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Rejeitada Pelo CEO

Capítulo 1. Descobertas

Laura está terminando, com muito sacrifício, a faculdade de medicina e iniciando sua residência. Está com 23 anos  e pretende se especializar em transplantes. Ainda tem um bom caminho a percorrer e para isso deixou tudo de lado para se dedicar aos estudos. 

Não tem vida social e sua única amiga tem o mesmo intuito que ela e as duas estão sempre estudando. Não teve ajuda do pai, sua mãe, que era de família de empresários importante, havia falecido e deixado uma herança para ela e sua irmã mais velha. 

Seus estudos estavam pagos, mas a herança completa, ela só receberia quando se casasse ou completasse 30 anos. Seu pai era um dos empresários associado às empresas da família de sua mãe, porém, gostava de apostar em corridas de cavalos e estava dilapidando sua fortuna, tendo que recorrer à herança da filha mais velha, que ele deu um jeito de usurpar.

Naquele dia, no hospital, estava um alvoroço, pois estavam recebendo a visita do atual presidente do grupo de hospitais Memorial, Jason Willis.

— Menina, o que será que ele veio fazer aqui? — perguntou Amanda.

— Sei lá, vai ver está doente, vou verificar meu paciente, não quero cruzar com ele. — respondeu Laura.

As duas estavam na ilha responsável por uma das enfermarias, onde estagiavam. Vestiam seis uniformes brancos, impecáveis e seus cabelos estavam presos debaixo de gorros protetores. Cada uma tinha o seu, personalizado, permitido pelo hospital.

— Estou indo verificar o paciente da enfermaria 7. — disse Laura.

— E eu vou verificar o paciente da enfermaria 4.  — completou Amanda.

As duas saíram e não viram o séquito chegar acompanhando o CEO da rede Memorial. Ele vinha acompanhado de sua noiva e estava passando pelo corredor, seguindo em direção ao consultório médico. Laura saiu do quarto da paciente, olhando as anotações que fez e não viu o CEO vindo em sua direção e tropeçou no pé do homem, caindo no chão.

Ela caiu bem na frente do homem e ele não fez nem um gesto para ajudá-la e quando Laura olhou para cima, para identificar quem lhe pôs o pé na frente, deu de cara com a noiva emburrada, que logo reclamou:

— O que você pensa que está fazendo, levante-se logo daí. Onde já se viu, uma estagiariazinha, bloquear o caminho do grande empresário Jason Willis.

Laura levantou-se rapidamente, saindo do caminho e se colocando de lado, com a cabeça baixa.

— Peço desculpas, senhor.

— Que isso não se repita. — disse a noiva. — Vamos, amor.

Ele olhou para Laura,  sem conseguir ver o rosto da jovem e disse:

— Não ligue para Leda, foi um acidente. Precisa prestar mais atenção, só isso — só então ele seguiu adiante, sem prestar atenção na carranca que Leda fez.

Laura se manteve quieta, até que todos passassem, estava com muita vergonha, mas também com raiva, pois aquela que lhe chamou a atenção, era sua irmã mais velha, Leda.

— Por quê ela te tratou assim? — perguntou Amanda, que chegou logo em seguida.

— Vai se entender. Parece que tá com o rei na barriga. Também, desde que saí de casa para cursar a faculdade, que não nos vemos. Não fazia a mínima ideia de que ela estava noiva de um magnata. — respondeu Laura.

— Pelo menos ele não  foi tão desagradável com você. Quer saber? Deixa eles pra lá, vamos trabalhar.

— Sim, vamos.

O dia delas transcorreu conforme sempre, uma correria, sem tempo para nada. Foram para o pequeno apartamento que dividiam, sem tomar conhecimento do que se passava com o CEO.

No escritório de Jason, depois que voltou do hospital, mandou que todos saíssem, inclusive sua noiva e ficou sozinho, lembrando do que ouviu do médico há alguns meses atrás:

— Sua doença está no início, vamos iniciar logo o tratamento, para que não piore, mas aconselho que o senhor se previna, enquanto ainda há tempo, providenciando possíveis doadores.

