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O Guarda-Costas

PRÓLOGO.

...Copyright © 2024 de Melissa Ortiz...

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...Penal....

...[...]...

...CHLOE COOPER:...

Sou Chloe Cooper, a nova CEO da maior empresa de tecnologia do país. A companhia nasceu em Nova York, mas hoje tem sua sede em Los Angeles, cidade onde vivo. Moro em um luxuoso condomínio vizinho aos lendários estúdios da Paramount, um endereço reservado apenas para os muito ricos.

Meus pais se mudaram para cá há alguns anos, e meus irmãos, Noah e Clarissa, também moram na cidade. Já eu, preferi construir minha própria vida em um espaço só meu. Estou noiva de Alexandre, mas ainda não dividimos um lar. A verdade é que não me sinto pronta para abrir mão da minha privacidade, mesmo com o homem com quem me casarei em poucos meses.

Eu e Clarissa viemos ao mundo em uma gravidez sobreposta, e embora sejamos quase idênticas fisicamente, nossas semelhanças param por aí.

.........

...ADAM MILLER...

Jamais é tarde para recomeçar.

Sou Adam Miller, brasileiro, filho de uma brasileira e de um americano, resultado de apenas uma noite. Fui criado por minha mãe e minha avó, duas mulheres fortes que sempre acreditaram em mim. Cresci no Brasil e, aos dezesseis anos, realizei meu maior sonho: entrar para o exército. Minha mãe e minha avó me apoiaram em cada passo, mesmo sabendo dos riscos.

Aos vinte e três anos, minha vida mudou para sempre. Vi meu chefe, que para mim era como um pai — o pai que nunca tive —, morrer em meus braços. Eu estava preparado para enfrentar batalhas, mas não para perder alguém tão próximo. Desde então, nunca mais fui o mesmo.

Hoje, aos trinta e sete anos, sou dono de uma empresa de segurança em Beverly Hills, Los Angeles. Conquistei meu espaço com muito esforço, depois de uma infância marcada por dificuldades financeiras e pelos desafios que minha família enfrentou. Minha mãe, resiliente como sempre, se reinventou inúmeras vezes para nos manter de pé.

Mas a parte mais importante da minha vida não é o sucesso, nem o dinheiro: é minha filha, Isadora. Ela tem sete anos e é a razão de tudo o que faço. Fruto de um relacionamento conturbado, a mãe dela escolheu partir sem olhar para trás. Desde então, sou eu quem segura sua mão todos os dias, e faria isso mil vezes mais.

...ARRASTA PRO PRÓXIMO CAPÍTULO!!!...

...Deixem suas opiniões, curtidas e votos....

Capítulo 01: Attack

...CHLOE COOPER 👑...

Los Angeles

Uma semana antes...

Estou sentada à cabeceira de uma mesa cercada por mais de dez homens engravatados. Todos tentam me intimidar com olhares, gestos e palavras, mas não conseguem. Não porque eu seja imune a isso, mas porque eu não permito.

Assumir a empresa do meu pai foi a realização de um sonho. Sempre quis seguir seus passos, ao contrário dos meus irmãos, Clarissa e Noah. Para mim, estar aqui é mais que um legado: é meu direito.

Percebo alguns deles me despindo com os olhos. Assédio visual é nojento. Tento ignorar enquanto eles falam, há mais de vinte minutos, sobre vantagens e contratos que me forçariam a virar sócia deles. Mas eu não tenho a menor vontade de me juntar a gente desse nível.

— Senhores, acho melhor encerrarmos por aqui — digo, firme. — Como já expliquei, minha empresa não precisa de fusões. Nós somos renomados e bem-sucedidos por conta própria.

— Mas, senhora Cooper...

— Só sairemos daqui com um contrato.

— A senhora não pode encerrar a reunião assim.

Ignoro as reclamações, me levanto e caminho até minha sala. Assim que me sento na cadeira, respiro fundo. Meu pai mal me deixa sair sem uma escolta armada desde que começaram as ameaças. Eu não me sinto assustada, mas sei que a preocupação dele não é à toa.

