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A Dama Do Tempo

A Fonte da Juventude 

(Um amor que transcende o tempo, é digno de ficar na história. H.S.)

 Um facho de luz ilumina o ocaso e um portal se abre.

Em segundos, uma mulher de cabelo castanho-claro, alta, olhos verdes-azulados, com feição belíssima e uma cesta na mão, surge na Terra da Magia.

( Imagem meramente ilustrativa.)

Ela voltou ao tempo remoto em que humanos e seres fantásticos conseguem viver em plena harmonia.

O nome dela? Ayla. 

Ela ergue a mão livre e esconde o portal com o seu poder de camuflar coisas e transforma-o numa árvore comum.

Ao virar  para o sul, observa a floresta encantada e logo, ela caminha decidida até o único ser capaz de  ajudá-la naquele momento: Dione, a ninfa grega, que guarda  a fonte da juventude.

Assim que Ayla a avista, fica admirada com o longo cabelo branco de três metros da encantadora  amiga.

(Imagem meramente ilustrativa)

A ninfa, que percebe que está sendo observada, enquanto mergulha nas águas límpidas, pousa os olhos sobre a cesta que Ayla traz e num estalo, surge à sua frente.

Dione diz:

— Ora, quanto tempo, Ayla! Até que enfim veio ver os meros " imortais".

O tom é  de ironia e Ayla, que entre as divindades e os humanos, é considerada uma mutante, rebate:

— É você que anda se escondendo de endereço, Dione, para que os humanos não encontrem a fonte da juventude ... 

A ninfa faz uma careta com desprezo, enquanto Ayla continua: 

— Precisei, enfim, da minha tia Ofélia, para abrir um  portal do tempo e voltar para cá.

— Certo, espertinha. Diga-me: em que posso ajudar?

Dione pergunta, mas já  sabe o que a amiga deseja.

Ayla fica séria. Emudece o lábio inferior com a ponta da língua. Se a ninfa recusar, terá que falar com Zeus, o maior Deus do Olimpo.

— Desejo que me conceda um pouco da sua água... Da juventude. 

A ninfa deu uma gargalhada debochada  ao ouvir o que considerou algo desprezível vindo de Ayla.

— Ô, minha querida! Por que teve que me pedir um coração de carne? Agora está aqui se rebaixando? Quer a água para o seu príncipe humano, não é  mesmo? Que desperdício!

Ayla sente um certo desapontamento. No entanto, freia o impulso de sacudir a amiga e sussurra:

— Eu o amo e farei qualquer coisa para que nosso amor perdure por séculos e séculos e sei que só  você pode me ajudar!

Dione, por mais que tente entender, acha estranha a  atitude inferior da poderosa mutante.

— Bom...Sei  que desejava experimentar  as sensações que são peculiares aos humanos, mas foi logo se apaixonar por um  " deles"? Quem garante que o amor do príncipe Robert vai durar por muito tempo? Não quero ser pessimista, mas eles são a criação  mais complicada da Terra! Deveria ter se apaixonado pelos elfos nórdicos ou até mesmo, os deuses gregos, mas tudo bem... Concedo o desejo em troca de um "agrado". Onde está minha fruta favorita?

Ayla estende a cesta.

Dione pega e assim que tira  o pano que  encobre o objeto, aspira do aroma das maçãs vermelhas e suculentas.

— Perfeitas!

— Que bom que aprova.  Eu as peguei nas terras de Avalon com Morgana,  a grande feiticeira.

— Boa menina! Não  existe na Terra, maçãs  melhores que estas. Desejo concedido.

A ninfa se volta para a fonte da juventude. Ela dá um comando de voz e a água obedece, parando em sua mão como um minúsculo olho d'água.

 Dione  deposita o líquido num frasco que também surge magicamente. 

—  Pronto. Agora vai acontecer o que os trovadores dos palácios vivem narrando.  Você terá o seu " felizes para sempre".

Ayla esboça um sorriso vitorioso. 

— Já falei para você,  que é  a minha preferida?

Dione fica satisfeita.

— E ai de você se me substituir por outra divindade!

