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MY PERFECT PERSON

.1.

Luciana- A senhora não acha que está.. -faz uma pausa.

-Eu não sei. -Abro a porta do banheiro.- compre um teste para mim,por favor não conte a ninguém..

Ela saiu do quarto em concordância, Luciana é a única amiga que tenho desde que vim para está casa, sei que posso confiar, e se realmente der positivo poder ser que as coisas melhoram por aqui. Sou tirada de meus pensamentos com a porta do quarto se abrindo

Carlos-Porque não desceu, os convidados estão esperando

-Me senti enjoada.-me levanto da cama.-Já estou descendo

Carlos- Otimo.

Essa é a melhor maneira de passar meu quinto aniversário de casamento, fingindo que as coisas estão ótimas e que esse casamento começou por amor, claro que não,mas é uma coisa que as pessoas tem que pensar, não é mesmo.

Os amigos da família, os parentes e alguns parceiros de negócios do Carlos estão aqui, com um sorriso no rosto, ando pelas pessoas acenando educadamente, enquanto uma música chata escolhida pela minha mãe está tocando.

Sinto uma mão fria e familiar segurando em minha mão,olha para o Carlos que está com um sorriso de orelha a orelha, ele me guiou até uma mesa onde está os sócios, seu pai Vítor e minha mãe Eleonora.

Eleonora-Onde estava Kiara ?.- diz seria.-Porque demorou tanto pra descer filhinha ?.

Carlos-Ela não se sentiu bem, está meio enjoada ultimamente

Vitor- Será que meu novo herdeiro está vindo ai.-ele se levanta feliz.-Sei que meu neto vai ser um grande chefe.

-Nao estou grávida, isso eu posso afirmar.- mostro um sorriso.- Passei mal ultimamente por conta dos preparativos da festa.

Carlos-Mas não significa que não estamos tentando, não é amor.-Ele beija minha bochecha.

Isso mostra o porquê dele ter me agarrado quando chegou de viagem, enquanto eu estava dormindo, eles não querer saber se vai ser uma garotinha, eles querer apenas UM herdeiro, não é atoa que desde que nós casamento, não paro de escutar que tenho que engravidar, que vou trazer um grande ganho a nossa família.

Suspiro baixinho, vejo a Luciana me chamando discretamente no alto da escada do segundo andar, saio disfarçadamente, enquanto eles estão conversando sobre a empresa das duas famílias, subo as escadas e entro no quarto.

Já tem alguns minutos que estou esperando o resultado, minha mente está uma bagunça, independente do resultado, não quero que meu filho cresça sem ter opções, assim como eu cresci, quando nasci meu pai fez acordo com o Vitor para unir as empresas através dos filhos, meus primeiros passos foi indo em direção ao Carlos, meu primeiro beijo, meu primeiro namorado, minha virgindade, tudo porque nossas famílias planejaram, no começo do casamento tinha um sentimento, mais não era paixão e sim de amizade, carinho, quando Carlos escutou minha conversa com a Luciana dizendo que não gostava mais dele, ele começou a ser grosseiro e foi aí que os abusos começaram, sempre me lembrando que não é por amor, nem por opção minha..

(💭 positivo 💭)

A festa já acabou a algumas horas, Carlos está desmaiado ao meu lado por conta da bebida, por falta de sono pego meu celular ao lado da cama e procuro casas nas cidades mais afastadas, acho um apartamento muito bom e mando mensagem para a dona do mesmo, sem nem ao mesmos esperar uma resposta, saio da cama lentamente e vou até o closet, no mesmo pego duas malas e coloco o máximo de roupas que consigo, após colocar as malas no corredor, vou até o escritório do Carlos, sigo em direção ao armário onde fica o cofre, dígito a senha e pego uma boa quantidade em dinheiro.

Sou Kiara Evans, filha de Vicente Evans, um empresário que morreu pouco tempo depois da minha formatura no fundamental, mamãe Eleonora me criou para ser uma dama, todos os cursos e maneiras possível de ser uma boa filha, boa esposa e obediente eu sei, esse é um dos motivos pelo qual estou dirigindo e vou enfrentar praticamente quinze horas na estrada, não quero que meu filho cresça vendo gráfico de empresas e com contratos de casamento, ele vai ter uma vida boa e liberdade, vou garantir isso.

Ao parar no estacionamento, saio do carro e me alongo, ando em direção ao prédio de poucos andares, e já vejo a senhorita Suzana me esperando na recepção com um sorriso caloroso.

Suzana- Imagino que seja a senhorita Kiara.-ela me analisa.- Chegou rápido, morava por perto ou estava ansiosa pelo apartamento.

