Oque podia se dizer de um homem como Declan Campbell, ele era um homem sério na maioria das vezes, de poucas palavras, seus olhos eram comparados a de uma noite tempestuosa, matava sem dó, e o tipo de pessoa que ele mais odiava, eram os traidores, e dentro da máfia oque não faltava eram eles, comandava a máfia Campbell em northland, uma das maiores áreas de seu país, tinha clubes, casas de apostas, lojas e docas, até a própria polícia tinha medo de aparecer em seu caminho, seu braço direito Atticus era o único a ter a ousadia de falar o que pensa, ele comanda algumas casas noturnas e clubes de stripes, Atticus é quase comparado a Declan, não se importa em derramar sangue por diversão, aprendeu isso ao longo dos anos em que ficou ao lado do chefe
Declan é um homem alto, muito alto, beirando os dois metros de altura, olhos escuros que nem a noite, cabelos pretos, barba por fazer, lábios carnudos e bem avermelhados, corpo musculoso, coberto de tatuagens, uma verdadeira muralha, poucas eram as mulheres que caiam em sua cama, e as que caiam, deviam ceder as suas vontades, sem reclamar, sem chorar, sem se debater
Declan era o mafioso mais temido daquele lugar, os território de seus inimigos eram pequenos comparado ao dele, a liderança veio seguindo de geração em geração, e não surgiu um Campbell que trave-se na hora de puxar o gatilho
Declan estava conferindo a nova carga de drogas que acabará de chegar, ele sempre cercado de no máximo oito ou nove homens, todos de sua plena confiança, Atticus estava junto a ele naquele noite conferindo os cargueiros
- chefe tudo certo, a droga foi contada
Declan apenas o olha e o soldado treme, feito isso ele da meia volta e caminha para o carro
Declan : se certifique de que tudo ficará bem — diz acendendo seu charuto e sai andando
Atticus : sim senhor
Declan entra no carro e diz para seu motorista dirigir até um de seus clubes noturnos, mystic, lá entravam apenas aquelas pessoas que para elas, o dinheiro não significa nada, no momento em que ele entra, todos que já o conheciam o olham, seus funcionários param e saem do caminho, todos com medo, por que sabem, que não é uma boa ideia ficar frente a frente com um Campbell
Declan sobe para o escritório que havia ali, e encontra Bert sentado no sofá com o caderno das baixas, ele se levanta e abaixa a cabeça
Bert : não sabia que viria por aqui chefe
Declan : e desde de quando preciso avisar onde vou ou deixo de ir Bert — Bert era seu contador, na mesa não havia só o dinheiro da boate, mais de todos os seus negócios, dava pra ver que Bert não dormia a algum tempo
Bert : não é isso chefe, só fiquei surpreso — Declan se serve de um whisky e se senta na cadeira atrás da grande mesa, se vira para olhar as pessoas dançando através do vidro que havia no escritório, não era possível ouvir a música já que a sala tinha isolamento acústico, Bert continuava de pé, apenas esperando seu líder falar algo
Declan : por que está tão rígido Bert, termine seu trabalho, ignore minha presença
Bert : não conseguiria ignorar chefe
Declan : e por que não ? se vira e encara o homem a sua frente
Bert : o — ele é interrompido por duas batidas na porta, Declan manda entrar e Atticus chega com sua pose de subchefe
Atticus : está tudo feito Campbell, a droga irá ser distribuida pela parte da tarde do próximo dia
Declan : e o carregamento de armas ?
Atticus : está vindo, até agora, nenhum problema foi relatado — Declan olha para Bert esperando a mesma resposta que Atticus acabou de dar
Bert : todo o dinheiro está correto por agora, apenas esperando Francis chegar com o resto — Francis é o executor de Declan, ele recolhe dinheiro daqueles que devem o Campbell
Declan : Cuide logo então, quero a resposta definitiva até amanha — diz e sai, acompanhado de Atticus — o que quer Atticus ?
