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Um Amor Por Contrato

Prólogo

Camille Cooper vê o seu mundo desabar quando a empresa de seu pai está prestes a declarar falência. Para evitar que isso aconteça, seu pai e seu melhor amigo decidem fazer um acordo – mais precisamente, um contrato de casamento. Camille acha que está muito nova para casar, mas aceita, pois assim o seu pai não perderia tudo o que conquistou.

Nícolas Grey é um homem lindo, rico e muito desejado por todas as mulheres. No entanto, ele é grosso, chato e possessivo. Ele tem tudo o que deseja e age como um verdadeiro mimado. Seus pais não estão satisfeitos com sua atitude, pois ele vive na balada, sempre acompanhado por diferentes mulheres. Todas com quem ele se envolve reclamam que ele as seduz e depois as abandona como lixo. Ele não se importa, mas seu pai tem um plano para ele: casá-lo na esperança de que isso o faça mudar.

No entanto, em meio a tudo isso, ele irá descobrir algo novo – o amor. Um amor belo, porém que enfrentará muitos obstáculos, muitos dos quais serão difíceis. Será que eles conseguirão lutar por esse amor?

Contrato de Casamento e Amor

"— Pai, não existe outra forma de resolver essa situação sem que eu precise me casar? — Pergunto, buscando alternativas.

— Sinto muito, minha filha. Infelizmente, não vejo outra solução senão declarar falência. — Meu pai responde com um semblante carregado de tristeza.

— Tudo bem, pai. Eu aceito me casar. — Falo, rendendo-me à realidade.

— Obrigado, filha. Lamento muito que você precise passar por isso, mas quero que saiba que te amo, independente de tudo. Estamos juntos nisso, OK? — Ele sorri com um alívio visível.

— Também te amo, pai. — Minhas palavras são seguidas por um abraço apertado, transmitindo meu apoio.

Meu pai é a pessoa mais importante da minha vida. Perdi minha mãe aos 16 anos, uma situação que muitas vezes afasta pais e filhos. No entanto, a minha relação com meu pai se fortaleceu. Ele sempre esteve ao meu lado quando mamãe estava viva, e agora estamos ainda mais unidos. Após a morte dela, houve um momento em que ele parecia se afastar, passando dias inteiros trabalhando e chegando tarde em casa. No entanto, com o tempo, as coisas mudaram. Minha mãe era de uma família rica, herdando a empresa dos pais. Após sua morte, meu pai assumiu o negócio, mas por alguma reviravolta triste, a empresa está à beira da falência.

Quanto a mim, meu nome é Camille de Almeida Cooper. Tenho 21 anos e estou estudando medicina. Tenho uma melhor amiga chamada Agatha, que sempre foi como uma irmã para mim. Atualmente, moro em São Paulo, Brasil. Sou filha única e estou disposta a me casar para ajudar meu pai. No entanto, a verdade é que eu não desejo me casar neste momento. Quero concluir minha graduação e seguir minha carreira. Estou me sentindo jovem demais para casar agora. Claro, quero casar eventualmente, mas no meu tempo e com a pessoa certa.

— Vou organizar um jantar para que você possa conhecer o seu futuro noivo e ter uma ideia de como será esse "casamento" — Diz ele, fazendo aspas com os dedos ao falar sobre o casamento.

— Tudo bem, eu concordo. — Respondo um tanto hesitante. A ideia de me casar com alguém que nunca vi antes me deixa nervosa. Isso definitivamente não parece normal. Como é possível casar com alguém que nunca sequer encontrei?

Meu pai deixa o meu quarto e eu fico deitada na cama, refletindo sobre tudo o que está acontecendo em minha vida. Meu olhar se perde no teto até que meu celular interrompe meus pensamentos. Pego o aparelho e vejo a foto de Agatha piscando na tela, indicando que ela está me ligando. Atendo a chamada.

— Oi, minha querida! — Ela fala cheia de entusiasmo.

— Oi, Agatha. — Respondo, sem muita animação.

— Uau, você parece um tanto sem ânimo. O que aconteceu? — Ela nota meu tom de voz abatido.

— Sim, aconteceu algo. — Respondo com a voz trêmula.

— O que foi, amiga? Parece algo sério. — Sua preocupação é palpável.

— Bem, é que... eu vou me casar. — Digo, e a palavra "casar" soa estranha em meus lábios.

— Espera aí, você falou mesmo? Você vai casar? Como assim? — Ela parece quase gritar de surpresa.

