Flórida, Estados Unidos...
Passava da meia noite, aquele corredor estava vazio e silencioso. Era como se não tivesse ninguém no hospital, mas todos sabem que a madrugada é longa e fria, junto dela vem o sentimento de derrota e ansiedade com uma pitada de impotência.
Era exatamente assim que Aron estava se sentindo naquele momento, tinha acabado de saber que sua esposa deu à luz a um menino e os dois não resistiram às complicações, vindo a óbito.
Aron estava andando a passos silenciosos, parecia que estava fora de seu corpo pois não sentia nada além de uma dor insuportável que queimava seu peito igual fogo em brasa. Indignado, para, e leva as mãos à cabeça encostando suas costas na parede branca e fria e fecha os olhos deixando lágrimas escorrerem pelo o seu rosto em confusão.
Aron - Por quê, meu Deus? Porquê eles? Porque a minha família?
O sonho de ser pai havia terminado ali, se foi junto com sua amada família.
Aron - Ela não teve nem chance!
Aron Maclean, herdeiro único e CEO da indústria de Navegação Maclean, no ramo de fabricação iates e lanchas. Formado em engenharia naval, atualmente está com 32 anos de idade.
Nesse momento o silêncio predominou o ambiente, mas não foi por muito tempo. Uma jovem saia do elevador às pressas e correu chorando no longo corredor. Com o barulho, logo alguns enfermeiros aparecem no local transformando toda aquela calmaria em um caos.
Olívia - Me solta!
Enfermeira - Calma senhorita!
Ela olha para a enfermeira e dá um sopapo.
Olívia - Me solta, não encosta em mim!
Aron observava a cena atentamente.
Olívia - CADÊ A MINHA IRMÃ? EU QUERO VÊ-LA!
O elevador se abre e dois policiais entraram dispostos a conter toda movimentação.
Olívia - Deixa eu passar! EMBER? Eu preciso falar com a minha irmã!
Policial - Senhorita Olívia, por favor! Você me prometeu que se controlaria quando estávamos a caminho.
Olívia - Não, não! Eu quero a minha irmã de volta! (chorando)
Desesperada, Olívia ajoelha-se no chão e grita, grita muito alto. Todos os presentes naquelas salas começam a sair para o corredor, pacientes, médicos e outros profissionais de saúde.
Policial - Vamos ter que levá-la daqui!
Olívia - EMBER?
Aos prantos, Olívia clamava pelo o nome da irmã, as lágrimas embaçam sua visão deixando tudo ao seu redor turvo. Os policiais ajudam ela a se levantar e a escoltam para um quarto. Olívia pisca algumas vezes limpando seus olhos, acaba dando de cara com Aron que ainda continuava no mesmo lugar, presenciando toda aquela situação alheia de uma desconhecida que tinha acabado de perder um ente querido. Nesse momento ele se deu conta que não estava sozinho com sua dor, pois cada um carrega seu luto e reage de uma maneira diferente, algumas mais escandalosas e outros mais contidos não demonstrando sua fraqueza aos olhos de terceiros, talvez guardar esse sentimento não seria a melhor escolha para lidar com essa situação, mas naquele momento estava funcionando para ele.
Olívia - Trás minha irmã de volta, por favor!
Ela agarra o colarinho do médico com as mãos e suplica ajuda, entretanto, uma frase do doutor mudou a expressão facial de Olívia quase que imediatamente.
Doutor - Seu sobrinho, quer vê-lo?
Pela reação espantada constatou-se que Olívia não sabia que sua irmã estava grávida.
Olívia - O quê?
...
Seis meses depois...
Como de costume, Aron acordou cedo e ficou sentado na varanda de seu quarto observando atentamente o nascer do sol, tinha uma visão privilegiada de sua sacada e não abria mão disso. Depois que Aurora, sua esposa faleceu no parto, sua vida mudou drasticamente. Seu olhar penetrante e firme era o exemplo dessa mudança repentina no seu humor, pois nada tirava um sorriso de seus lábios rosados.
