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Vidro Fumê

CAPÍTULO 29 (Sou correspondido por uma Ninfa)

Voltando para casa, Manon desabou no sofá dizendo:

-Antes tudo que eu mais desejava meu amor, era saber o que eu sou, agora que sei, porém gostaria de continuar não sabendo de nada me sinto tão estranha.

-Já eu, no entanto agora que sei o que você é, entendo porque fico louco por você cada vez que te toco. Agora sim posso falar com propriedade que você é ma fée (minha fada) te amo e te desejo pequena e estou louco de desejo te-la, novamente em meus braços minha ninfa maravilhosa!

-Deus Aaron você não se cansa não? Perguntou ela, entre encantada e espantada diante os desejos do seu marido.

-Como Manon? Me explica, como um mero mortal como eu pode se cansar de ter uma ninfa em sua cama, matando todos os seus desejos?

Disse ele lhe sorrindo daquele jeito.

Ela também sentindo desejos, correu para o seu quarto e trancou a porta.

Quando ele subiu e bateu na porta, pedindo para ela abrir, ela disse que não e falou lá de dentro:

-Já chega Aaron você não vai me encantar com esse seu sorriso sedutor de novo, te amo, mas tá de castigo!

-Mas, por que pequena, se eu não fiz nada?!

Perguntou ele batendo novamente na porta com cara de espanto.

-Não, mas eu preciso pensar e com você me olhando desse jeito eu não consigo!

-Abre a porta por favor minha querida, você sabe que não gosto de ficar um minuto longe de você, juro que não vou te tocar se você não quiser!

Disse ele baixinho para que seus queridos empregados não o ouvisse, ele bem sabia que Lina e Lucy eram as rainhas dos fuxicos.

Manon então respondeu:

-O problema é que você sempre faz eu querer!

Ele então mordendo os lábios sorriu e falou:

-Isso não vai ficar assim, pequeno anjo endiabrado!

Ela então ouviu seus passos saindo do corredor, e começou a rir, pois sabia que seu marido não se dava por vencido, provavelmente iria atrás de outra chave para abrir o quarto, no entanto ela tinha todas elas em mãos.

Sentando-se em sua cama se pôs a pensar o quanto amava seu marido, sabia que sem ele não conseguiria viver.

Adorava aquele tipo de brincadeira de gato e rato entre eles dois, pensou ela sorrindo e mordendo seus lábios inferiores.

Pensando ainda no seu amor por Aaron, lembrou também do amor de seu pai, por sua mãe e ela por ele, agora que sabia que era uma ninfa, entedia porque tudo acontecia mais intensamente com ela, quando se tratava de amor.

Sua mãe deve ter amado seu pai com a mesma loucura que ela amava Aaron e seu pai amava sua mãe com a mesma dedicação que Aaron lhe amava.

Então quem era ela para, julgar o que sua mãe fez?

Em sua carta ela disse que foi obrigada a voltar porque deu a sua palavra a grande Deusa e agora Manon não duvidava mais de suas palavras.

Porque sabia que só mesmo algo muito forte para faze-la separar-se de seu marido.

Enquanto ainda pensava nisso tudo, Manon entrou no banheiro e embaixo do chuveiro se passava o sabonete enquanto sentia a água quente escorregar por todo o seu corpo, quando ela ouviu um assovio, e olhando para a porta do banheiro, porém ela viu Aaron a observando.

Ele estava lá, varrendo o seu corpo com aqueles olhos atrevidos e cheios de luxúria.

-Aaron par Dieu você não pode fazer isso! como você conseguiu entrar no quarto seu sorcier (feiticeiro) disse ela revoltada, tentando esconder seu corpo com as mãos.

-Já te disse ma chérie que não sou um feiticeiro, e o nome disso é chave reserva número quatro!

Disse ele sorrindo e mostrando a chave nas suas mãos, ela então percebendo que ele estava se despindo perguntou:

-O que você está fazendo seu... seu... marido insaciável!

-Calma poupée (boneca)só estou com calor e quero apenas me refresca!

