Lylith A Deusa Da Trapaça
Até Deuses Sentem Medo
Um navio repleto de pobres homens necessitados, que mal tinham lugar no convés, escravos de todas as idades. Embora a cidade fosse linda, a visão de dentro da embarcação não era uma das melhores.
Escorada na proa e olhando para seu futuro lar, uma mulher de longos cabelos negros limpava seu rosto sujo de carvão.
Lylith
Este mundo mudou tanto nos últimos séculos...
Lylith
acho que sinto falta do sangue e violência sem sentid-
Foi o chicote quem fez o homem gritar e estremecer de dor.
Lylith
(e falando da violência...)
O marinheiro apertou o seu braço a puxando para mais perto.
Lylith foi empurrada para dentro com brutalidade.
Ela mostrava o dedo do meio para porta fechada, irritada, descia as escadas de madeira em direção a cozinha.
Lá, pegou uma faca e começou a descascar as cebolas.
Lylith
Já estou farta dessas cebolas!
Lylith
(sei que preciso disfarçar-me para não me encontrarem...)
Lylith
(mas precisava mesmo ser de escrava?!)
Exclamou a velha mulher, pegando algumas das cebolas do barril.
Ophela
Imagine se te pegam resmungando essas besteiras!
Lylith revira os olhos e Ophela põe as cebolas no balcão.
Ophela
Nem os Deuses poderão te ajudar!
Ophela
Está ciente disto?!
Lylith
Sim, sim. *descascando cebolas*
Ophela vira-se com as mãos na cintura, segurando uma faca.
Ela começa a picotar os legumes
Ophela
Estou viva a mais tempo do que você enrola para cortar essas cebolas
Ophela
Se continuar a agir tão presunçosamente...
Ela corta com ferocidade a coroa da beterraba, e então a joga aos pés de Lylith, que os afasta do vegetal.
Ophela
Vai acabar igual, está pobre beterraba!
Ophela
Decapitada e rolando pelo chão!
Lylith
Hum... *olha a coroa da beterraba*
Um marinheiro chega à cozinha, olha para os lados à procura de alguém.
???: onde... Está Sophie?
Ophela
Creio que ela foi ao banheiro há alguns minutos...
Ophela
Ainda deve estar lá, certo Lylith?
???: quando ela voltar, diga que o capitão quer vê-la
O marinheiro sai, e Lylith dá de ombros
Lylith
E no fim você tava preocupada comigo? *risos*
Ophela
Isso não tem graça nenhuma
A mais velha também sai da cozinha enquanto Lylith continuava a descascar as cebolas com um sorriso.
Ophela rapidamente volta, puxando Lylith pelo braço.
Ophela
Vamos! Solte essas cebolas bobas e ajude-me a encontrar Sophie!
Lylith
Por que eu deveria?
Lylith
Não é problema meu que Sophie ande dormindo com o vice-capitão!
Lylith
Já estou de saco cheio de ficar encobrindo essa mulhe-
Ophela
*se aproxima de Lylith*
Ophela
As paredes têm ouvidos! Se isso se espalha, tanto Sophie quanto Stevan morrerão!~
Ophela
Compreende isso ou tá difícil?!~
Lylith
Por que diabos o capitão de um navio tão poderoso como o Adrasteya iria estar à procura de uma escrava qualquer?!~
Lylith
Eles obviamente já foram descobertos!~
Lylith
Sophie aparecerá morta logo, logo.
Lylith
É isso o que se ganha quando as pessoas vão contra os desejos da realeza...
Ophela começa a chorar pondo a mão no rosto para minimizar o som.
Ophela sentou-se na cadeira, permitindo que as suas lágrimas caíssem sobre a mesa.
A cozinha mantinha-se quieta, apenas com os soluços de Ophela, embora as palavras de Lylith fossem verdade, era fato que exagerou.
Afinal de contas, Ophela cuidava de Sophie desde criança, são como mãe e filha...
Lylith
(se soubéssemos do caso de Sophie antes, teríamos dado um jeito de separar, mas...)
Lylith
(agora não tem mais jeito...)
Olhando para Ophela caída em choro, o coração de Lylith se aperta.
Lylith
Eu vou procurar Sophie
Ophela
M-muito obrigada Lylit-
Lylith
Mas eu vou procurar sozinha!
Ophela
está bem... Apenas a encontre... Por favor...