Atticus : o que faremos com o novo tenente da polícia senhor ? ele nega o suborno
Declan : faça como os outros que atrapalharam, mate-o — ele fala como se fosse a coisa mais natural do mundo para ele, e era
No dia seguinte perto do horário de almoço o cargueiro com as armas estava próximo, e Declan iria pessoalmente como em todas as outras entregas importantes se certificando de que tudo estava certo, Atticus e mas meia dúzia de homens o acompanhavam, o cargueiro ancorou e a contagem das armas começou, uma por uma, munição por munição sem passar nada, um único erro poderia tirar sua vida nesse meio
Atticus : tudo certo, os soldados já estão levando para o armazém
Declan : está tudo muito quieto — ele fala sem tirar os olhos dos homens até que um lhe chama a atenção, Declan saca a arma e atira contra a cabeça de um dos soldados dando início a um tiroteio minutos depois, homens saiam detrás dos contêiner e da pequena floresta ao redor, e não eram os seus
Atticus : mais como — diz surpreso — que pergunta besta, o grande Campbell tem memória fotográfica, por isso faz questão de ir ver cada homem nosso pessoalmente — diz brincalhão
Ele sorri e Declan estava sério como sempre sem se importar com o tiroteio, um tiro foi disparado na direção deles, e Atticus foi atingindo na barriga, ele não se importou de início, a adrenalina que não tinha a algum tempo, surgiu, ele pegou suas duas Glock detrás das costas, atirando sem parar, eles acabaram recuando, alguns dos seus homens feridos, mais nada grave, eles iriam sobreviver
Delphine Roux, uma mulher no auge dos seus vinte e quatro anos, de aparência normal, olhos da cor azuis , cabelos ruivos, chegando a uma cor bem avermelhado, pele branca igual o leite, possui algumas sardas no rosto mas usa maquiagem para esconde-las, estava de passagem por northland para visitar sua prima que a anos não via, depois de uma briga com seus tios que a “ acolheram " após a morte de seus pais, a mesma era filha única, sua prima por parte de mãe, era a única que ela se dava bem, a mesma a chamou para vim passar um tempo e quem sabe, morar com ela
Delphine estava descendo na rodoviária quando avistou sua prima ao longe acenando para ela, a mesma assim que a viu, correu para abraçar Delphine
Safira : a quanto tempo Delphi, céus como você está linda garota !
Delphine : bastante tempo mesmo Safira — Delphine a cumprimento, mesmo com sua idade, a mesma se igualava a uma garota de dezesseis anos, não só na aparência como no jeito também
Safira : já arrumei o quarto em que vai ficar, espero que goste
Delphine : não vou ficar muito tempo, sabe disso
Safira : sejamos verdadeiras uma com a outra Delphine, você não aguenta mais os seus tios, por que não se muda de uma vez pra cá ?
Delphine : a reputação dessa cidade não é das melhores Safira — diz tentando encerrar aquele assunto
Safira : pelo menos aqui não tem nenhum caso de agressão contra a mulher, pelo contrário, se você ver, tem mais mulheres aqui, do que homens
Delphine : não me faz eu me sentir mas segura, chega dessa conversa, temos que ir, parece que virá uma tempestade aí — o tempo estava bem fechado, safira ajudou Delphine a colocar as malas no carro e ambas foram embora, no meio do caminho, a chuva começou a cair, estava forte fazendo assim, safira diminuir a velocidade do carro para evitar acidentes
Safira : achei que o dia seria apenas de sol, não imaginava uma chuva dessas
Delphine : parece que não vai parar tão cedo
Os minutos iam se passando e a chuva ficava mais grossa, Safira ia com toda a calma do mundo pelas ruas
Delphine : por quê você escolheu morar aqui safira ?
Safira : é um lugar bom, a máfia local não meche com os moradores, desde que os moradores também não fiquem no caminho deles, as mulheres aqui são bem respeitadas também, como eu disse, aqui tem mais mulher do que homem, e é bom, os homens que tem aqui, a maioria faz parte da máfia mais são pessoas “ boas " por assim dizer
Delphine : um homem da máfia sendo titulado como bom ? nunca ouvi essa
Safira : não podemos julgar um livro pela capa Delphine, alguns não tiveram escolha — o olhar de Safira foi longe, ela pensou, o que sua prima iria achar se descobrisse seu segredo
Depois de algum tempo na estrada, elas finalmente chegam a casa de Safira, Delphine fica chocada com aquilo
Delphine : eu imaginava sua casa mais simples, já que você disse que trabalhava como garçonete
Safira : as gorjetas são boas, eu economizei anos pra dar entrada nessa, ainda não quitei — diz brincalhona
Ambas entram e safira mostra cada canto da casa para sua prima, elas chegaram no horário de almoço, então Safira foi logo fazer algo e Delphine se prontificou a ajudar
Delphine : não acredito que você fez isso — elas riam das histórias de Safira quando chegou a northland, até que o telefone de Safira toca, ao ver o nome na tela, ela endireita a postura
Safira : já volto — ela se levanta — sim chefe — Delphine volta a comer, ignorado a ligação de sua prima até que ouve safira gritar — como isso aconteceu ? estou sim, pode trazer, depois eu lido com isso — ela desliga o telefone e vai até o andar de cima, quando volta encara a prima — Delphine, você disse que estava cursando a faculdade de enfermagem não é ?