— Não tenho parentes que possam ser compatíveis, o que o senhor está sugerindo.

— Que o senhor tenha um filho. Eles são a maior chance de compatibilidade de um transplante de medula. Mas primeiro, claro, faremos o tratamento habitual, pode ser que nem precise.

— Entendi, vou pensar no caso. Quando iniciarei o tratamento?

— Vou lhe prescrever a medicação inicial.

Agora ele estava desnorteado, não  pelo que tinha que fazer, mas pela doença em si. Quantos a ter um filho, havia feito um acordo vantajoso com o sócio de seu pai e Leda já estava grávida, como confirmaram aquela manhã, no hospital. Suspirou, olhando pela janela e resolveu ir até a sala onde ela trabalhava, no setor de marketing, para agradecer e lhe dar um presente.

Jason

Foi andando pelo corredor, sem avisar e ao se aproximar da porta, entreaberta, ouviu a voz dela, conversando com alguém e parou para escutar:

— Não se preocupe Paul, ele nem desconfia.

— Olha lá, hein, nada pode dar errado, agora. Se ele descobre que esse filho não é dele, ferra com todo nosso plano de ficar com sua fortuna, afinal, você ouviu, ele está com leucemia.

Jason não quis ouvir mais nada, voltou para sua sala, com um ódio tão grande, que a primeira coisa que fez, foi ligar para o pai dela.

— Está tudo cancelado, Onofre. Sua filha é uma pxtx, que está grávida de outro e não vou me casar com uma mulher assim.

— " Mas temos um contrato, Jason! "

— Que sua filha quebrou, dormindo com outro. Agora, mais do que nunca,  preciso ter certeza que o filho que minha mulher irá gerar, seja meu mesmo.

— " Não vamos nos precipitar, me dê dois dias e resolvo isso."

— Você tem dois dias, embora eu ache que não tem solução.

Desligou sem se despedir, ligou para o RH e mandou demitir a gerente de marketing. Chamou seu advogado, para ver a melhor forma de rescindir o contrato com a firma de segurança , cujo chefe, engravidou sua ex-noiva.

E com tudo isso, sentia-se cansado e abatido, sua vida estava escorrendo pelos seus dedos e a esperança que tinha foi pelo ralo. Como conseguiria um doador compatível, tão rapido?

Capítulo 2. Reencontro

Laura chegou cedo no hospital, queria rever alguns procedimentos de cirurgias anteriores e estudar. Andando em direção à sala dos médicos, cruzou novamente com o CEO Jason Willis, acompanhado somente pelo médico com quem ela estagiava.

— Doutora Laura, que bom encontrá-la aqui. Quero que acompanhe o senhor Willis durante os exames que irá fazer. — virou -se para Jason e apresentou-a — Esta é uma das minhas mais notáveis residentes, Dra. Laura Peçanha.

— Peçanha?

— Sim.

— Algum parentesco com Onofre Peçanha?

— Sim, ele é meu pai. — respondeu ela, séria.

— Ora, ora, ora, isso é que eu chamo de coincidência. Muito prazer, doutora.

Estendeu a mão para cumprimentá-la e ela correspondeu. Dáli, seguiram para o laboratório e ele sorria, pensando que ela poderia ser uma boa possibilidade.

— Quantos anos você tem, doutora?

Laura franziu as sobrancelhas, pensando no porquê da pergunta, mas não viu motivo para não responder.

— 23, senhor.

— Tem namorado?

— Sou casada com a medicina, não tenho tempo para mais nada.

Ele então tratou uma estratégia para conquistar sua piedade, já que ela parecia não estar aberta ao amor. A cada exame que completava, sua expressão era de pesar e medo. Chegou a se apoiar nela, fingindo fraqueza e desabafou:

— Eu sou jovem, rico, sempre tive uma saúde de ferro e agora posso morrer sem sequer ter um herdeiro.

