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O AMOR É UM MILAGRE [Vol: 1]

●●O AMOR É UM MILAGRE ●●

...🦋RECADINHO🦋...

A todos vocês que chegaram aqui, que esse livro possa ajudar melhorar a parte do seu dia.

Estou realizando um sonho de escrever uma história de romance que há anos desejo compartilhar, gratidão pelo teu carinho e apoio a minha obra.

...🦋🦋...

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...🦋...

...🌷 𝑴𝑬𝑺𝑬𝑺 𝑨𝑵𝑻𝑬𝑺.......

𝖣e pé estou a segurar uma tulipa roxa na mão direita, olho a vasta relva verde até onde os meus olhos podem alcançar.

Toco no meu vestido roxo longo sentindo o tecido leve esvoaçar. O vento sopra forte os meus cabelos, fazendo os feixes baterem nos meus ombros. Quando derrepente ouço uma música tocar docemente, ao som de um piano, fora do alcance do meu campo de visão.

Descalça caminho lentamente sobre o relvado verde, sentindo o cheiro suave preencher os meus pulmões, paro fechando os meus olhos respirando fundo. Um perfume indescritível paira no ar, além de toda a melodia doce que enchem os meus ouvidos, começo receber informações que há dentro da música.

Concentro toda a minha atenção. Um código secreto sendo desvendado em forma de palavras a mim.

🎵...𝑢𝑚 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑓𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜, 𝑢𝑚 𝑎𝑚𝑜𝑟 𝑛𝑎̃𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑑𝑖𝑑𝑜, 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑓𝑟𝑎𝑐𝑎𝑠𝑠𝑎𝑑𝑜𝑠. 𝑆𝑜𝑙𝑖𝑑𝑎̃𝑜, 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑒𝑛𝑠𝑎̃𝑜, 𝑑𝑜𝑟, 𝑚𝑒𝑑𝑜 𝑒 𝑠𝑎𝑢𝑑𝑎𝑑𝑒, 𝑚𝑢𝑖𝑡𝑎 𝑠𝑎𝑢𝑑𝑎𝑑𝑒, 𝑛𝑢𝑛𝑐𝑎 𝑎𝑚𝑎𝑟𝑒𝑖 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑎 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑒𝑢 𝑎𝑚𝑜 𝑣𝑜𝑐𝑒̂, 𝑠𝑒 𝑛𝑎̃𝑜 𝑞𝑢𝑒𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑎𝑚𝑜𝑟, 𝑗𝑜𝑔𝑎 𝑛𝑜 𝑙𝑖𝑥𝑜, 𝑎𝑟𝑟𝑎𝑛𝑐𝑎 𝑑𝑒𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎 '𝑒𝑙𝑒' 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑢 𝑝𝑒𝑖𝑡𝑜, 𝑐𝑜𝑟𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜? 𝑛𝑎̃𝑜 𝑠𝑒𝑖 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎 𝑏𝑎𝑡𝑒, 𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒 𝑎𝑔𝑜𝑟𝑎 𝑛𝑎̃𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑐𝑒 𝑠𝑒𝑟 𝑚𝑒𝑢 𝑠𝑎𝑛𝑔𝑢𝑒, 𝑓𝑟𝑖𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑣𝑒𝑛𝑒𝑛𝑜 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎̀𝑞𝑢𝑒𝑙𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑖𝑛𝑗𝑒𝑡𝑜𝑢 𝑒𝑚 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 𝑣𝑒𝑖𝑎𝑠 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑚𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑖𝑢... 𝑁𝑒𝑚 𝑎𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑠 𝑚𝑒 𝑑𝑒𝑖𝑥𝑜𝑢 𝑙ℎ𝑒 𝑑𝑎́ 𝑢𝑚𝑎 𝑒𝑥𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜! 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑝𝑒𝑑𝑟𝑎 𝑛𝑜 𝑠𝑒𝑢 𝑝𝑒𝑖𝑡𝑜.

𝐸𝑢 𝑡𝑢𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑜𝑙𝑣𝑜-𝑡𝑒, 𝑑𝑒𝑣𝑜𝑙𝑣𝑎-𝑚𝑒 𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑙𝑒𝑣𝑜𝑢 𝑑𝑒 𝑚𝑖𝑚.

𝐸𝑢 𝑒𝑟𝑎 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑧 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑡𝑒 𝑐𝑜𝑛ℎ𝑒𝑐𝑒𝑟... 𝑁𝑎̃𝑜 𝑠𝑒𝑖 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒́ 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑔𝑜𝑟𝑎...🎶

Continuo a andar, até que não ouço mais a música, a minha curiosidade aumenta, quero ver quem é a pessoa que toca.

Observo em volta atenta e, o meu coração dispara loucamente com a cena que os meus olhos vêem.

Imagens misturadas de cores vivas cintilavam a minha visão, me fazendo semicerrar os olhos, pela esplêndida luz dourada da manhã, quando se inicia o novo dia.

Vejo um rapaz sentado no chão.

Vestindo-se de uma camisa branca de mangas longa, e calça escura jeans, o corpo em posição fetal, abraçando os joelhos.

Os seus cabelos caem charmosamente desleixados sobre o seu rosto, mexas brilhantes como ouro banhadas pela a luz do sol.

Por mais que eu me esforce não consigo enxergar suas expressões faciais, aumentando a minha curiosidade sobre seu estado de espírito.

Totalmente paralisada, fico presa nele, percebo haver algo muito errado.

Quando os olhos dele vêm na minha direção.

O meu coração erra uma batida, me deixando ainda mais em alerta.

Nenhum som sai da minha garganta, nem sequer um gesto do meu corpo. Nada quebra o silêncio assustador entre nós dois, a cada logo recorrente segundo que se segue.

