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Namorada De Aluguel Para O Ceo Mafioso

Enrascada

Namorada de aluguel, um trabalho que está se tornando um pouco mais comum do que antigamente. A maioria dessas garotas que entram no aplicativo, estão sem outras opções, e bom, eu sou uma delas!

O meu nome é Dahlia Lombardia, e eu estava à beira da falência quando encontrei um aplicativo que estava ficando famoso entre as mulheres. Não fui diferente delas, fiz a minha inscrição sem saber muito, e no final, aquela foi a minha salvação.

— Você estava me traindo com essa mulherzinha? O que eu sou para você? Uma palhaça? Não pensa no bebê que eu estava carregando no meu ventre? Eu mal perdi o nosso bebê, e você já está com outra? — Cada vez era um papel diferente, não nego que era interessante.

— Carlos... O que ela está dizendo é verdade? — A mulher que estava com ele, tremeu. — Eu era uma amante o tempo todo? — Ela chorou.

(Tadinha, mas ele me pagou muito bem por isso...)

— Vai negar que não sabia que ele era casado? —Continuei atuando no papel.

— E — Eu juro! Não sabia... — Ela estava desesperada, e então olhou indignada para o homem, e saiu correndo.

Ele veio até mim e tirou o resto do pagamento do bolso.

— Muito obrigado mesmo! Não sabia mais como tirar essa mulher do meu pé, mesmo se eu a dispensasse, ela não me deixava! — Ele parecia aliviado.

— Bom, boa sorte daqui para frente! — (Você vai precisar, já que ela tem cara de quem sabe toda a sua vida...).

Eu voltei para casa, feliz por mais um trabalho concluído.

Eu já tinha um bom dinheiro guardado, já que faz dois anos que trabalho nisso. Consegui me livrar da maioria das minhas dívidas, e ainda guardar um bom dinheiro. No final, esse trabalho realmente era o que eu precisava.

— Haha, um dia eu ainda vou ficar bem rica! — Eu me deitei na cama, e abracei o meu travesseiro, indo dormir. — Dinheiro, dinheiro, dinheiro... — Eu já conversava dormindo sobre isso.

No dia seguinte, eu acordei atrasada, depois de adiar o meu alarme três vezes. E sim, eu dormi até às dez e quarenta, e o meu turno na faculdade é vespertino. Resumindo, eu cheguei atrasada, descabelada, e com fome.

— Você está só o bagaço... — Meu melhor amigo riu da minha cara.

— Ei, bolsistas perdem a bolsa se chegarem atrasados? Não pesquisei sobre isso...

— Sim, e, aliás, já é a terceira vez seguida que você chega atrasada...

— Eu não pedi para você me lembrar disso... — Eu deitei a minha cabeça na mesa, ainda estava com muito sono.

(Definitivamente essa vida não é para mim, mas eu tenho que tentar um futuro melhor do que ser namorada de aluguel, certo? Isso não vai funcionar para sempre, eu vou ficar velha um dia...)

— Ei, a aula acabou! — Igor estava me sacudindo.

— Quê? Mas eu acabei de chegar!

— Óbvio, você chegou no final do segundo período, assistiu dois minutos de aula, na verdade, nem isso, já que estava dormindo!

— Aaah... — Eu queria gritar.

— Já sei um jeito de te animar, vamos comprar algumas coisas na loja de conveniência perto daqui!

— Você está maluco? Aquele lugar é o olho da cara só por que é perto da faculdade!

— Você nunca paga nada quando vamos lá, então por que está reclamando?

— Talvez você devesse poupar o seu bolso de vez em quando.

— Eu não preciso disso, diferente de você, eu sou rico.

— O que foi? Isso é preconceito com pobre? Não é só porque eu sou lascada, que precisa jogar na minha cara!

— Você mesmo anda se humilhando... — Ele sussurrou.

