semblante angustiado.

— Doutor, onde está minha esposa? Já estão trazendo ela?

Pergunto olhando para a porta ansioso, mas o médico me diz que preciso colocar Dylan no berço para conversarmos.

— Não vejo necessidade, meu filho está bem em meu colo! Onde está minha esposa, Doutor?

— Senhor Sault, eu sinto muito... Não sei se a sua esposa fazia exames regularmente. O fato é que mesmo que pudéssemos fazer algo se tornou tarde demais. Meus sentimentos a sua família, mas sua esposa acaba de falecer. Ela tinha um aneurisma na cabeça e ele estava enorme, não sei como ela foi tão forte a gestação toda e chegou ao limite de ter o bebê...

O médico continua falando, mas depois de ouvir que Lola faleceu não ouvi mais nada, tudo a minha volta ficou lento demais. Uma dor cortou meu peito ao meio e meu coração foi arrancado dali a sangue frio.

Meu olhar cai para o recém nascido em meus braços que não teve tempo nem de provar o leite materno para criar seu primeiro vínculo fora do útero de Lola. O que está acontecendo? Deus me deu uma vida e tirou a outra? Isso é uma piada cruel do destino?

Dylan é o nosso sonho, não quero viver esse sonho sozinho, me recuso. Dylan é tirado dos meus braços pela minha irmã e para ser sincero não sei quando ela chegou aqui, estou chorando e gritando e só percebi por causa do meu rosto molhado e a dor em minha garganta que é menor que a dor que sim dentro de mim.

Teve o funeral, o enterro, tudo o que minha Lola merecia. Até mesmo os pais interesseiros dela compareceram, eu fiquei em silêncio o tempo todo com meu Dylan em meus braços. Meu bebê estava usando preto, isso é injusto, ele só tem pouco tempo de vida e já está usando uma cor tão pesada.

Outra coisa que não acho justo, ele está assistindo sua mãe ser enterrada. Dylan não teve seu primeiro momento com a mãe dele, voltei a chorar sem perceber, mas a minha irmã, minha gêmea que está sempre ao meu lado pegou Dylan e disse para mim:

— Sei que não agora, mas prometo que tudo vai ficar bem! Essa dor talvez não vá embora nunca, porém sei que vai aprender a conviver com ela, confie em mim... Eu amo você mais que tudo nessa vida, Ravi!

— Obrigado, Ruby, só quero acordar desse pesadelo e rir de mim mesmo... Eu não pude nem me despedir dela.

Volto a chorar depois que falo isso.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

Dois meses se passam, tenho que cuidar da minha empresa de construção civil e agora também cuido da empresa de Lola, ela comandava salões de beleza e lojas de roupas em nossa cidade. Era bem reconhecida aqui, me ajudando com essa loucura toda está minha irmã, Ruby e seu marido Gavin.

— Senhor Sault, passei aqui em seu escritório para avisar que a consulta médica do Dylan teve que ser remarcada. A pediatra sofreu um acidente de carro, vou pedir um carro pelo aplicativo e ir para casa com ele!

Contratei uma babá para cuidar de Dylan, foi indicação de uma das funcionárias da mansão, por isso contratei. Hoje estou cheio de trabalho, não pude dar muita atenção a ela. Algumas horas mais tarde ela volta chorando para o meu escritório sem o meu filho.

— Senhor Sault, eu não sei o que aconteceu... Por favor, me perdoe. Eu passei em uma farmácia para comprar o remédio da minha mãe, na saída parei para falar com uma amiga que não via a anos... Assim que ela foi embora quando olhei para o carrinho Dylan não estava mais lá.

Nesse momento dei um soco na tela do meu computador e joguei meu teclado longe, como essa mulher conseguiu perder meu filho assim?

— Você está demitida! Mas antes disso não esqueça que é a suspeita número um do sumiço do meu filho! Se ele não for encontrado farei de tudo para que seja presa! Sua única obrigação era ir direto para casa com meu filho e agora por sua culpa ele está nas mãos de um estranho!

