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Meu Melhor Amigo.

capítulo 1

O meu nome é Kiara Laiz damasceno, tenho 20 anos, sou alta, precisamente 1: 67 de altura, magra, não muito magra, de cabelos ruivos bem comprido. Estou a fazer faculdade de administração, e atualmente estou trabalhando com o meu pai na empresa. Vou contar um pouquinho da minha história para vocês.

O meu pai, Heitor Damasceno, é sócio e senhor de uma empresa de cosméticos.

Viúvo de 46 anos, é um homem bem alto! precisamente 1:78 de altura, branco de cabelos grisalhos.

o seu sócio Dr. Carlos Eduardo Collen melhor amigo desde o ensino médio.

Carlos Eduardo é um homem de 53 anos, 1:70 de altura, moreno do semblante fechado.

Fizeram faculdade de advocacia juntos, porém o meu pai não teve dinheiro para concluir, e desistiu, resolveu abrir uma loja de cosméticos, ele herdou o talento dos seus tetravós, e é ótimo no que faz.

Dr. Collen foi embora do país por um tempo, abriu um escritório de advocacia na Austrália, e estava muito bem, anos depois misteriosamente ele voltou para perto do meu pai novamente, e daí passamos a ser vizinhos.

Após seis meses do meu nascimento, a minha mãe morreu, e o meu pai ficou a ser pai e mãe para mim. A nossa sorte foi a senhora Esmeralda Collen, na época em que nasci, eles vieram morar no mesmo prédio que nós, vizinhos de apartamento.

Senhores Collen tem um filho, na época que se mudaram Para cá ele tinha apenas cinco anos, quando a minha mãe faleceu, senhora Esmeralda se compadeceu de mim, já que eram amigos de meu pai, ela se comprometeu a me amamentar.

Sim, gente, amamentar, na época, ela tinha acabado de perder outro filho, era uma menina, ela sofreu muito, então quando minha mãe morreu ela se compadeceu pela minha perca, e me amamentando conseguia amenizar um pouco mais a sua dor.

O seu maior desejo era ter uma filha, e quando engravidou pela segunda vez, estava tão feliz, e ficou ainda mais quando soube que era uma menina. Porém houve um conflito tão forte que ela não resistiu, e acabou fazendo um aborto indesejado.

Apesar de ser uma mulher muito jovem e bela, não poderia mais ter filhos, então quando me viu sozinha sem minha mãe, e chorando de fome, me amou como filha. Os anos foram passando e eu fui crescendo, aos dois anos de idade meu pai me colocou na creche, e à tarde eu ficava na casa da tia Esmeralda, é assim que a chamo. Wil e Eu nos tornamos amigos inseparáveis.

À medida que eu ia crescendo, ele cuidava de mim, eu vivia mais na casa deles do que na minha, logo meu pai passava o dia todo na empresa..

Aos cinco anos comecei estudar na mesma escola em que William estudava, ele cuidava bem de mim, pois lá ninguém gostava de mim, eu era muito feia, as meninas me chamavam de bruxinha, eu era ruiva de cabelos cacheados, o rosto cheio de sardas, e para completar ainda usava aparelho.

Já William, por outro lado, desde pequeno era bonito, era um menino de dez anos, mas com um charme de quinze, as meninas assanhadas da escola Viviam jogando charme pra cima dele. Aos doze anos ele já era o garanhão da escola.

capítulo 2

Nós crescemos como irmãos, pelo menos era assim que ele me via, eu, por outro lado, era apaixonada por ele desde os meus dez anos. E como não se apaixonar? Ele é muito lindo, mesmo com quinze anos ele era alto, magro, mas um magro charmoso, tinha musculoso, pois era jogador de basquete na escola, na verdade, era o melhor.

Os anos passaram e nós fomos crescendo, na mesma rotina de sempre, ele cada vez mais bonito, e eu cada vez mais feia, para meu azar eu engordei bastante, pois dia, Lili, a cozinheira lá de casa, sempre fazia uns deliciosos docinhos para mim, ela sempre dizia que mulher magra era muito feia, parecia esqueleto, e é verdade, ela tinha preconceito com mulheres magras.

Na época eu não entendia, mas hoje compreendo o porquê. A coitada foi trocada por uma mulher bem gorda, o seu marido a humilhava por ela ser magra, depois que ele a largou ela decidiu engordar a qualquer custo, o pior que eu Também sofri por isso.

Sofri muito ‘bullying’ na escola por ser gorda, e com aparelhos ainda, deus me livre, só eu sei como sofri. A minha sorte era William, sempre que me via sofrendo ia-me consolar, e cada vez que via algum garoto zoando comigo ele metia a porrada neles.

E sempre que estava com uma garota que me difamou ele deixava-a para ir ficar comigo. Sério gente, era impossível não me apaixonar por ele, o jeito que ele me protegia, que cuidava de mim, eu era muito feia, e mesmo assim ele não se importava, não sentia vergonha de mim. Ninguém queria andar comigo, e quando alguma menina se aproximava de mim, era só para saber sobre ele, pois sabiam que eu era sua protegida.