Um gesto melancólico, corta-me como uma navalha gélida, entra lentamente no meu coração, como líquido frio correndo pelas minhas veias, me invadindo aos poucos, me trazendo uma sensação frenética.

Nesse momento, sinto uma grande confusão, pensamentos tomando o controle da minha mente.

Respiração rápida, alerta total.

Gradualmente a nossa conexão está a aumentar. Sinto tristeza, uma dor aguda invade meu coração. Uma grande compaixão move o íntimo da minha alma. Sinto medo e solidão, uma sensação de perda.

Ouço agora as batidas do meu coração descontrolado.

Nesse momento percebo os seus olhos sobre mim, intensos e profundos quanto às águas do oceano. Um olhar pertensente a uma categoria específica. Dizendo-me inúmeras coisas. Um pedido de ajuda talvez. Oque consigo compreender, é algo ainda mais asustador. Sinto a minha mente está entrando em um transe e não me deixa raciocinar direito.

...💭𝑠𝑒𝑢𝑠 𝑜𝑙ℎ𝑜𝑠 𝑠𝑎̃𝑜... 𝑡𝑎̃𝑜... 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑛𝑠𝑜𝑠 𝑒 𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑡𝑜𝑚 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑙𝑎𝑛𝑐𝑜𝑙𝑖𝑎? 𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎 𝑠𝑖𝑚, ℎ𝑎́ 𝑢𝑚 𝑐𝑒𝑟𝑡𝑜 𝑠𝑎𝑟𝑐𝑎𝑠𝑚𝑜, 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚? 𝑒𝑙𝑒 𝑒́ 𝑑𝑖𝑓𝑖́𝑐𝑖𝑙 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑐𝑖𝑓𝑟𝑎𝑟....

A cena muda enquanto ele se ergue do chão, levando uma das suas mãos ao seu rosto tirando uma mexa de cabelo, na outra consigo enxergar ele segurar, um microfone de cor prata.

Percebo que o nosso espaço está ficando cada vez menor. Estávamos entrando um no outro, como um só universo. Pisco os meus olhos e vejo um piano branco a poucos metros a mim, muitas tulipas, de variadas cores e tamanhos, em todos lugares próximos e ao redor a nós.

Cada parte do meu corpo está permanece em alerta, me trazendo uma sensação que conheço bem, me fazendo piscar outra vez.

Derrepente, o vejo erguer o braço direito na minha direção, a sua mão abrindo-se em gesto de convite a mim, alcançando-me com uma onde de energia calorosa trazendo-me de volta a realidade.

Num instante em que eu cogito em dá um passoa a frente.

O meu coração bate acelerado, posso sentir a minha respiração ficar mais pesada.

O medo omite-me, nega-me, abate-me, prende-me, desfalece-me e trava-me por completa.

Talvez eu tenha ouvido o som da sua voz dizer-me algo, mas tudo está ficando cada vez mais distante, inaudível, desfocado, desmoralizando, perdendo-se o brilho, como um céu ensolarado sendo coberto por nuvens escuras antes de uma tempestade.

Derrepente já não havia nada mais

que as minhas lembranças, como sempre.

Abro os meus olhos com dificuldade, a luz do sol entra pela janela aberta, queimando as minhas pálpebras, me causando agonia imediata.

Verifico a hora na tela do meu celular, e percebo que não estou atrasada para o trabalho, e isso me deixa um pouco mais aliviada.

Entro no banheiro, e me olho no espelho com o coração ainda frenético com o mesmo sentimento dentro de mim.

💭𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑎́ 𝑎𝑐𝑜𝑛𝑡𝑒𝑐𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑖𝑔𝑜?

𝑖𝑠𝑠𝑜 𝑠𝑒𝑟𝑖𝑎 𝑢𝑚 𝑠𝑜𝑛ℎ𝑜 𝑎𝑝𝑒𝑛𝑎𝑠 𝑜𝑢 𝑢𝑚𝑎 𝑣𝑖𝑠𝑎𝑎̃𝑜? 𝑒 𝑠𝑒 𝑓𝑜𝑟 𝑢𝑚 𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒂́𝒈𝒊𝒐 ?

Essa é a questão, (meus sonhos são premonições). Pouco entendo sobre esse assunto. Não tenho controle sobre isso, mas de uma coisa estou certa, eu recebi um aviso sobre algo que vai acontecer futuramente, não sei se breve ou distante.

Sei que devo carregar o fardo sozinha porquê sei bem, que as pessoas ao meu redor não entenderiam nem se importam com assuntos espirituais.

Todos os detalhes do sonho estão claros na minha memória, tão real quanto a própria realidade, que os meus olhos agora contemplam. Como uma lembrança de algo real.

Não consigo pensar em outra coisa.

Debaixo do chuveiro, sinto a água gelada tocar no meu corpo, sem pressa de sair, fico a ouvir o barulho curativo, e se fosse possível até tocar a minha alma, tirando toda essa sensação estranha, seria perfeito, mas isso também é um sonho.

Fico em choque, quando digito ao teclado do telefone, uma frase da canção que consigo lembrar, e exatamente é, a mesma melodia tocada na cena do meu sonho.

A vontade de falar com alguém sobre isso me assusta, pedir orientações e conselhos.

Me veio uma ideia na minha cabeça. Contar a ele sobre isso, mas como?! Afasto essa bobagem da minha mente imediatamente, pensar nisso agora é perda de tempo, por ser uma coisa impossível de acontecer nesse momento.

Primeiro, não nos conhecemos, nunca trocamos nenhuma palavra, nem um olhar sequer. Segundo, não o sigo nas redes sociais. Terceiro, eu não tenho o número de celular dele, oque seria o mais improvável disso acontecer.

