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Our Little Heaven

Prólogo

A rua estava lotada, naquele lugar pequeno cabiam tantas pessoas que ele parecia sufocado, como uma formiga prestes a ser esmagada.

As pessoas o consideravam um homem que parecia ter em média 20 anos, era bonito, moreno, alto mais com uma aparência sombria que o ajudava facilmente a se camuflar no meio da multidão.

Era estranho para um brasileiro, tinha uma pele extremamente branca, mas não era albino ou coisa do tipo, o seu cabelo tinha um tom de preto acinzentado que o fazia parecer um pouco assustador, era bonito apesar da aparência sombria, era pequeno para um homem tinha apenas um metrô e sessenta e oito.

Era um estrangeiro num país pequeno, mas cheio de pessoas, não gostava dali, não sabia ao certo porque todos ali procuravam tanto ser gentil com ele. Vivia naquele país desde dos 12 anos, trabalhava num pequeno restaurante do lado da sua casa, não gostava do trabalho, vivia ali de favor, havia feito mau negócio ao se mudar para aquele maldito país.

Tailândia, disseram os seus amigos que era o melhor país para viver, viverá pior do que quando morava no Brasil, se pudesse voltar no tempo nunca teria saído do seu país. Mas era já tarde, estava acostumado com a pobreza de viver nesse lugar, nem lembrava mais como soava para ele falar português, era praticamente um tailandês.

Olhava apático para as pessoas a sua volta como se não tivesse alma, sem muita expressão seguia o mesmo caminha das outras pessoas naquela pequena rua.

Entrava de maneira monótona num pequeno restaurante de Khao Soi (um prato tradicional do norte da Tailândia), trabalhava no centro do, mas o dono do restaurante é natural do norte do país. Era um velho estranho que não gostava de usar honoríficos, tratava todos sem qualquer diferença de idade.

O garoto entra numa pequena sala de funcionários do restaurante, coloca um avental e se prepara para trabalhar.

— chegou atrasado hoje

Um homem barbudo e levemente baixinho diz com um grande sorriso apesar da reclamação.

— estava na faculdade hoje

O garoto responde apático procurando não demonstrar nenhuma emoção além do descontentamento.

— deveria estar contente, ainda é jovem e conseguiu entrar na faculdade que queria

Fala outro homem um pouco mais alto, e mais jovem que o primeiro.

— não estou contente por que ainda não tenho nem dinheiro o suficiente para poder ter uma casa própria

Ele fala parecendo chateado enquanto preparava o macarrão para fazer o Khao Soi, o homem que havia falado antes com ele preparava o franco para os pratos e o outro homem mais baixinho cozinhava mais macarrão.

— parece cansado, tem dormido bem?

Perguntou o homem baixinho para o garoto.

— não durmo bem já faz um tempo, tenho que trabalhar durante a noite

O menino falou parecendo cansado e um pouco deprimente.

— entendo, se quiser pode pegar uns dias de folga, os jovens precisam durmo bem

O homem falou com o garoto com carinho como se fosse seu filho, indo ajudar o garoto ocasionalmente com o tempo do Khao Soi.

— obrigado, mas eu realmente preciso desse dinheiro

Ele diz a dar um estranho sorriso para o homem de meia-idade que o ajudava.

— certo, mas não se esqueça de se cuidar

Ele diz dando pequeno tapinhas nas costas do garoto.

— eu não esqueço

Ele falou com um sorriso carinhoso, olhando o homem com carinho. O trabalho durou até o anoitecer, ao anoitecer, o garoto fechou a loja e foi para a casa.

O caminho era escuro e não parecia ser seguro, mas felizmente estava acostumado com isso, a casa onde ele morava ficava logo ao lado do trabalho, antes de ir para casa ele resolveu ir para o mercado que ficava ao lado.

Entrou na loja e comprou um mingau, um sorvete e um suficiente de noodles e macarrão instantâneo para pelo menos uma semana ou quase um mês, quando saiu avistou na porta do mercado uma criança que parecia ter entre 4 a 5 anos o olhando com curiosidade.

— você está aqui sozinha?

