NAIANE LIRA.
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Agora dentro deste ônibus vejo-me realizada voltando para casa com o dever comprido e a certeza de que vou dar orgulho aos meus pais por tanto esforço e investimento que eles dedicaram a mim.
o meu coração se enche de alegria só em pensar em abraça-los de novo depois de seis longos anos afastado, pois para economizar nós decidimos que eu só voltaria no término da faculdade, então dá para imaginar como está o meu coração?
Vendo este caminho de volta eu sinto o cheiro da minha infância em cada detalhe.
Tenho tantas memórias aqui que me faz querer voltar a ser criança de novo.
Assim que terminei o ensino médio partir para capital eu era praticamente uma adolescente ainda, e agora me vejo a voltar, estou com frio na barriga não consigo dormir de tanta ansiedade e vontade de chegar depressa.
O tempo passa e vai se aproximado logo desço do ônibus e começo a andar e então vejo como mudou, não parece o mesmo lugar de antes não sei explicar parece triste, apagado.
De longe a visto nome, haras paraíso começo a apressar-me não falei para os meus pais que viria hoje quero fazer uma bela surpresa.
Ao aproximar-me eu que fui surpreendida tudo em silêncio pensei comigo onde estão todos? Este lugar sempre teve centenas de trabalhadores e muitas crianças brincando.
Vou a adentrar as porteiras da fazenda assustada com aquele silêncio, passo pela sede não tinha ninguém, vou a caminhar passo pelas outras casas e não tem movimento de pessoas ali, até a casa que os meus pais moram e eles não estão.
Deixo as minhas malas e resolvi ir na enorme baía de cavalos que existe ali um dos motivos deste haras ser tão conhecido é a variedade de cavalos de raça criados aqui.
Não só aqui como em toda essa região existem vários haras especializados na criação de cavalos de raça valiosos.
Olho de longe um lindo cavalo branco com crinas enormes e bem cuidada estava separado dos outros cavalos resolvi aproximar-me comecei a alisá-lo.
Quando olho para fora avisto homem alto com um físico bonito vindo depressa na minha direção e disse:
— solta este cavalo! Insolente.
A ssustei-me e logo reconheci ser o Dono do haras Marcelo Beltrão, ele estava diferente, mas ainda sim muito bonito, pelo, o jeito que ele me tratava creio que ele não me reconheceu.
Começou a puxar-me para fora com gritos e palavras absurdas em nenhum momento olhava no meu rosto só gritava:
— saia da minha propriedade pirralha, mau-caráter, ninguém tem autorização para toca-lo maluca, sai agora daqui garota ordinária, intrometida, abusada.
— senhor Marcelo, por favor escuta-me, para esta me machucando deixe-me explicar.
E ele continua a arrastar-m pelo braço e ofender-me com palavras.
As pessoas que trabalham ali estavam em algum lugar e os vejo de longe regressando encluso os meus pais eles avista-me e vem na minha direção e naquela confusão o homem recusava a soltar-me quando eu grito:
— larga o meu braço seu bruto!
Só assim consigo escapar e corro para los abraçar.
— pai, mãe.
Marcelo
Eu estava desolado naquele dia cabeça doía as memórias vinha na minha mente, estava atónito vivia um dos piores dias da minha vida.
Havia feito neste maldito dia quatro anos que eu perdia a minha digníssima esposa num trágico acidente de carro fatídico,.
Onde ela naquele dia levou consigo a minha vontade de viver, a minha esperança. Mesmo depois de quatro anos lembro deste dia em detalhes.
Estávamos animados na organização de uma grande festa no (Aras) paraíso, para comemorar o nascimento de um cavalo que fizemos a fertilização no nosso laboratório, uma junção de uma cavalo caríssimo e uma potra de raça também muito cara.
Vendo que o nosso investimento deu certo decidimos comemorar, marcamos de ir para a cidade para organizar os últimos detalhes daquela festa.
Ela desceu as escadas naquele dia, estava linda, deslumbrante com belos cabelos loiros e longos, ondulado com a altura mediana.
A cintura parecia desenhada a mão, com o vestido lindo que aperfeiçoava a sua beleza, e aquele sorriso lindo que sempre quando ela ria fazia-me sentir orgulho de ser seu esposo.
Quando entramos no carro e estávamos a sair dona Cláudia grita de longe:
— dona Luiza esqueceu a sua bolsa!
A dona Cláudia, e o senhor João, são os trabalhadores, mas antigos da minha fazenda tenho neles toda a confiança.
Abaixo de mim o senhor João é quem comanda, quando saio tudo fica na sua responsabilidade.
Nos despedimos e partimos em direção a cidade. Chegamos, e logo resolvemos tudo e partimos de volta, conversávamos e ríamos muito, quando der repente um maldito carro entra na contra mão.
Nos jogando para fora da pista e o nosso carro capota várias vezes, eu acordo no hospital e lembro do acidente, começo a gritar:
— Luizaaaa! Luizaaa!