Nós fomos até a loja, e compramos algumas coisas, ao olhar o preço da nota, tive mais certeza ainda que se não fosse por Igor, eu nem lisa pisaria os meus pés nesse lugar, se não eu voltaria ainda mais falida.

O meu celular tocou enquanto estávamos jogando para a universidade.

(Um trabalho...)

— O que foi? É sobre o seu trabalho? — Igor é único que sabe disso.

— É sim, mas eu não atendo no horário da faculdade, então vou ativar as minhas mensagens automáticas, já que tinha esquecido.

— Bom, então vamos rápido!

Eu ativei, mas meu celular estava apitando muito.

(Vou deixar no silencioso.)

Mas, percebi que haviam quase vinte mensagens, por esse motivo decidi abrir.

— "Preciso que trabalhe agora a tarde, é urgente, te pago por pix de uma vez, não importa o valor!"

— Você vai negar, certo? — Mas a minha mente só me lembrava "qualquer valor".

"Pagamento antecipado?"

Eu perguntei, e ele respondeu imediatamente com "sim".

— Igor... Eu vou sair, ok? — Eu comecei a correr.

— Espera aí! — Igor me gritou, mas eu já estava correndo para ponto de ônibus.

Estudar é importante, mas eu ainda sou lascada, então preciso trabalhar! Mandei um valor bem alto, e a pessoa aceitou, enviando o pagamento para a minha conta na mesma hora.

— Hehe, hoje eu vou comer pizza! Já que está quase quarenta reais, vou fazer a festa!

Ele me mandou o endereço, disse que eu podia ir do jeito que estava, então não precisei me trocar, apenas ajeitei um pouco o cabelo.

(Estou com a cara de mosca-morta, mas tudo bem, ele disse que podia ser como eu estava, hehe...)

— Que lugar longe... — Foi mais ou menos trinta minutos de ônibus, por um segundo, achei que poderia ser um engano, mas era um hotel bem chique.

(Cara, espero que isso não seja um plano para me sequestrar... Mas, quem iria querer me sequestrar?)

Eu estava com a minha mochila, já que quando eu saí da segunda aula, estava com ela para ir para a outra sala, quando sai com Igor.

Joguei ela no canto, e esperei o homem parecido com o da foto.

— Dahlia Lombardia? — Ele tocou o meu ombro.

(Esse cara parece ser bem rico, e até que é bonitinho...)

— Sim, sou eu mesma! Precisa que eu seja de algum jeito em específico?

— Bom, a sua aparência não é exatamente como eu esperava, mas serve...

(Ei, seu ignorante, você não viu a minha foto!)

— Haha, então, vamos? — Eu mordi a minha boca de raiva.

Nós fomos até a recepção, era nítido o nervosismo dele.

— Ele está te esperando no lugar de sempre! — A recepcionista nem mesmo esperou que falássemos alguma coisa.

O homem apenas acenou com a cabeça.

— Vamos...

(Não... Será possível que ele quer vender os meus órgãos? Por que mais motivo ele estaria desse jeito?)

Nós paramos em frente a suíte mais cara do hotel, eu percebi que até mesmo a porta era diferente. Engoli seco, querendo fugir.

Ele estava com medo até mesmo de puxar a maçaneta.

Dei alguns passos para trás, mas a porta se abriu, e um homem enorme apareceu, puxando eu e ele para dentro.

(Meu senhor, me salve!)

Ele nos empurrou até um pequeno sofá.

— É ela? — Uma voz masculina me fez arrepiar.

O homem que disse isso, estava de costas para nós dois.

(Pera, pera... Isso é sério? Você está querendo fazer suspense?)

— S-Sim... Ela é a minha esposa! — Parecia que o meu cliente iria urinar nas calças.

— Você tem exatos trinta dias para pagar a sua dívida! Devolveremos a sua esposa quando quitar tudo, mas se não pagar, nós cortaremos o pescoço dela fora! — Ele disse isso, se virando bem no momento que falou sobre cortar o pescoço, fazendo esse sinal na nossa direção.

