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Um Olhar De Amor.

Capítulo 1. CONHECENDO GABRIELE.

Sabe aqueles momentos em que palavras nos falta, e só um olhar expressa o que sente. Isso acontece porque as vezes este sentimento é tão grande e forte, que palavras não serão suficientes. E dizem, que um olhar fala mais que mil palavras. Será quê isso é verdade?

Será que príncipes encantado existe? Aquele príncipe que chega num cavalo branco para resgatar a princesa.

Para muitos isso é cliché, mas, na verdade, eu amo essas histórias. Quem nunca leu a história de branca de neve e os sete anãs? No momento em que ela foi beijada pelo príncipe. E a bela adormecida? Cinderela? quando foi encontrada pelo príncipe. Lobo e a fera?

Essas histórias são contos que toda criança sonha um dia, e quando chega na adolescência, ainda deseja encontrar um príncipe encantado. Então eu pergunto, será que príncipe encantado existe?

Nessa história ele existe, e com cavalo branco e tudo, e ele ainda vai resgatar a princesa de uma profunda dor, passarão pelos obstáculos, e subirão cada degrau com ela nos seus braços, mas ,no último degrau, eles sairão de mãos dadas, e escreveram uma nova história. É o príncipe encantado dos tempos modernos. Fiquem comigo até o final, e se acharem muito cliché, vocês já estão avisando, pois através de um olhar ,vai nascer um amor, um amor de contos de fadas.

UM OLHAR DE AMOR.

GABRIELE FERRARES.

  Essa é Gabriele Ferrares ela tem 23 anos, nasceu numa família bem sucedida. Seu pai sócio de uma empresa de arquitetura, um dos melhores arquitetos, sua mãe ‘design interior' os dois trabalhavam juntos.

'CONHECENDO GABRIELE'.

    Aos 17 anos, Gabriele sofreu um acidente perdendo não só os movimentos das suas pernas, mas também o seu pai, que era seu amigo e o seu herói. Ela também perdeu uma boa parte da sua vida, deixou de realizar os seus sonhos e trancou-se numa profunda solidão.

Gabriele era uma menina encantadora e muito alegre, tinha muitos sonhos e se distraia olhando as coisas ao seu redor, e gostava de colocar tudo isso em suas telas, era um robe que ela tinha ,desenha desde pequena ,e com o tempo foi se aprimorando. Nos momentos livres, sempre lia um bom livro de romance e viajava em sua imaginação. Quando estava em família, gostava de dançar e cantar com seu pai ,e toca piano , pois seu pai lhe ensinou. A vida de Gabriele era assim, mas foi distraída por uma fatalidade, e junto ,seus sonhos e desejos de viver.

SEIS ANOS ATRÁS.

"ACIDENTE".

   Era um final de semana como outro, Gabriele estava muito animada, pois ela ia para a casa de uns dos sócios do seu pai, era uma fazenda, e sempre que ela ia para lá se divertia muito, pois era um lugar grande, e ao lado ficava uma pequena cidade que tinha uma linda paisagem.

   A mãe de Gabriele, Helena Ferrares também ia, mas por um contra tempo a impediu que chegasse a tempo, e Gabriele teve quê ir com o seu pai.

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Helena Ferrares ,ela é uma grande guerreira e amiga de Gabriele, sempre foi uma mãe amoroso e carinhosa.

Eles passaram o dia no local, e no final da tarde voltaram para casa.

Para passar aquele tempo, Gabriele colocou uma música e começou a cantar. Seu pai amava o seu jeitinho simples e delicado de menina.

Enquanto ela cantava, o seu pai admirava o seu jeitinho. Ele dirigia com muito cuidado, pois ali, estava a sua razão de viver, seu porto seguro, a sua filha a qual ele dava a sua vida.