Lylith lava suas mãos e sai da cozinha.
Ela procura por todo o convés, sempre se escondendo dos marinheiros alarmados que procuravam Sophie.
Lylith
(onde que foi parar essa mulher?!)
Ao olhar pelo canto da parede, três marinheiros forçavam uma mulher algemada a andar.
Sophie
Acho bom os senhores soltarem-me imediatamente! Senã-
???: senão o quê?! Irá pedir para o vice-capitão salvar-te?!
O marinheiro puxa a cabeça de Sophie para trás pelos cabelos.
???: Veja pelo lado bom, "até que a morte os separe" não vai acontecer com vocês
Sophie
Por quê... diga-me o porquê disto!
Sophie
Por que nós separar?!
Sophie
Sinto que os senhores de pele enrugada e bafo apavorante não têm ninguém para chamar de seu!
Sophie
Mas isso não me envolv-
O marinheiro acerta um tapa no rosto Sophie
Eles continuam o seu caminho no navio.
Lylith
Nós já chegamos em terra firme, se eu conseguir soltar Sophie...
Lylith
poderíamos escondermos-nos na cidade e...
Lylith
(preciso agir imediatamente!)
Escondida atrás de uma das paredes do longo corredor de madeira, Lylith observa a situação, para enfim, recitar o encantamento.
Lylith
£|×]∆|{£%×`}£✓©×|{{£%=
Ao olhar para trás, os marinheiros imobilizados, como estatuetas de cera.
Lylith apressadamente pega as chaves soltando Sophie.
Sophie
Foi você que fez isso com eles...?
As correntes que antes prendiam Sophie caem no chão e Lylith a puxa para as escadas.
Sophie
Ó céus! *solta a mão de Lylith*
Sophie
O que os garotos disseram era verdade?!
Sophie
VOCÊ É MESMO UMA BRUX-
Lylith
*põe a mão na boca de Sophie*
Lylith
tá louca?! Não grite ou seremos descobertas!
Sophie
*tira a mão da outra*
Lylith continuava andar, ignorando Sophie, até que surge na sua frente, segurando as suas mãos.
Sophie
Lylith, eu não me importo com o que você é!
Sophie
Seja uma bruxa ou rato, saiba que eu sempre vou-te amar pelo que você é.
Sophie
Então se você é mesmo uma bruxa, e tem poder... Por favor, por favor! Eu imploro-te, salve Stevan!
Sophie
Eu não posso simplesmente abandoná-lo! Iria culpar-me pelo resto da eternidad-
Lylith
Pare de interromper-me!
Lylith
Não, Sophie! Eu não sou uma bruxa!
Sophie
És mesmo uma bruxa!
Sophie
Não se preocupe, guardarei seu segredo!
Sophie junta seus mindinhos aos de Lylith.
Lylith
Salvarei seu namorado
Sophie
MUITO OBRIGADO LYLITH!!!
Sophie pula de alegria em Lylith.
Lylith
Quieta! Quer ser pega?!
Lylith bate a mão na cabeça decepcionada consigo mesma, novamente envolvida em problemas...
Elas conversam e Lylith explica-lhe o plano, diz que Sophie deve entrar na cidade e esconder-se atrás da igreja.
Emprestando o seu amuleto de jade dourada a Sophie para que passe despercebida pelos marinheiros.
Lylith
Esse amuleto vai esconder a sua presença, mas não traz invisibilidade, logo, não abusa!
Lylith
(procurei nas memórias daqueles marinheiros, Stevan está na sala do capitão...)
Lylith
(isso vai ser problemático)
Ao pôr as mãos sobre a porta de madeira, os gritos surgiram, estremecendo todo o corredor com o seu som de agonia e dor.
Lylith engoliu seco, assustada com lembranças do passado.
Abriu uma brecha na porta, os seus olhos arregalaram, o suor saiu frio da pele, escorrendo por todo o seu corpo. Com as mãos trémulas e a respiração pesada, nada veio à mente, nada além do instinto primitivo de gritar apavorada, que a mesma cedeu sem arrodeios.
Porém, no momento final, algo a impediu...
Skayromoth
Seus ossos se quebravam em crescimento, a pele e músculos se contrariam e derretiam-se ao som de uma música clássica tão horrenda quanto sua lembrança.
Lylith pensou em gritar, mas rapidamente foi interrompida por uma mão ensanguentada.