Ouvi Mila falar dele outro dia, sobre o quanto ele é bom em tocar piano e cantar lindamente, destacou, que ele está acima da média de inteligência de qualquer mortal, eu nunca tenho serteza se fala a verdade, ou é exagero da parte dela pelo motivo de conhecê-lo de perto.

Não tenho nenhum interesse em vasculhar a vida dele, sempre que ela fala algo, escuto de bom gosto, mas outras vezes eu dou um corte de assunto, e mudamos para outra conversa totalmente aleatória, que sempre terminamos rindo igual duas malucas.

...****************...

𝑂 𝐶𝑂𝑁𝑇𝐴𝑇𝑂 𝑉𝐼𝑆𝑈𝐴𝐿.

Vários livros pelo meu quarto, estão espalhados por cima de tudo o que é apoio, eles esperam por minhas mãos, mas agora para arruma-los, e definitivamente no momento me falta a coragem. Recebi dos meus pais uma educação muito rigorosa, desde pequena tive que fazer minhas próprias tarefas — É da natureza de uma mulher servir mais. —"dizia minha mãe.

Coloquei tudo em prática quando decidi morar sozinha, trabalhar, não esperar que alguém fizesse para mim, oque eu podia fazer, afinal, tudo na vida tem um preço, eu estava pagando o meu, para ter uma vida independente.

Quando me veio a primeira oportunidade, agarrei a com as minhas duas mãos, não que fosse das melhores, mas tive que me adaptar ao processo da rotina dura, focando nos objetivos a serem alcançados.

Eles pensavam que eu não conseguiria enfrentar o mundo sozinha, julgavam-me incertamente pela minha aparência inocente. Tenho sonhos, e provar da liberdade que um jovem julga ter quando completa os seus 18 anos de idade, mas eu entendo que essa tal liberdade pode ser nomeada de prisão, se não fizermos as escolhas certas, que nos levam aos caminhos certos.

Eu sempre imaginava como seria viver por conta própria, meus pais sempre estariam presentes caso eu precisse de apoio moral e físico, já o emocional eu não tinha certeza.

Mas eu levava uma vida sobre pressão, tive que tomar decisões rápidas.

Eu estou vivendo afinal, todo inevitável que um jovem experimenta, a construção da personalidade e maturidade, desenvolvimento pessoal e social, até alcançar uma boa instabilidade em todos os parâmetros da vida.

Eu quero mostrar à mim mesma que sou capaz de realizar os meus sonhos.

Não esqueço o dia, em que joguei as minhas poucas roupas numa bolsa pequena, e disse a minha mãe que estava de partida, ela não acreditou até que se passsaram meses. Penso que demorou muito para a ficha dela cair, porém, não sei para quem foi mais difícil, eu queria viver, ela não queria me 'perder para o mundo'.

Eu entendo que sentimento deles é sempre proteger, mas eu já não era mais uma criança, apesar que todos eles nos vêem desta maneira.

Logo no início tudo é mais difícil, até conseguirmos nos adaptar, só temos que viver um dia após o outro, sem desespero na expectativa do amanhã, lutar hoje com garra e esperança no amanhã, mas sem deixar de viver o presente.

Depois de alguns meses, eu encontrei várias pessoas completamente diferentes, das que eu imaginava encontrar, me fizeram passar por momentos difíceis, mas sempre haverá alguém que vai te impulsionar a fazer o seu melhor.

Além das meninas que moram comigo em república, conheci Mila, uma amiga entre milhões, essa frase faz todo sentido para mim hoje: "os céus não lhe abandona na jornada".

A verdade, é que cada ser humano decide o que quer fazer, com o tempo, e as armas que têm nas mãos, em cada momento específico da vida.

Ter o livre arbítrio, para escolher oque se quer fazer, independente de avaliar o resultado também pode te fazer um refém.

É o poder que todos têm, para o bem ou para o mal, é preciso saber das consequências observando os erros dos outros, pois o mais doloroso, é aprender com os próprios erros, eu tenho as minhas próprias experiências e posso afirmar que a primeira opção é a melhor.

Quando eu tomei uma atitude, diante da situação que estava o meu quarto no início da tarde, eu estava a dizer a mim mesma, que eu não precisava ouvir de alguém, oque eu precisava fazer, para que o resultado fosse bom, eu já tinha noção que a minha atitude geraria o resultado.

Guardo os livros que eu terminei de ler à algumas semanas atrás, mais antigos, felizmente estão todos bem conservados. Não gosto de emprestá-los a ninguém, pelo fato de que algumas pessoas não sabem usar adequadamente, nem zelam dos bens dos outros, por não avaliar o valor sentimental ou simplesmente por serem desrespeitosos.

Eu já terminava de arrumar os últimos livros, quando escuto o meu celular tocar, largo tudo em cima da cama e o encontro na cozinha, na tela estava o nome de Mila, ao atender, ela fala de imediato qual é o motivo da sua ligação, dizendo quer que eu a acompanhe num evento músical a noite.

Não me animo no momento, eu não tinha nenhum estímulo para sair do conforto do meu quarto, a sair enfiada nos carros dos desconhecidos.

Alguns eu só conhecia por ouvir falar.

Eu apenas falei a ela, que se eu fosse apareceria no local marcado.

Na minha mente, não havia outros planos, além da ninha programação de ler e dormir.

Se eu for, será por carinho acompanhar a minha amiga nesse evento.

🦋🥀⚘️

As ruas de Trianópolis, estavam pouco movimentas, as luzes apagadas em alguns pontos, davam um aspeto de solidão e abandono, em algumas esquinas havia uma ou outra um pouco mais iluminada, adiante da minha visão, somente uma farmácia e um supermercado encontravam-se abertos.

Passava por mim, um casal com uma criança, um cara gordo ao volante de um carro azul com o som tocando às alturas, olhando-me de relance, e eu fiquei a imaginar o que se passava na cabeça dele.