De longe ele avistou um caminhão, parecia está tudo tranquilo, mas ao se aproximar, o caminhão veio na sua direção, ele tentou se desviar para proteger a sua filha, mas, o carro derrapou numa grande ribanceira, fazendo capotar várias vezes. O pai de Gabriele foi jogado e morreu na hora, e Gabriele ficou inconsciente.

Enquanto isso, Helena mãe de Gabriele, estava a concluir seu trabalho, ela passou o dia inteiro numa casa, pois a dona queria tudo pronto até o final do dia.

Ao chegar em casa, toma um banho bem demorado, logo após desce para a cozinha, encontra Fernanda, a governanta da casa.

Fernanda não é só governanta, mas também amiga de Helena.

Elas passam um tempo conversando, e nesse meio tempo, tenta ligar para sua filha, mas seu celular está fora de área, a sua preocupação só aumenta, pois tinha passado o dia com uma angústia em seu peito.

Fernanda tenta tirar isso da cabeça dela, mas era impossível.

Depois de um tempo o celular de Helena toca, e a notícia que ela recebe, a deixa com o coração aflito.

Helena e Fernanda vão para o hospital a qual indicaram na ligação. Ao chegar lá, elas receberam a pior notícia, a qual a deixou Helena sem chão.

Policial: Senhora Ferrares,seu esposo e a sua filha sofreram um acidente, o seu esposo não resistiu ,e a sua filha entrou em coma.

Era como se o mundo desabasse na sua cabeça.

Helena entra em desespero, as suas pernas não conseguem sustentar o seu corpo e ela desmaia.

DIAS DEPOIS.

O tempo passa, e foram dias de muitas dores e angústia, e na dor conhecemos os verdadeiros amigos. Assim aconteceu com a família Ferrares, foi como se todos os amigos, tomasse um chá de sumiço.

Helena teve o apoio de poucas pessoas, aqueles que realmente estavam ao seu lado, Fernanda a governanta, Patrícia a melhor amiga de Gabriele, e os pais de Patrícia que eram amigos da família, e mais algumas companheiras de trabalho que davam sempre o seu apoio.

Com o tempo, Helena teve que cuidar da empresa, pois os seus sócios exigiram a sua presença. Ela não tinha a menor ideia do que fazer, sua área era outra. Nessa caminhada, ela fez um investimento perdendo muito dinheiro, sendo obrigado a vender a sua parte, para não ficar no prejuízo.

Os dias, as semanas, e os meses passam, e Gabriele continua em coma. Nesse meio tempo, Helena descobre que Gabriele estava sem os movimentos das pernas e que provavelmente iria ficar paraplégica, e a sua luta começa a procura de um especialista e de outros tipos de tratamento, mas foi tudo em vão, com isso, ela se ver no direito de vender as suas propriedades e a sua casa, mudando-se para um condomínio menor.

Helena com mais duas amigas, abriram uma pequena construtora de design interior, e juntas são sociais.

UM ANO E DOIS MESES DESDE O ACIDENTE.

Um ano e dois meses passaram-se e desde o dia do acidente, Gabriele continua num sono profundo. Helena estava sempre ao seu lado, Fernanda passava uma boa parte do dia, e Patrícia a tarde, e Helena a noite. Ela ainda estava ligada aos aparelhos, e em um quarto apropriado de alteir.

Helena como sempre estava no hospital com Fernanda, sua companheira. Um médico se aproxima, e Helena já fica apreensiva.

Helena :Não me diga ser má notícia, eu não vou suportar.

Ela fala com seus olhos cheios de lágrimas e seu coração apertado.

Médico :Dessa vez não, trago ótimas notícias. Mudamos as medicações de Gabriele, e ela estar reagindo muito bem, desligamos todos os aparelhos, ela está a respirar normalmente.

Helena :Meu Deus, eu não acredito.

Helena fala com as mãos para o alto.

Fernanda :Doutor, a minha menina vai acordar?