Ao olhar para cima, Lylith viu o longo e inconfundível cabelo vermelho...
Geralt
Se ele lhe escutar vai ficar igual aqueles homens
Ele aponta para dois marinheiros jogados ao chão, enquanto soltava devagar o rosto da garota.
Geralt
Vê aquela espada em cima da janela?
Geralt
Então, você vai distrair o monstro para que eu possa pegá-la
Lylith olha para o monstro e então pro capitão, como ela poderia distrair um Skayromoth? Faz tempo que não pisa em Arladin, o seu poder está cada vez mais fraco, e para dificultar, está sem o seu colar de jade... Derrotar humanos é uma coisa, mas monstros?
Lylith
(no momento estou no mesmo nível que uma bruxa mediana...)
Lylith
diga-me, por que arriscaria a minha vida por uma mera espada?
Lylith
Ele ainda não me viu, então por que eu iria querer matá-lo e arriscar morrer no processo?
Lylith
Se posso simplesmente fugir?
Lylith
*se afasta de Geralt*
Na cabeça de Lylith só se passava uma coisa
Lylith
(Ophela e Sophie...)
Lylith
(tenho que tirar as duas da cidade antes que esse monstro saia daqui!)
A garota apressadamente corre ao encontro de Ophela
Mas algo a fez correr mais rápido do que antes, a sensação que acelera e fortifica qualquer um...
Ao olhar para trás, guiada pela curiosidade de um grito, era Geralt com um enorme sorriso direcionado a ela, escondido ao lado da porta que se abriu de prontidão da força do monstro quadruple e desajeitado, ele rugiu alto, quase tão alto quanto o berro de Lylith.
Ela correu como nunca antes, virou o corredor escorregando pelo chão encerado de madeira, porém, não antes de ver Geralt "dando tchau" com um sorriso irritante.
Ophela solta um suspiro olhando para a janela preocupada
Gritos e passos apressados interrompem a melancolia de Ophela, marinheiros, escravos, empregadas, todos corriam desesperados pelo corredor.
Intrigada, Ophela para uma empregada.
Ophela
O que está acontecendo?
As mulheres são atropeladas por homens desesperados, o que faz Íris agitar-se ainda mais.
Íris: é-é a- Ly-li... AAAAAA-
Ophela começa chacoalhar Íris pelos ombros incessantemente
Ophela
*dá uma tapa em Íris*
Ophela
E explique-me o que está acontecendo!
Íris respira fundo, tentando acalmar os seus nervos.
Íris: é- é um Skayromoth!
Íris: e pelo o que parece ele está atrás de Lylith!
Íris: é! Agora posso ir?!
Íris foge deixando Ophela chocada para trás.
Ophela
Lylith está em perigo!
A madeira acima de Ophela rangia com grandes batuques seguidos que a cada vez aumentavam, eram como mine-terramotos...
Mas no mar não há terramoto
Lylith saiu apressada de dentro do navio, e logo atrás dela...
A porta era pequena, então a parede foi quebrada, estilhaços de madeira voando por toda parte, alguns até acertaram como lanças em certas pessoas mais próximas, Lylith salvou-se graças a seu desespero, se atrapalhou numa corda e caiu no chão.
O monstro se aproximava da mulher.
Lylith
Não, não, não, não!
O monstro rugiu, novamente aumentando de tamanho, agora quase tão alto quanto o próprio navio, neste meio tempo, Lylith correu para uma das pontas da embarcação.
O monstro estava prestes a morder e arrancar a sua cabeça, quando ele gritou em agonia... Um som tão horrível que lembrava as trombetas do inferno.
Atrás, Ophela ofegante, numa mão um fósforo e a outra, direcionado o canhão.
O monstro encarava Ophela enquanto o seu ferimento cicatrizava.
Ele se aproximava da mulher paralisada.
Joga uma tocha no monstro
A fera ignora totalmente a tentativa falha de ataque.
Ao se aproximar de Ophela sem reação, paralisada de medo, jamais teria visto tamanha atrocidade como aquela, que espelhava um odor deplorável de carne podre em decomposição, dentro dos seus olhos esbugalhados sem pupila, seria visto dor e sofrimento tamanho que nem mesmo a morte poderia trazer.
A grande criatura quadruple, negra, que a cada momento crescia, abriu a sua grande boca com fileiras e fileiras de múltiplos dentes...
