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TENTAÇÃO EM DOSE DUPLA

Capítulo 01

Oi Pessoas, bem vindos ao livro TENTAÇÃO EM DOSE DUPLA, esse é meu primeiro trabalho, então espero que gostem.

Eu percebi que às vezes o aplicativo não avisa que o livro foi atualizado, então eu criei um canal do Telegram e vou estar avisando assim que postar nos capítulos novos, também podemos conversar diretamente.É só digitar TENTAÇÃO EM DOSE DUPLA bjs espero vcs lá. 

Para quem curte, tem uma playlist do livro no Spotify nome Tentação em Dose Dupla, eu amo ler com trilha sonora então preparei para vocês, são as músicas que eu ouço para escrever o livro, aproveitem, beijos.

AMANDA

Capítulo 01

Quando eu tinha 14 anos eu conheci, quem eu imaginava ser na época, o homem mais lindo do mundo, sentado na sala da minha casa conversando com o meu pai, os dois eram sérios, o homem conversou com meu pai sobre um processo que um ex.Empregado da lojinha do meu pai tinha aberto contra ele.

Meu pai andava nervoso por conta disso, agora ele parecia mais tranquilo, então percebi que a conversa estava acabando e o homem ia embora, estava reunindo tudo e se despedia do meu pai, que me viu na porta me espiando, me chamou.

— Amanda, filha, pede para sua mãe pegar um café para Dr. Carlos Evans.

Enquanto ele falava eu não tirava os olhos do advogado, acenei para o meu pai e fui correndo para a cozinha, voltei com uma bandeja com café para os dois, coloquei na mesa e olhei para o Dr.

— Obrigado criança.- Foi tudo o que ele disse, mas posso afirmar que alguma coisa na voz dele e naquele sorriso fez meu interior tremer e aquecer.

Nos próximos dias fiquei lembrando de como ele falou comigo, Roberto meu melhor amigo, disse que eu estava louca, primeiro por achar que um cara de 25 anos formado ia dar em cima de mim, claro revirei os olhos para ele, segundo e mais importante o que eu ia fazer com um velho desses, que eu era uma criança para ele.

— Aí Beto, não enche o saco, vai paquerar os caras do time de futebol, vai.- Disse já abraçada a mim mesma.Qual o problema de eu sonhar ficando com o cara?Já estava desiludido, mas não ia colocar o orgulho de parte para o meu amigo, sorri para ele.

— Me deixa, eu sou adolescente e tenho todo direito de sonhar com quem eu quiser.- Falo e continuo andando passando à frente dele, decidida a não dar ouvidos ao amigo implicante.

— Nossa Preta, você está cada vez mais chata… criança.- Fala debochando de mim.

Olhei para trás e fechei a cara para ele, quando um carro para o nosso lado, era ele, de camisa social sem gravata, os primeiros botões da camisa aberta, o cabelo loiro meio bagunçado, usando óculos de sol e um sorriso largo, era a definição de perfeição, meu coração dispara, acredito que todos ouvem as batidas no meu peito, minha boca seca.

Ele ofereceu carona para nós, me senti na frente com ele, o Beto atrás com cara de poucos amigos, Carlos me perguntou da escola, dos meus amigos, dos meus pais e se eu tinha alguma paquera, fiquei envergonhada, mas não tinha mesmo em tão respondi que não, ele até tentou puxar conversa com o Beto que só respondeu tudo com sim ou não, super grosso esse menino.

Quando chegamos em casa segurou meu braço e disse se poderia me pegar na escola e trazer para casa alguns dias, eu concordei, esfreguei o meu antebraço em um carinho, fiquei arrepiado, e senti meu rosto esquentar de leve, ele sorriu e me mandou abaixo.

Eu fiquei ainda mais apaixonada por ele, sonhei com o dia em que ele me beijaria.Mas como se o Beto não me largasse?Nunca mais ele desgrudou de mim e quando o Carlos aparecia, ele estava junto, chegou até me ameaçar, se eu não falasse com os meus pais ele falaria.

Mesmo muito contrariado, falei como o Carlos que talvez fosse melhor conversarmos com os meus pais a respeito das caronas, eu estava com medo de que se eles ficassem sabendo por outra pessoa, isso poderia criar um problema para ele.

E foi o que ele fez, para espanto do Beto, que me disse para me preparar porque ele ia sumir da minha vida.Só que não!!!