Formulou as palavras errada, as vezes esquecia algumas palavras do Tailandês e lembrava algumas em português.

— eu estou aqui com você

A criança falou informalmente, não o assustou, era estrangeiro e estava acostumado a falar assim com as pessoas.

— eu estou perguntando se você véi para cá sozinha

Ele falou tentando manter a calma e falando com gentileza.

— ah, eu vim com o meu irmão

Ela falou apontando para o homem que estava colocando uns sorvetes dentro cestinha amarela.

— certo, foi um prazer conhecer você

Me afastei dela e procurei ir para casa, mas a menina apenas se agarrou nas minhas pernas me assustando.

— o que está fazendo ?

Perguntei com cuidado tentando a retirar das minhas pernas.

— não me deixa aqui sozinha

A garotinha falou se segurando em mim com força.

— por favor Papi, não me deixa aqui sozinha!

Ele falou desesperado me assustando e chamando a atenção para todos ao redor. As pessoas estavam me olhando com julgamento, eu estava parecendo um péssimo pai que estava abandonando a sua pobre filhinha.

— eu juro que ela não é minha filha, eu nem a conheço

Falei desesperado procurando ainda me soltar da criança e me defender dos olhos acusadores.

— Papi não me deixa aqui!

Ela continuou gritando desesperada, algumas mulheres que estavam passando falavam coisas com " que pai desnaturado" ,"se ele não pode cuidar dela por não a da para uma pessoa de possa" ou " algumas pessoas realmente não prestam para ser pai".

Abaixei minhas cabeça pela vergonha e aceitei levar uma criança desconhecida para a minha casa, se fosse presso pelo menos não iria ter vê aquelas pessoas nunca mais.

capítulo 1

"As crianças são irritantes" Foi a primeira coisa que eu pensei quando acordei pela manhã, aquele fofa garotinha tinha dificuldade para dormir e por isso me encheu o saco para dormir na minha cama comigo, eu não queria ser pai mas agora entedia o porque é que eu nunca quis isso. Apesar disso era fofo quando ele estava dormindo pacificamente na minha cama mesmo não tendo me deixado dormir, era bonitinho como me pedia para lhe contar uma história no meio da noite quando eu só queria dormir.

Era sempre insuportável quando ele está acordada, me levantei e fui fazer o café para a pequenina, depois de fazer o café fui me arrumar para ir para a faculdade.

— bom dia flor do dia

Falei em português de forma involuntária, o pareceu deixar ela um pouco assustada.

— Papi o que está falando?

Ela perguntou de forma fofa passando as pequenas mãozinhas no olhinhos, antes de se levantar se esticou e deixou sair um grande bocejo.

— eu só falei bom dia

Falei a ajudando a se levantar, ela me olhava com um sorriso fofo que a parecia parecer realmente uma boa criança, assim que ela se levantou foi correndo pegar o café da manhã que eu havia feito.

— bom dia Papi

Ela falou com a boca cheia de arroz (apesar de parecer estranho as pessoas da Tailândia comem coisas salgadas no café da manhã), adicionou o caldo de frango com manjericão e colocou o omelete com carne seca que eu havia feito, apesar de estranho ela comeu tudo sem reclamar.

— você se importa se eu te deixar um conhecido?

Perguntei com delicadeza para a garotinha que me olhava com carinho parecendo assustada.

— o papi vai me abandona?

Ela pergunta parecendo está prestes a chorar, a olho com seriedade e recuso com a cabeça.

— não, eu volto para te buscar, é que a onde o "Papi" vai criança não pode entrar

Falei tentando ser o mais didático possível para a garotinha na minha frente, ela concordou com a cabeça de maneira fofa e depois segurou a minha mão para podermos ir embora.

Fechei a porta da casa na chave e saímos em direção ao restaurante de Khao Soi onde eu trabalho, como não conhecia quase ninguém naquele país resolvi pedir ajuda ao dono do restaurante. Parei no restaurante e entrei, olhei para a pequena garotinha assustada e fiz um pequeno carinho na sua pequena mão que segurava a minha, assim que entrei encontrei Dhivakar me olhando com um grande sorriso, o nome Tailandês dele era difícil mas o nome em inglês dele era só John o que em ajudava muito.