— Não fique assim, senhor, existem tratamentos muito bons e eficientes, o senhor será curado, por certo. — consolou-o ela, deixando que segurasse sua mão.

— Que mulher vai querer um homem estragado?

— O senhor está ótimo — sorriu ela, docemente, para ele — qualquer mulher adoraria casar com o senhor, mas o senhor nem precisa, já tem uma noiva.

— Ela me traiu com o chefe de segurança da minha firma, terminei tudo. — franzindo a testa, ele falou com dó de si mesmo.

— Acalme-se, senhor, dará tudo certo. 

— Só Jason, por favor, não me faça sentir um velho.

Eles caminhavam pelo corredor, com os exames já feitos e ele convidou-a para um café. Mas ela escusou-se, pois ainda tinha pacientes a visitar.

— Gostei tanto de conversar com você, me fez tão bem, que não queria me afastar. — disse ele, fingindo pesar por ter que ir embora.

— Eu realmente não posso, agora, mas quando vier para consulta, pode contar com meu apoio. — sorriu ela, singelamente.

— Obrigada, doutora, contarei com isso.

Seu assistente se aproximou ao ver que ele havia terminado os exames e rapidamente o acompanhou, relatando que o motorista os esperava na porta do hospital. Ele seguiu sorrindo pelo seu triunfo e excelente representação.

Laura olhou ele partindo e desfez o sorriso, aquele tipo de homem não lhe agradava em nada. Homens ricos como ele, eram manipuladores e se achavam donos do mundo. Voltou para seu trabalho e esqueceu dele. Foi simpática por pedido de seu superior.

Enquanto isso, Jason aprumou sua figura imponente, voltando a expressão de homem forte e superior e ordenou:

— Diga a Onofre que quero vê-lo em meu escritório assim que chegar. Também chame o advogado responsável pelos papéis de casamento, teremos algumas mudanças.

— Sim, senhor Willis. — respondeu o assessor, abrindo a porta do carro para que o patrão entrasse e entrou no lugar do carona, digitando as ordens no celular.

Onofre não estava na empresa, estava em casa, discutindo com Leda:

— Eu não tive culpa por me apaixonar! O senhor é que sempre me usa para pagar suas dívidas — nem terminou de falar e seu rosto foi atingido por um tapa violento, que a levou ao chão.

— Não seja insolente, ainda sou seu pai e esta é minha casa, me respeite!

Leda

Leda queria dizer que para ser respeitado, ele precisava se dar ao respeito. Mas ficou calada, com medo de apanhar mais.

— Desculpa, pai.

O celular avisou de mensagem e ele leu a convocação e avisou a filha:

— Preciso ir agora, se não você veria como aceito suas desculpas — se virou para sair e quando estava na porta, se virou e ordenou — trate de eliminar essa coisa que tem na barriga, não vou sustentar filho de inútil.

Chegaram ao escritório ao mesmo tempo, entraram e Carl, o assessor fechou a porta. Jason iniciou a reunião:

— Creio que descobri uma solução para nossa questão, Onofre.

— Também pensei em uma, Willis. — disse Onofre, que conheceu o filho de seu sócio, quando criança e sempre o chamou assim.

— Conheci sua filha mais nova, hoje. Foi nisso que pensou? — perguntou irônico.

— Sim, foi. Infelizmente, ela saiu de casa aos dezoito anos, desde que foi para a faculdade. Não tive mais contato com ela.

— Deve ser por isso que ela conseguiu se formar e ser íntegra, não é mesmo?

— Você aceitaria ela, no lugar da outra?

— Sim, mas quero garantias. Dr. Fagundes, cuide dos papéis do casamento, no lugar de Leda, entra a…qual o nome dela? — perguntou a Onofre.

— Laura. Pensando nisso, trouxe uma cópia da certidão de nascimento.