Médico :Vamos colocar ela em um quarto de observação. Não temos certeza quanto tempo vai demorar, mas sim , ela vai acordar.

A alegria das duas eram incontroláveis, Helena não sabia se chorava ou se ria.

(próximo capítulo)

Capítulo 2 Gabriele acorda de seu sono profundo.

"GABRIELE ACORDA DO SEU SONO PROFUNDO".

Passaram-se alguns dias e a ansiedade de todos só aumentava. A expectativa de Helena era grande, e cada avanço da sua filha a deixava esperançosa.

     Era uma sexta-feira, o dia estava lindo, o sol que invadia o quarto do hospital brilhava e deixava tudo mais claro, por ser tão cedo, se tornava mais lindo.

Helena desperta e vai até à janela, e fica a admirar.

Gabriele ainda estava no seu sono profundo, presa num sonho que parecia mais uma realidade.

SONHO:

Gabriele estava num lugar muito bonito onde ela nunca tinha visto, era um enorme jardim. Ela andava encantada, pois era um lugar agradável onde se sentia um cheiro muito gostoso de rosas.

Os verdes das árvores se espalhavam por todo o local, e de longe ela avistou uma luz muito forte, conforme ela se aproximava,a luz ficava mais forte. No meio da luz ela vê seu pai caminhando e ela tenta ir atrás dele.

Fim do sonho.

      Lentamente Gabriel vai a abrir os seus olhos, mas por conta da claridade, ela rapidamente fecha e dá um pequeno gemido chamando a atenção da sua mãe.

Helena vira-se e percebe quê Gabriele esta despertando, o seu coração parece errar as batidas, e ela não consegue controlar a emoção e chora de alegria.

Helena :Meu Deus! eu não acredito, minha filha.

Ela aproxima-se de Gabriele e dá vários beijos na sua testa.

Gabriele dá mais um pequeno gemido.

Helena : Desculpa o meu amor, te machuquei.

Gabriele estava sonolenta e aérea , ela pisca várias vezes até se acostumar com a claridade, ela olha arredores sem saber onde está.

   Dois médicos entra no quarto para examiná-la e a encontra com os olhos abertos.

Médico :Bom dia Gabriele, sou o doutor Renato, e essa é a doutora Lucia, como está se sentindo?

Gabriele continua em silêncio ainda sonolenta tentando descobrir aonde está.

Doutora:Gabriele, você está em um hospital, você conhece essa mulher ao seu lado?

A doutora pergunta percebendo que Gabriele estava aérea, depois de alguns minutos ela respnde em pequenos sussurros .

Gabriele :Sim...é minha... mãe.

Doutor :Você está sentindo algum desconforto?

Ela apenas nega com a cabeça, olha na direção de sua mãe e a ver chorando muito.

Gabriele :Por que... a senhora... está chorando?

Gabriele pergunta com sua voz falhando .

Helena: Meu amor, eu estou feliz, muito feliz, Deus está me dando mais uma oportunidade de olhar esses olhinhos lindos.

Ela fala chorando muito e rindo ao mesmo tempo.

Gabriele olha ao redor e tenta entender o que está acontecendo,o porque dela está ali.

Gabriele: Por que eu estou aqui? O que aconteceu?

Ela fala olhando para sua mãe.

Helena fica sem saber o quê responder, o seu coração estava acelerado,e uma profunda dor no seu peito ao lembrar de tudo que aconteceu ao longo desse ano que passou.

O médico vendo que Helena não ia conseguir falar, e toma a frente.

Doutor :Você não lembra o que aconteceu ?

Ela fica um tempinho em silêncio.

Doutor: Você sofreu um acidente.

Naquele momento passa um filme em sua cabeça, era como se fosse ontem, que apesar dela está a dormir esse tempo todo, foi como se o tempo tivesse parado.

Quando aconteceu o acidente, Gabriele estava muito distraída, ela cantava com os olhos fechados e só sentiu o impacto que não deu tempo dela abrir os seus olhos, pois logo desmaiou.