Acabo tendo um ataque de pânico e por ouvir meus gritos meu cunhado e minha irmã logo entram na minha sala. Tudo o que eu mais quero agora é meu filho em meus braços.

Apresentação dos Personagens.

...Ravi Sault...

Dono de uma construtora cívil, com seus 32 anos já passou por muita coisa, mas a felicidade se fez quando encontrou seu grande amor, Lola. Quando ela faleceu seu sorriso, seu coração e seu mundo se estilhaçou em mil pedaços. Esse é o nosso viúvo Ceo.

...Eugênia Riviera...

Perdeu sua mãe e seu irmão de uma vez em um acidente no trabalho, com seu pai na cadeira de rodas por causa de uma sequela após ser agredido brutalmente ela não vê outra alternativa a não ser cometer pequenos furtos para sustentar seu pai e a si mesma até que encontra Dylan sozinho em seu carrinho e o leva com ela por sentir carinho pelo pequeno largado ali no frio. Uma mulher de 24 anos com uma enorme responsabilidade.

...Ruby Sault...

Irmã gêmea de Ravi, sempre foi protetora com o irmão, o ama mais que tudo. Se casou jovem e tem dois casais de gêmeos com idades entre 6 e 8 anos.

...Gavin Stone...

Completamente apaixonado por sua esposa, seu cúmplice na vida. A segue para onde ela for.

...Clarisse Alencar...

Ex noiva, obcecada por Ravi. Daquele tipo que não aceita um não como resposta, porém uma bela atriz e consegue o que quer fazendo a atuação certa.

...Dylan Sault...

Claro que não poderia faltar nossa pequena estrela dessa festa, o pequeno Dylan com seus 5 aninhos, será criado por Eugênia até que seu pai o pega de volta.

Capítulo 2

Eugênia

— Minha filha, não precisava vir até aqui apenas para trazer nossas comidas! Está tarde para você ficar andando pela rua sozinha!

— A mamãe tem razão, sua doida! Melhor voltar logo para casa, o papai não pode ficar sozinho e ainda tem aquela sua gata abusada que fica comendo meus peixes.

Dou risadas porque sei que a Akira ama comer os peixinhos que o Nolan compra e finjo estar chateada ao dizer:

— Mas a Akira só come ração de qualidade! Vai ver que seus peixinhos são aperitivos para fortalecer as unhas e o pelo da minha gata!

— É sério, Eugênia, vou fazer churrasco da sua gata!

Ele fala rindo enquanto terminar de colocar todo o equipamento de limpeza no elevador de carga. Todas as noites meu irmão e minha mãe ficam responsáveis pela limpeza dos oitos andares mais alto do edifício e por isso sempre começam do topo para baixo.

Assim que abraço e beijo minha mãe o elevador fecha às portas e faz um barulho estranho. Converso por um minuto com o vigia até que escutamos o barulho, sentimos o estrondo e uma nuvem de fumaça nos cega. Algo atingiu minha perna e está doendo muito, mas não estou ligando para isso e começo a chamar pela minha mãe e o Nolan:

— Mãe? Nolan? Respondam, por favor... Mãe? Nolan? — meus olhos ardem, choro feito uma criança que se perdeu da mãe.

Tento ir até onde estão os escombros, mas o vigia que também está machucado por causa dos estilhaços que voaram em nois dois diz:

— Menina, essa área agora está interditada para qualquer pessoa passar! Já liguei para a polícia, bombeiro e hospital, quem chegar primeiro é lucro. Só espera aqui comigo porque você também está machucada.

Fico ali de pé balbuciando as palavras mãe e Nolan em choque. Sinto meu corpo aquecer e esfriar tantas vezes que pareço estar em um lugar que liga e desliga o ar condicionado, meu corpo inteiro treme, os calafrios são insuportáveis. Só quero que alguém me diga que minha mãe e meu irmão estão no último andar, mesmo que tenham que usar a escada de emergência para chegar aqui.

— Senhorita? Senhorita? — alguém me chama e eu olho para a pessoa — Vamos levá-la até a ambulância que está ali fora, precisamos ver esses cortes no braço e na sua perna.