Meus parentes mais próximo estavam todos lá fora. Correm para o quarto o meu tio Miguel Beltrão, que trabalha comig em sociedade pediu-me calma:
— calma sobrinho por favor!
E os olhos deles estava cheio de lágrimas todos me olhava com lamento e dor então eu entendi, vi Dona Cláudia vindo ao meu encontro abraçar-me dizendo:
— eu lamento filho ela nos deixou.
Eu grito e desespero-me com uma dor que até hoje eu não consigo descrever a proporção.
No dia seguinte todos no enterro eu ali observando a minha vida indo embora.
Num instante olho para o lado e observo o Dono do (aras) vizinho, o meu inimigo declarado um maldito mau-caráter que queria tudo que eu conquistava.
Incluso a minha esposa, não sei descrever a sua fisionomia, mas não parecia tristeza e sim zombaria, mas o ignorei completamente.
Todos vão embora e eu fico ali sozinho em cima do túmulo chorando. Eu amava tanto não era justo ela partir assim.
Naquele dia voltei para casa meia-noite entro no nosso quarto e choro até dormir.
Amanhece e eu não saio do quarto dona Cláudia, bate na porta eu não respondo em seguida o senhor João, falta Derruba a porta e eu abro e logo reclamo:
— deixe-me com o meu sofrimento por favor!
Daquele dia em diante não consigo sorrir, não tenho alegria em nada. Sou um homem morto em vida e sinceramente não tenho esperança que isso mude por que eu não quero mudar.
...Marcelo\= ...
Desde então comecei viver assim; sem esperar nada do futuro, sem esperar nada de nínguem.
Com isso fiquei amargo e frio e neste dia que fez quatro anos da morte da Luiza, acordei pior gritando falei com o senhor João aos gritos dizendo:
— eu não quero ninguém aqui neste aras hoje dispensa todos agora mesmo! Quero ficar sozinho!
O senhor João com a voz calma disse:
— calma senhor Marcelo já vou avisar.
Eu até tento ser gentil com eles, mas é algo que está fora meu controle a escuridão dentro de mim, é tanta que eu acabo sendo terrível com todos.
Todos saíram como eu ordenei fui no meu balcão de bebidas peguei uma garrafa de uísque voltei para o quarto abrir o closet da Luiza, peguei algumas roupas dela coloquei na cama e comecei a imaginar como seria se ela ainda estivesse aqui.
Os meus olhos se enche de lágrimas, começo a soluçar fico sufocado com aquele sofrimento bebo muito, ainda sinto o cheiro da sua roupa que não está do mesmo jeito não é o mesmo cheiro.
As vezes somem o rosto dela da memória pego as fotos e lembro de cada detalhe daquele sorriso e penso ela poderia esta aqui, mas como não a vejo pego o quadro com um ódio e jogo na parede e voltei a beber aquele uísque.
O meu tio e sócio liga-me atendo:
— o que o senhor quer? Já vai começar o sermão?
— moço todo ano nesta data vai ser assim? Supera esta perda ,já faz quatro anos e vive como se tivesse acontecido ontem! Eu entendo a sua dor mas é hora de superar Marcelo!
Desligo o telefone sem dizer palavra alguma, fiquei ali naquele estado até peguei no sono umas 18:00hs já escurecendo vejo um vulto de alguém passando.
Levanto ainda bêbado e vou ver quem é, pelas costas vejo que é uma jovem com malas nas mão, deixa as malas a frente de uma casa e sai em direção as baías.
Eu de longe a observo penso comigo: quem teria a ousadia de descumprir uma ordem minha? Olhado a moça vejo que não reconheço ela tem cabelos pretos, longos e onduladas.
Slta parece muito jovem , começo a ficar nervoso quando a vejo a entrar nas baías dos meus cavalos alisando as crínas deles até ai tudo bem.
Mas ao ve-la entra baía do cavalo branco da minha esposa o mesmo que era um filhote quando ela partiu, o mesmo que estávamos a organizar a festa para comemorar o sucesso da sua chegada eu sair de mim.
Dei ordens expressas que ninguém tocasse naquele animal, ninguém cuidaria dele somente eu teria acesso a ele e, mais ninguém.
Eu não permito que nada e nem ninguém interaja com ele, na minha cabeça ele era um símbolo da morte da minha esposa.
Se não fosse este investimento que fizemos nada disso teria acontecido nada! A pego pelo braço comecei a arrasta-la gritando e falando coisa que a tempos atrás não ousaria falar com ninguém.
Parece que ela me conhecia porque dizia a todo instante:
— eu posso explicar senhor Marcelo, por favor! me solte.
Eu estava tão irritado que não fiz nem questão de olhar no seu rosto, quando der repente as centenas de trabalhadores começou a chegar ela puxa o seu braço e diz:
— me solta! seu bruto!
Aí olhei em seu rosto e vir que tinha um rosto lindo e conhecido.
(Nota da autora )
Pessoal eu agradeço quem está lendo a minha história, peço desculpas pelo erros ortográfico e ressalto que não sou uma escritora profissional então tenha paciência comigo, comente e curta eu agradeço.
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