Doutor :Você sofreu um acidente com seu pai.

Gabriele olha ao redor, e não vê seu pai.

Gabriele :Cadê meu pai? Ele está bem ? Se machucou ?

Ela faz várias perguntas ao mesmo tempo, e Helena não consegue mais suportar aquela enorme dor em saber o quando sua filha, sua única e amada filha ia sofrer, sua dor aumentava.

Gabriele :Por que meu pai não está aqui ?

Gabriele olha para todos.

Helena respira fundo e tentando falar.

Helena: Meu amor... você e seu pai sofreram um acidente. Um caminhão bateu no carro de vocês, e você entrou em coma, e seu pai... o seu pai... o meu Deus me ajuda.

Helena respira mais uma vez, tentando se conter. Estava difícil.

Helena :Seu pai não resistiu.

Nesse momento Helena se desmancha em lágrimas.

Médico :Gabriele, na hora do acidente, você entrou desmaiou e logo entrou em coma.Já se passou um ano e dois meses desde o acidente.

Gabriele ainda estava a tentar digerir o que acabou de ouvir sobre seu pai, e não conseguiu ouvir o que o médico disse. Depois de alguns segundos ela chora num desespero.

Gabriele :Mãe... meu pai...meu paizinho, eu vê meu pai.

Ela tenta se levanta mas não consegue, as suas pernas não obedecem.

Gabriele :Minha pernas ,eu não consigo me levantar, minhas pernas.

Médico :Calma Gabriele ,

Os médicos rapidamente tentam controlá-la, mas o seu desespero é tão grande que logo foi sedada.

A dor de Helena é tão grande que chega a rasgar o seu peito, é como se a sua alma estivesse a sangrar.

Os médicos conversam um pouco com ela e saem ,depois de um tempo

Fernanda entra no quarto. Helena conta para ela tudo que aconteceu, Fernanda tenta acalmá-la más era difícil.

As horas se passam, e cada minuto era uma eternidade. Depois de algumas horas Gabriele mais uma vez desperta.

Ela pensava que tinha tido um pesadelo, mas ao olhar a redor, viu que não era um sonho, que tudo era real e naquele momento ela não tinha mais o seu pai, seu amigo, seu herói.

Gabriele não tinha nem uma lembrança daquele maldito acidente, por mais que ela tentasse lembrar, ela não conseguia, a única coisa que ela lembrava, era dela ouvindo música e cantar com os seus olhos fechados.

A mãe de Gabriele conta tudo que aconteceu, a parte contada pela polícia, e também que ela passou um ano e dois meses em coma, e que ela ficara sem os movimentos das pernas, mas ia contratar os melhores médicos. Gabriele ouvia tudo em silêncio, no seu coração só existia uma imensa dor.

(Próximo capítulo)

Capítulo 3. A RECUPERAÇÃO.

A RECUPERAÇÃO DE GABRIELE.

     As horas passaram-se, e para Gabriele o tempo ainda estava parado. No seu coração existia uma enorme dor, uma angústia consumia a sua alma, a dor de saber que não teria mais o seu pai ao seu lado, e que não tinha mais os movimentos das suas pernas. Tudo veio como uma bomba, era como se o mundo tivesse desabado em sua cabeça e muitas vezes ela se sentia sufocada.

 Helena contratou um dos melhores médicos para o problema de Gabriele, mas ela não aceitou, ela já passara tanto tempo em um hospital que o seu desejo era esta em casa. As suas lágrimas cessaram e ficou somente um enorme vazio no seu peito, ela queria voltar a dormir para esquecer tudo,só assim ela não sentia mais aquela dor que consumia até a sua alma.

 No final daquele mesmo dia Patrícia veio visita-la, e os pais dela junto com seu irmão mais velho.

Roberto e Marcela, os pais de Patrícia.