- Aron?
Ao ouvir seu nome, apenas franziu os lábios e se manteve na mesma posição, sentado numa cadeira com uma perna em cima da outra, olhando fixamente para o sol que iluminava com ternura as flores do seu jardim.
- Aron?
Ele não esboçou nenhuma reação por alguns longos segundos intermináveis.
Aron - O quê você quer a essa hora na minha casa, Edgar?
Um sorriso fraco se manifesta.
Edgar - Qual é, estou proibido de visitar o meu primo agora?
Aron - Não gosto quando você fala comigo na terceira pessoa.
Agora ele leva o olhar para a piscina, pois com o vento frio que bateu nas árvores uma folha seca vai parar na água boiando.
Edgar - Tudo bem?
Aron - Na medida do possível!
O primo suspira pesadamente e balança a cabeça negativamente.
Edgar - Você...
Ele nem o deixa completar a frase, corta logo.
Aron - Não começa, não quero ouvir conselhos seu e de ninguém.
Edgar - Você tá destruindo sua vida!
Um silêncio ecoa junto com o vento frio. Aron dessa vez não retrucou, mas continuava com a cara fechada sem ânimo. Sua atenção mais uma vez é quebrada pelo canto dos pássaros brincando nas árvores de seu jardim, a cada ventania mais folhas caiam na piscina.
Edgar - Só quero o seu bem, a família toda que sua felicidade.
Aron - Era só isso?
Perguntou enquanto tirava o celular do bolso e verificava a hora no relógio.
Edgar - Se fechar para o mundo não trará a Aurora de volta...
De repente uma pausa longa na frase.
Edgar - Nem o seu filho!
Aron sente seu peito apertando ao ouvir a palavra filho e fecha os olhos em lamentação. Era difícil digerir que seu sonho de ser pai foi interrompido da forma mais cruel que existe, não tem como vencer a morte nem com todo o dinheiro do mundo.
De vez em quando, Aron tomava a culpa para ele, pois tem dinheiro o suficiente para mover o eixo do mundo e não foi capaz de salvar a sua família de um triste fim trágico. Mais uma vez a sensação de impotência toma conta de todo o seu ser.
Edgar - Desculpa, eu..
Aron abre a mão pedindo para o primo parar, levanta-se da cadeira e entra no seu quarto sem olhar nos olhos de Edgar que apenas lamenta a situação!
Aron - Vamos trabalhar, hoje tenho uma reunião muito importante com os futuros sócios.
Ele entra no banheiro e fecha a porta. Edgar apenas fecha os olhos sentindo tristeza por não poder fazer nada para ajudar o seu primo e sai do quarto, consecutivamente da casa indo direto para a indústria Maclean, onde trabalha no setor financeiro.
07:30 da manhã, o despertador começa a tocar uma música eletrônica chata. Era a maneira mais fácil que Olívia encontrou para acordar logo de imediato e desligar aquela música que doía seus ouvidos.
Ela resmunga e rola na cama na direção do criado mudo, estica o braço ainda de olhos fechados e pega seu aparelho celular, desliga a música e suspira satisfeita.
Olívia - Detesto essa música!
Enfim, abre os olhos e fita a infiltração no teto.
Olívia - Ai não, de novo não!
Ela praticamente pulou da cama e correu para a cozinha que ficava junto com a sala no seu minúsculo apartamento no subúrbio da cidade. Olívia abre o armário e tira uma panela média, retorna para o quarto e a posiciona no chão ao lado da cama onde mais uma vez a goteira deu as caras.
Olívia - Definitivamente esse não será um bom dia!
Reclamou com um tom cansado de sempre tocar na mesma tecla com o dono do prédio, é uma infiltração persistente que o senhorio sempre consertava com gesso e algum tempo depois ela voltava a todo vapor.
Olívia - Eu estou cansada disso!