Elas se abraçam. Depois, caminham até o portal, que sob o toque de Ayla volta a ser um semi-círculo de luz.

Na despedida, antes de ela voltar para o século XV, Dione a adverte, preocupada: 

— Tome cuidado com essa sua decisão! O coração dos humanos muda muito rápido! Além disso, o pai dele nunca vai aceitar você, principalmente  se descobrir os seus dons. Então fique atenta para não acabar sendo queimada como se fosse uma bruxa.

Ayla está ciente do perigo.

—Tudo bem, Dione! Tomarei cuidado.  Obrigada, mas isso significa muito pra mim. Tchau.

Ela entra no portal e segundos depois volta  para o período da caça às bruxas.

Ayla, muito feliz, observa o seu amado, 

enquanto ele treina esgrima com o seu mestre.

Ela, escondida, assobia. 

Ele, imediatamente, para. Conhece muito bem aquele sinal.

Ayla, transformada numa árvore, ouve o príncipe Robert dizer ao seu mestre que está cansado do treino e que prefere caminhar nas redondezas do Castelo.

Sozinho.

Assim que o homem sai, Ayla volta à forma original.

O príncipe, em pouco tempo, diminui a distância entre os dois e sem vacilar, toma-na em seus braços.

Os dois suspiram ante o contato que cada vez mais se torna um convite para desejarem a presença um do outro.

Ele a aperta e desce o rosto, com a intenção de beijar os lábios doces de Ayla.

Ela estremece, enquanto é  envolvida num beijo ardente e suspira.

É  gostoso sentir as emoções dos humanos. É algo inexplicável que jamais teria se não apreciasse tanto o que eles sentem.

O príncipe pergunta,  meio ofegante:

— E então...Conseguiu?

Ayla abre um sorriso e mostra o frasco com a água que dará ao seu amado uma vida longa por muitos séculos.

— Sim, meu amor...Beba!

Ele pega devagar  o frasco e observa o líquido cristalino. Num tom brincalhão, pergunta:

— E se eu virar um sapo?

— Eu te amarei mesmo assim e me transformo em uma ...Por você.

Ele riu.

— Sei que sim. — E tomou a água, sem vacilar.

Os dois se fitam, agora emocionados.

Já iam se beijar, quando ouvem soldados se aproximando. 

Com o relincho dos cavalos, novamente Ayla se camufla.

Um dos soldados se aproxima.

— Vossa alteza... Estava falando com alguém?

— Estou... — Ele olha para trás e constata que Ayla já havia sumido.— Sozinho.

A Identidade de Ayla

(Nada é obstáculo para um sublime amor. H.S.)

No castelo,  Robert ainda sente o perfume das flores silvestres que emanava do corpo de Ayla, de minutos antes. 

É o mesmo aroma agradável que o faz lembrar da primeira vez que a conheceu.

Há meses atrás.

Ele cavalgava pela parte mais inacessível do reino de Albaron, quando teve vontade de tomar banho ao ar livre. Selou o cavalo e deu alguns passos.

Ao ouvir um barulho, ele se escondeu e ficou atento.

De repente, Ayla emergiu e começou a nadar para o meio da água. 

Depois, de olhos fechados, ela boiava, tranquila.

Sentiu o coração bater tão forte, que quase se engasgava.

Estava encantado com a beleza da mulher que achou se tratar de uma simples camponesa.

"Linda!".

A cor do cabelo, a pele alva e um sorriso inexplicável no canto da boca o atraiu em cheio.

 Ele pôde observar minuciosamente cada detalhe do seu corpo na veste molhada, que não impedia de reter na memória as curvas graciosas.

Entretanto,  sua contemplação furtiva, chegou ao fim quando sem querer, ao pisar num galho seco, a mulher se assustou e sumiu imediatamente. 

Ele arregalou os olhos.

" Como assim? Onde ela está?"

Ele saiu do seu "esconderijo ".

— Donzela? Donzela?

Sobressaltado, imaginou que ela estivesse se afogando e começou a se desfazer das suas vestes reais.

Não sabia ainda,  mas ela já estava em lugar seco e nem parecia que segundos atrás estava totalmente molhada.

Ayla se divertia.

