Era uma linda manhã de inverno, o sol estava radiante, a brisa fresca por entre as folhas verdes das árvores, o rouxinol cantando o seu mais belo canto , era como se ele estivesse lhe desejando boa sorte , borboletas amarelas por todo o caminho, e o vôo da Juriti espantada, com os seus rápidos passos, ela corria por aquele caminho molhado, com sua sandália havaiana, sua saia rodada cheia de bichinhos desenhado, sua blusinha preta toda molhada pelo orvalho, o sol brilhava cada vez mais, as nuvens davam passagem para ele.

-

- Ela então chegou, no seu primeiro dia de trabalho, parecia empolgada, com toda as observações feitas pelo caminho, dava até para criar um poema, dizia ela. Tinha tudo para ser infeliz, mas usava cada pedra do seu caminho para construir um novo degrau. Gabriely tinha apenas quatorze anos quando começou trabalhar para uma família de pequeno nível social, em uma vila pequena no interior.

Sua mãe a permitiu ir morar com a família Teixeira para que pudesse estudar e trabalhar, pois onde moravam era um tanto difícil para a mesma ir para a escola, e dando assim uma oportunidade para ela trabalhar e conseguir o que ela precisava pois sua família não tinha uma vida financeira muito agradável, e assim não tinham condições de dar a ela tudo o que ela queria, e por ser já uma mocinha tinha seus gastos.

- -

- - - - - - - - Ela não era uma menina ambiciosa, mas como toda mocinha da sua idade ela tinha suas necessidades, sempre teve sonhos de uma vida mais próspera.

- - - - - - - -

- - - - - - - - seu sonho sempre foi ser independente, sempre quis conquistar suas coisas por seus próprios méritos, mas era difícil pois moravam tão distante da cidade em um sítio perto de um vilarejo. Até que apareceu essa oportunidade ,que embora não fosse bem o que ela esperava, mas aceitou. Sem contar na necessidade que tinha de sair de perto de seu padrasto, pois o mesmo era muito ruim e mesquinho com ela, e com seus irmãos.sofria muito com eles.

- -Rogério Teixeira seu patrão era muito tranquilo, não incomodava com nada, mais Verônica Teixeira sua patroa,nossa! Era um horror, uma mulher mandona e chata que a fazia trabalhar feito doida, e ainda brigava com ela quando ela se atrasava, pois trabalhava pela manhã e estudava à tarde.

- - - - - - - -

- - - - - - - - As sextas feiras era o pior dia da semana pois era dia de faxina, e ainda tinha que limpar um terreiro enorme, só podia ir para a escola depois que terminasse todo serviço

- - - - - - - - Até aí tudo bem, Gabi dava conta do recado, pois mesmo sendo jovem já era acostumada a trabalhar desde cedo, mais ao passar dos dias sua patroa Verônica foi aumentando seu serviço, nos finais de semana ela tinha que ir trabalhar na loja que a mesma tinha em um outro vilarejo mais distante, onde a mesma passava o dia todo lá, muita das vezes até com fome, pois saia cedo de casa e só voltava a tarde.

Estava cansada de fazer tudo em casa e ainda ter que lhe dar com os corres da loja nos fins de semana.

- - - - - - - -

- - - - - - - - Um belo dia chegou na sua casa Otávio, o sobrinho do seu chefe. O mesmo estava fugindo de umas coisas erradas que havia feito, então veio passar uns dias na casa de seu tio Rogério.

CAPÍTULO 2

💥💥💥 EMOÇÕES A FLOR DA PELE.💥💥💥

Todos os dias pela manhã GABRIELY tinha que fazer o café da manhã, sempre fazia polenta pro café,( uma espécie de cuscuz de milho) pois o filho dos donos amava as polentas que ela fazia.

Gabi não gostava muito de fazer café, mas não tinha muita opção, já que dormia na cozinha.

Não falei mais, a casa era pequena, só havia dois quartos, a sala e a cozinha, e na cozinha havia um espaço desocupado como se fosse uma dispensa.

Antes ela dormia na sala, mas depois que OTÁVIO chegou em casa, GABRIELY teve que ir dormir lá na cozinha em um colchão no chão. Como sobrinho dos donos, ele teve a prioridade de dormir no sofá, e como só havia um sofá na sala então Gaby teve que ir dormir em outro lugar.( No caso, na cozinha.)