Na minha formatura do nono ano, onde estávamos nos despedindo do ensino fundamental e entrando para o médio, a minha sala decidiu fazer um baile de despedida. Lógico que eu não iria, pois, todos teriam que entrar com um par, e para meu azar eu não tinha ninguém, William ia com Charlotte a sua namorada, e eu não teria com quem ir.

Uma semana antes da formatura...

- Iai irmãzinha, animada para o baile?

- Lógico que não, nem vou a esse baile idiota, respondi a mentir, pois, o que eu mais queria era ir, porém, não tinha um par.

- Ah, você vai! nem que seja a força. respondeu.

- Lógico que não!

- Se você não for, também não irei.

- Oxe! o que tem a ver? você vai e com a sua namorada não comigo.

- Mais o baile é seu, apenas irei como o seu convidado.

- Então não vai, aproveita que é sábado e leva Charlotte para algum lugar romântico.

- Credo! nem me fale em romance, tô fora, ainda mais que Charlotte é muito grudada.

- Mas com razão né, respondi.

- Como assim com razão? Perguntou ele

- Deixa quieto!

- Pode falar, já começou...

- tenho que ir para casa, tchau!

Sai a deixar ele sozinho sentado na calçada do prédio. Eu não poderia continuar se não ia acabar a declarar que eu era louca por ele, e como não sei como seria sua reação, prefiro não arriscar.

Eu sei que sou muito covarde, mas com razão, o que eu poderia esperar? Feia como sou, e ele, Nossa! Nem sei o que falar dele.

Além disso, por mais lindo que ele seja, ele não é o tipo que eu quero, pois, como toda a mulher, eu sou romântica, e quero um cara só para mim, e ele é absolutamente o oposto, é super safado, cada semana está com uma namorada nova, e detesta mulher que fique grudada nele. Então não tenho muito o que fazer né?

A semana foi passando e tia Esmeralda foi percebendo a minha tristeza.

- Oi, meu amor, porque você está tão tristonha?

- Não to não, tia.

- Tá sim, e pelo baile? William falou que você não queria ir?

- Por nada, só penso que não é para mim. Respondi cabisbaixo.

- Por acaso você não está assim porque não tem par não né?

- Também...

- Eu desconfiava, vou falar para William ir com você.

- Não, por favor. Implorei.

- Por que não filha?

- Eu não quero atrapalhar- lo, além disso ele vai com a namorada dele, eu não quero ser intrusa.

- Não Diga isso filha, tenho certeza que ele vai amar, acompanhar você.

- Mesmo que ele fosse, eu não

tenho roupa para esse tipo de festa.

- A para, eu dou um jeito nisso também, mas você vai a essa festa.

- Obrigada tia, mas eu não estou afim não. Com licença já vou para casa.

Fui para minha casa, à noite meu pai chegou, morto de sono, passou o dia todo no laboratório fazendo novos testes para um novo produto que ele estava fazendo.

- Boa noite filha! falou dando-me um beijo na testa.

- Boa noite paizinho 😚 respondi dando-lhe um abraço.

- Manda servir o jantar que estou faminto, não vou nem tomar banho agora, só depois do jantar.

- ok papai.

capítulo 3

Saí e fui pedir para tia Lili servir o jantar, jantamos e depois papai foi para o quarto dele e eu fui para a varanda do prédio, a minha varanda ficava ao lado da varanda de William, tinha uma piscina em cada sacada, e umas poltronas.

Todas as noites quando Wil chegava ele sempre ia na janela do meu quarto me dá boa noite, quando ele chegava tarde ele mandava mensagem, e só ia dormir quando eu respondia, quando eu demorava por estar dormindo, ele ligava. E sempre que eu estava triste, podia ser qualquer hora, ou ele está em qualquer lugar, eu ligava para ele, e ele sempre deixava tudo para ir ficar comigo.

Nessa noite eu fui dormir cedo, estava muito triste por não poder ir ao baile, faltava apenas dois dias, então nem se eu mudasse de idéia não dava para ir, pois teria que arrumar um par, e ainda ter que mandar fazer o vestido, o que já não adiantaria mais, pois todos os vestidos da formatura já estavam entregues.

Por volta das dez da noite eu ouço bater na minha janela, eu sempre deixava ela aberta para entrar vento, pois minha janela ficava de frente para a sacada, mas nessa noite eu havia fechado pois estava com frio.

Me levantei assustada para abrir, era Wil que estava batendo, feito um desesperado.

- Oi Wil, o que faz aqui nessa hora?

- Posso entrar?

- Tá tarde, o que quer ?

- Te mandei várias mensagens e você não viu, te liguei três vezes e você não atendeu, então vim vê se estava tudo bem com você, pois você não costuma ficar sem me atender.

Aliás! porque a janela está fechada?

você sempre deixa ela aberta.

- Desculpa, fui dormir muito cedo, e meu celular tá silencioso, sai da sala e esqueci de tirar ele do silencioso, e a janela fechei porque estou com frio, mas entra.

- Você está com frio ainda?

- Sim..

- Então venha que irei esquentar você.