Delphine : sim, por que ?
Safira : olha, um amigo meu foi baleado, eu preciso da sua ajuda, não me pergunte nada por favor — assim que fecha sua boca, a garota corre até a porta, e por ela passam vários homens armados e com sangue, seu olhar se direciona até Declan, que carregava Atticus — Delphine, rápido !
Delphine se levanta e todos olham para ela com desconfiança, Safira diz que é sua prima e todos relaxam, Declan não a olhou em nenhum momento, colocou Atticus no sofá e o mesmo gemeu de dor, Delphine pegou a maleta de primeiros socorros e foi até ele, mais foi barrada por Declan
Declan : não confio nela
Safira : chefe ela é minha prima, faz enfermagem, só ela pode nos ajudar agora — Declan olha para Delphine sem emoção alguma, a mesma sustenta o olhar sombrio do homem a sua frente, ele abaixa o braço e ela começa tirando a camisa de Atticus
Delphine : vou precisar que alguém faça a esterelização das coisas
Safira : eu vou
Delphine : não, pegue toalhas e um balde de água morna, rápido — diz para para a safira — e você vá cuidar dos equipamentos — diz para um dos homens que ali estava, Delphine olha pela maleta e não tem nenhuma anestesia — não tem anestesia — o homem que gemia de dor a olha
Atticus : faça mesmo assim, só tire essa porra de dentro de mim
Safira chega com as toalhas e um dos homens veio com os materiais prontos em mãos
Delphine : eu vou precisar que vocês se afastem, não podem ficar encima — os homens a olham e com uma encarada de Declan eles se afastam
Declan : eu fico
Delphine não fala mais nada e começa a fazer um pequeno corte onde a bala estava alojada, Safira tentou dar algo para Atticus morder, mais o mesmo se recusou, ele segurou a dor ao máximo, até que a bala estivesse finalmente fora de seu corpo, Delphine limpou o local para poder dar os pontos, e novamente o homem não deu um grito se quer, mais sabia que estava com dor, seu rosto estava vermelho
Delphine : pronto, tem antibióticos aqui para a dor ?
Safira : vou ver
Safira sobe até o andar de cima e Delphine recolhe as coisas, Declan olhava cada movimento seu e isso já estava deixando a garota estressada, quando ia dizer algo, sua prima aparece com o remédio e o dá a Atticus, Delphine volta para a sala de jantar e se senta, terminando sua comida como se nada tivesse acontecido
Pov
Atticus estava descansando no sofá, Safira era uma das minhas melhores garotas, a alguns dias ela me avisou da chegada de sua prima na cidade, e pediu uns dias de afastamento para passar ao lado dela, quando Atticus começou a sentir as dores da bala, o único lugar perto o suficiente era a casa de Safira e eu não esperava que sua prima era estudante de enfermagem, a princípio não a olhei, estava focado de mais em Atticus, mais a mulher que a poucos segundos estava de joelhos retirando a bala da barriga do meu sub, era diferente, ela não abaixou o olhar ou tremeu quando vários homens apareceram fortemente armados, depois que ela saiu, eu ouvi um dos soldados falarem
- como ela consegue comer depois de ver tudo isso ?