Disse ele sorrindo, mas ela sabia que não era só isso, pois viu o quanto ele estava excitado.

Quando ele ia tirar a cueca ela virou-se de costa e disse:

-Aaron por favor, você é um...

Ele então olhando para o belo corpo de sua mulher e aquele bumbum empinado que ela tinha, disse em uma voz rouca.

-Um homem apaixonado e louco de desejos por sua mulher?!

Querida, assim você também não me ajuda, não vou conseguir manter a minha palavra de não lhe tocar!

Não sabe a visão maravilhosa que está me proporcionando daqui, ma petit flamme (minha pequena chama)

E ao encostar seu corpo ao dela, ela pode sentir toda a sua excitação.

Com seus corpos unidos ele então passou a beijar o seu pescoço e pressionar-lá contra a parede do box, pegando com as suas grandes mãos os pequenos seios arredondados dela, começou em ritimo lento movimentos sensuais que foram aumentando gradativamente.

Falando no seu ouvido.

-Je suis l'homme le plus heureux du monde (sou o homem mais feliz do mundo) porque agora descobri que amo um ninfa e que sou correspondido por ela.

Aaron virando-a de frente a beijou com paixão, ela então levantando as pernas, fez ele encaixar-se com perfeição em seu pequeno corpo, fazendo-o sentir, o aperto de sua intimidade.

Ali em baixo do chuveiro misturaram os seus gemidos roucos com o barulho das águas, e fizeram amor mais uma vez, quando ambos saíram do banheiro estavam totalmente sorridentes.

Ele ainda com a boca colada a boca de Manon, foi levando ela em direção a cama dizendo:

-Hum... e que tal se continuarmos na cama, o que começamos embaixo do chuveiro hein?!

-Tá louco Aaron olha a hora! Já passam das 9:00 tenho fome! Disse ela rindo alto e amando o apetite insaciável de seu marido.

E desvencilhando-se dele disse:

-Precisamos fazer o nosso petit-déjeuner (café da manhã)!

Ele então deitado ainda de bruços na cama, onde ela o deixou, virou-se de frente falando algumas palavras que eram impróprias demais, para os ouvidos sensíveis de Manon e foi repreendido por ela, que saiu rindo em direção ao seu closet.

Ao descerem para o seu déjeuner, Lina quando viu Manon disse sorrindo:

-Bom dia senhora está com a pele ainda mais bonita do que nunca!

Manon corando agradeceu o seu cumprimento, enquanto Aaron ria de seu jeitinho fofo e encabulada de ser.

Ele disse-lhe então :

Lina por favor, sirva nosso café no terraço!

-Como queira senhor! falou Lina saindo em direção à cozinha.

Pegando na mão de Manon a conduzio para o terraço.

Se sentando em suas cadeiras ela falou:

Me sinto em um impasse, quero demais poder rever minha mãe e minha avó e poder fazer a elas tantas perguntas, no entanto depois do que vi nos olhos de Liz e do que ouvi de sua boca, tenho tanto medo de pôr elas em perigo.

Acreditei inicialmente que aquilo de que tanto elas tinham medo, era de ser descoberta por suas irmãs e ter que me deixar para trás, mas agora sei que não era só isso, elas também tinham medo desses tais bruxos que Liz nos falou.

— Com toda a certeza querida, depois do que você me descreveu ter visto nos olhos daquela mulher, tenho certeza que a sua avó e a sua mãe também fugiam dessa ameaça.

CAPÍTULO 30 (Preciso de uma amiga)

-Mas ma petit, por favor tente não pensar o pior, sim?

Pelo que falou essa mulher, até agora os únicos a saber de você, é essa tal corporação, isso se ela não mentiu pra nóis.

-Acredito nela Aaron, o que vi em seus olhos foi bondade e vontade de ajudar, essa mulher não é uma pessoa má e nem mentirosa.

-Bem se você confia nela tem que lembrar o que ela disse, que os tais "bruxos do mal" não sabem da sua existência e que eles estão a protegendo, então sendo assim, acho que sua mãe e sua avó não vão correr perigo se você for até elas.