Indagou com insatisfação, sentou na cama e abriu a gaveta do criado mudo pegando alguns documentos. Cruzou as pernas uma em cima da outra e pegou seu óculos com uma perna quebrada para ler as papeladas de adoção com atenção.
Olívia - Ai meu Deus, eu preciso conseguir a guarda do Liam!
Exclamou com lágrimas nos olhos que sem querer caia sobre as folhas. Depois que perdeu a sua irmã durante um acidente de carro, tudo mudou na vida de Olívia, ela é uma menina/mulher de 24 anos aprendendo da maneira mais difícil as dificuldades e lutas do dia a dia.
Ember era sua irmã mais velha e depois da morte da mãe, pegou a responsabilidade para si, com Olívia sendo a caçula, dez anos mais nova que ela. Com isso trabalhava bastante para sustentar as duas, e pagava a faculdade da irmã no curso de odontologia.
Antes do falecimento da irmã, Olívia não pisava em casa a mais de um ano, morava em um apartamento compartilhado com mais três estudantes, que dividiam as despesas por igual.
Olívia era muito dedicada ao estudo e por isso seu tempo era exclusivamente na dedicação de seus estudos, umas das exigências de Ember que fazia questão de deixar claro para a irmã que queria vê-la formada com um diploma nas mãos.
Infelizmente esse sonho não se concretizou, depois que Ember faleceu, Olívia teve que trancar a faculdade no último ano, pois o dinheiro acabou. Todo o dinheiro que a irmã guardava no banco para sua educação foi retido pela o banco foi usado para pagar dívidas de empréstimos, perdendo até mesmo a casa.
Para não morar na rua, Olívia começou a procurar emprego por toda a cidade, mas todos negavam um estágio ou um simples serviço por não ter experiência nenhuma no mercado de trabalho.
Felizmente conseguiu um emprego em uma floricultura, onde a dona ficou comovida com sua situação e lhe deu uma oportunidade. Olívia aprendeu a fazer arranjos e a embalar presentes com laços feitos à mão.
Depois de reler mais uma vez a documentação de adoção, Olívia entra no banheiro para um banho rápido, veste uma calça jeans, camiseta branca e tênis, pega uma mochila e coloca algumas coisas dentro dela, pentea os cabelos e sai de casa às pressas sem tomar café a caminho do elevador que mais uma vez se encontrava em manutenção.
Olívia - Para variar…
Ela revira os olhos e desce pela escada. O prédio era tão velho que parecia que ia se desmontar a qualquer momento, cada pisada a madeira dos degraus rangiam assustadoramente, acredite, isso a noite realmente dava medo. Olívia apelidou carinhosamente de prédio da família Adams.
Aí chegar na recepção, ela dá de cara com o porteiro e faz uma careta, ele por sua vez já sabia que vinha reclamação aí.
Porteiro - O que foi dessa vez?
Olívia - Meu quarto está todo alagado!
Porteiro - Não exagera, Olívia!
Ela entorta a boca e leva as mãos à cintura.
Olívia - A infiltração voltou, eu quero falar com o dono dessa espelunca.
O homem não se aguentou e deu uma gargalhada alta.
Porteiro - Entra na fila!
Olívia - Quero o número do celular dele!
Ela se aproxima e apoia os braços no balcão.
Porteiro - Vou ligar para ele e comunicar.
Olívia - Não, eu mesma ligo!
Porteiro - É, mas não tenho permissão de fornecer o número do patrão.
Olívia - Sabe o que você é?
O homem franze o cenho esperando a conclusão da frase.
Olívia - Você é um tremendo de um baba ovo de patrão.
Porteiro - Aff, Olívia! Sábado eu dou uma olhada na infiltração.
Olívia - E tem que consertar dessa vez.
Porteiro - Tá bom, vou ver o que eu posso fazer.
Ela sorriu de lábios fechados e olhou a hora no relógio em seu pulso.
Olívia - Já vou indo, não quero me atrasar para o trabalho, pois antes vou passar em um lugar especial.
Porteiro - O que anda aprontando?