— oi, não deveria está na faculdade?

Perguntou John com um grande sorriso, era um velho gentil mas era informal demais que dava raiva as vezes, sorri em retribuição a John e me preparei para responder.

— já estou indo, mas antes gostaria de te pedir uma coisa

Digo o mostrando a criança que segurava a minha mão com firmeza, parecia assustada e se escondia um pouco atrás dele.

— será que teria com você cuidar dela para mim enquanto estou na faculdade?

Pergunto tentando não parecer insincero, o olhando com dúvida e quase em súplica.

— quem é ela? Será que estou tão velho que você já teve uma filha?

Ele me perguntou com um tom brincalhão costumeiro.

— ainda não, eu acho

Digo olhando com dúvida para a garotinha que segurava a minha mão com mais força parecendo mais assustada.

— enfim séria possível cuidar dela nesse tempo?

Pergunto demonstrando a minha impaciente sobre isso fazendo um pouco de carinho na mão da garotinha.

— claro que eu posso, mas prometa que vai me explicar o que está acontecendo e de quem é essa criança?

O velho falou com curiosidade como se fosse um pai a dá uma bronca em seu filho. Soltei a mãozinha da criança e me ajoelhei na frente dela.

— pode confia no nele, ele é alguém muito importante por "papi" e nunca fazia mal a você, então você pode ficar aqui com ele?, eu prometo de venho pra cá assim que terminar o que eu preciso fazer

Falo a olhando com carinho colocando as minhas mãos nos ombros da garotinha que me olhava parecendo assustada.

— promete?

Ele diz estendendo o mindinho de forma fofa e acabo estendendo o meu também.

— prometo

Digo entrelaçando o meu dedo no dela e fazendo uma promessa que eu não ao certo sabia que iria ser real. A entrego aí John e me retiro do restaurante em direção a faculdade, quando estou saindo posso ouvir de longe ele chorando e falando algo como " não me deixa aqui Papi, me leva" mas ignoro e continuo andando.

A faculdade estava mais vazia do que normalmente, entrei sem medo e fui até a minha sala, a sala era espaçosa igual aquelas que passam nós Doramas, me sentei na cadeira e assisti as aulas sem muito ânimo, meus únicos amigos na faculdade Jak e Luis viviam com brincadeiras bestas e fofocas e nunca prestavam atenção na aula.

— o que está de errado?

Perguntou Luis o amigo que mais tem consciência dos dois, ele parecia realmente preocupado com o meu desfoco.

— nada, só estava pensando na vida

" e em como eu traumatizei uma criança a deixando sozinha com desconhecido"

— isso é estranho, você normalmente sempre está pensando em estudo ou em dinheiro

Jak fala sem demonstrar está muito preocupado parecendo realmente só fazer uma piada ou uma brincadeira sobre isso.

— concordo

Luis fala em um tom sério que o faz parecer estranho.

— não é nada, só mais problemas financeiros

Digo sem muita emoção, demonstrando toda a minha chateação e desânimo.

— se quiser eu posso lhe emprestar um dinheiro

Jak fala de maneira gentil o que era um pouco diferente para ele, não sabia ao certo se estava brincando ou falando sério.

— só está querendo o humilhar ainda mais

Luis diz parecendo chateado com Jak, Jak apenas balançou os ombros e negou a acusação de Luis.

— de qualquer forma obrigado pela oferta mas isso séria um abuso da nossa amizade

Digo me afastando ao fim da aula, faltava 2 horas para a última aula, havia tido um teste de uma matéria que nem se quer se lembrava o nome, e estava ansioso para ir para o trabalho e depois para sua casa.

capítulo 2

A aula havia acabado, mas a professora não queria que saíssemos da sala, estava preparando um trabalho, pretendia pedir um dia de folga hoje para poder achar o irmão da garotinha amedrontada, mas o mundo parecia querer a todo custo desperdiçar o tempo.