-Acredita que não mesmo Aaron? Tem que lembrar que não estamos falando de uma simples viagem para um outro país, estamos falando de uma outra dimensão, bom pelo menos foi isso que ela disse na carta.

-Você tem razão querida é surreal demais para acreditar, mas vendo tudo o que vi, agora acredito.

-Acredita mesmo?!

-Sim agora acredito!

Posso ser cético, mas não cego vi evidências de que estamos lidando com coisas sobrenaturais e fora da compreensão humana.

Embora não imagine como isso possa acontecer de fato, só vi isso em filmes.

-Eu também!

Mas por favor querida tente não pensar nisso agora, pense nisso mais tarde, oui? vamos aproveitar esse momento tão bom entre nós dois aqui tá bom?

Ela então lhe sorriu e disse:

-Sim chéri amo estar assim com você é tão bom!

-Então por favor aproveite o seu café e seu maravilhoso marido, disse ele piscando um dos olhos para ela que lhe sorriu e falou:

-Mas como é desafetado o meu marido, sim vamos aproveitar mesmo, visto que hoje devido a tudo que aconteceu eu não fui para universidade e nem você para o trabalho.

-Na verdade querida já coloquei alguns dos meus funcionários para resolver a maioria das pendências no meu lugar, só falta organizar, mais algumas coisinhas para poder ficar mais tempo com você.

Manon ficou feliz, por saber que seu marido estava tentando dedicar mais tempo pra ela.

Ao terminar seu café da manhã, ela olhou para o lindo jardim a sua frente e disse:

-Lembro-me que na manhã após nosso casamento vim tomar meu café aqui, no terraço e fiquei encantada com esse lindo jardim, pensei que seria maravilhoso poder passear por ele com a pessoa que se ama.

-Verdade?! e que tal passearmos por ele agora, você me daria essa honra senhora Leroy ?

Manon sorrindo pegou no braço do seu esposo e disse:

— Com todo prazer senhor Leroy!

Ambos andando e observando a beleza daquele lindo jardim pararam naquela ponte onde Manon passava todos os dias.

No lago artificial que Aaron criou, havia uma infinidade de peixinhos coloridos, que sempre pulavam e faziam festa quando ela passava, não sabia na época porque, porém agora entendia.

Ela então comentou sorridente:

-Amo tudo isso! mostrando todo o jardim com as mãos.

Ele sorrindo lhe disse:

-Que bom! vou te confessar uma coisa chérie, quando te conheci e mandei investigar sua vida, soube imediatamente que você me pertencia, no entanto eu jamais esperei ter que fazer o nosso casamento daquela forma como foi feito.

Aceitei a imposição de Lian, porque sabia que não havia outra forma de livrar você das mãos dele, se não me humilhando e implorando que a deixasse em paz.

Quando criei essa casa e o jardim fiz pensando em você, em ter você aqui, como a dona de tudo e principalmente do meu coração.

Falou ele pegando em suas mãos e fazendo ela tocar em seu peito.

-Fez tudo isso por mim, sem nem ao certo saber se um dia eu o amaria ou não?

-Sim, pois pretendia te conquistar aos poucos, te cortejando com tudo que um homem pode fazer para conquistar uma mulher.

-Tipo o quê?

-Não sei ao certo, tipo flores cartões, bombons de chocolate talvez?

Ela rindo disse:

-Com toda certeza eu iria amar tudo isso, pois sou muito romântica, mas você conseguiu me conquistar com o melhor que um homem pode dar a uma mulher, meu querido Aaron.

-E com o que a conquistei?

-Com seu amor, sua proteção e sua dedicação.

Quando ele ia falar mais alguma coisa, seu celular começou a tocar no seu bolso.

-Droga como eu fui distraído, devia ter deixado essa coisa lá no quarto!

Ele pegando o celular pensou em jogar ele no lago, mas Manon fez que não, com a cabeça, o repreendendo.

Então o atendeu, quando terminou, falou a ela:

-Sabia que devia ter jogado essa porcaria no lago, pequena você me perdoa pois infelizmente surgiu um problema no meu escritório que só eu posso resolver e...