Poderia esconder as vestes dele e meter-lhe um susto, mas ele parecia tão  aflito que deixou as atitudes endiabradas para outro momento.

Já ia se atirar no rio, quando Ayla gritou:

— Espere!

Ele se voltou muito assustado.

— Mas c-como? Isso é... Por acaso você é  uma... — Ele engoliu em seco. A mulher parecia ameaçadora.  —Uma bruxa?!

Ayla manteve a respiração suspensa por uns segundos, antes de romper numa risada rasgada.

— Uma bruxa?! Não me leve a mal, Vossa Alteza, mas agora fiquei magoada!

"Quem era aquela desconhecida? Talvez era um anjo, uma fada ou uma deusa, mas de qualquer forma, corria perigo. "

Seu pai, o rei Frederic de Albaron não tolerava magia de espécie alguma. 

Obcecado, queimava na fogueira todos aqueles que ele considerava fora dos padrões da normalidade.

Sinais de nascença,  canhotos ou quem usasse a natureza para cura, eram punidos com a morte.

— Desculpe! Fui rude! Se não for muita indiscrição da minha parte, pode me falar quem você é afinal?

Ayla se aproximou.  Ela o olhou no fundo dos seus olhos , como uma certa admiração.

— O que você vê?

Ele diminuiu a distância. Uma atração diferente de tudo o que sentiu antes, brotava por aquela mulher de  beleza fascinante.

Decidiu não mentir só para ver qual seria a reação dela.

— Uma mulher linda e misteriosa.

Ela ergueu uma das sobrancelhas.  

Dava para perceber o seu interesse, já que

diante dela, ele era um homem de 1,90 m, elegante, com traços marcantes, que jamais passaria despercebido.

O cabelo era castanho e comprido, olhos azuis e barba bem feita.

(Imagem meramente ilustrativa)

Ela esboçou um sorriso encantador e o surpreendeu com a seguinte frase:

— Gostei da resposta.

Então Ayla, imitando a forma de afeto dos humanos, pousou os lábios sobre os dele. 

Enquanto os lábios se estreitavam, inexplicavelmente, os peixinhos do rio pularam de alegria e flores surgiram do nada. 

O impactante beijo, acabou tão rápido quanto começou.

Ela se soltou dele bem ofegante  e sumiu.

Depois desse momento impressionante, pensou que não mais ia encontrá-la. 

Enganou -se.

Ela surgiu no outro dia, disposta a experimentar mais uma vez dos seus lábios.

E depois, nos outros dias.

Apaixonaram-se.

Os dois  começaram a se encontrar às escondidas. Pareciam ter uma conexão diferente e poderosa, que se transformava num amor além das convenções. 

Depois de seis semanas, Ayla, enfim, disse-lhe quem ela era.

— Não sou humana!

Devia ter se assustado. No entanto, saber disso, explicava porque tudo nela era fora do comum.

— Não  importa.

Ela se sentiu acolhida por suas palavras sinceras, então continuou:

— Eu e minha família morávamos na lua conhecida como Titã, do planeta Saturno. Lá, cada um tinha o seu dom. O meu, por exemplo, é o da camuflagem. Posso me tornar qualquer coisa. 

 — Sério?! Então você é  uma extraterrestre...

— É,  creio que sim.

— Incrível!

Ayla riu, da fisionomia espantada de Robert.

— Posso me transformar até numa ilha!

Ele estava impressionado.

— Mas com poderes tão  impressionantes... Por que vieram parar aqui?

 — Bem... Minha tia, que tem o dom de viajar no tempo,   descobriu no futuro a tragédia que estava por vir em nossa lua. Então viemos pra cá.

A impressionante descoberta sobre Ayla, deixou-o mais curioso.

— Você é ...Ahn... imortal?

— Não exatamente. Só não morremos com facilidade. Estou a muitos  séculos aqui... Agora, se cansarmos de viver no corpo humano, entregamos o dom para uma de nós,  para a vida continuar. Minha mãe me deu o dom de guardar nas entranhas da terra, o que eu quiser. Posso guardar uma casa, um navio e depois fazer ressurgir.

Ele  não sabia se ficava feliz ou triste em estar diante de uma mulher tão poderosa.