— Mas não quero sair daqui, quero saber da minha mãe e do meu irmão!

O homem tenta ser gentil comigo e me explica o que pode acontecer se eu não for até a ambulância. Algumas horas se passam e eu estou ali sentada na ambulância até que um policial se aproxima e fala:

— Senhorita Riviera, eu sinto muito... Encontraram dois corpos abraçados dentro do elevador que estava parcialmente contorcido. E pelas descrições dadas pelo vigia creio que seja sua mãe e seu irmão... Eu sinto muito!

— NÃO!! NÃO DIGA QUE SENTE MUITO PORQUE VOCÊ NÃO SENTE! AAAAAAAAAHHHHHHHH...

Eu só quero gritar, quero gritar até minha garganta se desfazer. Como vou chegar em casa e dar essa notícia para o meu pai? Meu Deus, por que os levou desse jeito? Eles não mereciam isso.

Eu não tinha mais nada para fazer ali, ninguém permitiu que eu visse minha mãe e meu irmão por causa do estado em que eles estavam. Fui obrigada a ir para casa contar para a terceira pessoa que mais amo em minha vida que agora somos só nós dois.

Assim que cheguei em casa fiquei parada na porta por meia hora chorando e olhando para a mesma que ainda estava fechada, eu só queria acordar e ver que foi um pesadelo odioso... Mas não era. Entro e vejo meu pai em sua cadeira de rodas de frente para a televisão, sei que ele está a minha espera.

— Filha? É você? Nossa, você demorou muito! Já estava preocupado... — meu pai ficou sem palavras quando parei de frente para ele e viu que eu estava suja de sangue e poeira.

— Paizinho... — falo chorando enquanto me abaixo e seguro suas mãos — Às vezes acontecem coisas que não estão no limite da nossa compreensão, mas ainda assim acontecem... Eu sinto muito, paizinho, eu sinto muito.

Começo a chorar escandalosamente, não consigo falar mais nada além de sinto muito e chorar balançando meu corpo para frente e para trás. Meu pai que só pode mexer a cabeça começa a chorar muito quando finalmente entendeu o que eu estava tentando dizer em palavras, mas só saiu em emoções. Foi o pior dia de nossas vidas.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

— Eugênia, não gosto quando sai para roubar! Sei que não consegue trabalho por causa do Robbie, mas precisa dar outro jeito de conseguir dinheiro minha filha!

Já se passaram seis meses desde a nossa grande perda, a empresa se responsabilizou por tudo, era mais que obrigação deles, mas parou por aí. Robbie é meu ex maluco, tóxico e obsessivo, já fui agredida por ele algumas vezes e ele sempre consegue me fazer ser demitida com seus ataques.

— Paizinho, preciso ir, prometo que não serei pega novamente!

Sai correndo porque sei que meu pai iria tentar me impedir. Porém dessa vez em uma de minhas rondas encontrei um bebê novinho chorando em seu carrinho. Estava frio e para completar chuviscando, quem teria coragem de abandonar um bebê tão pequeno sozinho na rua?

Peguei ele e coloquei por dentro da minha blusa para aquecê-lo, abracei e fiquei passando as mãos nele até que parou de chorar e adormeceu. Fiquei ali parada com aquele bebê próxima ao carrinho embaixo de uma tapagem esperando alguém aparecer para pegar ele, ninguém apareceu e o bebê parecia faminto.

— Olha bebê, vou te levar para minha casa, mas já vou avisando que quem manda lá é minha gata Akira e eu não sei se ela gosta de bebês. Meu paizinho vai amar te conhecer... Mas precisamos saber de quem você é filho.

Levei o bebê para casa, tirei o pano que estava enrolado nele e vi o nome Dylan bordado em sua blusa.

— Então seu nome é Dylan... Vou cuidar de você Dylan, onde comem três come mais um!

Meu pai se apaixonou pelo Dylan assim que colocou os olhos nele, mas eu sei que não podemos ficar com ele... Preciso encontrar a família dele.

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