O vento forte de verão sopra nos meus cabelos, ele sempre foi longo e ondulados, essa cor castanha sempre me caiu bem, nunca pensei em pintar ou fazer qualquer processo químico, combina tanto com a cor dos meus a cor mel dos olhos, as pessoas elogiam ou odeiam, mas eu sou grata pela beleza que tenho. Puxo as mechas para encaixar detrás da orelha direita, deixei os soltos naturalmente, coloquei um vestido florido solto e sapatilhas pretas.

Mila convenceu-me no final das contas a essa festa social, que todos os seus amigos estariam presentes, embora eu não tenha muito interesse nesses eventos como ela têm, mas resolvi dá uma chance a mim mesma, em conhecer coisas novas.

Ao chegar no local marcado, vejo algumas pessoas que eu já havia visto em outras ocasiões.

Mila está a minha espera, logo vindo me abraçar. Ficamos a conversar enquanto outras pessoas chegavam.

— Eles chegaram!" — Ela fala rapidamente.

Desvio o olhar do sorriso largo de Mila a observar quem chegava.

Dois rapazes magros de peles claras e cabelos encarolados, se aproximam do carro em minha frente, camisas de mangas longa e calça jeans escura.

Meus olhos mudam de foco quando aparece outro garoto loiro de camisa vermelha gola alta e calça preta, carregando um instrumento musical nas costas.

O observo por mais tempo, como se uma força magnética me atraísse a ele, gravando cada detalhe do seu corpo, e de sua áurea radiante.

Quando derrepente Mila entra na minha frente e me desliga, me trazendo a realidade.

— Você vai entrar ou vai ficar aí filmando com olhos?" — Fala rindo.

— É ele... O cara que você vive falando?" — Pergunto com cuidado.

— Não vai se arrepender de ter vindo, você vive enfiada dentro daquele quarto, por isso está mal informada sobre o que acontece nessa cidade, mas eu estou aqui para ser sua guia."— Fala sorridente enquanto me empurra para frente.

No fundo eu sei que tudo que ela diz são verdades a parte, apesar de parecer irônico o jeito que ela fala.

Dentro da limousine preta espaçosa, logo procuro ficar próximo da porta para que eu possa sentir o vento no rosto, as vezes por infortúnio ocorre-me de ficar enjoada dentro de carros fechados. Fico a observar por um momento as quantas pessoas, como elas se comportam, falam e riem sempre por alguma bobagem, outros estam em silêncio.

Algo me incomoda com o passar das horas, a viagem parece não ter fim.

Curiosa, direciono os meus olhos a minha esquerda, e ele estava distraído, oque chama a minha atenção, não é suas roupas, sapatos ou acessórios que ele usa, mas a forma como ele rir do nada, quase sem motivo. Quando voltei a encará-lo, dessa vez, ele olha para mim e abre um sorriso doce, e ao mesmo tempo debochado, como se eu fosse alguém que ele conhecesse e soubesse algo engraçado ao meu respeito e fosse me zombar por isso. A sua energia é tão familiar, há uma certa intimidade que me dá um receio, uma vontade estranha me toma. Ele não segura o olhar em mim, mas eu não consigo evitar de encara-lo, não sei se ele me conhece por vista, mas para nós essa é a primeira vez que nos encontramos face a face.

💭𝐸𝑛𝑡𝑎̃𝑜 𝑒́ 𝑑𝑒𝑙𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑀𝑖𝑙𝑎 𝑓𝑎𝑙𝘢 𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒!

Escoro a minha cabeça no vidro respirando fundo, me sentindo tonta, deixando o vento soprar o meu rosto. Em silêncio o observo discretamente, o jeito dele interagir com os seus amigos próximos, me impreciona inexplicavelmente e, nesse momento, eu estava chegando a uma conclusão asustadora.

Depois de algum tempo começo a enxergar algo diferente naquele sorriso.

Doce, encantador e charmoso.

Lembrei-me de vê-lo nos meus sonhos.

Não consigo resistir à sensação estranha de realmente responder aos estímulos do meu cérebro de encara-lo por mais, muito mais tempo.

Observo cada detalhe do seu rosto métricamente desenhado, e do seu sorriso chamativo, contagiante, iluminando todo ambiente. Em cada jesto seu os meus olhos o segue.

Nesse ponto eu tenho uma certeza. O garoto mais desejado e comentado pelas garotas da cidade está na minha frente pela primeira vez.

Em um certo momento, sinto que ele percebe que algo nele prende a minha atenção. E acontece.

Nossos olhos se encontram em silêncio.

Nos conectamos. Não há sorrisos, mas uma sensação estranha toma-me, sinto-me exposta, despida, minha alma está nua diante dos seus olhos. Ele enxerga algo, posso sentir a intensidade do seu olhar.

Continuanos como se estivéssemos imergindo através da porta dos olhos olhos. Na penumbra, luzes e sombras, entre sons de sorrisos e vozes, eu entrei no universo dele, e ele entrou no meu.

Posso está muito enganada, a respeito do sentimento dele, em resposta ao meu jesto, da entrega dos meus muitos olhares a ele nesta noite, mas suponho que vindo de um garoto desse perfil, será o mais indesejado possível.

Afastei dos meus pensamentos, as bobagens que vinham-me confundir, a preocupação não é somente essa.

O carro para, ouço alguém falar que tínhamos chegado ao local do evento, onde ocorriam as apresentações musicais, posso ver uma multidão em movimento, cada um ocupando se com oque-lhes designaram e oque tinham em mente a fazer.

Após nos organizarmos em grupos, vejo um cara entrar no palco com um violão nas mãos após ser anunciado. Ouço cada banda fazerem darem seus ‘shows’ me sento cada vez mais animada.

