Me chamo Briana Campbell, fui criada e treinada para me tornar uma mulher séria, fria e sem sentimentos.
A frase "Quem vê rosto, não vê coração" parece ser feita para mim.
Nunca tive o amor de ninguém, nunca precisei disso mesmo, e mal sei o que é, para mim, é só mais uma palavra comum, nunca ouvi e nem falei.
Quando eu nasci a minha mãe faleceu, o que fez o meu pai se distanciar de mim, quando fui crescendo ele apenas olhava para mim a modo de saber se eu estava sendo bem treinada.
Quando eu mostrava qualquer tipo de afeto com qualquer uma pessoa, eu apanhava até não sustentar mais o meu corpo em pé.
Assim eu aprendi que nunca devo demonstrar o que estou sentindo, afeto é uma fraqueza.
Se eu saí de casa posso contar quantas vezes foram, estudei em casa, treinei na minha casa, e quando ficava doente os meus médicos vinham para minha casa, isso somente por ser o motivo da vergonha do meu pai.
Tudo o que eu faço é somente para ter o perdão do meu pai, perdi as contas de quantas vezes chorei dormindo por meu pai gritar comigo diariamente.
Eu carrego a culpa da minha mãe não poder estar aqui hoje em dia, o meu pai sempre me disse que o fato dela ter morrido foi somente para me dar a vida, por isso ele me abomina, e também tem o fato de ter nascido mulher.
Sou conhecida por todos que já me viram apenas por minha beleza e educação, quem me vê por fora só enxerga os meus olhos claros, minha boca rosada, pele de porcelana, os meus longos cabelos e o corpo esculpido.
Quem de fato me conhece sabe que sou a pior pessoa que você poderia arrumar alguma rivalidade, eu posso fazer da sua vida o verdadeiro inferno. Já perdi a conta de quantas vezes torturei homens, alguns o meu tio Max até mesmo me deixava finalizá-los.
A minha família é uma das mais perigosas, conhecida por não ter compaixão com ninguém, o que somos? Assassinos de aluguel, uma grande empresa de faixada para o nosso trabalho secreto é a desculpa para as nossas mansões luxuosas, carros luxuosos e o melhor, a vida de luxo que levamos.
Embora eu não desfrute dos carros, motos, e nem das mansões, eu posso descontar todo o meu ódio nos homens com uma morte lenta e dolorosa.
Eu sou linda e elegante, mas a minha mente é uma coisa surpreendente.
...Ω Ω Ω Ω Ω Ω Ω Ω Ω Ω Ω Ω Ω Ω Ω Ω...
O começo...
Briana estava sentada na janela do seu quarto enquanto lia um livro, 451.º Fahrenheit, ela sorria enquanto lia.
O seu quarto fica no terceiro andar da enorme mansão, ela olha para baixo e observa o carro do seu pai chegando.
Ela marca a página do seu livro, onde havia parado a leitura, ela joga-o em cima da sua cama e corre para fora do quarto.
Ela desce pela escada mesmo, embora o elevador ficasse próximo ao seu quarto, ela chega na sala juntamente ao seu pai.
— Oi pai, chegou agora? — ela pergunta fingindo não saber.
— Sim! — ele responde.
— Entendi, o Michel veio? — pergunta.
— Não, está no seu tio Max. Briana quantos anos você tem mesmo? — ele pergunta para ela.
— Tenho vinte, pai — responde.
— Você ainda é virgem, certo? — ele pergunta, com certa curiosidade.
Ela fica um pouco desconcertada, o seu pai não costuma lhe fazer esse tipo de pergunta, na verdade, ele nunca lhe fez esse tipo de pergunta.
— Correto, continue assim, tenho grandes planos para você. Ao que parece ter uma filha mulher não foi tão inútil assim — ele fala.
— Tudo bem, vou voltar para o meu quarto — fala.
Ela não aguentaria mais subir as escadas então entra no elevador, quando a porta estava se fechando um dos homens que trabalha com o seu pai entra rapidamente.
Eles ficam em silêncio até a porta se fechar, Briana olha para ele que encara ela de volta.
— A onde você vai? — pergunta se aproximando dele.
— Terceiro andar — ele responde.
A porta do elevador se abre e ele sai rapidamente do elevador, as vezes Briana intimidava os homens que trabalhava para seu pai.
O coitado sai do elevador quase correndo e ela o fica encarando, quando se vira para frente ela observa o monumento de homem parado a sua frente.
— Você não cansa de implicar com os coitados nessa casa, Bri? — ele me pergunta.
— Eu não estaria implicando com eles se você tirasse o meu tédio — ela responde.
Ela sai do elevador e fica de frente a frente com ele, os dois se encarando.
