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Ela É Adorável

Cap. 1

Após um terrível acidente de carro, Bia uma  criança de apenas seis anos enfrentou uma dolorosa perda: a sua querida mãe. Além disso,  devido aos graves ferimentos que sofreu no acidente, ela teve que passar por uma cirurgia delicada na coluna. Embora os médicos tenham dito que ela poderia voltar  voltar a andar, infelizmente, esse previsão parecia que não ia se concretizar.

Para piorar a situação, o pai de Bia, que não era casado com a mãe a abandonou, alegando que não tinha condições financeira para cuidar de uma criança com necessidades especiais e, por isso, queria deixá-la em um abrigo público. No entanto, Lauren, a  tia da menina, sendo a única irmã de sua falecida mãe, não poderia suportar a ideia de vê-la ser abandonada dessa forma. Com imenso amor que sentia pelas duas, Lauren decidiu assumir a guarda da criança, proporcionando-lhe um ambiente seguro e acolhedor, mesmo tenho que lidar com as criticas por começar a cuidar de uma criança em uma cadeira de rodas.

Embora a jornada fosse desafiadora, Lauren está determinada a dar à menina todo o apoio necessário para superar essa adversidade. Ela acredita que com tempo, cuidado e tratamentos adequados, Bia voltaria a e andar. O mais importante naquele momento era garantir que a criança se sentisse amada e protegida, permitindo que ela pudesse superar o trauma do acidente e a ausência da mãe.

Lauren fez exatamente isso ao assumir a responsabilidade por Bia, o carinhoso apelido de Bianca. Determinada, Lauren tratava a menina com todo o amor e dedicação como se fosse a sua mãe, não medindo esforços para ajudá-la a recuperar sua mobilidade. Desde o início, Lauren se tornou o pilar de apoio de Bia, incentivando-a diariamente a não desistir.

Lauren levou Bia aos mais renomados médicos, buscando incansavelmente uma solução para sua condição, mantendo-se firme e disposta a enfrentar qualquer desafio ao lado de Bia. Além disso Lauren tentava criar  momentos alegres e divertidos para Bia, demonstrando que sua deficiência não a impedia de vivenciar a vida. Juntas elas compartilhavam risadas, sonhos e amizades, formando um vínculo tão forte quanto o de mãe e filha.

Um ano depois...

Lauren permanecia de pé em frente ao consultório do renomado neurocirurgião com quem Bia está indo se consultar naquele dia.  Movida pelo amor incondicional que sentia por Bia, Lauren estava disposta a fazer tudo o que estivesse ao seu alcance por ela. Ela não hesitou em reunir cada centavo possível, vendendo até joias  que possuía e até buscando ajuda financeira em um empréstimo junto ao banco. O bem-estar de Bia era sua prioridade absoluta, e nenhum sacrifício era grande demais para garantir que a menina tivesse uma chance justa de voltar a andar.

Enquanto aguardava a hora da consulta, Lauren estava repleta de esperança e ansiedade, e algo dizia que finalmente ela encontraria a cura para a sobrinha.

Tia... Bia chamou a atenção de Lauren.

O que foi meu amor?

_ Ainda dá tempo de ir embora e, quem sabe, pegar de volta o dinheiro que a senhora pagou pela consulta. Disse a menina abaixando a cabeça. Ela não queria ser um fardo para a tia e carregava o medo de que Lauren, um dia se cansasse dela e agisse como seu pai, que pensou em deixa-la em abrigo.  Lauren olhou para ela com carinho se sentando os seu  lado, segurando a sua mão.

_ Bia, o médico que vai te atender e um dos melhores do mundo, não se preocupe, dessa vez vai dar tudo certo. Falou acariciando o seu rosto em seguida.

_ Bianca Siqueira… Chamou a recepcionista do consultório.

Ok… mas Tia Lauren, lembra do que combinamos? Vou conversar com o médico sozinha...

Você disse por cinco minutos.

_ Sim, durante cinco minutos vou conversar com o médico sozinha, e depois a senhora entra. Disse Bia com firmeza, lembrando do que haviam combinado antes. Lauren assentiu com um sorriso.

_Claro, minha querida. Você é forte e corajosa, tenho total confiança em você. Respondeu sentindo-se orgulhosa do amadurecimento e da coragem que Bia demonstrava.