— Querida — Alex aparece na porta, sorrindo, e beija minha têmpora. — Soube que colocou todos para correr.

— Coloquei mesmo. Argumentos baixos e olhos fixos no meu decote.

Ele ri, entendendo perfeitamente o que quero dizer. Há uma semana venho recebendo cartas anônimas com ameaças do tipo “vinte milhões ou a sua cabeça”. Engraçado... eu nem sabia que minha cabeça valia milhões.

Meu relacionamento com Alex é estranho. Éramos colegas, começamos a namorar há um ano, e logo ele pediu minha mão. Mas, no fundo, ele mais parece meu passatempo do que meu futuro. Só nos vemos na empresa ou quando queremos sexo. Não conversamos muito, não planejamos nada, apenas aproveitamos o momento.

Pego minhas chaves e minha bolsa. Preciso ir para casa antes que enlouqueça. Alex insiste em me acompanhar. Dirijo pelas ruas luxuosas de Beverly Hills, ladeadas por palmeiras que parecem cenário de filme. Da varanda do meu quarto, é possível ver o letreiro de Hollywood.

Minha casa é enorme, embora só eu more nela. Os empregados vivem nos fundos e, apesar de cumprirem tudo à risca, sinto a repulsa em alguns olhares.

— Senhora Chloe, Claire esteve aqui — diz uma das funcionárias.

Paro imediatamente. Claire. Só pode ser ideia do meu pai. Reviro os olhos e subo as escadas, bufando. Alex me segue e me abraça assim que chego ao quarto. Tiro os saltos, ficando ainda menor ao lado dele.

— Meu pai vai enlouquecer com essas ameaças — resmungo. — Deve ser brincadeira de alguém sem nada melhor para fazer.

— Você deveria ouvi-lo. Vai que é sério, Chloe?

— Até você? — reviro os olhos. — Vou tomar um banho. Vem?

Eu sabia que ele viria. Alex nunca perde uma oportunidade. Transamos, mas, no fim, a sensação é sempre a mesma: falta química. Eu chego ao ápice, mas não é prazeroso como deveria ser. Algo em mim não se conecta a ele.

Mais tarde, quando Alex já foi embora, decido sair para caminhar pelo condomínio. Não costumo fazer isso, mas preciso espairecer. A rua cercada de palmeiras está silenciosa quando sinto um puxão brutal que me joga no chão.

Um homem encapuzado me encara por alguns segundos antes de jogar uma carta sobre meu corpo. Minha respiração acelera. Pela primeira vez, sinto a morte de perto. Uma coisa é receber ameaças... outra é encará-las cara a cara.

Um dos seguranças que eu nem sabia que estava por perto corre até mim e me ajuda a levantar. Ainda estou em choque quando ele me leva de volta para casa. Minutos depois, meu pai já está na sala de estar, andando de um lado para o outro, visivelmente aflito.

E foi assim que tudo começou.

Capítulo 02: Proposals

...ADAM MILLER 🛡...

Los Angeles

Atualmente...

Deixar as forças especiais nunca esteve nos meus planos. Mas, olhando para trás, sei que se não tivesse largado a carreira há dois anos, eu não estaria vivendo nada disso. Hoje tenho uma empresa de segurança bem-sucedida em Los Angeles, responsável por proteger celebridades e empresários de peso. Não sou milionário, mas tenho estabilidade. Tenho uma casa confortável, minha filha estuda na melhor escola da cidade e, no fim das contas, não posso reclamar.

Isadora. Sete anos. Minha filha, meu orgulho, meu mundo.

Ela nasceu de um relacionamento conturbado com Katherine, uma enfermeira do exército. Namoramos por alguns meses, mas assim que descobriu a gravidez, ela largou a carreira e, anos depois, largou também a própria filha. Há três anos, me entregou a guarda definitiva de Isadora, dizendo que a menina havia “estragado sua vida”. Nunca mais a vimos. Para minha sorte e para a sorte dela, Isa não sente falta da mãe.