— Não me atente, não sabe do que eu sou capaz — ele fala.
— Sabe Marc, eu penso ser você quem não sabe do que eu sou capaz — ela fala.
Marc era o único homem que conversava com ela naquela casa, os outros homens fugiam dela como o diabo corre da cruz, e ela gosta disso.
— Se cuida senhorita — ele fala e passa por ela para entrar no elevador.
— Marc, no mesmo horário de sempre? — ela pergunta.
— Claro — ele sorri.
Ela vê a porta do elevador se fechar e vai para seu quarto, se joga na cama e pega o seu livro, ela volta para sua leitura.
A noite vai caindo e Briana recebe a sua janta no quarto, depois da janta ela toma um banho, passa hidratante por todo o seu corpo, se perfuma e veste uma ‘lingerie’ bem ‘sexy’.
Ela estava de pé na janela quando a porta do seu quarto é lentamente aberta, é fechada e trancada por dentro, a pessoa se aproxima dela e abraça.
Uma mão vai diretamente no seio direito dela e os dedos do homem brincavam com o seu mamilo. Enquanto a mão esquerda ia diretamente na sua feminilidade, no seu lábio menor.
— Eu não posso demorar — ele sussurra no seu ouvido.
— Me faça relaxar e poderá ir para onde quiser, Marc — ela responde.
Ele virá ela de frente para ele, a leva ate a cama e a empurra, que cai deitada, abre as pernas dela, chega a ‘lingerie’ para o lado e começa a fazer o seu trabalho.
— Eu vou sentir falta disso — Marc fala assim que faz Briana chegar ao seu ápice de prazer.
— Não diga como se nunca mais fossemos nós ver, viajará a alguma missão? — ela pergunta.
— Digo quando você for embora com o seu marido — ele explica.
— Do que está falando? — ela pergunta.
— O seu pai vai casar você, por que pensou que ele manteria você trancada e virgem por todo esse tempo? Por que pensa que nunca transamos? Ele disse que se qualquer um dos guardas comesse você, estaríamos mortos, podemos fazer qualquer coisa, menos penetração — ele responde.
Briana sente tanta raiva, uma raiva incontrolável, ela levanta-se lentamente, anda calmamente até Marc e da uma joelhada no seu "instrumento".
— Sua filha da pu... — ele é interrompido por um soco que ela dá no nariz dele.
Marc estava no chão, ela agacha-se ao lado dele e o faz olhar para ela puxando o seu cabelo.
— Diga ao seu patrão quando for chupar o pau dele novamente que quem te bateu foi a filhinha dele, e avisa que eu me casarei só se entrar no cartório amarrada — ela fala e solta ele.
Briana se levanta e vai andando em direção a casa de banho, ela se lava e volta para o quarto, no seu chão havia alguns pingos de sangue, provavelmente do nariz de Marc.
Ela chama uma funcionária e manda que limpe o seu quarto, enquanto isso ela estava na varanda do seu quarto, sentada com o cigarro entre os seus dedos, enquanto olhava quem entrava e saia da enorme mansão em que vivia.
Quando o seu quarto já está limpo ela volta para dentro, apaga todas as luzes, deixa as suas cortinas e a porta da varanda abertas, não demora nem dois minutos para pegar no sono.
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Marc é um homem muito atraente, Briana o usava quando estava muito estressada, ele era como se fosse um 'consolo' para ela. Ela nunca o beijou, não conversavam sobre a vida um do outro nem nada, única coisa que ela precisava saber sobre ele é que ele faria com que ela fosse ao céu, e isso ele fazia muito bem.
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No dia seguinte Briana acorda com o sol fraco batendo no seu rosto, ela se espreguiça na cama e olha para seu lado, quando vê o seu pai sentado lendo o livro dela.
— O que está fazendo aqui? — ela pergunta sonolenta.
— Marc me deu o seu recado ontem, vim pessoalmente lhe dizer que isso não é negociável, eu sou o seu pai, você fará o que eu mandar — ele fala.
— Por que pensa que eu me casaria? Não nasci para isso — ela fala.
— Nasceu apenas para tirar de mim a única mulher que eu amei no mundo, você fará isso por que eu estou mandando você fazer. Se não fizer por vontade própria eu terei o prazer de amarrar você e levá-la a força, se bem que eu nem precisarei disso, trataremos de tudo isso em casa, será uma coisa discreta — ele fala.
— Então você terá que me obrigar — ela fala.
— Não me desafie Briana, nessa briga você só sairá perdendo, sabe disso — ele se levanta.
— Podemos negociar isso, eu não quero me casar — ela fala.
— Perdeu o direito da negociação quando tentou me desafiar — ele fala.