Se tinha uma coisa que Otávio adorava era provoca_la, fazer com que seus dias fossem ainda piores do que eram. Ainda pra completar, tinha o Vitinho, o filho de seus patrões, que também atormentava sua vida constantemente...

O garoto era chato, só que ficou pior com a chegada do primo OTÁVIO. Imagina a vida da pobre GABRIELY com esses dois pestinhas lhe atormentando e ainda ter que lidar com todos os serviços de casa e os estudos, não era nada fácil de lidar.

Certo dia saíram todos de casa, ficando só Gaby pra fazer os serviços.

Ao terminar seus afazeres, GABRIELY senta no sofá para assistir desenho enquanto descansa, mesmo sendo adolescente ela amava vê desenho.( quem nunca ?)

De Repente, entra OTÁVIO, na sala onde ela estava assistindo,senta no sofá ao seu lado, por um instante ela se assusta pois não sabia de onde ele havia saído, mas também não diz nada, já que se tratava do sobrinho do seu chefe.

- - - - - - - - De Repente...

sem pedir permissão, ele deita levemente com a cabeça em suas pernas. Ela ficou sem entender nada mas não se importou, continuou assistindo.

-

Otávio que tava deitado em seu colo assistindo também, vira o rosto em direção ao seu, e ainda com a cabeça deitada em seu colo a começa olhar nos olhos, e começaram a se perder em um mais profundo olhar,...

Suas almas se conectaram naquele momento , foi como se o tempo parasse naquele, e não houvesse mais nada além deles. E sem perceber OTÁVIO a beija, o beijo mais impactante da vida dela, e como se suas almas tivessem se tornado uma só através daquele beijo.

Ele não lhe disse nada, mas sentiu que ambos se ligaram numa profunda química.

Por um instante ambos esqueceram que eram rivais, ela esqueceu as intrigas que ele fazia com ela.

Já não tinha mais controle dos seus sentidos, seu corpo todo tremia.( É o que acontece quando se é pego de surpresa)

Depois de horas se beijando, não parando nem para respirar, afastaram-se seus lábios que já vermelhos de tanto se beijarem, e os olhos foram se abrindo lentamente, de acordo com que seus lábios se afastavam, seus olhos profundos de atração se abriam , no mesmo momento ele sai dali como se não houvesse acontecido nada,.

O que deixou GABRIELY ainda mais furiosa, sem entender pq ele a havia beijado continuaram como sempre, como duas pessoas que não se suportam.

- Meu Deus! O que conteceu aqui? Esse garoto é maluco, só pode, e eu? Onde estava com a cabeça que o permite me beijar dessa forma? Pensou ela aflita.

GABRIELY o detestava mais perdia completamente o controle de suas ações quando Otávio se aproximava, ele se aproveitava da situação, do efeito que causava nela, e sempre que a encontrava sozinha a beijava, e por mais que ela não quisesse não conseguia resistir a força do impacto que seu beijo lhe fazia. Parece até que ele percebia que causava aquilo nela, e se aproveitava de seu momento de fraqueza para a beijar.

O intrigante é que em meio a forte atração que sentiam um pelo outro, não havia sentimentos entre eles , mas mesmo assim ambos não conseguiam resistir um ao outro.

- - -

Com o passar do tempo seus pais acabaram vindo morar no vilarejo onde Gabriely morava com seus patrões, o que de serta forma facilitou mais a vida de Gabriely, pois além de ter sua família por perto ainda tinha um pouco mais de segurança, já que a mesma tinha muito medo de Otávio.

Medo de não resistir à pressão que sentia quando estavam a sois.

Ela sentia muita raiva pq na presença de seus tios e primo ele a tratava de uma forma um tanto quanto desprezível, e frio, como se nunca houvesse acontecido nada entre eles, mais quando ficavam a sois ele a beijava como louco, e ela tinha muito medo, ela não entendia o que acontecia ali, pois a mesma era muito jovem e nunca tinha passado por algo parecido, já havia beijado outros garotos mais nunca havia sentido algo tão estranho em sua vida.