— Ei? Que negócio é esse de cortar o pescoço? — Eu me levantei no desespero.

O homem que tinha aberto a porta para nós, apontou uma arma para a minha cabeça.

O meu cliente correu, e simplesmente o deixaram ir.

— Você deveria ter escolhido melhor o seu marido! Aliás, achei que você fosse mais bonita...

— Filho de uma égua! — Eu tampei a minha boca imediatamente.

— Se eu amasse a minha mãe, a sua cabeça já estaria em pedaços nesse momento! — A Ameaça dele fez o meu corpo arrepiar.

(Eu não vou deixar isso barato!)

A situação era perigosa para mim, mas se você é uma pessoa pobre, que só tem a sua vida como algo de valor, teria que fazer o possível para fugir disso, certo? Foi exatamente o que eu fiz, sem pensar nas consequências...

Situação maluca

— Aquele idiota passou a perna em vocês! — Eu gritei.

— Dizer essas coisas agora não vão fazer você se salvar... — Ele me olhou friamente.

— Moço, pelo amor de Deus! Você é da máfia? Ou sei lá o que? Se é, por que não investiga primeiro? Tenho certeza que vai descobrir que não sou a esposa dele!

— Se não é, então por que veio aqui? — Ele olhou desconfiado.

— Ele me pagou bastante dinheiro, mas eu não sabia o que era para fazer! Eu juro, mostro até às conversas e o comprovante!

— Prendi il suo cellulare e controlla! (Pegue o celular dela e confira!) — Ele disse ao homem que estava com a arma apontada para mim.

(Sério? Vocês estão no Brasil! Falem português, por favor!)

O homem, ou lacaio, tomou o celular da minha mão.

— Sta dicendo la verità, signore! (Ela está dizendo a verdade, senhor!)

— Lascialo qui e scopri dov'è andato e chi è la sua vera moglie! (Deixe-a aqui e descubra para onde ele foi e quem é sua verdadeira esposa!)

— Giusto! (Certo!) — O homem saiu.

Então, estávamos apenas eu e ele naquele lugar, o homem que estava me encarando como uma fera, me fazendo tremer de medo.

Ele não disse uma palavra enquanto o outro homem voltava, e eu já estava quase cagando nas pernas de tanto medo.

(Para de me encarar!)

Eu olhei para baixo, para evitar contato visual.

Mas, ele se aproximou de mim, vi seus sapatos, pareciam caros. Por um momento, eu esqueci da situação reparando apenas em como o sapato dele estava tão brilhante, que quase conseguia ver o meu reflexo.

— Que garota mais esquisita... — Seu tom ainda era frio.

— Esquisita é a senhora sua mã... — Minha mania de nunca deixar barato nenhuma ofensa, fez com que eu me levantasse e encarasse ele.

Eu parei, quando estava apontando o dedo para a cara dele.

(Merda!)

— Hehehe... — Fui tentar abaixar novamente, mas ele não deixou, e me fez encará-lo novamente.

(Se isso não fosse como um filme de ação em que eu provavelmente seria uma das vítimas que morreria e teria seu órgãos vendidos ou o seu corpo jogado no lago, eu estaria morrendo de vergonha em ser encarada assim por um homem desses!)

— Acho que você não sabe com quem está lidando, garotinha! Quantos anos você tem, huh? Você tem um rosto bem infantil...

— Infantil? Falou o cara mais bonito da face da terra! É melhor parecer mais nova do que parecer uma pessoa velha igual a você! — Claro, não era verdade, afinal esse homem é um pedaço de mal caminho, que provavelmente me levaria à morte a qualquer segundo. — Ops... — Minha boca grande havia falado demais outra vez...

(Ok, definitivamente agora eu vou morrer!)

— Pfft... — Ele começou a rir. — Você não fica calada mesmo com a morte diante de você! Mas uma pena, a minha paciência acabou! — Ele apontou uma faca para o meu pescoço.