— Sim, é isso mesmo. Vou me casar. — Digo com um toque de resignação. — Vou explicar melhor, mas por telefone é complicado. Preciso de um tempo para assimilar tudo.

— Certo, mas você promete que vai me contar tudo nos mínimos detalhes depois, certo? — Ela soa mais tranquila, mas determinada.

— Prometo, Agatha. Vou te contar tudo o que quiser saber. Até logo. — Desligo o celular e volto a encarar o teto do meu quarto.

Como será que esse casamento vai acontecer? E como será o meu "noivo"? Espero que ele não seja chato ou muito mais velho do que eu. Confio que meu pai não permitiria que eu me casasse com alguém muito mais velho. Pelo menos tenho essa esperança. Passo horas deitada no meu quarto até que finalmente decido descer. No andar de baixo, encontro meu pai acompanhado por outros dois homens. Um deles aparenta ser muito mais jovem que meu pai, enquanto o outro é claramente mais velho. Ao completar a descida, percebo que eles notaram minha presença. Observando mais atentamente, o senhor parece ter por volta de 50 anos, e o outro, cerca de 27. O homem mais jovem está me encarando há algum tempo, o que me faz corar involuntariamente. Meu pai intervém, quebrando o silêncio constrangedor.

— Antony, quero que conheça minha filha, Camille. — Meu pai faz as devidas apresentações.

— É um prazer conhecê-la, Antony Grey. — Cumprimento-o, aceitando o aperto de mão oferecido. — E este é Nícolas, meu filho. — Antony se vira para o outro homem.

— Prazer, Camille. — Nícolas sorri de maneira amigável.

— O prazer é meu. — Respondo, notando uma certa malícia no olhar de Nícolas, embora só eu pareça ter percebido isso.

— Filha, este é o seu noivo, Nícolas Grey. — Meu pai anuncia, e minha surpresa é clara. Parece que vou me casar com um homem incrivelmente atraente. Pelo menos alguma coisa positiva está acontecendo.

— Vamos conversar no escritório então. Fiquem à vontade para se conhecerem melhor. — Antony sugere e parte, seguido por meu pai.

— Há algum problema, garota? Vai se vender por dinheiro? — Nícolas questiona com raiva, o que me deixa furiosa, pois ele parece acreditar que estou me casando por interesse financeiro. De certo modo, há um aspecto de verdade nisso, mas não da forma que ele está imaginando.

— Escuta, eu não estou me vendendo. Se vou me casar, é para impedir que a única lembrança que tenho de minha mãe vá à falência. — Respondo, elevando um pouco o tom de voz. Ele continua a me encarar, sua expressão me causando um arrepio desconfortável.

O jantar com eles transcorre sem problemas, exceto pelo fato de que Nícolas não tira os olhos de mim um segundo sequer. Meu pai me explicou um pouco sobre esse contrato, que terá duração de um ano, e que inclui várias regras, sendo a mais crucial delas a fidelidade. Se um de nós trair, o contrato será anulado e o traidor terá que pagar um milhão de reais.

Subo para o meu quarto e fico mexendo no celular até que o sono finalmente me domina."

Marriage Dilemma (Nícolas)

— Sério, pai, eu realmente tenho que me casar?" — Pergunto.

— Sim, você tem que se casar. — Faço uma cara de tédio. — Nícolas você precisa mudar esse seu jeito e se tornar mais responsável.

— E para isso, eu tenho que me casar com uma mulher estranha? — Pergunto.

— Ela não é estranha, quando você era pequeno, você brincava com ela. — Ele fala num tom de voz calmo.

— Mas não basta eu já estar na empresa? — Pergunto.

— Eu não vou mudar de ideia você vai se casar e pronto. — Ele fala um pouco alterado.

— Ok, eu me caso não tenho outra escolha. — Falo revirando os olhos.

— Ótimo, vou falar com o meu amigo então. — Ele sai do local todo animado.

Vou falar um pouco sobre mim. Meu nome é Nícolas Grey, tenho 29 anos, sou rico e bonito. Quer dizer, as mulheres dizem que sou bonito, ou melhor, gostoso. Moro no Brasil, em São Paulo. Tenho uma irmã de 20 anos, mas com a mentalidade de uma adolescente. Sinto muito ciúmes dela. Até onde eu sei, vou me casar, mas nem conheço a noiva. Atualmente, moro sozinho em meu apartamento.