E não só Ophela como uma parte do chão e até mesmo o canhão foram devorados.
Gritou em prantos por sua amiga.
Já sem escapatória, Lylith decide apelar para seus poderes, ela respira fundo com os seus olhos fechados.
Recitando um encantamento com as suas mãos num formato parecido a um triângulo, as cordas do navio começam a mover-se, gradualmente, enrolando-se por todo o corpo do monstro.
As cordas tentavam com força total abrir a mandíbula da criatura.
Mas não antes dele engolir os destroços e junto a eles... Ophela
A cordas responderam a ira de sua portadora, puxam a cabeça do monstro para trás, tentando enforca-lo.
Lylith estava em êxtase pronta pra acabar com aquilo...
Mas novamente o monstro aumentou de tamanho, rasgando as cordas.
A criatura olha para Lylith e o seu olhar de completa ira, e mesmo assim, a ataca.
Uma espada de Theridiana pura é fincada nas costas do monstro que grita em angústia, desta vez as trombetas pareciam convocar algo além do inferno.
A ferida não cicatrizava, muito pelo contrário, se alastrava, perfurando e queimando todo o corpo da criatura, que se debatia, fazendo o que restou do navio chacoalhar...
Por fim, o espadachim misterioso puxa a espada para baixo, abrindo as costas do monstro e dando um fim na sua completa onda de caos.
Lylith
Ele... Ele está morto?...
falou a voz abafada e conhecida, com dificuldade.
Ao seguir o som, indo atrás do monstro, Lylith viu o brilho da espada que salvou a sua vida, servindo como um tipo de macaco hidráulico segurando a carne da fera.
A pessoa saiu a rastejar de dentro, segurando uma velha senhora em seus braços.
Andrômeda
Balas chicoteavam nas paredes enquanto eles tentavam desviar, com Lukario segurando o garoto amarrado que não parava de gritar e Lylith reclamando.
Lukario
LYLITH EU NÃO QUERO MORRER!
Eles viram a direita no corredor, com a bala quase perfurando sua cabeça, Lukario abaixa e cai no chão desajeitado, ao olhar pra cima, a parede que recebeu todo o dano, completamente distruida.
Lylith percebe que eles ficaram pra trás então volta, puxando Lukario
Lylith
Quer ficar igual essa parede?! Levanta!
O loiro pega Ryan e começa a correr desesperado.
Lylith
(Por que eu concordei com isso?!)
O rapaz começa a tentar limpar ao menos o seu rosto de todo o corpo coberto por aquele sangue gosmento e verde.
Assim que Lylith vê o corpo de Ophela, ignora o ruivo completamente, pondo a cabeça sobre o peito da mesma, checando se o coração ainda batia.
Geralt
Não se preocupe, ela tá viva
Geralt
(acho que engoli um pouco disto... Vou vomitar!)
Lylith devagar, levanta o seu rosto e olhos, enfurecida com um certo alguém.
Que logo percebe que está sendo fitado.
Geralt
Bem... Onde foi mesmo que coloquei minha espada?
Ele checa todo o seu corpo, girando ao redor de si mesmo.
Lylith
Você diz... Esta espada?
Ela mostra a espada de leão que pegou mais cedo.
Geralt
Quando você...? *se aproxima*
Ainda sentada, Lylith avança a espada em direção a Geralt, perto o bastante para que apenas um suspiro traga o seu fim. O mesmo de antemão lavanta os seus braços.
Lylith
A minha amiga desacordada, eu machucada... E nós quase morremos!
Lylith
dê-me um motivo para não perfurar a sua gargant-
Ophela começa a tossir repetidamente, virando a cabeça para o lado, tossindo sangue.
Falou virando a cabeça um pouco de lado e novamente, sorrindo irritantemente.
Ophela adormecida, respirava com dificuldade deitada na cama, enquanto os outros três sentados perto da lareira conversavam.
Lukario parecia concentrado enquanto escrevia algo no seu caderno azul.
Lukario
Bem... Vendo estes sintomas...
Lukario
"Tosse sangrenta, olhos inchados com secreção e incapacidade respiratória"...
Geralt observa o fundo da xícara de chá vazia, antes de colocá-la sobre a mesa.
Geralt
Em outras palavras, ela tá com Demotop
Lukario
(Eu quem ia dizer isso!)
Lylith
"Demotop"? E... Tem cura para isso?