Ela sorriu novamente e acenou para o homem já caminhando em direção à saída. Olívia começou a caminhar pelas calçadas em direção a parada de ônibus, que não demorou muito e chegou.
Ao entrar no transporte foi se sentar no assento vago que ficava no fundão, encostou o rosto no vidro da janela e começou a pensar na sua vida de uma forma que não via a luz no fim do túnel. Era nesse momento que o medo tomava conta a limitando de ter pensamentos positivos sobre sua atual situação financeira.
Ao perceber que o ônibus estava se aproximando da parada, Olívia se levanta do assento bruscamente e grita para o motorista parar.
Olívia - Obrigada!
O motorista acena com a mão, pois Olívia já era bem conhecida naquela linha. Ela caminha por mais algumas ruas até chegar de frente a um orfanato, abre um sorriso de orelha a orelha e entra direto, já que era bastante conhecida dos profissionais que trabalhavam naquele lugar.
Olívia - Bom dia!
Uma voz se pronuncia atrás dela.
Mulher - Olívia!
Ela se vira sorrindo.
Mulher - Não poderá mais ver o seu sobrinho!
Esse comunicado a pegou de surpresa fazendo seu corpo inteiro gelar.
Olívia - O quê disse?
Seu sorriso se desfez no mesmo seguindo.
Olívia - O quê disse diretora, Ruth?
Ruth - Infelizmente eu fiz o possível e o impossível, o juiz não aceitou seu pedido de adoção, e você não poderá mais ver o Liam.
As mãos de Olívia começam a tremer, de repente o chão se abre em baixo dela.
Olívia - Mas eu estou trabalhando agora, consegui pagar um apartamento e...
A diretora a interrompe.
Ruth - Não é o suficiente para eles, Olívia!
A garota se irrita e começa a chorar indignada.
Olívia - Vocês não tem esse direito, ele é meu sobrinho, meu sobrinho!
Ruth - Não sou eu, entenda!
Olívia - Você prometeu que me ajudaria!
Ruth - Eles não acharam o lar adequado para uma criança, além do seu salário ser pouco, não...
Olívia - Isso é um absurdo! Eu vou recorrer na justiça!
Ruth - O Liam foi colocado para adoção!
Ouvir isso foi como uma bomba aos ouvidos de Olívia, ela foi do céu ao inferno em poucos minutos.
Olívia - Como é que é?
Ela arregalou os olhos com o rosto trêmulo de raiva.
Ruth - Eu...
Olívia - O quê?
Ruth - Porque você não pensa um pouco no seu sobrinho!
Olívia - Eu penso nele todos os dias, vinte quatro horas por dia, então não venha com essa história novamente de que eu tenho que abrir mão dele.
Ruth - Cabeça dura, não está enxergando, você é jovem! Vá estudar, viver a sua vida! Esse fardo não é seu.
Olívia - Fardo? Você enlouqueceu? Eu nunca vou abandonar o meu sobrinho, minha irmã nunca fez isso comigo, cuidou de mim quando a nossa mãe faleceu e porque eu faria isso com o Liam?
Ruth - Porque você o ama o suficiente para o deixar ir!
De repente o silêncio, os olhos de Olívia nem piscavam carregados de lágrimas prestes a cair.
Ruth - Amar é saber abrir mão, uma família pode dar tudo do bom e do melhor para ele, não tire essa oportunidade do Liam.
Mesmo com a voz falhando devido ao nó na garganta que a dominava, Olívia engoliu a seca as palavras da diretora do orfanato e balançou a cabeça negativamente.
Olívia - Não, o lugar do meu sobrinho é comigo, eu sou a família dele!
Ela abaixa a cabeça fitando um ponto qualquer no chão.
Olívia - Deixa eu vê-lo um pouquinho, por favor!
Ruth - Olívia, eu não posso!
Olívia - Por favor, é rapidinho!
A mulher então decide quebrar as regras e leva Olívia até o berçário, estava na hora da alimentação e algumas funcionárias estavam empenhadas nessa ação.