Foi então que  caiu em si. Não viveria muito tempo com Ayla. Era um mortal que envelheceria e morreria.

Ayla notou a tristeza no semblante dele.

— Por que ficou triste, meu amor?

— Tenho 27 anos, Ayla. Se ocorrer tudo bem, viverei até os 100 e serei muito velho, mas enquanto isso, você terá muitos e muitos anos pela frente e continuará jovem. Ô  Deus!

Ela sentiu o seu coração arder em sofrimento.  Estava tão feliz que esqueceu completamente daquele detalhe.

Eles se abraçaram.  

Foi então que ela sussurrou :

— Não se preocupe, vou dar um jeito. 

Então,  agora ela cumpriu a promessa.

Ao tomar a água mágica da fonte da juventude pode ficar com sua amada por muito tempo.

Porém ...

Alguém bate na porta do seu aposento. "Nenhum dos seus serviçais por ali? Estranho!"

Cautelosamente, abre a porta e antes de expressar qualquer reação, sente uma dormência em todo o corpo. Uma completa escuridão tomou conta dele.

(O príncipe acaba de ser enfeitiçado e sequestrado pela sinistra bruxa Selena.)

A Nova Dama do Tempo

(Quanto menos se espera as mudanças vêm surpreender você. H.S.)

Alguns dias se passam e Ayla anda muito triste depois do desaparecimento do príncipe.

Sem perder a esperança, procura por todo o reino e condados vizinhos, mas nenhum sinal dele.

Entretanto, algo mais a intriga.

Outras pessoas também haviam desaparecido, desde então.

Por conta disso, o rei Frederic está mais enlouquecido ainda com a certeza de que bruxas invadiram o seu reino para se vingarem dele.

Em reação, uma operação truculenta se segue. É a terrível caça “às bruxas” de Albaron.

Assim, naquela noite, enquanto anda pela pequena vila dos camponeses, percebe haver uma certa tensão entre as pessoas, que amedrontadas, evitam falar entre si.

Estão ainda chocadas com as prisões e mortes de pessoas acusadas injustamente nos últimos dias.

Resolve camuflar-se, de modo a descobrir o mistério.

(Imagem meramente ilustrativa)

Em poucos segundos se transforma numa árvore.

Imóvel, olha para o céu.

Sente o corpo estremecer.

"O que está acontecendo aqui?”

Inexplicavelmente a lua some e uma chuva de sangue cobre a vila, sujando os habitantes que mesmo ensanguentados, não percebem.

Intrigada, piscou os olhos repetidamente.

Tudo volta ao normal.

“— Que magia é essa?” — Pergunta-se.

Neste instante, ela percebe um garoto de doze anos, loiro e forte sair da floresta e entrar na vila.

Tenta lembrar se algum dia o viu ali, mas não, deve ser um forasteiro.

Observa ele se aproximar de uma homem mal-intencionado.

Mesmo assim, o garoto vai lá e trocam

algumas frases. Aparentemente, ele está pedindo ajuda.

Os olhos do homem brilham, como se estivesse diante de uma presa.

Quando eles passam por perto, Ayla decide virar uma pequena folha e se agarra ao cabelo do homem.

Começa a ouvir a conversa dos dois.

— Não se preocupe, garoto! Está em boas mãos!

— Obrigado, Senhor!

— Como é o seu nome, filho?

— Olavo... Olavo Hust.

— Certo! Vamos encontrar os seus pais.

Eles seguem para a floresta.

A penumbra da noite cobre o lugar e o cenário é sombrio.

Ayla percebe a tensão do homem, como se estivesse prestes a agir, porém, assim que atravessam a floresta, vislumbra o casal que aparentemente são os pais de Olavo.

— Papai! Mamãe! — O menino correu até os seus pais.

Ayla se desprendeu do homem e virou uma pedra.

Ele parece frustrado.

Os três se aproximam dele.

— Obrigada, senhor, pela sua gentileza! Estávamos apavorados... — A mulher loira fala.

— Ah... Não foi nada! — O homem força um sorriso.