Bia respirou fundo enquanto se aproximavam do consultório do médico. Lauren acompanhou-a de perto, mas respeitou o espaço da menina, permitindo que ela entrasse para conversar com o médico sozinha por cinco minutos como havia pedido.

Quando a porta se abriu, Lauren ficou  surpresa ao ver que o médico em questão era jovem, aparentando ter no máximo trinta e poucos anos. Ela havia imaginado que o especialista renomado como ele fosse alguém  mais velho. Ficou olhando Bia ser levada pela recepcionista e a porta ser fechada.

Dentro do consultório, Eduardo ficou surpreso ao  Bianca entrar sozinha para a consulta

_Bom dia, doutor. Cumprimentou Bianca com um sorriso tímido lembrando que tinha cinco minutos para falar tudo que desejava ao médico.

_Bom dia, Bianca. É um prazer conhecê-la, eu sou o Doutor Eduardo. Cumprimentou Eduardo ainda tentando entender o que estava acontecendo.

_ Pode me chamar apenas de Bia?

_Claro, vou te chamar de Bia... E por que você está sozinha, onde está  sua mãe? Quis saber Eduardo.

_ Eu vim com a minha tia Lauren, e ela está lá foram. Fui eu quem pedi a ela para falar com o senhor por cinco minutos antes dela entrar para me acompanhar. Explicou Bia esfregando as mãozinhas nervosa.

_E sobre o que você gostaria de falar comigo, Bia? Eduardo estava curioso para saber qual era o assunto que Bia queria tratar com ele.

Bia respirou fundo, reunindo sua coragem para compartilhar seus sentimentos com o médico.

Eu queria falar sobre o tratamento, doutor Eduardo… Bia suspirou mais uma vez antes de  falar. Doutor eu já tenho quase oitos anos, consigo entender muito bem o que está acontecendo comigo, por isso vou ser sincera com o senhor... já fui a muitos médicos que  passaram vários tratamentos, fisioterapia  e eu já fiz tudo o que foi recomendado para o meu caso…  mas nada mudou, e acho que vou ficar assim para sempre, que eu não tenho mais conserto e tudo bem. Já estou me acostumando com isso. Então, por favor, diga à minha Tia  que eu não tenho conserto e que não vou melhorar. Quem sabe ela pare de se preocupar tanto comigo.  Ela não vive direito por minha causa... tudo o que ela ganha é ela usa para tentar me fazer voltar a andar. Eu não quero mais que ela se desgaste tanto por mim. Por favor, diga a ela que eu não tenho conserto. Eu não me importo, eu só quero ver ela feliz. Pediu, com os olhos cheios de lágrimas.

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Vem aí nova historia, começo a postar na próxima semana, venham se apaixonar por esse trio.

Cap. 2

Ao ouvir as palavras de Bia, o coração de Eduardo ficou angustiado, e o médico tentava entender o que estava por trás daquele pedido. Percebendo o cansaço e o desânimo nos olhos da menina, Eduardo não conseguia entender como uma criança tão pequena não pensava em se curar e sim no bem estar de uma tia com quem ele percebeu que havia uma conexão especial, e isso a preocupava profundamente.

_Bia, onde estão os seus pais? Perguntou Eduardo procurando conhecer um pouco mais sobre a história da menina que estava acompanhada pela tia. Bia suspirou antes de responder, abaixando a cabeça triste.

Minha mãe morreu no acidente em que eu me machuquei… disse coma a voz embargada pela tristeza mexendo com os sentimentos de Eduardo. Já o meu pai... ele disse que não conseguia cuidar de mim depois que fiquei desse jeito... e foi a tia  Lauren que ficou comigo. Completou Bia  sentindo a dor da perda e da  rejeição que sofreu do pai, e Eduardo entendia porque ela gostava tanto da tal tia.

Eduardo sentiu empatia por Bia, sabendo o quanto a perda de sua mãe e o abandono do pai eram difíceis de enfrentar para uma criança tão jovem, e isso o fez lembrar de como sofreu  durante a infância, quando enfrentou o trauma da separação dos pais que se divorciaram de forma não amigável e ele sempre era colocado no meio das constantes brigas do casal. Essas lembranças despertaram em Eduardo a profunda compreensão da dor que Bia estava passando.