-Estava ansiosa pelo apartamento.-minto

Entramos no elevador e fomos até o último andar, ao sair do mesmo nos direcionamos até o apartamento, entrando no mesmo observo a decoração e mobília fazem-me me sentir em casa. Depois de assinar os papéis da compra e saber as regras, Suzana saiu-me agradecendo, suspiro aliviada ao trancar a porta e sentar-me no sofá, após uma longa viagem, parando para abastecer, comer qualquer coisinha, trocar o número do meu celular, final posso me sentir segura.

CONTINUA

.2.

FELIX LAURENT

Acordo com mensagem da minha tia dizendo para mim ir dar as boas vindas a minha nova vizinha, pois ela acha muito suspeito uma pessoa mandar mensagem sobre um apartamento de madrugada, é algo que até eu acharia suspeito, porém não me meto na vida de ninguém.

Me levanto da cama, vendo que dormi mais doque deveria, essas são as vantagens de trabalhar como investigador(policial), as boas noites de sono, não são existentes, quando não se esta preparando uma operação para prender algum chefe corrupto por aí, está vendo se sua vizinha pode ser uma criminosa ou sua tia não irá deixar você descansar em paz.

Após me arrumar para o trabalho, sai do apartamento e foi em direção a porta da minha nova vizinha, após duas batidas, não escutei uma resposta, bati novamente e escutei a porta do elevador se abrindo, olha em direção a mesma e vejo uma moça com uma caixa de pizza na mão e procurando algo em sua bolsa, a mesma só nota minha presença ao olhar para cima após encontrar as chaves do apartamento..

..-Posso ajudar alguma coisa.-diz ela me olhando atentamente

Ela é bonita, tem um olhar meigo e profundo,seu corpo é algo que chama atenção, sua voz é calma e sexy, aparentemente não é alguém que pode causar algum tipo de crime, porém criminosos não são julgados pela aparência..Ela mostra estar cansada, pelo horário e o jantar em sua mão, percebo que ela provavelmente está conhecendo a cidade ou algo assim.

-Vim apenas dar boas vindas a nova moradora.- estendo a mão.

..-Muito obrigada

Apertando minha mão, sinto seu toque gentil e quente, vejo em seu dedo uma marca circular, possivelmente de uma aliança que ela deixou de usar a pouco tempo.

..-Kiara, é um prazer.- solta minha mão.

-Felix, o prazer é meu...- Cruzo os braços.- Já conheceu a cidade ?.

Kiara-De certa forma, entreguei alguns currículos, não muito longe do prédio.

-Teve sorte em sua busca ?.

Kiara-Sim consegui em um bar/clube, aparentemente foi mais fácil do que pensei

-Que bom.- me afasto indo em direção ao elevador.-Nao vou tomar seu tempo de descanso, seja bem vinda Kiara.

Kiara-Obrigada Félix.

Ouvir meu nome sair daqueles lábios, me fez ter pensamentos inapropriados por um breve momento, não sou um tarado ou qualquer coisa do tipo, muito pelo contrário, meu trabalho me impede bastante, não tenho tempo para uma rapidinha e a última foi a meses, deve ser por isso que minha mente reagiu.

Sou Félix Laurent, sou investigador (policial), sempre gostei de filmes, séries, novelas que eram relacionadas a polícia, José meu pai era policial, mais depois que sofreu um acidente e perdendo os movimentos da cintura para baixo, Valentina minha mãe é uma estilista talentosa, quando não está trabalhando está sempre indo conhecer lugares, ver peças teatrais com meu pai, fico feliz em ver que o acidente não fez o amor deles acabar, me mostrando que ainda pode existir pessoas boas e um grande amor em algum lugar.

KIARA EVANS

Edigar- Serio Kiara.-ele sorri.-Como pode ganhar tantos números de telefone no seu primeiro dia.

-Não faz muita diferença.- Amasso o telefone.

A quantidade de pessoas no local está razoável, o ambiente é aconchegante, a iluminação é baixa com abajures em algumas mesas, as pessoas dançando nem se importa com os estranhos se esfregando ao seu redor, de certa forma é para isso que a maioria das pessoas vem a bares/clubes, descontrair, curtir o momento.

Safira-Se ela já está bombando com os rapazes, imagina nas gorjetas.- Ela passa o braço ao meu redor.-Nao se esqueça de mim haha.

Safira trabalha aqui a alguns meses, seu carisma é algo notável, já tem horas que estamos trabalhando aqui e ela não me faz me sentir escolhida, fica brincando e me provocando, quem vê de longe acha que nós conhecermos a tempos.