Só espero que a mulher com quem irei me casar não seja uma patricinha mimada que só gosta de gastar. Enquanto vou ao meu closet, pego uma roupa para malhar e coloco. Gosto de ir à academia de um amigo meu, pois a minha não oferece os equipamentos que lá têm. Escolho a minha BMW X1 vermelha em vez da meu Ferrari preta, já que pretendo evitar beber muito. Dirijo rapidamente até a academia, chegando lá cantando pneus. Cumprimento o meu amigo e depois começo a malhar. Quando termino, uma mulher morena para na minha frente. Ela é linda, mas tem um ar de provocação, observo e o meu interesse é despertado.

— E aí, gato, sozinho? — Pergunta ela com uma voz irritante, mas é o que temos para hoje.

— Por enquanto, não. — Falo e sorrio maliciosamente para ela.

— Está afim de ir para uma balada? — Pergunta ela com um sorriso malicioso. Parece que a noite vai ser animada.

— Claro, por que não? — Respondo com uma voz sedutora.

Ela me passa o endereço da boate, que, por mera coincidência, sou sócio. Afinal, é a melhor boate da cidade. Vou para casa, subo para tomar um banho. Ao sair do banho, visto uma calça preta e uma blusa polo branca, passo um perfume e saio de casa em direção à boate. Chego lá e, como sempre, está cheio de pessoas: bebendo, se beijando e fazendo outras coisas que é melhor deixar sem detalhes.

Vou até o balcão e peço uma vodca, observo as pessoas dançando até que vejo a garota de mais cedo. Não sei o nome dela, e acho que é melhor nem saber. Ela chega perto de mim, usando um vestido vermelho curto que mostra suas belas pernas e um decote exagerado, bem vulgar. Ela me convida para dançar e ficamos na pista até que ela começa a rebolar próximo de mim. Se ela quer provocar, vou entrar no jogo. Começo a beijar seu pescoço e depois sua boca, iniciando um beijo intenso com algumas mordidas. Decido levá-la a um dos quartos da boate, onde começamos a nos beijar. Ela tenta tirar minha camisa e eu a ajudo, em seguida, retiro o seu vestido.

Acordo com uma leve dor de cabeça, mesmo sem ter bebido muito. Pego uma bermuda preta e uma blusa polo branca, deixo-as na cama e sigo para o banheiro. Tomo um banho demorado e realizo minha higiene pessoal. Coloco minha roupa e desço para tomar café. Como moro em um apartamento, tenho a Joana, que cuida de tudo. Ela é como uma segunda mãe para mim. A primeira foi minha madrasta e a segunda é ela. Talvez você esteja se perguntando sobre minha mãe biológica. Ela faleceu quando eu tinha apenas um ano, e um ano depois, meu pai se casou novamente. Dona Joh, como a chamo, trabalhava na casa do meu pai. Por um tempo, eu a sequestrei e agora ela mora comigo, já que não tem mais família. A única família que ela tem sou eu.

Meu pai me ligou e disse que tínhamos um jantar para eu conhecer a minha "noiva". Passei a tarde assinando alguns contratos e depois fui tomar um banho. Vesti um terno e arrumei o cabelo. Peguei meu carro e fui para a casa do meu pai para encontrá-lo. Esperei por ele e depois fomos para a casa do amigo dele. Chegamos lá, toquei a campainha e fomos levados até a sala. Pouco depois, o tal Carlos, amigo do meu pai, apareceu. Conversamos um pouco até que uma garota morena e linda surgiu. Meu pai a apresentou como minha "noiva". Ambos os nossos pais foram para o escritório, então decidi perguntar o que havia de errado com ela.

— Você tem algum problema, garota? Se vender por dinheiro? — Pergunto para ela, que fica assustada.

— Olha, o jeito como você fala comigo não é justo. Não estou me vendendo. Se irei me casar, é para evitar que a única coisa que tenho da minha mãe vá à falência — Ela fala com raiva. Analiso-a por um tempo e percebo que ela é diferente das outras.

O jantar já havia sido servido e continuei a observando a cada gesto. Ela era linda e, além disso, tinha uma atitude destemida. Ela percebeu que eu a estava observando e corou. Conversamos bastante, mas o tema do jantar foi, naturalmente, esse casamento. Deixei meu pai em casa e segui para o meu apartamento. Chegando lá, guardei meu carro e entrei sem cumprimentar ninguém. Troquei de roupa por algo mais confortável para dormir. Deitei na cama e fiquei pensando em Camille até adormecer.

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