Roberto e Marcela são donos de uma agência de publicidade, eles amam seus filhos e sempre o apoiaram. Eles tem Gabriele como filha ,e sempre esteve apoiando e ajudando Helena.

  Gabriele estava com os olhos fechados. Todos entram e ela abre os olhos lentamente e olha para a entrada.

Marcela:Oi! princesa, como está se sentindo?

Ela fala aproximando-se da cama .

Gabriele :Oi tia Marcela, estou melhor, a senhora está diferente.

Gabriele fala com um olhar triste forçando um sorriso.

Marcela :Espero que esteja mais linda e jovem kkkk.

Marcela vai até Helena e Fernanda, e as comprimentão.

Marcela : Sentimos saudades de você.

Ela dar um abraço bem apertado em Gabriele.

Roberto: Minha filha, estamos ao seu lado, poderá contar connosco.

Ele pega nas mãos de Gabriele e lhe dá um beijo.

Gabriele :Tio Roberto, obrigada.

Ela agradece e logo em seguida ouve uma voz masculina.

Paulino:Oi! Bela adormecida? Lembra de mim?

Paulino irmão mais velho de Patrícia.

Esse é Paulino, ele é homessexual, se revelou aos 15 anos e a família sempre o apoiaram, e hoje está com 27 anos, é um ótimo rapaz , bom filho e amigo.

Gabriele:Paulino, quanto tempo, você cresceu muito.

Paulino: Bastante tempo, quando viajei era apenas uma criança, agora uma mulher, estou feliz por ver-te bem, bonequinha.

Paulino dá um beijo em Gabriele.

Ela olha para a porta e vê Patrícia, a sua melhor amiga e a tem como irmã.

Essa é Patrícia, melhor amiga de Gabriele. É uma moça que apoiou sempre quem precisa, não olha para a desigualdade ,e sempre esteve ao lado de Gabriele.

As duas conheceram-se no material infantil, eram duas crianças, e sempre estudaram juntas, e os familiares conheceram-se através delas. Elas sempre foram confidente e uma sempre apoiava a outra.

        Os olhos de Patrícia se enchem de lágrimas ao ver Gabriele.

         Gabriele também não consegui segurar as lágrimas ao ver sua amiga.

Gabriele :Patrícia... é você mesmo?

Patrícia :Acho que eu não mudei tanto ,se passaram apenas um ano e dois meses que você me deixou sozinha.

Ela fala aproximando-se de Gabriele, e as duas se abraçam em meio as lágrimas de alegria e tristeza ao mesmo tempo.

Gabriele :Você está tão linda, seu cabelo estão lindos, está tão diferentes.

Patrícia :Decidi fazer uma homenagem a você, não coloquei mas nem um tipo de química nos meus cabelos até que acordasse kkkkk.

Antes do acidente de Gabriele, Patrícia tinha os cabelos lisos e sempre com luzes claras, e desde o acidente, ela decidiu cachear. Gabriele sempre dizia que cacheados eram mais lindos.

         As duas passam um bom tempo abraçadas e matando a saudade.

Patrícia :Porque você me deixou? Eu devia colocar você de castigo.

Ela fala com um sorriso no rosto.

Gabriele :Desculpa, não fiz por mal.

Patrícia :Como senti a sua falta.

As duas se abraçam mais uma vez.

Gabriele :Sei que já se formaram. Como está o pessoal? Tem visto ele? E o Osmar? Estou com saudades de todos.

Patrícia muda a sua expressão e respira fundo.

Patrícia :Desculpa amiga, não tive mais contato com nenhum.

Gabriele fica sem entender.

Patrícia :A maioria fora para fora do Brasil, e o Osmar também foi. A última vez que vi ele foi no último dia de aula.

O coração de Gabriele fica mais apertado, passou muito tempo, mas para ela é como se fosse ontem.

DIAS DEPOIS.