-Tudo bem querido, te esperarei para o jantar, sei que tem seus compromissos e tem que resolvê-los.

Eles voltaram para casa e Aaron foi para sua empresa, Manon ficou sentindo a solidão que seu marido deixou.

Subindo até o quarto pegou o cordão e a carta de sua mãe e os abraçou com carinho chorando e dizendo:

-Desejo muito te ver mamãe, mas agora tenho medo de algo ruim acontecer a você! Ainda abraçada a carta de sua mãe, o celular dela começou a tocar, era Camille

-Alô Manon!

-Alô amiga! falou Manon com a voz chorosa.

-O que houve por que você faltou a aula? E que voz chorosa é essa? Pensei que você estaria radiante e que só tinha faltado aula para poder curtir seu casamento em paz!

Não me diga que Aaron te fez algo, porque se ele te fez eu acabo com a raça dele!

Manon sabia que sua amiga era uma matraca, quando começava a falar quase não respirava.

-Calma amiga ele não fez nada de errado e estou sim muito feliz ao seu lado, estou chorando por outro motivo.

-E, que motivo é esse!

-Saudades da minha mãe, será que depois das aulas você poderia vir aqui, preciso de uma amiga.

Sim querida assim que acabar aqui passarei aí com você ok!

-Ok vou te esperar.

Algumas horas depois, ela desceu do seu quarto e encontrou Lina no rall, falando com uma moça que ao avistar Manon a encarou de forma aparentemente petulante, Lina então apresentou a moça para Manon dizendo, que se tratava da nova empregada que entrou no lugar de Anne que teve que voltar para o seu país.

-Mary essa é a senhora Manon Leroy, senhora essa é Mary que vai ficar no lugar de Anne e começará hoje.

-Tudo bem Lina, muito prazer Mary!

A moça abaixando os olhos apenas disse:

-Muito prazer senhora.

Manon julgou que a moça era tímida e o que ela inicialmente acreditou ser petulância, na verdade era somente acanhamento.

Dirigindo-se a Lina falou:

-Lina, minha amiga Camille vai chegar daqui a pouco, por favor a conduza até a estufa, oui?

-Sim senhora a conduzirei, vamos Mary ainda tem algumas coisas para te mostrar!

Saindo Lina e a moça dali Manon sentiu uma estranha sensação de que aquele rall estava um pouco carregado, ao olhar para sua mão ela viu de novo aquela estranha luz roxa, então enfiando as mãos no bolso, saiu dali apressadamente.

Estava andando pela estufa olhando tudo encantada, pois a cada vez que tocava nas flores em botões, elas se abriam e borboletas, libélulas e abelhas as polinizavam instantaneamente, ela já havia se acostumado com aquilo antes mesmo de ler a carta de sua mãe.

Quando Aaron a convenceu de que ela era luz e não uma aberração passou a entrar na estufa todos os dias, para ver esses fenômenos acontecerem, inicialmente quando ela entrou outra vez lá, teve medo de destruir novamente a estufa, porém agora já não tinha mais na verdade estar ali era como estar em um lugar sagrado fazia-a recarregar as energias espirituais e agora entendia o porquê.

Distraída com seus pensamentos ouviu passos atrás de si, virou-se e viu sua amiga que a abraçou.

-Aqui estou eu, amiga nunca vou faltar a um pedido seu!

Disse ela dramaticamente para fazer Manon rir e conseguiu como sempre.

— Você sempre me faz rir quando estou triste!

-Esse é meu dom!

Ainda rindo, ela a levou até as cadeiras de balanço estofadas que haviam ali, sentando-se de frente para sua amiga falou:

-Camile o que eu vou te revelar talvez a choque, assim como me chocou também.

-Nossa amiga então fale logo de uma vez, não faça suspense!

CAPÍTULO 31 (Você não imagina a paz)

Manon deu um pequeno sorriso, mas dessa vez seu sorriso não atingiu os olhos.

-Camille eu descobri que a minha mãe e a minha avó estão vivas.