Ele ficou, e conversou com meu pai, no primeiro momento meu pai ficou muito puto, na realidade acho que nunca tinha visto meu pai tão bravo, tão nervoso.Carlos manteve a calma o tempo todo, e falou que ele não iria me tocar até eu ter idade, e que nunca tinha ficado a sós comigo, e que ainda não ficaria, que o Beto poderia continuar nos acompanhando.

Meu pai andava de um lado para o outro na sala, como um bicho selvagem enjaulado.

— Pai, por favor, eu quero continuar vendendo o Carlos, eu gosto dele.- Falei para o meu pai, com olhos lacrimejando e o peito queimando com medo de não poder vê-lo mais, ele pegou minha mão e fez um carinho, me deu um sorriso para me rir.

— Calma criança, eu também gosto muito de você.- Quando ele falou isso meu coração pareceu que ia explodir no peito, meu sorriso ficou enorme, apenas deixando algumas lágrimas caírem, ele secou rapidamente e beijou minha mão, eu pensei que ia desmaiar de emoção.

Capítulo 02

— Senhor Roberto sei que o Sr. tem muita razão em ficar preocupado, mas minhas intenções são as melhores, acredite, se não fossem eu não estaria aqui, vamos entrar em um acordo.

  Meu pai ainda andava de um lado para o outro sem saber o que fazer, olhava para mim e o Carlos, acabou sentando no sofá de frente para nós.

— Olha aqui, eu vou permitir que vocês se vejam, mas vocês vão ter que cumprir minhas condições, chega de carona, ela vem para casa a pé com o Beto sem exceção, se quiser ver ela vai ter que ser aqui dentro da minha casa, onde eu saiba o que está acontecendo, ela não vai sair sozinha com você. Quando fizer 17 anos nós vemos novamente essas regras.

— Tudo bem, eu aceito suas regras, eu ainda vou me casar com a sua filha, Senhor Rodrigo. - Carlos disse apertando minhas mãos dentro das suas e beijando elas com carinho.

Quando eu completei 17, começamos a namorar, tinham muitos beijos e amassos quentes no carro, eu era totalmente apaixonada por ele, estava ansiosa para perder a virgindade. Planejamos o casamento para o dia do meu aniversário de 18 anos, foi simples, mas lindo e pudemos viver nosso amor, me entreguei inteiramente para ele, foi sim uma experiência bonita.

Vivemos muito bem nessa época, ele queria logo um filho e com 19 anos eu tive o Matheus, Carlos estava com 34 naquela época, foi exatamente nessa época que ele começou a dar aulas na faculdade para aumentar a renda, saia cedo de casa e só voltava depois das aulas a noite chegavam as 23:00.

Eu sobrecarregada com o nenê novo, a casa sem ninguém para me ajudar por que ele não queria contratar ninguém, porque não confiava em um estranho na casa e também não gostava da ideia da minha mãe me ajudando, eu não conseguia esperar ele acordada sempre.

O sexo diminuiu a frequência e a irritação dele só aumentava, tínhamos várias discussões, eu tinha sempre que deixá-lo ganhar, ele começou a ficar bruto demais no sexo e sempre que rolava ele me deixava marcada de tapas e apertões, meu corpo ficava com marcas roxas.

Eu ficava dolorida por dias e comecei a evitar as relações sexuais, ele suspeitava de tudo e começou a me dar surras, me batia onde as pessoas não podiam ver, me ameaçava dizendo que ninguém acreditaria em mim, que eu não tinha como sustentar a mim e ao meu filho e que ele ia conseguir ficar com o menino, pois era um cidadão de respeito que trabalhava para sustentar a esposa relapsa e seu filho.

Em uma visita Beto em casa, estávamos somente ele, Matheus e eu sentados no chão da sala montando um brinquedo tipo lego gigante que ele trouxe para o menino que já estava com mais de 2 anos, eu gemia um pouco, ele perguntou o que foi, eu menti dizendo que era dor muscular devido ao meu ciclo, ele não falou nada, mas quando eu me debrucei sobre o brinquedo para pegar uma peça que estava longe ele ergueu minha camiseta e viu as marcas.

Na hora ele fez um escândalo, ligou para o meu pai vir me buscar, e quando ele chegou o Beto já tinha juntado quase todas as minhas coisas comigo atrás dele desesperada com medo de ir embora.

Meu pai viu as marcas e ajudou o Beto a juntar tudo, levou o Matheus para casa dele enquanto o Beto me levou para delegacia da mulher, para fazer a denúncia, somente após deixar o Matheus com a minha mãe meu pai voltaria para me acompanhar na delegacia.