— Pronto, agora vá convencer ela, mas não toque no meu nome ou em nosso acordo. Já amaciei ela, provocando sua pena, vê se faz a coisa direito, tenho pressa.

Jason deu a reunião por encerrada e foi para sua mesa, cuidar de seus negócios. Carl correu para lhe passar a agenda, enquanto os dois homens, conseguiram sair de seu espanto e se retiraram. O advogado pensando no valor que teria que desembolsar e Onofre em como conseguiria dobrar sua filha rebelde.

Laura não fazia ideia dos projetos daqueles homens desrespeitosos e trabalhou o dia inteiro. Depois que iniciou a residência, recebia uma ajuda de custo, que era o que a sustentava. Pelo menos não precisava mais cumprir duas jornadas de trabalho, além da faculdade, pata se sustentar.

Decidiu sair de casa, quando percebeu as atitudes abusivas de seu pai. Ele conseguiu gastar a herança de sua irmã, que não esyava vinculada ao casamento, como a dela. Talvez sua mãe conhecesse bem o marido que tinha e protegeu-a do pai. Assim, ela arrumou um emprego de garçonete e foi morar com uma amiga, dividindo uma quitinete alugada próxima ao campus.

Seu pai ousaria roubar o que ela não tinha? Pelo menos, ainda não.

      Continua

Capítulo 3. Chantagem

Amanda se aproximou de Laura e perguntou, após completar suas visitas aos pacientes:

— Terminou, Laura?

— Ainda não, graças ao CEO que veio fazer exames e choramingou no meu ombro.

— Deixe ver o que falta, vou te ajudar.

Amanda era uma excelente amiga e passaram por muitos apertos juntas e conseguiram alcançar seus objetivos, juntas. Sempre se deram as mãos e por isso venceram.

Terminaram suas obrigações e saíram, mas quando chegaram à porta do hospital, Onofre estava lá, esperando por Laura, com cara de pai amoroso.

Onofre

— Oi, filha. Que tal ir jantar com seu pai, hoje. Faz muito tempo, não é?

— Oi, pai. O que houve?

Amanda se distanciou um pouco, mas se manteve à espera da amiga.

— Saudade, filha, sou seu pai. Vem jantar em casa. Sua irmã está triste, ela perdeu o bebê e o noivo terminou o noivado, me ajude a consolá-la, por favor.

Laura olhou para Amanda, que fez um gesto de consentimento com a cabeça e a contra gosto, ela aceitou ir com o pai. O veículo dele estava estacionado próximo e se encaminharam até ele. Entraram e partiram e Amanda precisou ir sozinha para a quitinete.

Laura sempre foi desconfiada com as atitudes do pai e ficava muito atenta ao que ele falava e fazia e assim ela entrou na mansão da família, que no momento, mais parecia um mausoléu. Leda já estava na sala de visita, esperando e sabia o que o pai iria fazer e estava furiosa.

— Ai está, a filha pródiga de volta ao lar, mas que sonsa você é, irmãzinha. — disse, levantando-se e indo até  Laura.

— O que foi que eu fiz? — perguntou Laura, já preparada, com os dois pés atrás.

— Pensa que me engana, com essa cara de madre Tereza, defensora dos desvalidos? Você é uma cobra, ladra de noivo, isso sim.

Laura só ergueu as sobrancelhas e manteve a distância.

— Acalme-se, Leda. A única culpada dos seus problemas é você mesma. Sua irmã veio jantar conosco, a convite meu, para te apoiar e não para receber suas afrontas. Vamos Laura, sente-se.

Laura ficou mais desconfiada ainda. Seu pai nunca a defendeu, perdeu as contas de quantas vezes precisou se esconder, para não apanhar injustamente dele ou de Leda, que a acusava de tudo que acontecia de errado. Foi andando para o sofá, mas Leda foi rápida e a agarrou pelos cabelos, a jogando no chão.