— M-Moço! Eu sou inocente!

— Você me insultou mais de uma vez, sendo inocente ou não, é o fim da linha para você!

Então, o homem chegou com alguns papéis.

— È all'aeroporto in questo momento con sua moglie. E questa ragazza è stata davvero ingannata da lui, ho preso il suo profilo, è una ragazza in affitto. (Ele está no aeroporto neste momento com a sua esposa. E essa garota realmente foi enganada por ele, peguei o perfil dela, é uma namorada de aluguel.)

— Manda degli uomini a portare qui lui e sua moglie! (Envie homens para trazer ele e sua esposa aqui!)

— Tsk, vocês estão no Brasil, agora ficam querendo se achar e ficar conversando em outra língua? — Eu falei baixinho, mas foi o suficiente para eles escutarem.

(Eita, é minha hora de correr...)

A porta estava aberta, a faca ainda estava no meu pescoço. Só pensei que se eu ia morrer de qualquer jeito, era melhor morrer tentando sobreviver.

Eu estava com uma sandália, então eu pensei rápido, joguei ela para o lado com o meu pé, com a esperança de criar uma mínima distração para me afastar.

Ele se virou para o olhar e rir da minha cara, e nessa hora, eu corri igual uma condenada.

— Deixe-a ir, a prioridade agora é aquele que está me devendo! Nós a pegamos depois. — Ainda consegui escutar isso.

(Você vai pegar outra, não eu!)

Continuei correndo para bem longe, entrei em várias ruas, e depois peguei o ônibus.

— MERDA! O meu celular... — Ficou com eles no momento em que tomaram de mim.

(Eu ainda estou pagando as prestações!)

Mesmo sabendo que devia estar grata por ter saído viva, eu ainda estava xingando tanto aquele homem que me contratou.

(Espero que eles peguem você e acabem com a sua raça!)

— Miserável! Enganador! Sabia que não devia ter confiado em um cachê tão alto! — Sim, eu estava surtando dentro do ônibus.

— Ela é louca? — Alguém sussurrou.

— Provavelmente... — Outra pessoa respondeu.

(Se eu for no INSS, consigo me aposentar? Ah não, mas alguém vai ter que tomar conta de mim, e vai passar a mão no dinheiro, então não...)

— Que ódioooo! — Eu me joguei ainda mais no banco do ônibus.

— Pode mandar internar já... — Alguém sussurrou.

Eu estava quase chorando, mas era de tristeza mesmo. Cheguei em casa e me joguei na cama, em um dado momento, me lembrei que minha mochila também ficou no hotel.

(Sério, só não me bastava ser pobre, ainda tenho que passar por isso?)

Eu não tinha cabeça para mais nada, por isso, eu fui dormir, e sem o meu alarme, acordei atrasada outra vez no dia seguinte.

Pior de tudo é que ainda tive que parar para comprar materiais escolares novos.

— Ei, por que você não respondeu as minhas mensagens? E a sua cara está pior que ontem!

— Igor... Me empresta os seus cadernos de todas as matérias que temos juntos... — Eu estava novamente com a cabeça escorada na mesa.

— Por que? Não me diga que deixou se fazer as atividades? Aliás... A sua mochila não parece a mesma...

— No intervalo eu te conto tudo... Agora, me paga um lanche!

— Eu não sou uma máquina de fazer dinheiro!

— Você é rico, e eu passei por uma situação complicada, então anda logo!

— Todos os dias você passa por situações complicadas!

— Quando você ouvir tudo o que me aconteceu, vai me pagar lanches para a vida toda!

— Você é uma interesseira, sinceramente! — Ele fez bico, mas saiu para comprar.

No intervalo, eu contei tudo, e o Igor brigou tanto comigo, que eu já estava querendo fugir das outras aulas.

Acompanhante

— Você é doida! Não, uma retardada! — Igor puxou minha orelha.