Ele entrou e me abraçou, sentou no sofá que tinha no meu quarto e ficou abraçado comigo, ele sempre fazia isso quando eu estava com frio, ou doente, ficava até eu dormir, depois ele ia embora.

- Kiara, mamãe disse que você não quer ir ao baile porque não tem pá, é verdade?

- Não, eu não quero ir porque não quero.

- Olha, me perdoe, eu deveria ter me oferecido para ser seu par, eu estava muito distraído com as coisas da faculdade, acabei esquecendo de você.

- Para Wil, você não tem nenhuma obrigação comigo, além do mais você tem namorado, seu dever é com ela.

- Para de falar bobagem, meu dever é com você, você sabe que ocupa o primeiro lugar na minha vida, jamais a deixarei sozinha. É minha irmãzinha que eu amo.

Aquelas palavras que deveriam ter me levado às nuvens, me rasgou ao meio, eu não o via como irmão, eu o amava como homem, eu era muito feliz por ele cuidar tão bem de mim, porém eu queria mais.

- Por que você ficou triste?

- Não estou triste.

- Para vai, eu te conheço melhor que ninguém, sei q está mentindo para mim, sinto que me esconde alguma coisa, por acaso você não está apaixonada não né?

Nesse momento eu gelei, imaginei que ele já sabia, fiquei rosada de vergonha.

- Nam, na, não, respondi gaguejando.

- Ah sua danadinha, eu acertei, você está mesmo apaixonada, me fala, quem é o sortudo? pergunta me soltando e ficando de frente para mim.

- que ? nim, ninguém! respondi quase sem fala.

- E você acha que eu sou bobo? conheço a cara de uma garota quando ela está apaixonada.

- Claro que conheci, resmunguei baixinho.

- O que você disse?

- Nada!

- disse sim, responde, o que você falou?

- Não lembro mais. Menti.

- Então confesse, você gosta de alguém, por isso não quer ir ao baile?

- Tabom, eu confesso, eu gosto de alguém, respondi com vergonha.

Ele deu um salto!

- Eu sabia, sabia que você estava gostando de alguém, agora me fala quem é.

- Porque?

- Como por que ? pra vê se eu aprovo.

- E desde quando eu preciso da sua aprovação para arrumar um namorado?

- Como assim garota? desde sempre, sou seu irmão mais velho, e meu dever te proteger.

- Para de dizer que é meu irmão! levanto enfurecida.

- O que foi? tá chateada comigo?

- Você não é meu irmão.

Respondi quase chorando, pois toda vez que ele me chamava de irmãzinha ou dizia que era meu irmão, minha alma doía, parecia que se espedaçou.

- Desculpa, eu não sabia que você não gostava que eu te chame de irmã, então sou seu melhor amigo. Somos os melhores.

Eu chorei e ele me abraçou, fiquei chorando no peito dele, e ele beijando minha cabeça, juro que não aguento, o amo demais, quando ele me abraça eu me sinto nas nuvens, jamais me apaixonei antes, eu sabia que tava errada, ele era como meu irmão, mas meu coração não aceitava isso.

- Olha, me perdoe, eu estou na TPM, menti. Estou muito estressada. Perdão.

- Claro que eu te perdoou minha princesa. Mas agora me conta quem é o felizardo?

- Que felizardo que nada. Respondi.

- Porque diz isso?

- Eu gosto de um cara mais velho, porém ele não gosta de mim.

- E como você sabe? já falou com ele? indagou ele

- Lógico que não, você acha que eu sou doida?

- por que está falando isso?

- Se eu falar ele vai me dar um baita fora, respondi.

- Deixa de ser boba, quem seria o idiota que teria coragem de dar um fora em você? eu mato ele.

- Para de falar bobagem, quem não me daria um fora, olha minha aparência! todos na escola fogem de mim.

- O que tem sua aparência? para mim você é a garota mais linda daquela escola, seu cabelo é perfeito, seu rosto, tudo em você é perfeito.

- Tá maluco, é? Eu tenho um rosto cheio de sardas, sou gorda e ainda tenho esse aparelho horrível para completar minha desgraça.

- Por favor não diga isso. Ele segurou na minha mão, entrelaçando os seus dedos nos meus, sentou comigo no sofá.

Não fale assim de você, você é linda como é, por dentro e por fora. Em seguida me abraça bem forte, chega eu me engasgando inalando o cheiro do seu perfume.

- Mas é a verdade, você é que me ama como irmão, e não consegue ver os meus defeitos.

- Eu te amo mesmo, e muito, e não os vejo porque você não os tem, é boa, carinhosa, companheira, maravilhosa. Você é tudo de bom, e se esse imbecil não consegue ver isso, ele e quem não merece você. Agora eu quero que você levanta esse astral porque você vai naquele baile comigo.

- Eu não posso, e mesmo que eu ainda pudesse eu não tenho roupa, já foram entregues os vestidos.

- Isso você deixa comigo. Agora vai dormir que já está tarde, amanhã é seu último dia de aula e não quero que você acorde com olheiras .

Ele me beijou na testa e foi embora, não sabendo que o imbecil que eu amava era ele.

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