Cada vez que ele se aproximava suas pernas ficavam bambas, nem a voz saia.

Uma noite já por volta das dez, quando todos estavam nos seus respectivos aposentos, preparados para dormir, inclusive Gaby, estava deitada no seu colchão no chão, dentro do quartinho, quando de repente ela ouve a porta de seu quartinho se abrindo lentamente, por um instante ela pensa que e Verônica entrando na cozinha, mais da mesma forma que abriu ela sente a porta fechando, bem de vagarinho para não fazer barulho.Ela olha pra vê quem é mais não consegui vê muita coisa pois está meio escuro, apenas as luzes da varanda estão ligadas, o que dá um pouquinho de claridade no seu colchão, não serve para muito mas tira um pouco da escuridão.

Quem se aproximava dela era Otávio, quando ela o viu deveria tê-lo mandado sair de seu quartinho, mas ficou completamente sem reação, ele também não deu tempo dela raciocinar direito, se aproximou de seu colchão e de vagarinho foi se deitando com ela.

Nesse momento seu corpo começa tremer, como se todos os membros do seu corpo fossem sair pela boca, o medo, o desejo, tudo junto parecia que ia ter uma convulsão.

Ela estava com tanto medo que não tinha reação sobre o que estava acontecendo, ela não era uma menina fácil, era firme em suas convicções e em seu caráter de adolescente mais o que OTÁVIO despertava nela a deixava sem reação, e ela não compreendia, tinha raiva por não poder tomar o controle da situação e dizer não, que não poderia, que aquilo não era certo, também tinha medo de Otávio destruí sua inocência já que na presença dele ela não era ela mesma.

Naquele momento ele deita sobre ela e olhando em seus olhos, mesmo que com pouca luz, vai deitando sobre ela, tocando vagarosamente com seu corpo sobre o dela, e a beija lentamente, ela se entrega aos seus beijos, sem pensar em mais nada, pois seus pensamentos somem como piscar de olhos.

Pode até não ter paixão,mas a química é indescritível.

A química entre eles era tanta que ela não consegue explicar. Os dois se beijam em um ritmo desesperado, ela tenta se livrar dele o empurrando com as mãos, porém sem sucesso, pois o mesmo a mantinha prisioneira de seu corpo forte e musculoso. Ela então vendo que não tem sucesso desiste e se entrega aquele beijo tão gostoso, e descontrolado.

OTÁVIO já completamente perdido em seus beijos,perde o controle de seus pés e o toca com força sobre a parede, fazendo com que seus tios o ouça o barulho já que o quartinho de GABRIELY era bem ao lado do quarto de seus patrões, o que aumentava ainda mais seu medo, VERÔNICA sua patroa pergunta a Gabriely o que estava acontecendo, a mesma respondeu quase que sem voz que havia tocado sem querer com o pé na parede,o que para ela foi uma sorte muito grande pois a mesma não tinha mais controle da situação. O que fez também com que Otávio saísse de seu quartinho, deixando no alívio de não ter acontecido nada, e no sufoco do que poderia ter acontecido.

Aquele beijo foi tão intenso que parecia uma despedida.

A mãe de Gabriely era uma mulher muito rígida e severa, não permitia jamais que ela namorasse alguém com o passado de Otávio.Ja que o mesmo estava fugindo de uma garota que engravidou. O que estava certo, por sinal, já que nem uma mãe que o mal de um filho(a).

O que lhe aumentava ainda mais o medo de sua mãe descobrir.

Nos dias seguintes, OTÁVIO foi embora sem nem ao menos se despedir de GABRIELY, pelo menos foi o que ela pensou, mas ele já tinha tudo tramado, só que seus planos se frustraram graças a seu pé descontrolado.digo nos dias seguintes por que ambos não falavam nunca sobre o assunto, jamais pararam pra falar sobre o que havia entre eles, porque quando se aproximavam era só pra se beijarem, e quando paravam saiam sem dizer nada um ao outro era sempre como se nada tivesse acontecido.

Gaby não entendeu nada, ele chegou chegando, e saiu saindo, nem falou oi nem tchau, mas também não se deu ao luxo de ficar pensando no impensável, dizia ela.