— Olha, já deu, ok? Você está reclamando comigo a cada intervalo de aula! — Literalmente, toda vez que acabava uma aula, ele aparecia para reclamar comigo.

— Você não valoriza a sua vida!

— Olha, eu precisava daquele dinheiro!

— Você não disse que tinha umas economias?

— Sim, para emergências! E ainda por cima é pouco, o audiência para que eu pudesse pagar algumas contas ou fugir...

— Então é melhor já ir se preparando!

— Ei!

— Você acha mesmo que alguém assim vai deixar você fugir ilesa? Você sabe muito bem que atualmente, nosso país foi dominado pela máfia!

— Não me lembra disso, sinto até dor de cabeça... Eles estão fazendo bastante mudanças por aqui...

— Tenha cuidado, agora há um mafioso por todos os cantos escondido!

— Sério, quer parar de me assustar?

— Enfim, vou deixar você levar os cadernos que eu trouxe hoje quando acabarem as aulas. Amanhã eu trago o resto para você, ok?

— Ok...

O resto do dia foi completamente chato, não consegui prestar atenção em nada das aulas. Quando eu voltei para casa, só estava pensando no meu celular, a minha cabeça estava uma bagunça, e eu tive que escrever todos os assuntos que estavam nos cadernos.

Praticamente não dormi nada, e cheguei atrasada novamente no outro dia.

— A diretora quer falar com você... — Mal cheguei e já tive que sair da sala.

(Parece que eu estou ferrada...)

— Dahlia, o que anda acontecendo com você? Quando ganhou a bolsa, foi uma das estudantes com as melhores notas, e no começo do semestre era a mesma coisa, o que está acontecendo?

— Problemas, muitos problemas... — O jeito era apelar para a minha "triste" vida.

— Pode me dizer o que precisa, sabe que eu também já fui conselheira, certo?

Antes de ser diretora, ela era a conselheira da faculdade.

— É que eu... Estou passando por necessidades, você sabe que eu sou órfã, não tenho nem familiar para me apoiar, sai do orfanato porque passei da idade.

(Tecnicamente, me expulsaram depois que completei dezoito anos.)

— Seu trabalho parece não ser muito bom, precisa de ajuda?

— Eu acho que eu mesma preciso cuidar dos meu problemas, não vai mudar muita coisa...

— Dahlia, por que não muda de trabalho?

— Eu já coloquei muitos currículos, não consegui nada até o momento.

— Sei que não é grande coisa, mas você pode trabalhar na cafeteria do meu filho.

— Vocês são amigos, então provavelmente ele não vai se importar com isso.

— Ahn?

(Eu nem sabia que você tinha filho em primeiro lugar...)

— Igor, vocês estudam juntos, certo?

— Igor? Aquele Igor? O ricaço? Ele é seu filho?

— Pensei que você soubesse, todos da escola sabem. Sem contar que você já foi algumas vezes lá em casa.

— Mas a mãe dele não estava, quer dizer, você não estava...

— Sim, eu estava trabalhando no horário que vocês foram, afinal, eu venho para cá os três turnos.

— Igor não me disse que ele tinha uma cafeteria.

— Ah, é porque ele ganhou de presente do avô recentemente. De qualquer forma, vou conversar com ele sobre isso!

Eu saí indignada com o Igor.

— Por que você não me falou que a diretora é a sua mãe? — Eu bati as mãos na mesa, o assustando.

— Pensei que você soubesse.

— Como eu ia saber?

— Você não viu meu sobrenome?

— Meu querido, existem milhares de pessoas com o mesmo sobrenome! Sem contar que eu não tenho tempo para pensar nisso!

— Então não me culpe!

— Eu vou culpar você sim!

— Dahlia, vai ter uma festa esse final de semana, que tal se eu contratar você para ser minha acompanhante?

— Ahn? Do nada? Está doido? Por que você precisa de uma namorada de aluguel?

— Eu não quero uma namorada, e sim uma acompanhante!

— Mas por que?