-O quê?! Como assim amiga, e por que elas fingiram a sua morte? Por que fizeram isso com você e seu pai?

-Vou te explicar, mas fique sabendo que talvez você possa achar que tudo que vou te revelar é incrível demais para ser realidade, no entanto é a realidade!

-Como assim, não estou entendendo?!

Manon então pegou a carta e o cordão e mostrou para ela, dizendo como essa carta chegou até suas mãos.

Ela leu com atenção e falou:

-Querida, essa carta deve ser uma grande piada, como assim reino, ninfa, deusa?

-Não, não é Camille!

-Amiga, acredito que alguém quis te passar um trote de tremendo mau gosto.

Disse ela pegando nas mãos de Manon preocupada.

-Não amiga, essa carta é real conheço com a palma da minha mão, a caligrafia da minha mãe!

-Mas caligrafias Manon, qualquer um pode imitar, é exatamente por isso que existem falsas assinaturas, porque existe esse tipo de gente, que imita caligrafia alheia como maestria.

Manon olhou para ela e segurando o cordão disse:

-Mas, nesse caso sei que foi ela quem escreveu essa carta realmente.

-E o que te faz ter tanta certeza assim?

- Amiga o que vou te mostrar talvez a assuste e você passe a me encarar como uma aberração, mas mesmo assim eu preciso te mostrar, afinal você é minha melhor amiga preciso de um conselho seu!

Camille não estava entendendo nada do que ela estava dizendo, viu então ela levantando-se, e olhando para ela disse:

-Por favor venha comigo!

Ela a seguiu por uma trilha da estufa, onde haviam flores ainda em botões e algumas outras secas, de alguns dias atrás.

Ela então abri os braços e um ar refrescante passou por dentro da estufa e as pequenas flores em botões se abriram, as que estavam secas ressurgiram e várias abelhas passaram a zumbi sobre elas.

Camile também percebeu que em volta de Manon havia uma luz e sentiu uma paz incrível.

Dentro da estufa havia uma pequena fonte, Manon passou os dedos delicadamente em suas bordas, as águas que jorravam somente dentro da fonte passaram a jorrar também sobre as plantas com se fosse um enorme regador molhando-as todas com delicadeza, quando ela virou para Camile seus olhos estavam coloridos e brilhantes.

Ela então sorrindo falou:

-Meu Deus Manon você está linda, como é possível ?como você faz isso?

Ela então respondeu:

-Faço porque sou uma híbrida, meio humana e meio ninfa, sou filha da Ninfa Penélope, que foi abençoada pela Deusa Perséfone e herdei também parte de seus poderes.

Manon se aproximou de Camille e perguntou:

-Você não está com medo de mim?

Ela pegando em suas mãos disse:

-Com medo? pelo contrário, você não imagina a paz que está me proporcionando é incrível, mas sinto como se estivesse acabado de sair de um lugar sagrado.

Manon abraçou novamente sua amiga agradecendo:

-E você não sabe como ouvir isso me faz bem, achava que qualquer pessoa que visse isso acontecer comigo, iria me considerar um monstro ou uma aberração.

-Como querida amiga é impossível sentir medo, ou qualquer outro sentimento ruim estando perto de você.

Acredito que Aaron já sabe que você é... o que seria mesmo?

-Ninfa ou fada como você achar melhor, disse ela enxugando suas lágrimas.

E sim, Aaron já sabe na verdade ele é o único além de você que sabe, mesmo assim me ama e me apoia.

- Isso significa então, que nosso querido Adam não sabe de nada?

-Não, na verdade como você leu na carta da minha mãe ele nunca soube que tinha se apaixonado por uma ninfa.

Quero tanto poder revê-las novamente, mas há um outro problema também que eu descobri desde ontem depois da festa na casa da Lola, que me refreia de tocar no cordão e dizer as palavras mágicas.

-E o que seria?

Manu contou tudo que aconteceu a ela ao conhecer Liz e resumiu tudo o que viu nos olhos dela

-Bruxos corrompidos?

-Sim são seres malignos que não perdoam pessoas que fazem o bem, vi tudo de ruim que eles fizeram as ninfas antes delas conseguirem fugir para outro mundo.