O pai de Olavo, se apresenta:

— Eu me chamo Magno Hust e ela, Cíntia Hust. Desejamos recompensá-lo, convidando-o a um banquete!

— Oh, não! Por favor, não se incomodem. Preciso voltar...

De repente, Ayla nota com estranheza que os olhos da mulher brilham , formando, duas luzes vermelhas.

A postura do homem muda como se acabasse de ser hipnotizado.

— Certo... Que mal há nisso?

A mulher olha para o marido e ao abrir um sorriso, pega o garoto pelo braço e continuaram a andar pela floresta.

Na certeza de que aquela família não é comum, Ayla segue-os.

O grupo anda por duas horas, até chegar em frente a uma gruta.

Não é uma gruta qualquer. É esculpida como se fosse um crânio.

A entrada, com uma boca enorme é iluminada por tochas.

Tudo muito sinistro.

" Será que Robert está ali?"

Ayla volta à forma humana e mantendo à distância, toma cuidado para não ser descoberta.

O homem, possivelmente hipnotizado, não argumenta, não se assusta e segue cegamente o casal e o garoto.

Camuflando-se , fica num ponto estratégico.

Surpresa, observa que todos os moradores sumidos estão no local, menos o príncipe.

Sente uma terrível angústia.

" Onde afinal ele está?"

Há uma mesa farta e Ayla reconhece muitas pessoas que estão na gruta.

São moradores de má índole: ladrões, assassinos, pedófilos, dentre outros.

O homem se junta aos demais, sentando-se.

Enquanto comem, parecem comemorar aquele farto banquete, tão incomum na realidade deles.

O casal e o filho permanecem eretos, rostos sombrios e olhos vidrados nas pessoas, que comem sem parar.

Inquieta com toda aquela situação, decide entender o que representa todo aquele estranho banquete.

"Quer respostas concretas. Por que aquela família faz aquele estranho banquete?

Não. Não vai ficar parada, como se tudo estivesse bem..."

Justo no momento em que Ayla se prepara para ir ate lá, depara-se com uma cena sobrenatural, que até então não conhece.

A estranha família começa a se transfigurar monstruosamente.

Antes de deixar a forma humana, Ayla percebe que o garoto a observa fixamente.

Logo em seguida, ele se transforma num pavoroso cão de três cabeças.

( Imagem meramente ilustrativa.)

A família, agora monstruosa, retorna para a gruta, que se fecha.

Ayla ouve os gritos de pavor das pessoas e imagina que eles estão sendo devorados.

Após aquele fato estranho, cautelosa, Ayla resolve sair dali e entra na floresta. Praticamente correndo, olha de vez em quando para trás. O pressentimento é de que está sendo perseguida.

De repente, um ruído.

Apurando a audição, ouve gemidos de dor que parecem os da sua tia Ofélia.

Aproxima -se e horrorizada e constata que a alguns metros, ela agoniza.

Ela tem uma flecha atravessada no peito.

Ayla agacha-se e segura-na em seus braços.

— Tia Ofélia! Oh, não!

Da ferida, o corpo da tia é tomado por um mover de veias pretas que esmaga todos os seus poros.

— Quem foi o maldito que fez isso?

Mesmo definhando, Ofélia consegue dizer:

— Voltei no tempo e descobri que a feiticeira Selena sequestrou o príncipe...Ela deu a ele o cálice do esquecimento e o levou para outro tempo...Mas antes que eu a fizesse confessar onde ele está, algo nos acertou com flechas envenenadas.

Ayla, pergunta, ansiosa:

— Droga! Onde essa desgraçada está?

— Morta! Virou cinzas... Agora só você pode encontrá-lo!

Ela estremeceu. Sabia o que as palavras significam.

— Tia... Não faça isso...!

— Estou morrendo.... Concedo a você o meu dom...De agora em diante, você é Ayla, a dama do tempo!

Ao dizer isso, numa língua estranha, um facho de luz sai da boca de Ofelia e enche os olhos de Ayla num poder fora do comum.

Depois, Ofélia vira um ponto de luz e transforma-se numa estrela do céu.

— Nãooo! — Ayla lamenta, enquanto uma luz muito forte toma conta do seu corpo.

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