Laura não era mais aquela criança boba de outrora, que apanhava quieta e calada. Ela simplesmente reagiu, se virou e quando a irmã se aproximou, chutou sua canela com força, a derrubando no chão e sentou em seus quadris, segurando seus pulsos, apoiados no chão.

— O que é? Tá pensando que ainda sou aquela menininha indefesa, que apanhava quieta? Eu vim porque me disseram que você estava triste porque perdeu o bebê, mas pelo visto, você está muito bem.

Leda se contorcia, mas não conseguia se livrar e começou a gritar:

— Me solta, sua cachorra traíra.

— Por quê traíra, o que foi que eu te fiz?

— Você foi embora e me deixou aqui sozinha com ele. — olhou para o pai com olhar acusador e Onofre abaixou os olhos.

— Por quê você ficou, era só ir embora também e você tinha dinheiro para isso. Covarde, sempre covarde.

— Parem meninas, essa briga não vai resolver nossos problemas.

Laura olhou nos olhos da irmã, largou uma das mãos dela e lhe deu um tapa, para desestabilizá-la e levantar sem receber um revide.

— O jantar está servido, senhor. — a cozinheira anunciou, já que despediram o mordomo por falta de capital.

— Vamos jantar.

Foram para a sala de jantar, onde uma imensa mesa de mogno, imperava, com apenas três lugares postos em uma das pontas. Não havia mais copeiros e depois de sentarem, eles mesmos tiveram que se servir do ensopado, que foi colocado no centro da mesa, entre eles, em uma travessa de louça fina.

— Pelo visto, as coisas por aqui estão sinistras. — comentou Laura, depois de ver a falta de cuidados com o casarão e de empregados.

— Vacas magras, filha.

— Vacas magras, filha — arremedou Leda — vacas magras uma ova, bebedice e jogatina! Você jogou nosso dinheiro no buraco.

— Se está tão ruim assim, por quê não vendem o casarão?

— Por quê ele é seu, idiota! Está vinculado a sua herança. — cuspiu Leda, sem papas na língua.

— Entendo e é por isso que me chamaram aqui? Infelizmente não posso fazer nada, sabem da cláusula de casamento. — lembrou-os Laura.

— Então, filha. O filho do meu sócio, ex noivo de sua irmã, precisa de uma esposa e um herdeiro, com urgência. Ele está doente e pode morrer sem um transplante de medula compatível.

— Estou sabendo e daí?

— Ele gostou de você e me consultou se seria possível uma aliança.

Ela sabia que nesse angú tinha caroço. Seu pai estava muito bonzinho com ela.

— Quanto você deve, papai? 

A gargalhada de Leda foi sonora.

— Eu falei que você não ia enganá-la com esse papinho de pena do moribundo.

Onofre socou a mesa e gritou:

— Pare, Leda. Você teve sua chance e jogou no lixo, agora fique quieta.

— Diz logo, pai. — Laura era a única que comia, pois estava com fome e saudade da comida de sua bá, que era inconfundível.

— Estou jurado de morte e só ainda não me mataram, porque Jason prometeu liquidar a dívida, assim que houver o casamento.

— E por quê eu preciso me sacrificar pelo senhor, não fui eu que fiz a dívida. — disse Laura, chupando um ossinho de pescoço de galinha.

— Nossa, parece uma plebéia comendo. — implicou Leda, com cata de nojo.

— Acaso você é uma rainha ou duquesa? Que eu saiba, está mais pra cortesã.

— Parem vocês duas! — respirou fundo e voltou ao assunto — o casamento com Jason Willis, será vantajoso para você, ele é muito rico, bonito e só pede um filho. Você não precisa ficar com ele depois disso e poderá ter sua herança nas mãos.

— E nós continuaremos tendo onde morar.

— Só pede um filho, ter onde morar, só pensam nisso? E quanto a minha vida, quanto a tudo o que me dediquei pra conquistar, não vale nada. Quero que vocês se danem!

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