Ouço o anúncio da próxima banda musical que se apresentará.

—SOL'ÊTRANDO AMÔR. " — Fala o anunciador.

A melodia do piano começa a ser tocada, sua voz forte, trazendo uma nova interpretação da música, lembro tê-la ouvido algumas vezes, mas essa versão agora cantada era êxtasiante. Na frente havia duas garotas no ‘playback’, uma loira e a outra baixa de bochechas redondas e óculos.

...💭𝑞𝑢𝑒 𝑣𝑜𝑧 𝑙𝑖𝑛𝑑𝑎, 𝑝𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒 𝑎 𝑣𝑜𝑧 𝑑𝑒𝑙𝑒 𝑚𝑒 𝑡𝑟𝑎́𝑠 𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠!?...

Na bateria está um dos garotos que eu vira antes no estacionamento, e o outro moreninho engraçado dedilhando guitarra.

Observo os anestesiada, com uma profunda empatia e curiosidade sobre eles.

O garoto loiro fazia o seu show a parte no piano.

Mila bate palmas sorrindo descontroladamente, é algo que ela costuma fazer sempre quando está emocionada, mas isso agora, parece meio maluco.

— Ele sempre arrebenta

com tudo. " —Grita.

— Eles são bons!? " — Assinto.

— Uma grande injustiça eles não ganharem esse prémio... " — Ela grita assobiando com os dedos no meio da boca.

Depois de um longo discurso, por fim, os três garotos seguraram o prémio nas mãos, pela banda em destaque do ano.

Mila ao meu lado, estava pirando não parava de assobiar e gritar.

Em seguida, nos preparavamos a voltar, já eram altas horas.

Não o vi entrar no carro, enquanto Mila se despede, olho em volta para ter a certeza de quantas pessoas voltariam no mesmo carro que nós, quando o avisto de pé há uma certa distância de mim, com uns amigos conversando felizes. Eles comemoravam.

Havia uma mulher, de cabelos longos lisos que o acompanhava, vestida numa blusa preta rendada com uma saia branca justa cavada do lado da coxa esquerda, em cima de um salto 15 de uma sandália preta.

Ela cheirava a luxo e, a namorada dele.

Percebo que ela entra sorrateiramente dentro de um carro azul com outra garota.

Dentro do carro não vejo o rosto dele, pois entra por último ficando na parte de trás, oque no fundo me deixa feliz, a não ter que acontecer oque aconteceu no início da noite.

O carro está parado com o teto aberto, eu aguardo sair enquanto algumas garotas descem.

Posso vê-lo agora na minha frente, o observo controlando minha expressão facial, parecendo a mais séria sem emoção possível.

Ele se levanta e vêm na minha direção ficando do meu lado.

— Você está sozinha? " — Fala num tom baixo em meio aquele sorriso alucinante.

— Sim, estou... " — Falo baixo, sentindo minha voz sumir e meu coração disparar, em surpresa e confusão.

— Vamos com a gente, te acompanhamos até sua casa, você espera um pouco, pode ser? " — Pergunta com gentileza.

Um sorriso misterioso nasce nos lábios dele, junto com uma expressão no rosto que eu não soube ler.

— Pode ser... " — As Minhas palavras quase não saem da boca.

Ele gesticula em acordo para mim

saindo em seguida.

Fico em estado de choque e surpresa. Com os pés em terra penso nas ruas vazias, alguém me seguindo ou algo do tipo, mas a vontade de me afastar é maior.

A sua gentileza fora tocante, mas havia em mim uma insegurança de não querer está com ele por muito tempo.

Ele está de costas a mim, conversando com uns amigos, saio discretamente sem ser percebida por ele.

Não há nada para mim a mais nessa noite, essa é a sensação que tenho.

Aos passos apressados ando pelas ruas.

Em casa mando mensagem para Mila, ficamos conversando, pensei na hipótese de perguntar quem era aquela garota de saia branca, mas acabo tirando a idéia da minha cabeça e, espero o sono chegar para me despedir da minha melhor amiga, que tinha me ajudado a viver uma noite inesquecível.

POSSÍVEL DOENÇA

...⚘️...

Ouvi o som das cortinas sendo puxadas bruscamente, a luminosidade do Sol quase queimou minhas pálpebras, uma sensação de agonia toma conta de mim, cobro imediatamente o meu rosto com o lençol, sem reclamar fico na minha cama na vontade de levatar mais tarde.

— Já é meio dia, vamos acordar..." — Sara grita em tom alto carregado de mal humor.

Não respondo nada, eu não tenho nenhum motivo especial para me levantar da cama, é feriado e eu não tenho nem vontade de tomar café.

Nosso quarto pequeno, dividido para nós três. Acomodando uma cama de casal, uma de solteiro, uma cômoda pequena, um pequeno cômodo espaço ao lado direito para guardar algumas coisas, e ao meio, uma janela. Um pequeno espaço ao lado da minha cama, dividido apenas pela porta dobradiça, uma janela de vidro transparente, uma porta dava para um espaço pequeno aberto que possibilitava a observação da rua leste a oeste, onde eu gostava de ficar ficar sozinha. Quatro degraus, chega no banheiro único do apartamento, que fica em frente a sala, e um sofá grande marrom na parte direita. Três escadas dão acesso a cozinha pequena, ainda menor em espaço que a sala, onde acomoda uma mesa pequena de mármore preta, uma geladeira, um armário branco de três portas e uma gaveta.

Tenho saudades de ter um quarto

enorme só para mim, ter minha privacidade de volta.

Após algumas horas desço o lance de escadas do quarto até o banheiro, lavo o rosto e escovo os meus dentes.