 Os dias passaram, e Gabriele não tinha ânimo para nada. Os médicos que a sua mãe contratou, fazem uma bateria de exames

 Gabriele faturou a coluna lombar, e por conta da demora no tratamento e muito tempo parada ,ela terá que fazer uma cirurgias. Os médicos afirmam que as hipóteses dela voltar a andar é pequena e um pouco dolorosa. Infelizmente a lesão medular é grave e antes da cirurgia, ela terá que fazer fisioterapia , e isso será doloroso para ela.

  Helena quer tentar, é uma pequena chance, e junta com a fé que ela tem, aumenta a sua esperança. Mas Gabriele não quer, ela já passou muito tempo num hospital e terá que aceito isso para cobrir a dor quê sente pela morte de seu pai.

Os dias passam, e logo Gabriele recebe alta.

PARA CASA.

  No caminho para casa, Helena conta para ela sobre o novo apartamento e as adaptações feitas.

Gabriele:E a nossa casa?

Helena:falei-te o motivo de ter vendido a casa.

Durante o tempo no hospital, Helena contou para ela sobre a perca da empresa, mas Gabriele estava com os seus pensamentos tão longe que tinha esquecido.

Helena:Quando o seu pai partiu,eu tentei cuidar da empresa. Tentei dividir o meu tempo com você ,a empresa e os meus clientes, mas não deu,sem pensar fiz um mau negócio.

Patrícia:Ainda acho que aqueles abutres armaram contra a senhora.

 Quando Helena estava cuidando da empresa, um dos sócios falou sobre um novo envertimento, e ela sem entender aceitou. Mas o tal era de uma empresa fantasma que a robou, e ela levou toda a culpa sendo obrigado a vender sua parte.

Helena :Pode ter sido, mas não ia dar conta. Tive que vender a nossa parte.

Helena fala tentando esquecer tudo aquilo.

Gabriele :E porquê vendeu a casa?

Helena :Tinha muitas lembranças.

 Na verdade Helena vendeu para ajudar nos custos do hospital. Era um hospital particular, e Helena sempre quis o melhor para sua filha.

  Helena comprou um apartamento em um ótimo condomínio, lá era adaptado para pessoas com deficiência, e ela deu uma boa reforma no apartamento para facilitar a adaptação de Gabriele.

 O apartamento era grande, tinha uma enorme sala conjugada com uma cozinha americana, um corredor quê leva a três suítes. O quarto de Gabriele tem tudo que ela precisa, uma pequena biblioteca , e um ateliê, pois antes do acidente ela gostava muito de pintar.

 O condomínio fica em um ótimo bairro. As condições da família não ficaram a mesma, mas elas vão viver muito bem. Helena separou uma boa parte do dinheiro adquirido para a faculdade de Gabriele, e com a venda da casa ela comprou o apartamento. Ela montou sua pequena agência de design interior com o dinheiro adquirido da empresa. Os gastos no hospital foram grande ,mas com a ajuda do Roberto pai de Patrícia, ela soube administrar bem o dinheiro.

  Logo elas chegam no condomínio e são recebidas com uma linda recepção para Gabriele. Gabriele também foi recebida por um pequeno filhote, uma gatinha que Helena encotrou na antiga casa,a gatinha estava no portão de entrada, com fome e com cede.

A gatinha se tornou companheira de Gabriele.

TEMPO DEPOIS.

   Os dias, as semanas e os meses passam, e Gabriele continua na mesma, ela não tem ânimo e nem força para prosseguir, a sua vida se resumiu somente em seu quarto, onde ela passa dia e noite, quando não é dormindo, é sentada em sua cadeira de roda olhando para o nada.

  Patrícia tenta de tudo para ela reagir ,mas no mundo que ela entrou, ela não quer mais sair.