Amiga isso tudo que você tá me contando é mágico, parece coisa de filme.

-Mas não é, tudo é real.

Disse ela olhando para Camile, com os olhos daquela cor.

Manon ia dizer mais alguma coisa, porém nesse momento sentiu algo estranho e olhando na direção de um pequeno arbusto notou que havia alguém ali.

Camile seguindo a direção de seus olhos também viu e correndo até a pessoa a pegou pelo pulso dizendo

-Veja só Manon, temos uma bisbilhoteira aqui, quem é você?

-Mary é o nome dela!

Disse Manon a olhando nos olhos e perguntando:

-O que faz aqui? estava nos observando?

Ela então levantou o braço e arremessou Camille, com uma força fora do comum, dizendo:

-Me solte maldita humana idiota!

Camille então caiu longe e desmaiada, Manon correu para ajudar a sua amiga, mas foi impedida de chegar até ela, pois Mary a segurou pelos cabelos dizendo:

-Aquele humano imbecil, que se diz seu sogro, realmente tinha razão sobre a facilidade de chegar até você.

E também parece que a agência não está com nada, porque onde está a sua protetora tão poderosa Elizabeth Griffins? Disse ela debochadamente.

-Me largue!!! gritou Manon.

Ainda segurando-a pelos cabelos abriu a porta dos fundos da estufa para sair, mas levou um soco mágico que a fez voar para longe caindo no chão.

Lily no entanto segurou Manon e falou para ela:

-Jovem Manon fuja daqui!

-Mas minha amiga está lá, quem é você e por que me ajudou?

-Elizabeth Griffins e estou aqui para te proteger a mando de Liz Simon, agora fuja daqui!

Josh o meu amigo irá proteger sua amiga.

Mas quando Manon tentou correr Mary prendeu as pernas dela com uma corrente mágica, falando:

-Não se meta senhorita Griffins a menina já pertence a Mordock

-Mary Osborn princesinha do mal você é como toda sua família, ratos de esgoto e como tal é para lá que você vai voltar!

E criando uma argola mágica cortou a corrente das pernas de Manon que correu, mas antes que conseguisse sair da estufa, Mary lhe deu um choque certeiro que a fez desmaiar completamente.

Ela criou um campo de força em volta dela e de Manon, Josh também criou um campo de força em volta dele e de Camille.

Mary nesse momento passou a flutuar proferindo palavras incompreensíveis.

Lily então se pois na frente de Manon e disse:

-Realmente você quer lutar contra mim?!

— Será uma honra, derrotar uma das melhores bruxas anciãs!

-Apenas tente!

Josh se pôs ao lado de Lily dizendo:

-Precisando de ajuda amiga?

 -Apenas proteja as duas jovens! Ao falar isso ela começou a flutuar também e ambas começaram uma luta entre magia, ele reforçou seu campo mágico para elas não atingirem Manon e Camille e em meio a tantos golpes de Lily um deles atingiu a costela de Mery que a jogou contra o teto de vidro da estufa a quebrando completamente.

Como consequência Mary teve a mão esquerda decepada.

Lily então comentou:

— Pelo o que eu me lembro Mary é canhota, então vai ficar sem lançar magia por um bom tempo!

A bruxa vendo-se derrotada fugiu dali, e gritando falou:

-Maldita isso não vai ficar assim, eu acabarei com você.

Nesse momento Aaron chegou desesperado e correndo para estufa viu a destruição que estava o local, seus empregados o haviam ligado para avisar o que está acontecendo, mas eles não souberam dizer na verdade o que viam.

Ele então lembrou-se do que Liz falou, correu para estufa e ao chegar lá viu um homem musculoso de quase dois metros que aparentava ser grego, com olhos brilhantes e amarelados carregando Camile nos braços.

E no chão havia uma menininha de aparência delicada que usava um capacete estranho combinando com um vestidinho rosa, mas seu vestido estava sujo de sangue, proferindo palavras incompreensíveis e soltando pequenas cargas de choque em Manon.

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