Olívia - Oi, meu amor!
Ela se aproxima do sobrinho e o abraça forte.
Olívia - Que saudades que eu estava desse sorriso.
O bebê sorriu e balançou as perninhas de alegria.
Olívia - Posso dar a mamadeira dele?
Ruth olha para uma das meninas e faz positivo com a cabeça dando a entender que poderiam entregar a mamadeira para Olívia alimentar o sobrinho. Assim ela fez com lágrimas de tristeza em sua face, pois saberia que agora ficaria mais difícil de vê-lo, durante todos esses meses ela vinha todos os dias antes e depois do trabalho e ficava com ele, e saber que foi proibida a deixou sem chão.
Mulher - Hora do banho de sol das crianças!
Olívia quase deu um pulo da cadeira ao lembrar que estava atrasada para o trabalho.
- Meu Deus! Eu estou atrasada!
Ela levanta-se rapidamente e beija o topo da cabeça do sobrinho.
Olívia - Tenho que ir meu amor, poxa!
Ela o enche de beijos no rosto e olha para a diretora com um olhar suplicante.
Olívia - Por favor me ajude, você me prometeu!
Ruth - Estou fazendo todo o possível!
Olívia - Poderei vê-lo novamente?
Ruth - Por enquanto não!
Tristonha, Olívia olha novamente para o sobrinho e o abraça apertado sussurrando no ouvido do bebê.
Olívia - Eu vou te tirar daqui, meu amor! É uma promessa!
Ruth - Me dê ele!
A mulher estica o braço e pega o bebê, Olívia limpa as lágrimas e pega sua mochila que tinha jogado no chão logo quando entrou, põe nas costas e apressa os passos saindo do local.
Olívia acabou se atrasando mais do que deveria, quando chegou na floricultura teve o azar de cruzar com o marido de sua patroa que também era proprietário do negócio.
Irritado o homem a encarou com uma expressão brava ao verificar a hora no relógio em seu pulso, franze a testa e volta a segui-la com os olhos. Olívia põe o avental da floricultura e amarra atrás, mas podia sentir suas costas queimarem com o olhar do patrão direcionado a ela.
Homem - Está despedida!
Com o susto ela vira-se rapidamente o olhando.
Olívia - Perdão senhor pelo o atraso, prometo que nunca mais isso irá acontecer, dou a minha palavra!
Homem - Suas palavras não servem de nada! Você achou mesmo que ser protegida da minha esposa me impediria de te despedir, sua atrevida?
Olívia - Não, de maneira alguma!
O homem sorriu maliciosamente, colocou a tesoura no balcão e se aproximou de Olívia tão perto ao ponto que a deixou encurralada e sufocada com tal aproximação.
Olívia - O quê está fazendo, senhor?
Ela recua todo o corpo para trás e acaba batendo as costas numa estante repleta de vasos com rosas.
Homem - Como você é linda, garota! Acho que poderei esquecer tudo isso se você for boazinha comigo.
Olívia - Não se aproxime!
Homem - Porque não? Conheço garotas da sua laia, não se preocupe pois esse será o nosso segredinho!
Ela fecha os olhos em repulsa ao sentir as mãos dele tocar seu braço. Enojada, Olívia lhe dá uma bofetada e um empurrão.
Homem - O quê você fez sua atrevida?
Irritado revida o tapa na cara com força, que o rosto de Olívia inclina toda para o lado devido a brutalidade do tapa. Ela camufla todo o ardor e a dor do momento e corre para longe dele, pega sua mochila e sai da floricultura totalmente atordoada.
Homem - TÁ DESPEDIDA!
Gritou da calçada enquanto Olívia atravessava a rua quase sendo atropelada pelos os carros no meio da pista.
Motorista - Tá maluca garota?
Mais algumas buzinas e Olívia já estava longe, dobrando a avenida, tira o avental e joga no meio da rua. Chorava descompensada com o ocorrido de minutos atrás, só queria correr e correr sem olhar para trás.
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