— Será que você pode parar de fazer tantas perguntas? Estou tentando ajudar você a ganhar o dinheiro para comprar um celular novo!

— Ei, você é rico! Por que eu preciso trabalhar se você poderia somente me dar um?

— Por que você está muito mal acostumada! Não vou te bancar a vida toda, afinal, você precisa trabalhar e conquistar suas próprias coisas!

— Queria que você tivesse nascido pobre, aí você ia ver só!

— Se eu tivesse nascido pobre, você não teria quem te bancasse nas horas que você está dura!

— É... verdade, esquece o que eu falei!

— Enfim, escolhe um celular que você quer, vou pagar exatamente o valor dele.

— Sério? — Meu coração até errou as batidas.

— Espera, não me venha com celulares tão caros! Vou ajudar você a escolher.

No final, o celular continuou sendo um bom, mas não extrapolava no preço.

— Igor, eu não tenho roupas para festa de ricos...

— Relaxa, vou comprar algo para você, ok?

— Obrigada! — Eu ri.

— Sinceramente, às vezes eu acho que eu pareço até seu pai!

— Uma pena que não é...

— Sorte minha! Você já teria me falido.

Então, se passou uns dias, Igor me entregou o vestido, era bem bonito. Fiz o máximo para ficar bonita, até mesmo me maquiei.

Na festa:

— Ei, você não quer casar comigo não?

— Nem nos seus sonhos! — Igor fez careta.

Ele me vê como uma irmã, e eu também o vejo assim.

— Festas de rico é assim? Você mesmo se serve?

— Tem os garçons, mas você pode ir até a mesa.

— Eu posso?

— Você vai fazer um estrago, então deixe que os garçons te sirvam!

Então, eu esperei que viesse até mim, e peguei um petisco.

— Por que isso é tão pequeno? Não enche a barriga...

— Dahlia, você não deveria agir de acordo com o papel de acompanhante?

— Com você eu não preciso fingir!

— Sei, sei...

— Aliás, essa festa é dedicada a que coisa? Simplesmente quiseram juntar um monte de ricos aqui?

— Ah, é uma festa de inauguração de mais uma empresa da família Lombardia. Aliás, esse é o seu sobrenome, certo?

— É sim, mas foi o diretor do orfanato que escolheu para mim. Naquela época, a família Lambardia não era tanto conhecida, mas eu não sei porque ele escolheu justo esse.

— Já pensou se você fosse parente deles?

— Não, já olhei minha ficha, não tem nada sobre mim ou minha família. Teve uma época que eu quis procurar os meus pais, mas desisti. Se me abandonaram, significa que não me quiseram, e provavelmente não gostariam que eu voltasse.

— Talvez não seja assim.

— Sendo ou não, prefiro continuar assim. Ter uma família agora apenas me atrapalharia, não quero amor de ninguém, não preciso de algo que nunca conheci!

— Eu não te entendo.

— Por que diz isso?

— Me lembro que você deu conselhos a uma colega nossa que estava triste por causa do seu relacionamento, você a incentivou a amar e ser amada, mas não faz o mesmo sobre si...

— Igor, não é por que eu não desacredite do amor, que tenho que incentivar os outros a desacreditar também. Por mais que eu não sinta o que eles sentem, eu sei que isso pode ser maravilhoso para quem merece...

— Você acha que não merece ser amada?

— Eu me recuso a aceitar o amor, quero apenas dinheiro! Isso sim é amor verdadeiro!

— Não é não...

— Você já viu rico sendo infeliz?

— Já!

— Então, eles estão sendo ricos do jeito errado! Se for para sofrer, vai sofrer em Paris!

— Dahlia, você é muito esquisita!

— Oxe...

Ela continuou pegando petiscos que chegavam, e então apareceu vinho, e ela pegou também.

— Ei, você não é fraca para bebidas?

— Você vai estar aqui para me levar para casa!

— Haa... não sei o que faço com você...

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