Sara e Lia já estam na cozinha conversando sem parar.

Ainda de pijama, olho para suas xícaras à mesa com seus biscoitos prediletos ainda empacotados.

— Está um dia tão bom oque vamos fazer hoje? " —Falo pegando a manteiga dentro da geladeira.

Sara não está de bom humor como quase como sempre, algo que não entendo bem o motivo. Disse que não sairia para lugar algum. Lia apenas ficou decidindo oque faria, caso resolvesse de última hora podeiríamos tomar um sorvete ou apenas passear. A noite chega, mas a resposta eu já sabia antes mesmo de uma resposta, me encontro sem campainha outra vez.

Decido sair um pouco.

Coloco um vestido branco solto, amarro os cabelos em coque alto, não faço nenhuma maquiagem, ponho meu perfume preferido, o uso nos últimos sete anos da minha vida, eu nem sei bem o porquê, mas não gosto de trocar as coisas que gosto.

Chego no ambiente da lanchonete está lotado, vejo Ellen. Conheço ela das aulas de teatro que fazemos no Calvin'S. Ela está sozinha também, falo imediatamente com ela, imediatamente me convida a fazer companhia a mesa.

Peço sanduíches, sucos, refrigerantes e rosquinhas.

A música que toca é uma melodia tranquila e relaxante.

A nossa conversa prossegue leve e alegre sobre coisas aleatórias, quando derrepente, consigo ouvir de duas meninas que estavam sentadas próximas a nós, falarem sobre alguém está doente, porém não entendo de quem elas estam a falar, pois não citam nomes.

Começamos a tirar fotos e marcar o momento nas redes sociais, seguida nos despedimos e voltei para casa.

Analiso as ruas que estam muito movimentadas, bares, lanchonetes e praças, meus olhos não captam a silhueta de ninguém que conheço.

Enquanto caminho tranquila, meu celular toca em chamada.

— Não acredito que você não me ligou? " — ouço a voz de Mila em tom de decepção.

Eu não mandei nenhuma mensagem para ela o dia todo, qualquer grosseria da parte dela não me desepsionaria no momento.

— Fiquei o dia inteiro fazendo faxina e quando fui sair já era em cima da hora.

Houve um silêncio.

Eu pensei que ela tinha desligado na minha cara.

— Eu tô vendo um monte de storys seus aqui, porquê que não me falou que ia sair hoje? " — Fala ainda em tom de decepção.

— Então, eu acabei de te explicar...Amanhã eu passo por sua casa para compensar, pode escolher o filme que você quiser. "— Finalizo.

Ouço um — Okeyyy estranho antes dela desligar.

Logo me arrependo de ter falado essas últimas palavras, pelo fato dela gostar de filmes de terror, já prevejo a minha punição.

Me pareceu ficar tranquila demais depois de ouvir a minha proposta, ela não é do tipo de garota que faz birra ou guarda rancores, nos conhecemos há alguns meses, logo que me mudei para a cidade ela me cativou, daí não nos separamos mais.

Tomo um banho frio e me jogo na cama, louca para que o sono chegue, mas as meninas conversam sem parar, não têm como ignorá-las.

— Oque rolando de novo meninas?

" — Pergunto curiosa.

— Parece que o Denzel está com um problema sério de saúde, vai largar a faculdade, vai voltar a ficar com os seus pais e começar o tratamento. " — Lia fala sem emoção.

Fico surpresa, imagens tristes vêm a minha mente do último sonho estranho que tive.

— Pelo o que eu soube, é um problema nos pulmões, nas cordas vocais algo assim... " — Finaliza.

Fico sem palavras por um bom tempo, sentindo uma onda de tristeza inexplicável.

Penso no quanto isso é triste, e como será difícil para ele que ama cantar.

Mila veio-me buscar no carro do seu pai, convidou-me a dormir na casa dela. Ela pede um lanche, e enquanto esperávamos, sugiro assistirmos um filme épico, após conseguir convencê-la a não colocar terror. Conversávamos mais que assistíamos, ela não para de fazer comentários a respeito das cenas do filme, mas ainda sim, é divertido.

Penso e repenso na ideia. Quando finalmente faço a pergunta que atormenta a minha cabeça.

— Mila, preciso de uma informação!? " — Falo num tom casual.

— Se eu souber sobre, te falo, manda!? " — Espera atentamente olhando atenta para mim.

— Durante o festival, eu vi uma garota bonita, pele cor de canela do cabelo liso na cintura acompanhando o Denzel, ela é namorada dele? " —Falo escondendo uma curiosidade no meu tom de voz.

— Ela é a Beatriz Sartori, você conhece os Sartoris não é? —"Fala rindo.

— Sim, eles são um grupo de empresas de tecnologia, mas eu não conhecia ela.

— Ela estuda medicina, mora fora daqui há um ano, você não segue ele no instagram, não ver fotos deles nos sites de fofoca? " —Fala surpresa.

— Acredite, eu não me interesso nesses dois, estou-te perguntando porquê eles não pareciam vibe de casal, pensei serem amigos, fiquei curiosa em saber quem era ela.

— Eu sei que prefere ficar no seu mundo, mais precisa atualizar seu bloco de notas Maya, incluir coisas novas na sua rotina. " —Fala com firmeza.

— Pode ser, vou pensar no caso.

— Entra no instagram vou-te passar os nomes deles se você quiser segui-los. " — Fala sorridente.

— Vou stalkear, segui-los não.

A cada comentário que líamos abaixo nas postagens deles, Mila fazia um comentário engraçado.

Já são 12 horas quando finalmente deito minha cabeça no travesseiro, ouço o meu celular apitar.

Abro a tela e vejo uma notificação do instagram.