_ Bia, por que você não quer que eu cuide de você? Quem sabe eu possa te ajudar a voltar a andar. Eduardo tentava conversar com calma com Bia.

_ Eu não quero mais dar trabalho a minha tia… eu não quero mais preocupá-la… sei que ela faz de tudo para ganhar dinheiro e gasta tudo comigo... essa semana eu escutei ela dizer que não tinha mais nenhum centavo no bolso … até o namorado dela a deixou por minha causa. Eduardo entendeu errado o que Bia queria dizer, e começou a pensar que possivelmente a tia estava reclamando por ter que pagar o tratamento da menina e por esse motivo Bia se sentia culpada.

Bia, vou vou falar com a sua tia, e já volto.

Está bem, mas não diga a ela o que te pedi.

Como você disse que a sua tia se chama? Perguntou.

Tia Lauren.

Me espere aqui, combinado? Perguntou estendendo a mão para Bia que apertou em concordância. Eduardo saiu do seu consultório e fechou a porta. Lauren… chamou e assim que escutou seu nome, Lauren se levantou indo até ele.

"Jovem e bonita, está explicado, quer curtir a vida e acha que a menina está atrapalhando."Pensou Eduardo pré julgando Lauren por entender que ela por ser  jovem e bonita estava fazendo pressão psicológica com a sobrinha.

_ Eu sou a Lauren tia da bia... Desculpe o nervosismo, bom dia , como está a Bia? Perguntou Lauren ansiosa estendendo a mão para cumprimentar Eduardo que não fez questão de cumprimentá-la.

_Por favor, me acompanhe. Pediu de forma seca abrindo a porta do consultório ao lado do seu verificando que ele estava vazio.  Lauren pensou que algo grave estava acontecendo e o acompanhou.

_ E o que está acontecendo? A Bia...

_ Diga, como a senhorita pode tratar mal aquela criança? Como pode pressiona-la desse jeito? Perguntou o médico bravo, e Lauren não entendia o que ele queria dizer.

_ O que? Não entendo o que o senhor quer dizer...

_ Garanto que está entendendo … não percebe que você está fazendo mal a ela.

_ O que? O senhor ficou maluco? Perguntou Lauren nervosa com as acusações feitas por Eduardo.

_ Sabe que tratamento de lesões como a dela podem ser caros e demorados, e pelo que entendi está fazendo com que a sua sobrinha se sinta culpada...

Eu nunca faria isso com ela…Disse Lauren interrompendo Eduardo.

O que você quer que eu pense quando uma criança de sete anos diz que não quer se tratar porque a tia reclamou que não tem dinheiro? Bia se sente culpada pois acredita que está dando trabalho para você, e não sei se você percebeu, ela gosta de você.

Eu não fiz isso...

Conheço mulheres como você, mentirosas, interesseiras…

Você está me ofendendo…Lauren não entendia o que estava acontecendo, e porque Eduardo estava falando com ela daquela forma. Bia tentando não ser um peso para a tia, fez Eduardo entender que Lauren estava agindo de caso pensando ao falar que não tinha dinheiro pois não queria mais cuidar do tratamento da menina.  Lauren respirou fundo tentando não perder a calma Se o doutor não quer tratar a minha sobrinha, basta dizer, existem outros médicos, vou encontrar alguém melhor que o senhor  e curar Bia. Falou saindo do consultório e indo ao encontro de Bia.

_ Tia, a senhora já conversou com o médico?

_ Sim, por isso vamos embora. Falou empurrando a cadeira da menina passando perto de Eduardo sem olhar para ele.

_ Deve estar feliz agora... Falou Eduardo voltando para o seu consultório.

Eduardo era um neurocirurgião altamente especializado em traumas na coluna. Sua paixão pela medicina despertou cedo, e ele se formou na faculdade com notável antecedência. Logo em seguida, buscou uma especialização em neurocirurgia, dedicando-se intensamente ao desenvolvimento de tratamentos inovadores para lesões na coluna. Seu comprometimento em aprimorar técnicas e oferecer soluções eficazes era evidente em cada caso que ele assumia.

Aos 35 anos de idade, Eduardo estava em um momento em que sua vida profissional ocupava grande parte de sua atenção. Seu empenho e dedicação ao cuidar de seus pacientes tornavam-no um profissional respeitado e admirado no campo da neurocirurgia.