Quando ele sai do quarto Briana pega o seu abajur e joga com força na porta, ela começa a gritar e um segurança entra no seu quarto pensando que estivesse acontecendo algo com ela.
— Está olhando o que imbecil? — ela pergunta para o segurança que ainda olhava para ela.
Briana se levanta, quando se descobre ela estava só de ‘lingerie’, ela percebe que o segurança fica boquiaberto ao vê-la daquele jeito. Briana anda até ele e passa a mão no ombro dele e aproxima os seus corpos um do outro.
— Gostou? — ela pergunta sussurrando.
— Si.Sim — gagueja.
— Quer me foder? — ela pergunta ainda sussurrando.
O segurando fica desesperado, começa a se despedir rapidamente, quando ele estava apenas de cueca a porta do quarto é aberta.
— Meu Deus! Pegue as suas coisas e saia daqui, quer ser morto ou o quê? Não pensa? Ela é o fruto proibido! — Marc fala.
O segurança pega as suas coisas na mão e sai de lá correndo, Marc fecha a porta do quarto e tranca na chave, ele vai até à cama dela e se senta.
— O que veio fazer aqui? — ela pergunta.
— Me desculpar por ontem, eu fui um pouco insensível — ele responde.
— Você ficou bonitinho com o nariz assim — ela fala olhando pra ele.
— Você quebrou o meu nariz — ele fala sorrindo.
— Você pediu por isso Marc, se só veio aqui para se desculpar então pode ir — ela fala a apontar para porta.
— O seu irmão e a Sam estão aqui — ele informa.
— O tio Max também veio? — pergunta.
— Sim! — ele responde.
— Então saia do meu quarto antes que ele venha aqui — ela fala.
Marc sai do seu quarto e ela vai se arrumar, a única pessoa em que ela mais confiava era no seu tio, ele saberia o que fazer a respeito disso.
Quando já estava arrumada ela sai do seu quarto e vai para sala, assim que a vê o seu tio vai até ela e dá-lhe um abraço apertado.
Ela nunca entendeu muito bem o motivo do seu tio gostar dela já que ela havia matado a sua única irmã, ele era irmão da mãe dela, e pelo que o seu pai dizia, ela havia matado a mãe quando nasceu.
— Minha pequena flor — ele fala abraçando ela.
— Tio, como vai? — ela pergunta.
— Muito bem! suponho que precisamos conversar, já falei com o seu pai — ele fala.
— Claro sim! Podemos caminhar no jardim? — ela pergunta.
— Vá na frente e cumprimente o seu irmão e a sua prima que chegaram a pouco juntamente comigo, me espere nas rosas — ele fala.
Briana concorda com a cabeça e sai de lá deixando o pai e o tio conversando, ela passa por outra sala onde estavam Sam e Michel aos beijos.
— Oi! — ela fala os assustando.
— Briana! Eu estava com saudades — Sam fala.
— Oi Briana, parabéns, soube que vai se casar — Michel fala a provocando.
Sam da um tapa no braço dele, Michel adorava provocar Briana e isso a irritava.
— Isso é o que veremos Michel — ela fala em resposta e sai de lá.
Briana estava sentada num banco em frente as rosas-vermelhas da sua mãe, ela estava distraída quando o seu tio se senta à o seu lado.
— Eu não quero ter que me casar — ela fala.
— Eu também não quero que se case, mas terá que se sacrificar — ele fala em resposta.
— Como assim? — ela pergunta.
— O que acontece quando você tenta capturar uma mosca — ele pergunta.
— Ela foge — ela responde já sabendo a onde o seu tio queria chegar com isso — Ele ficaria decepcionado comigo, eu não poderia fazer isso — ela fala.
— Filha se você se casar com um homem com a minha idade, sem amor, apenas para agradar ao seu pai, eu ficarei decepcionado com você. Nunca vou deixar de vê-la, nem de amar você, mas eu vou ficar decepcionado por você ser tão submissa ao seu pai, eu não a treinei para isso — o seu tio fala se levantando.
— Como farei isso? — ela pergunta.
— A oportunidade aparecerá — ele responde.
O seu tio sai de lá sem dizer mais nenhuma palavra, Briana não sabia o que fazer, não queria decepcionar nenhum dos dois, mas ela teria que fazer isso, mas qual deles?
Ela acende um cigarro e começa a fumar, não sabia o que fazer e isso a matava por dentro, os dois eram as pessoas que ela mais respeitava.
De um lado estava o seu pai, o homem que fez a vida dela ser um caos, a quem culpava diariamente, que raramente olhou nos seus olhos, mas ela sempre faria de tudo por ele.
Do outro lado estava o seu tio, o homem que cuidava sempre dos seus curativos quando se machucava, cuidou dela quando bebe, e toda a noite antes dela dormir dizia "eu te amo" até ela completar os seus quinze anos.