Após um longo período, indo e vindo com bebidas e pedidos, terminamos de limpar o local e fomos embora, a casa da Safira fica a alguns quarteirões do meu apartamento.

Safira-Me surpreende saber que é o seu primeiro trabalho com o público.

-Ajudava minha mãe no trabalho as vezes, é algo totalmente diferente, era estar atrás de uma mesa o tempo todo.-olho para ela.-Aqui já pude ver como as pessoas agem quando não tem ninguém olhando, até mesmo algumas foram amigáveis.

Safira-Com o tempo vai acabar se divertindo com isso, mandou muito bem hoje, vamos ser uma boa dupla.-ela bate em meu ombro.

Ela atravessou a rua e seguiu seu caminho, mesmo estando de madrugada não me sinto assustada, enquanto ando vou admirando o céu, está tão estrelado e brilhante..

Com as portas do elevador se abrindo, entro no mesmo e aperto o botão do andar, as portas estavam quase se fechando quando o tal de Félix entrou no mesmo, ele esta com os botões da blusa abertos, dando uma boa vista do seu peitoral, seus cabelos estão rebeldes com alguns fios no rosto.

-Oi.-digo baixo.

Felix-Oi..-ele me olha de cima abaixo.

A porta do elevador se fechou, os primeiros andares um silêncio constrangedor paira entre nós, olhando de relance vejo que ele é um homem muito bonito, aparenta cuidar de si mesmo e tem jeito de quem sabe oque quer, e está disposto a conseguir.

Felix-Meio tarde para uma nova moradora estar perambulando pelas ruas.

-Vai ser minha rotina a partir de agora.

Assim que a porta do elevador se abriu, ele saiu rapidamente, peguei as chaves em minha bolsa e segui até meu apartamento.

Felix-Só tenha cuidado, nesse horário eu nem quero imaginar as pessoas malucas que tem por aí.-olho para ele.- Se precisa de algo não pense duas vezes em me chamar.

-Obrigada.

Felix- Tenha uma boa noite Kiara.

CONTINUA

.3.

KIARA EVANS

Já se passou uma semana desde que vim morar aqui, hoje é meu primeiro dia de folga, estou terminando de me arrumar para ir aí hospital saber como está o bebê e tudo sobre minha gravidez, após pegar minha bolsa, saio do apartamento, antes mesmo que eu pudesse dar qualquer passo, uma notificação do hospital me fez parar.

MENSAGEM

Olá, bom dia.

Gostaríamos de confirmar sua presença para a sua consulta, estamos ansiosos para ajudá-lo e atender a suas necessidades..

*Por favor não esqueça de vir com acompanhante, por motivos do paciente vir a passar mal, nos do hospital agradecemos*.

...

Droga..acho algo desnecessário ter que levar alguém, ninguém sabe sobre minha gravidez, poderia chamar a Safira, porém ela aproveitou a folga e foi visitar os pais, o Edigar está aproveitando para reabastecer o bar/clube. Meus olhos lentamente vão até a porta do apartamento vizinho,ando até o mesmo rezando para que não tenha ninguém em casa, bato na porta, não tem resposta.

(💭Ele deve estar com a namorada ou trabalhando...vamos ter que encontrar outra opção 💭)

Antes mesmo de sair do lugar, a porta é aberta, o Félix está com o semblante sonolento, provavelmente acordei ele e eu com certeza sei o ódio que ele deve estar sentindo, o mesmo passou a mão pelos cabelos e encostou no batente da porta, seu abdômen é invejável, seus músculos são definidos, oque só consigo reparar agora, pois ele não está usando nada além de uma bermuda.

-Desculpa se eu te acordei...- abaixo o olhar envergonhada..

Felix- Sei que tem uma boa razão para isso.-ele cruza os braços.

-Quanto você quer para me fazer um favor ?...

Felix- Oque posso fazer por você ?.-diz curioso

-Preciso de um acompanhante para ir comigo em uma consulta, nenhuma das pessoas que conheço aqui estão disponíveis..

Felix-Tudo bem então.

Ele se afastou um pouco da porta e deu passagem para mim entrar, ao entrar em seu apartamento, vejo o quão organizado ele é, sigo o mesmo até a sala e me senti no sofá.

Felix-Vou me arrumar rapidinho.

-Nao tem pressa, estou uma hora e meia adiantada.-ele me olha surpreso.-Não sei onde é o hospital, então pensei em sair mais cedo.