Minha filha puxou tudo de mim: cabelos ruivos, olhos azuis e uma esperteza que às vezes me surpreende. Ela mora comigo e com a minha mãe, que cuida dela sempre que preciso me ausentar.

Ouço batidas na porta do meu escritório.

— Entre.

Minha secretária surge acompanhada de ninguém menos que Henrique Cooper, o dono da maior empresa de tecnologia do mundo.

— Sr. Henrique, bom dia!

— Bom dia, Miller. — a expressão dele é séria, quase sombria. — Estou precisando dos seus serviços com urgência. E preciso que você aceite.

— Por favor, sente-se. Espero que minha empresa esteja à altura do que o senhor busca.

Ele inspira fundo e apoia as mãos sobre a mesa.

— Minha filha, Chloe, assumiu o cargo de CEO há quase dois anos. Mas junto com o poder, vieram os inimigos. Na última semana, ela recebeu várias cartas de ameaça. E... — ele engole em seco — foi atacada recentemente.

— How! — solto, surpreso. — Senhor, minha empresa conta com os melhores guarda-costas. Posso indicar alguém de total confiança.

— Não quero ninguém. Quero você. — ergo a sobrancelha. Ele só pode estar brincando. — Por favor, Miller.

— Eu não posso aceitar. Mas posso enviar um dos meus homens, como disse.

Sem me dar tempo de recusar de vez, ele abre uma pasta e coloca várias cartas sobre a mesa. Pego a primeira. Meus dedos quase tremem. Vinte milhões ou a cabeça da garota.

— Sr. Henrique, por que não acionar a polícia?

— Continue lendo.

Viro mais páginas. Em uma das cartas, os criminosos são claros: se a polícia for envolvida, Chloe pagará o preço. Respiro fundo, encaro o homem à minha frente. Ele moveria céus e terras para proteger a filha, isso está estampado no rosto dele.

— A cliente sabe que terá um guarda-costas?

— Ainda não. Por favor, entre em contato assim que decidir.

Nos despedimos. Não posso aceitar algo desse nível sem antes conversar com minha mãe. Esse trabalho exige que eu more na casa da cliente até a ameaça passar.

Curioso, jogo o nome dela no Google. Chloe Cooper.

As fotos dela lotam a tela. Caralho... eu esperava encontrar uma menina mimada, mas o que vejo é uma mulher linda. Linda e perigosa de um jeito que não tem nada a ver com ameaças.

Os comentários sobre ela são divididos: alguns a chamam de arrogante, insuportável; outros, de genial, empoderada. Não sei quem está certo, mas sei que o velho Cooper não vai desistir enquanto eu não aceitar.

Meu celular vibra sobre a mesa.

📩 Caso aceite minha proposta, esteja amanhã às 7h30 na minha residência.

Respiro fundo. O preço é bom, mas não posso decidir sem pensar em Isadora. Esse trabalho muda nossa rotina inteira.

Chego em casa e minha filha vem correndo pela sala, os olhos azuis brilhando.

— Papai!

A pego no colo e beijo sua bochecha.

— Oi, princesa. Cadê a vovó?

— Tô aqui — minha mãe aparece.

— Mãe, podemos conversar?

Deixo Isa no chão e ela corre para terminar a lição de casa. Eu e minha mãe vamos para meu escritório. Fecho a porta.

Conto tudo a ela. As cartas. O pedido. A proposta.

— E então, mãe? O que a senhora acha?

Ela me encara firme, como sempre fez quando queria que eu tomasse juízo.

— Filho, você não pode recusar uma oferta só porque não gosta da cliente. Na vida, vamos lidar com gente difícil todos os dias. O importante é lembrar que você foi chamado para proteger, não para gostar.

— Eu sei. Mas dizem que ela é insuportável.

— Então que seja. Ela vai ter que entender que precisa de alguém. E você é esse alguém.

Fico em silêncio, pensando. Ela tem razão. Não posso escolher clientes por afinidade. Chloe Cooper pode ser uma mimada arrogante do caralho... mas é minha possível próxima missão.

E, pelo olhar desesperado do pai dela, talvez a missão mais perigosa da minha vida.

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