Clicando em cima fui direcionada a página dela, vejo a foto dos dois abraçados, sorrisos estampados nos rostos e uma legenda abaixo que diz.

#felizaniversariomeuamor #cuidadoagorajapodeserpreso.

...💭𝑁𝑜𝑠𝑠𝑎, 𝑞𝑢𝑒𝑚 𝑒́ 𝑞𝑢𝑒 𝑢𝑠𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑙𝑒𝑔𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑠𝑎𝑠 𝑛𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑜𝑡𝑜....

Penso com um sorriso leve nos lábios.

Ao analisar bem os detalhes da postagem por uns segundos, eu entendi que ele tinha acabado de fazer seus dezoitos anos de idade.

DANÇANDO COM UM ESTRANHO

...🦋...

Me arrumo e fico na espera das meninas no sofá. Hoje têm uma ótima programação no LOVE SONG'S não poderei deixar de marcar presença, estou com ótimas espectativas.

Ouço as meninas falarem alguma bobagem enquanto descem do quarto, mas não dou relevância.

Não vejo minha amiga Mila desde da última vez que fui dormir na casa dela. Me explicou por mensagem que está em semana de provas na faculdade, e não tinha tempo para mais nada.

Ao chegar, percebo todos estam se divertindo às suas maneiras, alguns mais discretos, outros nem tanto, olho de relance, vejo um casal aos fundos trocando beijos bem quentes sem a menor timidez. Algo que seria demais para mim, sinto uma certa vergonha alheia, ainda estou a observar quem era as pessoas, mas não os conheço, quando ouço uma voz masculina chamar pelo o meu nome, procuro pelo dono da voz, e o vejo vindo em minha direção, com aquele sorriso encantador nos seus lábios rosados, ele tem aqueles olhos de cor âmbar, que se destacam em contraste à sua pele cor de canela. Posso ver a sua roupa inteiramente escura, que lhe dá um aspecto rocker, uma corrente prata no pescoço. Seu corpo é esbelto, mais ou menos de 1/80 de altura, mesmo nos meus mais altos saltos, ainda tenho que olhar para cima quando estamos a conversar.

Nos tornamos colegas de turma, ele também está nas aulas de teatro.

Sonha ser um ator famoso, ele é um dos melhores alunos do '𝘊𝘢𝘭𝘷𝘪𝘯'𝘴', um longo caminho pela frente lhe espera, mas como ele mesmo diz, 'trabalho duro é oque define o sucesso'.

Ele sabe da minha história, mas eu não conheço a história dele. Nunca me contou, nem perguntei nada sobre a vida sentimental dele, apenas nos damos bem juntos, as vezes ele me irrita, mas no final fica tudo bem, pelo menos é o que eu acredito que seja.

Após conversamos muito outra noite, expliquei que não era um encontro entre nós, mas apenas uma conversa entre amigos, ele aceitou bem aparentemente, ouviu-me o tempo todo, apesar de parecer um idiota, o Jacob é dono de um humor incrível além de ser muito compreensível, entretanto eu não me sinto pronta, para me relacionar com ninguém por enquanto.

— Você está radiante, o que você quer de mim esta noite minha garota, estou ao seu dispor.

Para quase em cima de mim sorrindo, enfiando os dedos nos seus cabelos castanhos, deixando os charmosamente desgrenhados.

Retribuo o sorriso, tentando encontrar um raciocínio lógico sobre, o que eu tinha feito para fazer ele pensar que sou "a garota dele", a frase ecoava na minha mente, me trazendo imagens desagradáveis e sentimentos esquecidos em algum lugar do meu cérebro. Meia tonta pelo cheiro do perfume forte masculino que me invadia os pulmões, e a confusão de pensamentos, tive que disfarçar o mal estar, levando a mão direita a minha têmpora.

— Você está muito pálida… Me diga que isso foi pela minha presença!?

" — Sorri levantando um lado da boca.

Fico parada olhando para ele, esperando ele continuar falando sem entender a minha real reação, na verdade eu queria questionar, mas preferi esconder minhas palavras num canto da minha alma.

— Eu sei que você é uma garota em extinção neste planeta hostil e injusto, não ligue para oque os outros pensam... Você está gelada, isso é fome bebê. " —Segura as minhas mãos rindo.

— Estou... Já que você falou em fome, eu quero um suco de morango gelado, vou ficar melhor! Acredito ser somente a falta de oxigênio no ambiente.

" — Respondo com sorriso automático, louca que essa conversa terminasse, para ser sincera os meus instintos buscavam outra coisa.

Enquanto eu estou a espera do lanche, fico o observando em silêncio.

Ele olha para mim e gesticula algo indecifrável.

Sentados à mesa, ele olha para o meu rosto.

— Então, você tem um encontro? está mais arrumada que o normal hoje!?

" — Fala em meio de um sorriso simples.

— Ah! você adora fazer esses comentários antiquados não é, meu Deus! " — Falei sem ânimo para aquela conversa.

— Relaxa, você está muito tensa, fica mais bonita quando sorri e, aliás, o seu cabelo está muito bem nesse coque sexy. " — Fala de um jeito engraçado.

— Não, penteei ele hoje para impressionar o público presente.

" — Seguro o meu sorriso, gesticulando a boca em forma de lua.

— Nossa! você me confunde sempre, nunca sei quando você está a usar frases de um livro, um filme ou se realmente são suas, isso me deixa...!

" — Finaliza respirando fundo e apertando os lábios de um jeito sexy, passando a mão direita nos cabelos que me parecia muito macios.

Enquanto eu o observo com uma certa reprovação, espero ele falar mais alguma coisa.