Lukario
Sim, se não tivesse, estaríamos perdidos
Lukario
Na verdade, a Demotop é uma doença bastante comum
Lylith
Por que nunca ouvi falar dessa doença
Geralt
"Comum" entre os exterminadores de anomalias
Lukario
sim... Acredito que esqueci de dizer essa parte...
Lukario
(Por que você não vira logo médico e toma o meu lugar, hein capitão?)
Lukario
Afinal, o único jeito de pegar a doença é através do contato direto do organismo humano ao veneno do monstro
Atrapalhando a conversa, Ophela novamente tem uma crise de tosse horrível, fazendo Lukario levantar-se para averiguar a sua situação.
Lukario
Bom... Deixe-me ver... Acho que temos tudo para fazer o remédio?...
Geralt
O reino está com falta de papoula vermelha
Lylith
Espere, então não podemos fazer o remédio?!
Lylith
O que?! Não tem outro jeito?!
Lylith levanta-se eufórica
Lylith
Como que Asmeridian, um reino repleto de exterminadores não possui o básico?!
Lukario
(realmente... Tenho certeza que Jotunheim enviou um fardo, um dia desses...)
Geralt
Não sei sobre outra receita, mas...
Geralt
Acho que sei um jeito de encontrar mais flor de papoula vermelha...
Lylith
E que jeito é esse?
Geralt
Você não vai gostar
Na carta sendo escrita a mão:
"Há três dias me encontrei numa situação parecida à anterior, navegando contra a vontade por estes mares, Geralt diz que está me levando a um jardim de papoulas vermelhas, onde poderei pegar o quanto quiser..."
"Sinceramente? Já presenciei muitas mentiras para ser enganada tão facilmente, não sei o que ele planeja, mas de uma coisa tenho certeza, este homem não é confiável"
Lylith começa a rasgar a carta em pedaços cada vez menores, no fim, os joga pela janela.
Lylith
Será que o mar gosta de ler?
Ao olhar pro relógio nove e quinze, Lylith sai do quarto, o navio barulhento e animado como sempre, talvez até de madrugada ele seja assim?
Só se for possível! É quase impossível dormir, graças a esses tripulantes que parecem toda santa noite fazer uma festa!
As pessoas não andam por aqui, elas correm. Uma marinheira acaba por esbarrar em Lylith por acidente.
Marinheira: desculpe, senhorita Lylith!
Lylith
(e tem mais isso...)
Lylith
(as pessoas do nada, passaram a chamar-me de "senhorita")
Ao subir as escadas, uma visão tão bela que parecia um quadro, a luz do sol rebatia no mar azul, as ondas quebravam ao se depararem com a proa do grande Andrômeda, os homens trabalhavam incessantemente para que ele navegasse, e em cima, segurando o volante, Geralt os comandava.
Marinheiro: virando a bombordo!
Ele dá o volante a um subordinado por perto
Geralt
Finalmente decidiu sair da prisã- digo, quarto?
Lylith
precisamos conversar
Geralt
*dá de ombros* Diga
Lylith
Já estamos viajando há três dias e nada de chegar ao destino.
Lylith
Não acha que ao menos eu deveria saber pra onde estamos indo?
Ele vai descendo até chegar no convés conversando e dando ordens, com Lylith atrás.
Geralt
Ei você! Puxe mais essas velas!
Marinheiro: sim, capitão!
Lylith
*aparece na frente dele*
Lylith
Escute só! Desta vez não vai me ignorar!
Lylith
Diga-me onde estamos indo ou então dê meia volta com este navio!
Com eles próximos o suficiente para que sem muita dificuldade, Lylith aponte para o rosto de Geralt.
Geralt
*retira a mão dela*
Geralt
Estamos indo para Askelard
Geralt
O reino de Askelard
Lylith
Se era apenas isto, por que não me contou logo?
Geralt
bem, meio que não sou um homem que gosta de perder tempo, sabe?
Geralt
Odeio ter que ir e vir do mesmo lugar várias vezes...
Eles chegam à sala do capitão.
Ele tropeça num pequeno baú perto da entrada.
Geralt
Por isso odeio trocar de navio!
Geralt
Enfim, já que estamos finalmente a sós...
Se escorando na mesa bagunçada, e até mesmo derrubando algumas coisas, o sorriso maligno de Geralt surge.
Geralt
Vamos sequestrar uma criança!
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