Por lógica não era difícil decidir quem obedecer, mas seu psicológico era apenas querer agradar o seu pai, sua obediência era toda virada para ele.
Ela termina de fumar e vai em direção ao seu quarto, mas antes que chegasse lá ela observa o seu irmão apoiado numa parede na sala, ele olhava uns papéis quando viu ela ali.
— O que vai fazer agora? — ele pergunta.
— Não interessa a você — ela responde.
— Eu iria chamar você para dar uma volta, mas tudo bem — ele fala.
— A onde? — ela pergunta.
— Isso importa? Apenas iríamos sair dessa casa, olhar para alguns rostos diferentes, suponho que deva precisar disso — ele responde.
— Preciso! — ela fala.
Michel sai andando na sua frente e Briana vai atrás dele, os dois vão para o carro dele e ele sai de lá. Briana abre a janela do carro e coloca o seu rosto para fora, os seus cabelos voam ao vento e ela fecha os olhos.
— O que está fazendo? — ele pergunta.
— A sensação de liberdade é incrível — ela responde.
— Nosso tio não quer que você se case, ele tentou convencer o nosso pai, mas foi impossível. Você já sabe com quem o nosso pai quer casa-la? — ele pergunta.
— Ainda não, mas o nosso tio deixou escapar que ele tem a idade dele — ela fala agora olhando para seu irmão.
— Eu também não sei ainda, mas o jantar será amanhã — ele fala.
— Que jantar? — Briana pergunta.
— De casamento, vai ser num hotel, será um jantar onde vocês assinaram o papel. Eu não sei quem é ele, mas sei que não é boa pessoa para se casar, ele já teve três esposas mortas acidentalmente — Michel responde.
Briana fica em silêncio, mesmo com essas novas informações ela ainda não sabia o que pensar ou o que dizer, nem em quem obedecer.
— O que faria? — ela pergunta para o irmão.
— Sinceramente? Eu não sei — ele responde.
Mas ele sabia sim o que faria, no lugar de Briana ele já teria fugido de seu pai a muito tempo, só uma pessoa louca para aguentar tudo isso em silêncio do jeito que ela fazia, Michel confrontava o pai quando tentava controlar ele.
Quando o namoro dele e de Sam foi anunciado, seu pai surtou pelo simples fato dela ser negra e adotada.
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Sam é filha de Max, ela foi adotada quando tinha apenas quatro anos de idade quando seus pais foram assassinados.
Max prometeu aos dois que cuidaria dela como se ela fosse filha dele, e assim ele cumpriu a promessa feita.
Ela é uma menina extrovertida e com opiniões próprias, educada e gentil, dona de uma beleza extraordinária e um talento incrível para salvar vidas, por isso é uma das melhores residentes de medicina.
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— Ele está fazendo isso por que eu matei a mamãe! — ela fala.
Michel para o carro quase provocando um acidente, ele olha para irmã que o olhava sem entender o motivo dele fazer aquilo, outros carros atrás dele começas a buzinar feito loucos.
Ele começa a dirigir em alta velocidade, Briana fica em silêncio até ele estacionar o carro em uma praia, ele sai do carro e Briana faz o mesmo, seguindo os passos do irmão que para em um quiosque, ele se senta em uma mesa e ela faz o mesmo.
— O que estamos fazendo aqui? — ela pergunta.
— Aqui era o lugar favorito da mamãe, ela veio aqui no dia em que você nasceu, ela estava tão feliz e falava para todos que teria uma princesa linda e que essa princesa seria valente e corajosa como ela — ele responde.
— Vejo que ela deva estar decepcionada comigo agora — Briana fala.
— Briana abra os seus olhos, você não matou a nossa mãe, ela escolheu morrer por você, ou era ela ou você, ela foi corajosa por você então seja corajosa por ela também — ele fala.
— Do que está falando? — ela pergunta.
— A nossa mãe queria que você se casasse por amor! Ela se casou por amor, eu vou me casar por amor, ninguém se casa por obrigação, não na vida real — ele responde.
— Eu quero saber o que você quis dizer com "ela escolheu morrer" — ela fala.
— Briana a nossa mãe estava doente, ela tinha câncer e a quimioterapia não fazia mais efeito, ela tinha mais três anos de vida no máximo, quando engravidou o médico disse que ela não aguentaria o parto. Nosso pai implorou para que ela abortasse mas ela não quis, quando descobriu que era uma menina foi o dia mais feliz da vida dela, antes de morrer, quando estava com você nos braços ela disse que iria renascer de você. O que eu quero dizer é que ela teria morrido de qualquer jeito — ele explica.
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