— Maya, você está sempre tão séria, de verdade, você será uma ótima atriz, sei que você tem uma alma linda apesar dessa máscara de durona, que você costuma usar para afastar as pessoas para se proteger, eu admiro muito você, é perfeita do seu jeito único, não têm que provar nada para ninguém, acho justo você ter um refúgio e guardar àquilo que é importante só para você, ninguém vai compreender certas coisas, mas sempre existe uma exceção para tudo, só seja feliz independente de qualquer coisa." —Diz com calma.

— E você sempre exagerando em tudo Jacob.

" — Imediatamente bebo um gole de suco.

Ele continua rindo do meu jeito, enquanto eu analiso o ambiente tentando fugir do assunto que eu não queria continuar falando sobre, porquê a palavra "perfeita" soava-me alta para me qualificar. Na verdade, tenho muito medo de não atingir as expectativas de alguém e decepcionar-los.

Volto a encará-lo novamente, ele imediatamente ergueu uma das mãos em sinal de silêncio, quando a música 'dancing with a estrager' começa a ser tocada numa versão suave e romântica.

— Vamos dançar? " — Fala num tom rouco.

Ele se levanta rapidamente esticando o braço na minha direção numa posição estranha.

— Eu não sei dançar. " — Falo ainda sentada sem o menor ânimo.

— Não acredito, até eu ver." —Insiste.

Ele está sendo tão educado que me convence fácil. Não vejo nenhum mal, provavelmente, apenas, o deixaria mancando no final da dança.

Ele me dirigi para o meio do salão.

...𝑆𝑒́𝑟𝑖𝑜, 𝑒𝑢 𝑛𝑎̃𝑜 𝑎𝑐𝑟𝑒𝑑𝑖𝑡𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑙𝑒 𝑓𝑒𝑧 𝑖𝑠𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑖𝑔𝑜?!...

Estou quase sair a correr, ao ver todos os olhares para nós, ele puxa-me para mais perto do seu corpo, enquanto eu sinto o seu perfume forte, sou envolvida pela música doce que ajusta a nossa sintonia, fecho os olhos por um minuto e encosto o meu rosto no seu ombro.

— Vamos fingir que estamos sozinhos… E eu sou o cara que você gosta. " — Fala num tom rouco e sexy.

💭𝑆𝑒 𝑒𝑢 𝑡𝑖𝑣𝑒𝑠𝑠𝑒 𝑔𝑜𝑠𝑡𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑔𝑢𝑚 𝑐𝑎𝑟𝑎?!

Ele sabe como tirar a minha tensão, me fazendo sorrir.

Respirando o seu cheiro, dá para sentir sua pele quente sob o tecido pesado da sua camisa, a música suave me ajuda a manter os passos certo, apesar de está atenta para não pisar no pé dele. Os casais levantam-se de todos os lados, preenchendo o ambiente.

Luzes coloridas começam a aparecer, sorrisos doces e olhares frenéticos, sentimentos ocultos fora do alcance de alguém.Tantas coisas passam pela minha cabeça agora.

Abro os olhos quando Jacob segura a minha cintura suavemente. Eu poderia me perder naquela beleza, Jacob é um dos caras mais lindos que eu conheço, mas meu coração está numa grande tempestade, ainda não sei quem vai ajudar-me a sair deste lugar cheio de sombras.

Olho para frente, vejo um rapaz sentado sozinho a beira do balcão.

Ele está tão distraído, a tomar uma bebida num copo transparente.

Percebo nas afeições do seu rosto que há algo de errado. Expressões de tristeza, perdido em pensamentos distantes. Apesar da movimentação do ambiente, se mantinha muito quieto, a sua camisa simples azul-celeste clara, num tecido fino deixa a mostra o seu corpo franzino, os seus cabelos loiros penteados, se acentua bem ao seu rosto desenhado, não passa uma imagem de descuidados ou desleixamentos, entretanto, no fundo da minha alma, desperta um sentimento de profunda compaixão por ele, algo que chega a ser doloroso.

Fico a pensar sobre a conversa que está rodando a cidade ao seu respeito. Percebo que fiquei tempo demais olhando para o Denzel, quando volto os meus olhos, Jacob já estava chamando a minha atenção.

— O que houve, senti que você ficou imóvel derrepente, me parece que você não está gostando de dançar comigo? " —Fala num tom sério.

Olho para Jacob por um instante confusa, para em seguida olhar em direção ao balcão, pensando se Denzel estaria nos observando, fico aliviada que ele continua aleatório a tudo.

— Não me diga que você está de olho no 'cara'? " — Sua voz soa num tom sarcástico.

O encaro com um misto de sentimentos estranhos, controlando as afeições do meu rosto.

— Nossa! o seu julgamento em relação as coisas é inacreditável! " — Falo alto demais.

O deixo no meio do salão.

Olho rápido para trás antes de sair, vejo Jacob gesticular com braços abertos numa expressão "¿𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑎́ 𝑎𝑐𝑜𝑛𝑡𝑒𝑐𝑒𝑛𝑑𝑜?".

Verifico as chaves e o celular na minha bolsa, quando constato a mensagem de Mila.

🗨ᴀᴍᴀɴʜᴀ̃ ɪʀᴇɪ ᴠɪᴀᴊᴀʀ ᴄᴏᴍ ᴏs ᴍᴇᴜs ᴘᴀɪs, ᴍᴀs ǫᴜᴀɴᴅᴏ ᴇᴜ ᴠᴏʟᴛᴀʀ ǫᴜᴇʀᴏ ǫᴜᴇ ᴠᴇɴʜᴀ ᴀǫᴜɪ ᴇᴍ ᴄᴀsᴀ.

...ᴀʙʀᴀᴄ̧ᴏ...

...; D...

Digito uma mensagem curta, imediatamente guardando o meu celular na bolsa. Quero mesmo descansar a minha cabeça.

Deixar o tempo passar e curar minhas feridas.

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