Já faz um tempo que chegamos no hospital, como "pagamento" passamos em uma cafeteria antes de vir ao mesmo, acho que cafeína animou o Félix, seu semblante de poucos amigos, não está mais visível. Está perto de dar o horário que marquei, estou ansiosa, fico batendo minhas unhas na ponta dos dedos, vejo o olhar do Félix sobre mim, porém ele não diz nada.

Dr.-Kiara Evans.- diz o médico ao abrir a porta do consultório.

Me levanto e vou até o mesmo, ele me cumprimentou com um aperto de mãos e olhou para o Félix que está poucos passos atra de mim, entramos na sala e vejo queno Félix entendeu o porque dele estar aqui. Sentada na mesa com a blusa um pouco para cima, sinto o médico espalhando o líquido gelado com o objetivo, Felix está sentado ao meu lado, olhando atentamente para a tela onde está se passando a ultrassom, ao ver um figura tão pequena e escutar um som rápidos, sorrio boba.

Dr- Seu bebê está saudável.-ele olha em nossa direção.- Já estamos com dois meses e meio de gestação, tem que se cuidar bastante para que não ocorra dificuldade mamãe, e papai.-ele olha para o Félix.-Cuide que a mamãe se alimente bem, parabéns.

Félix-Pode deixar.

Olho para ele espantada, ele está me olhando com um sorriso de canto, provavelmente só deu uma resposta a vaga ao médico, para não lhe causar constrangimento. Ao sairmos do hospital, fomos em direção ao estacionamento, o silêncio após sairmos da sala do médico, ainda permanece, ele está poucos passos a minha frente, seguro em seu braço fazendo o mesmo me olhar.

-Muito obrigada por me acompanhar, não vou mais tomar seu tempo.- passo por ele, indo em direção ao carro.-Sei que é ocupado e provavelmente tem que trabalhar, então muito obrigado

Felix-Estou de folga hoje.- ele pega as chaves do carro em minha mão.- Pretende passar em mais algum lugar?.

-Vou fazer compras.-cruzo os braços

Felix-Ta bom

Ele entrou no carro, porque ele entrou no carro ?, já fez o favor que pedi, porque não foi embora ainda ?.

FELIX LAURENT

Sinceramente não sei porque não foi embora, sei que não é da minha conta, mais meu extinto do trabalho me diz que é bom ficar perto dela, ainda mais agora sabendo que ela está grávida, me pergunto onde está o pai do bebê, pela marca de aliança que vi quando nos conhecemos, ela poderia estar em um relacionamento.

Kiara- Felix ?.

-Sim..-saio de meus pensamentos.-oque foi ?.

Kiara-Vamos para o próximo corredor.

Ela anda um pouco a frente só carrinho, vou olhando cada detalhe, não me admira não ter percebido que ela esta grávida, sua barriga não está amostra ainda, a Kiara é uma mulher bonita, não duvido que durante a gestação vai ficar ainda mais.

Após passarmos no caixa, fomos até o carro, colocamos as sacolas no mesmo e entramos, dirigi até uma loja no centro da cidade, ela não questionou onde estamos indo ou algo assim, talvez ela esteja confiando em mim. Ao estacionar o carro,fomos em direção a loja.

-Porque estamos aqui ?- diz com um sorriso de canto.

Felix-Não sei tiver comprou algo para o bebê.-ela balança a cabeça.-Vamos apenas olhar.

-Olha só.-ela se aproxima.- Você não é só de poucas palavras, tem alguém carinhoso aí !- brinca.

Felix-Eu ainda posso mudar de ideia.

Ela pegou em minha mão e seguimos até a loja, realmente o toque dela é quente e gentil, ao entrarmos na loja fomos em direção aos berço, ela soltou minha mão lentamente para analisar melhor cada um deles, olho para minha mão que está sentindo a ausência do calor da mão dela.

O berço que ela pegou é realmente bonito, agora entendo o porquê minha tia disse que ela pediu por um quarto vazio em seu apartamento, enquanto ela está olhando um guarda roupas, vou olhando as roupas do outro lado da loja, olho para um conjunto branco com detalhes, pego o mesmo e vou até o caixa e pago pelo conjunto. Sempre quis ser pai, porém nunca me surgiu a oportunidade, por esse motivo me coloco sempre no trabalho, sei que quando for a hora certa, vou encontrar alguém.

Kiara-Oque comprou ?- diz atrás de mim.

-Um pequeno presente.- Entrego a sacola para ela

Kiara- Obrigada

Seu sorriso é algo que posso ver o dia todo sem me cansar, é acolhedor e aconchegante, seja lá qual foram os motivos dela ter vindo para cá, fico feliz por te-la conhecido

CONTINUA

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