- soube que na área médica, é super normal
Sentia os olhos de Safira em mim, querendo resposta, ela amava Atticus, mais o mesmo não sentia o mesmo pela garota, então ela se contentava em apenas ir para a cama com ele, sem compromisso algum
Safira : chefe eu sei que não devo — a interrompi
Declan : então por que pergunta, não é por que você é uma das minhas melhores garotas que lhe devo respostas de tudo Safira
Ela abaixa a cabeça e se afasta, a tal prima passa por nós indo até o andar de cima, Safira a acompanha, vejo Atticus se mexer no sofá e vou até ele
Declan : espero que já esteja bem para irmos embora
Atticus : estou sim
Declan : ótimo, então vamos — Atticus se apoia em mim e todos os soldados nos seguem, sem ao menos nos despedir ou dar um simples obrigado a Safira e sua prima, e eu não me importo, Safira só fez o seu trabalho
Atticus : a prima da safira é bem peculiar — diz ao se sentar corretamente
Declan : calado — pelo vidro do carro observo a noite cair, ficarmos bastante tempo na casa de safira até Atticus acordar, deixamos Atticus em casa e seguimos até meu apartamento, quando o adentro vou direto pro escritório e faço uma breve pesquisa, Atticus está certo, a garota não teve medo de nós, principalmente de mim — Delphine Roux, interessante
Estudante do último ano da faculdade de enfermagem, pais mortos, tios abusivos, mantém contato apenas com Safira, prima por parte de mãe, nada sujo, sem namorados ou ex, típico de estudante nerd, fecho meu notebook e caminho até meu quarto seguindo pra banheiro, era tanto problema ultimamente que nem lembro da última vez que vi uma buceta
Declan : o que foi Atticus — assim que terminei o banho Atticus me ligava
Atticus : descobri quem foi o mandante da troca de tiros, o filho do policial que mandou matar, ele também segue os passos do pai
Declan : por que não me disse isso antes?
Atticus : desculpa chefe, eu devia ter feito uma checagem mais a fundo
Declan : que isso não se repita, dê um jeito nele, não quero mais problemas com polícia
Atticus : sim senhor
Desligo e me jogo na cama sem roupas, não demora muito pra pegar no sono
No dia seguinte a boate estava uma correria, os caminhões de abastecimento estavam em todo os lugares, as mulheres que trabalham aqui se dividiam em ajudar e ensaiar, subo pro escritório e Atticus já está lá, olhando tudo através do vidro
Declan : deveria estar descansando
Atticus : foi só uma bala, a prima da safira é boa, só sinto umas pontadas, por que não contrata ela ? — olho para ele que mantém a cara séria
Declan : não, a garota só veio passar um tempo aqui, logo voltará para sua cidade
Atticus : southland não é tão longe daqui, apenas algumas horas de carro
Declan : e essas horas custaria a vida de um nós, não trarei a garota para nosso meio e fim de conversa, está interessado nela por a caso ?
Atticus : achei ela atraente — não sei por que, mais aquilo me incomodou
Declan : Safira não vai deixar você chegar perto da prima
Atticus : Safira não manda em mim, aliás nunca tivemos nada além de sexo
Declan : fique longe, a garota não é do nosso meio Atticus
Atticus : uma pena — me sento na minha cadeira e já via a dor de cabeça ali, vários papéis espalhados pela mesa, não era só dessa boate mais das outras também, hoje é sábado, todos elas ficam lotadas, a mystic principalmente
Atticus se retira da sala me deixando com meus próprios pensamentos, de fato ela é boa, ajudaria bastante se algum do meus homens acabar se ferindo em trocas de tiro e perseguição, mais ela não é do nosso mundo, e isso me daria uma dor de cabeça, explicar tudo do zero e a observar para ver se é confiável mesmo
Uma das minhas garotas entram para reabastecer o freezer que havia ali, ela se abaixa e deixa a bunda empinada mostrando a calcinha de renda da cor branca, ela olha de lado e eu apenas a encaro, não estava com paciência pra esse tipo de coisa, também tinha bastante trabalho, e eu não gosto de deixar pra depois
Declan : saia — ela treme, se desculpa e sai, isso é bem obra do Atticus, raramente alguma garota daqui se insinua para mim
Atticus : depois não reclama, fiz o favor de escolher a dedo para você — ele diz entrando novamente, se senta no sofá e me olha — pretende ficar solitário o resto da vida Campbell?
Declan : e por que isso seria da sua conta ? — ele da um minimo sorriso
Atticus : por que além de seu sub, sou seu amigo
Declan : não lembro de dar esse título a você — a porta é aberta por um dos soldados
- chefe, o filho do policial está aqui, e quer vê-lo
Declan : da próxima vez que entrar sem ao menos bater, eu corto sua garganta, entendido ?
- sim senhor, me perdoe
Declan : saia e o traga aqui
Ele sai apressado e segundos depois, a sala é invadida da mesma forma, um homem alto, cabelos, loiros e pele meio morena me olha como se fosse me matar, Atticus coloca a não na cintura pronto para puxar sua arma
Declan : em que posso ajudar policial ?
- não se faça de besta Campbell — ele se aproxima e Atticus aponta sua arma para ele
Atticus : é melhor não se aproximar dessa maneira
Declan : nos deixe — Atticus abaixa a arma com relutância e sai
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