Mas a sua vida pessoal era completamente diferente. Eduardo morava sozinho, nunca havia apaixonado de verdade, Esse distanciamento emocional tinha raízes profundas em sua infância, quando enfrentou o trauma da separação dos pais, fazendo ele se afastar de qualquer relacionamento sério. Chegou a namorar algumas vez, mas quando os relacionamentos começam a durar, ele sempre colocava um ponto final.

O receio de vivenciar novamente a dor da separação que havia marcado seu passado, o levava a manter uma distância segura de qualquer possibilidade de casar, e nunca passou pela sua cabeça ter filhos.

Depois de conhecer Bia naquela manhã, Eduardo não conseguiu para de pensar na menina. Ao final do dia, quando estava saindo do hospital, passou pela mesa da recepcionista e viu uma pasta pintada com desenhos infantis.

_ De quem é essa pasta? Perguntou curioso.

_Uma paciente do doutro esqueceu uma pasta com todos os exames. Como ela foi embora com pressa acho que ela não percebeu que perdeu a pasta. Estou aguardando ela voltar para buscar a pasta, pois não consegui contato por telefone que tenho no cadastro.

_ E de qual paciente são esses exames?

_ Da menina, a Bianca Siqueira

_ Pode deixar ela comigo. Falou pegando a pasta de Bia, algo pedia para ele olhar os exames da menina.

_ O que eu digo se alguém vier procurar por essa pasta? Ela parece ser importante.

_ Diga a verdade, que está comigo… e por favor, faça  o reembolso do valor da consulta da Bianca. Pediu antes de ir embora pois não considerava a conversa que tive com a menina uma consulta

Cap. 3

Lauren ficou chateada após a discussão com Eduardo. E ela tentava entender o motivo pelo qual Bia disse a médico que não queria mais se tratar e como a menina havia escutado ela dizer que estava sem dinheiro. Recordou de uma conversa que teve com uma amiga por telefone e que vagamente falou sobre as dificuldades financeiras que estava enfrentando. Lauren percebeu que poderia ter sido essa conversa que Bia escutou e por isso estava preocupada.

Enquanto as palavras do médico ecoavam em sua mente, Lauren começou pensar que a sua preocupação em relação ao tratamento de Bia poderiam ter sido interpretadas pela menina de forma diferente do que ela pretendia. Ela nunca quis colocar pressão ou fazer com que Bia se sentisse culpada, principalmente por causa de dinheiro.  Saber que Bia pensava que estava dando trabalho a ela, deixou Lauren com o coração apertado.

_Você está bem, tia Lauren? perguntou Bia, tirando Lauren do transe em que estava.

_Estou bem, gatinha. Respondeu Lauren, disfarçando o desconforto que estava sentindo. _ Estou dirigindo e preciso prestar atenção no trânsito e pensando em um lugar gostoso para nós almoçarmos. Falou sorrindo.

_ Que bom, eu também estou bem. Falou Bia pensando que Eduardo havia dito a tia o que ela pediu. Lauren estranhou o que disse Bia sabendo que devia conversar com ela, esclarecer o mal-entendido e mostrar a Bia o quanto ela era amada . Ela não queria que Bia carregasse o peso das preocupações financeiras, nem que se sentisse culpada por precisar de tratamento, mas não era o momento para àquela conversa, e Lauren não sabia como falar com a menina sem que ela a entendesse errado.

Lauren almoçou com a sobrinha e a levou para a escola. Em seguida para a sua loja onde passou o restante dia pensando no que o médico havia dito. A tarde quando pegou Bia na escola ainda sem saber como conversar com a sobrinha.

Durante o trajeto para casa, Lauren pensava em como abordar a conversa com sensibilidade,

Lauren tinha vinte e seis anos, e era dona de uma loja de roupas de fabricação própria. Tinha um pequeno atelier onde produzia as peças vendidas na sua loja e  sonhava um dia em ser estilista famosa, mas desde que decidiu ficar  com a guarda de Bia, parte dos seus planos mudaram.

Lauren estava namorando com Michel quando Bia entrou em sua vida,  mas a chegada da sobrinha trouxe novos desafios e o namorado mudou de repente. Michel não escondeu seu desconforto com a presença de Bia, e a situação logo se tornou complicada. Ele não queria que Lauren assumisse a responsabilidade pela menina e se sentia ameaçado pela atenção e dedicação de Lauren a sobrinha.