Eram 6 Horas da noite quando ela finalmente terminou de explicar o maldito trabalho e deixou-me ir em paz, sair correndo da faculdade para o restaurante, meus amigos dá faculdade pareciam confuso quando me viram correndo de maneira tão apresada para a droga do trabalho. Quando cheguei no restaurante encontrei a garotinha chorando, ela parecia feliz quando me avistou mas seu rosto estava cheio de lágrimas.

— porque você estava chorando?

Perguntei me aproximando dela com carinho e cuidado.

— eu pensei que o Papi tinha me abandonado

Ela falou esfregando as mãozinhas no rosto para limpar as lágrimas, me ajoelhei e tirei as mãozinhas dela do rosto dela e a observei um pouco.

— eu não iria abandonar uma criança assim.

Digo enxugando os resquícios de lágrimas do rosto dela, enquanto eu a seguro com a outra mão.

— vamos que precisamos encontrar o seu irmão

Falo colocando as minhas mãos no ombro dela, ela me olha parecendo confusa e então abaixa o olhar

— eu não tenho irmão

Ela falou olhando para baixo parecendo envergonhada, a garota em tão puxou um ar pra falar e olhou no meus olhos.

— eu não tenho ninguém

Ela fala parecendo um pouco triste mas demostrando está escondendo alguma coisa

— não minta pra mim

Digo olhando para ela com rigidez enquanto limpava as mãozinhas dela que pareciam está um pouco machucadas.

— e... eu-eu me perdi

Ela falou gaguejando, virando o olhar para o lado parecendo envergonhada e um pouco assustada, tirei meu olhar das mãos dela e olhei para ela confuso.

— de quem você se perdeu?

Perguntei ainda segurando uma das mãos dela, ela me olhou parecendo está prestes a chorar.

— ele foi embora sem mim

Ela falou com um tom baixo mais dilacerante, estava chorando, seu rosto parecia completamente tomado por tristeza.

— o tio me abandonou ( ela falou Lung que quer dizer tio em tailandes, mas alguns jovens na Tailândia podem usar para pessoas que tem muita afinidade ou parentes)

— você lembra como o seu tio é?

Pergunto sem me importar em ser informal com a criança que estava a minha frente.

— sim

Ela falou segurando a minha mão de forma repentina e tenta me puxar para a saída do restaurante, eu quase caiu mais longo me levanto e a sigo até lá.

— devagar

Digo enquanto ela me arrasta apressadamente para fora do restaurante, ela me ignora e para na frente de um homem que usava uma máscara e tinha cabelos loiros estranhos, ele parecia conhecê-la, parou assim que à avistou.

— tio!

Disse a garotinha quase correndo para ir até ele, observei um pouco incrédulo procurando puxar algum ar por te andado muito rápido.

— Malee!

Ele diz correndo para a garotinha, tento soltar a minha mão da dela mais ela parecia está muito disposta a continuar segurando a minha mão então desisti rapidamente.

— vamos

Ele diz segurando a outra mão dela e tentando levar ela mas ela está segurando firmemente a minha mão e não queria soltar, a olhei e estava prestes a tentar soltar na força mas me lembrei que ele ainda era uma criança e pensei em conhecê-la a me soltar.

— baby, você pode me soltar agora?

Pergunto com carinho ainda tentando tirar a mão dela com cuidado.

— mas se eu não te vê mais?

Ela pergunta parecendo chateada e com medo dessa hipótese, me abaixo um pouquinho para falar com ela.

— não precisa se preocupar com isso, eu tô sempre aqui, sempre nessa hora, se quiser me vê é só pedir para o seu tio te levar para o restaurante.

Digo sorrindo enquanto apontava para o restaurante que ali parecia longe, o tio dela me olhou parecendo confuso, mas segurou a mão dela e concordou com a cabeça.

— certo

Ela diz soltando a minha mão com medo mas parecendo acreditar no que eu estava dizendo

— tchau

Aceno me preparando para voltar para o restaurante, o dois acenam de volta parecendo felizes, a garota saiu no colo do tio loiro.

Então assim que eles se foram, eu voltei rapidamente para o restaurante, e terminei meu dia e mais trabalho como sempre.

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