 Helena leva um lanche para Gabriele e tenta conversar um pouco com ela ,mas era sempre a mesma coisa, Gabriele apenas respondia tudo em poucas palavras, e mais uma vez Helena sai do quarto de Gabriele triste. Ao chegar na cozinha encontra Fernanda.

Helena :Nanda ,eu já não aguento mais, ela não quer reagir, aos pouco estou perdendo minha filha.

Ela senta no sofá chorando, a dor de vê a sua filha naquele estado é grande.

Fernanda: Temos que ter paciência e fé, não pode desistir.

Fernanda fala sentando ao seu lado.

Helena :Está tão difícil, minha menina vivia sempre com um sorriso no rosto e os olhos brilhando, ela perdeu aquele brilho no olhar e aquele sorriso doce. E se eu perder a minha menina? Já perdi o Augusto, eu não vou suportar, eu não vou aguentar.

 Fernanda a abraça e diz.

Fernanda :Calma minha filha, se ela vê você assim, ela ficará pior.

 Essa é Fernanda Souza. Começou a trabalhar para Helena logo quando ela se casou, e quando Gabriele nasceu, ela passou a ser babá, e agora se tornou uma amiga e mãe para Helena.

Fernanda :Eu tenho fé, que um dia veremos a nossa menina rindo como antes, e até cantando.

Elas passam um tempo abraçadas.

 Patrícia todas as tarde ,visitava Gabriele, e passava um bom tempo falando sobre seu dia. Ela sempre percebia Gabriele distante, e tentava reanimá-la, mas era impossível.

      O tempo passa, e já estava com quase dois anos que Gabriele estava presa em um quarto, em um mundo de tristeza e solidão.

       Patrícia como sempre vai visita-la, ela conversa um pouco com Helena, e vê sua tia cada dia mais triste. Logo em seguida ela entra no quarto de Gabriele ,e como sempre, ela estava sentada em sua cadeira olhando para uma enorme janela de vidro em seu quarto.

Patrícia aproxima-se de Gabriele, pega uma cadeira e senta ao seu lado.

Patrícia :Oi !

Gabriele :Oi.

Como sempre Gabriele responde com poucas palavras.

 Gabriele permaneceu em silêncio, e Patrícia também. Dessa vez Patrícia não falou e nem contou como foi seu dia, ela ficou um bom tempo em silêncio procurando palavras. Os seus pensamentos estavam na sua tia, pois sabia do sofrimento dela desde o dia do acidente.

Depois de um bom tempo, Patrícia quebra o silêncio.

Sem olhar para Gabriele diz.

Patrícia :Gabriele, sou sua amiga, e já não aguento mais isso. Você era uma menina alegre e sempre olhava o lado bom das coisas, e agora...

Patrícia respira fundo tentando controlar as suas lágrimas.

Patrícia:Eu sei o quanto é difícil para você, e o quê eu vou falar também é difícil.

Patrícia vira a cadeira ficando de frente para Gabriele.

Patrícia :Logo quando sofreu o acidente, a sua mãe também quase morreu, foi um choque para ela. No mesmo dia perdeu o marido, e ouviu o médico dizer que a sua filha, a sua única filha estava num sono profundo, e não sabia quando ia acordar. A tia Helena não sabia se chorava a morte do tio Augusto, ou se chorava por você... Ela sofreu tanto. As horas e os dias tornaram-se longos para ela. Depois de um ano e dois meses acorda, foi a maior alegria do mundo. Já se passou dois anos desde o dia que acordou, mas você se trancou num lugar pior que a coma. A tia sofre tanto em vê você assim, eu estou a sofrer, pois, está me deixando só mais uma vez. Se não tem forças, reagi pela tia Helena, pelo tio Augusto, ele também está triste em ver você assim. Você está a ser egoísta em se trancar sozinho nesse mundo e não nos levar, eu estou a sofrer tanto, estou quase desistindo também, e se eu desistir, será culpada. Não pense só em você, más pense em nós.

(PRÓXIMO CAPÍTULO).

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