Com o tempo, a pressão de Michel fez com que Lauren se visse diante de uma difícil decisão: escolher entre o seu relacionamento e a responsabilidade de cuidar de Bia. A situação a deixou angustiada, pois ela gostava Michel, mas também tinha um profundo laço de amor com a sobrinha, filha da sua única irmã e por isso ela não hesitou  e escolheu a menina mesmo sofrendo com o termino do namoro.

Quando chegaram em casa, Lauren ajudava Bia com o banho quando foi surpreendida por uma pergunta.

_ Tia Lauren, você  tem saudades do Michel?

_ Não, eu descobri que não o amava...  mas por que está perguntando sobre ele? Lauren queria saber o motivo daquela pergunta.

_ Por nada, que bom que você não o amava, ele era feio. _ Falo Bia conseguindo arrancar um sorriso de Lauren que começava a secar o seu cabelo.

Lauren não pôde deixar de rir da inocência da menina. Aquela pergunta singela revelou como o mundo era simples aos olhos de uma criança

_Bia,  o que importa de verdade é o caráter e o amor no coração de alguém, não a aparência externa. Explicou Lauren carinhosamente. _ O Michel não era a pessoa certa um para mim, e eu também não era para ele, e por isso seguimos caminhos diferentes.

_Tia você precisa encontrar alguém te ame de verdade e que te faça feliz. Disse Bia olhando para ela

_Eu tenho alguém muito especial em minha vida, e esse alguém é você. Lauren beijou a bochechas de bia e o seu sorriso se iluminou de alegria, e ela abraçou Lauren com força.

-Eu também amo você, tia. Disse Bia com doçura.

_ Não se esqueça, eu te amo muito.

_ Eu sei …

_ Agora que você esta linda e cheirosa, eu vou tomar banho enquanto você assisti um pouco de tv. Disse levando bia para o sofá. _ Já já vou prepara o nosso jantar.

_ Estou morrendo de fome.

_ Vou ser rápida no banho. Falou Lauren indo para o banheiro.

No banho, Lauren deixou as lágrimas se misturarem à água do chuveiro. Ela estava profundamente triste e sentia uma grande culpa por Bia não querer mais se tratar.

Enquanto a água escorria por seu rosto, Lauren refletia sobre suas escolhas e a responsabilidade que tinha assumido ao cuidar de Bia. Ela se questionava se tinha feito tudo o que estava ao seu alcance para ajudar a sobrinha a enfrentar os desafios e a dor que carregava.

_ Tenho que ser mais cuidadosa quando falar ao telefone... Medico idiota, não sabe o quanto eu a amo a Bia…

A sensação de impotência e a angústia de não saber como lidar com a situação faziam seu coração pesar. Ela amava Bia profundamente e queria o melhor para ela, mas sentia-se perdida diante da decisão da menina em não mais buscar o tratamento.

"Será que eu poderia ter feito algo diferente?" Pensava Lauren, enquanto tentava enxugar as lágrimas rapidamente para que Bia não percebesse sua tristeza.

Ela desejava encontrar as palavras certas para conversar com Bia e entender o que estava acontecendo em seu coração. Queria oferecer todo o apoio e carinho necessários para ajudar a sobrinha a superar seus medos e desafios.

Depois do jantar, Lauren observou Bia com carinho.

_ Que tal você  dormir comigo hoje? Perguntou vendo a menina sorrir.

_Oba! Eu adoro dormir na sua cama. Respondeu Bia.

_ Então é lá que você vai dormir hoje. Ter Bia ao seu lado na cama fez com que Lauren se sentisse mais tranquila pois sentiu que ela estava bem.

_ Tia conta uma historia para mim.

_ Claro, hoje eu vou contar a historia da princesa Bianca... Começou Lauren que era especialista em criar historias para Bia que sempre dormia antes dela chegar ao final, e que também aconteceu naquela noite.

_ Bia, saiba que estarei ao seu lado em todos os momentos. Sussurrou Lauren acariciando o seu cabelo.  Bia não estava dormindo e sorriu, sentindo-se amada e protegida.

_Eu te amo, tia Lauren. Você é a melhor tia do mundo! Disse fazendo bem a Lauren.

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