Enquanto eu dava o depoimento, Carlos chegou com cara de que ia me partir ao meio, o Beto de pé atrás de mim querendo voar para cima dele, mas ele colocou as mãos nos meus ombros para me dar apoio, na sala estavam o delegado, a investigadora, dois guardas, o Beto e o meu pai e eu.

— O que você está fazendo aqui, Amanda.

Carlos entra gritando, mas depois que viu a quantidade de pessoas em volta na sala termina a frase em um tom de voz mais comedido

Eu não respondi, não conseguia falar, minhas mãos tremiam, na realidade eu toda tremia, abria a boca, mas a voz não saia, o rosto banhado de lágrimas. A investigadora, vendo o meu estado, conduziu o Carlos para fora da sala, para eu poder dar meu depoimento, depois ele entrou e rebateu cada coisa que eu disse com um argumento, ele é um ótimo advogado, rebateu ponto por ponto, me pediu desculpas com a cara mais deslavada do mundo, ele chegou a chorar, foi impressionante, os guardas meu pai todos menos a investigadora, o Beto e eu caíram no papo dele.

— Bom promotor Dr. Carlos Evans ouvimos as suas alegações e a versão que sua esposa contou, agora o próximo passo é levar sua esposa para fazer corpo de delito, o senhor não precisa se preocupar que eu mesma levo ela.

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Autora

Oi pessoas, quem aí ta com vontade de acertar a cara do Carlos, pois é, comentem o que acharam beijos

Não esqueçam de deixar um joinha beijos

Capítulo 03

A investigadora disse já se levantando e fazendo sinal para eu sair da sala. Beto segurou em meu braço, antes de eu sair Carlos entrou na minha frente.

— Deixa que eu mesmo a levo, quem sabe antes de chegar eu a convenço que ela não deve fazer isso por apenas um deslize meu, posso te convencer a me perdoar Amanda, minha linda, minha criança?

Eu me encolho no Beto que fecha a cara para o Carlos e investigadora pede para ele dar passagem, o que é cumprido a contragosto, pois o seu olhar era de pura ameaça, assim que passei eu fui em direção ao meu pai e o abracei.

— Pai vai direto para casa, pega a mãe, o Matheus e vá para casa de algum parente, só liga depois para o Beto para dizer onde vocês estão. - falei o mais baixo que pude, ele me olhou, acenou e saiu, sem falar nada.

A investigadora levou eu e o Beto para o IML para fazer os exames, foi difícil, muito difícil, mas quando Carlos percebeu que quanto mais ele esperneasse, mais gente ia ficar sabendo do que aconteceu, ele acabou dando o divórcio para mim.

Só que ele está sempre dando entrada em alguma revisão de pensão, ou pedindo a guarda integral do Matheus, já faz 3 anos que esse processo está andamento na vara de família, ele sempre consegue alguma coisa para empurrar o caso mais um tempo.

Meu filho hoje tem 5 anos, moramos na mesma cidade em um apartamento no centro, no divórcio descobri que o Carlos tinha muito dinheiro guardado, eu não quis mais do que o suficiente para comparar um apartamento para eu morar com meu filho e a pensão que recebemos é 1/3 de salário-mínimo, mesmo com o salário de promotor e de professor na faculdade ele conseguiu empurrar uma pensão provisória enquanto nós não fixamos a guarda ainda em litígio.

O Beto ficou sabendo na época de uma vaga de auxiliar de escritório na empresa Domus de construção onde ele trabalha como de chefe da recepção, e conseguiu a vaga para mim, ele é amigo do filho do dono, a família toda o conhece e sempre foi bem quisto, pelo Sr. Rubens Domus.

Ele contou toda a minha história triste e no final de uma semana eu estava trabalhando com a secretaria do Sr. Rubens, a Sra. Irene, que estava a um ano de se aposentar na época.

Ela não via a hora, estava sempre me contando as peripécias dos netos, e me aconselhando sobre o que fazer, tanto na vida, quanto no trabalho e sinceramente fiz muita coisa que ela me falou e sempre funcionou, fiz curso técnico em secretariado, curso de inglês e de informática, no de inglês eu vou até hoje, gosto bastante.

E quando a Sra. Irene aposentou-se eu assumi o lugar dela como secretária do Sr. Rubens, que me apresentou para família a Sra. Mercedes, sua esposa, Bruno e Penélope, os filhos deles. Sr. Rubens sempre me tratou como uma filha, muito atencioso comigo e com Matheus, tanto que ele colocou o escritório de advogados da empresa para me ajudar com o Carlos, o que me salvou pelo menos não pago honorários absurdos que eu pagava no começo do divórcio. Com o salário de secretária pude planejar melhor a educação do Matheus.

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