... ...
"Obrigada."
Eu falei para o cara que me ajudou a colocar minha mala no porta-malas do táxi que me levaria para a propriedade do meu pai.
Abri a porta e entrei no táxi.
Coloquei o cinto de segurança e tirei meus óculos de sol, guardando-os na minha bolsa.
O motorista bateu a porta antes de colocar o cinto de segurança e ligar o carro.
"Manhã linda, não é?" O motorista, um sujeito barrigudo com uma barba que parecia precisar de um corte, perguntou enquanto o táxi saia em disparada.
"Com certeza" respondi antes de me recostar e relaxar no assento.
Ele sorriu para mim pelo retrovisor antes de dirigir para longe do aeroporto.
Respirei fundo, me lembrando de quando eu tinha cinco anos, Orlando mudou bastante desde então.
Voltei para o casamento da minha irmã e, assim que terminasse, teria que voar de volta para Nova York para cuidar do meu restaurante, já que não queria que minha mãe ficasse sobrecarregada.
"Você não é daqui, né?" O motorista do táxi perguntou, me olhando pelo retrovisor.
Dei um sorriso leve. "Sou, mas me mudei há alguns anos."
"Ah, por quê? Orlando é um lugar tão bonito." O motorista de táxi sorriu.
"Eu posso ver." Devolvi o sorriso educadamente, ignorando a pergunta sobre o porquê.
Olhei pela janela e, de fato, Orlando era um lugar maravilhoso, mas também era movimentado. Minha mente voltou à minha lembrança da propriedade do meu pai.
A pequena casa ficava no meio de um terreno cheio de grama. Eu me perguntava se alguma coisa tinha mudado. Como meu pai reagiria ao me ver?
A preocupação começou a tomar conta do meu coração. Meu pai e eu não éramos exatamente os melhores amigos.
Há dezesseis anos, meus pais passaram por um divórcio devastador, e meu pai implorou para que eu ficasse com ele e minha irmã, mas eu não podia deixar minha mãe naquele momento, então decidi ficar com ela.
Minha mãe ficou arrasada por algum tempo, mas logo superou. A única coisa era que ela nunca namorou.
Ela e eu cuidamos do negócio do restaurante; tentei convencê-la a vir comigo, mas ela disse:
"Alguém precisa cuidar do negócio. Vá, dê os parabéns para o casamento da Andressa".
Eu sabia que minha mãe estava com medo de que a Andressa não a quisesse lá, mas eu sabia que a Andressa ficaria feliz em ter a família toda no casamento.
O táxi começou a sacudir para a frente, me tirando do transe.
"Está tudo bem?" perguntei ao motorista do táxi.
"Err, na verdade não, o carro está falhando." O homem deu uma risada nervosa.
Desviando de vários carros buzinando, o motorista se movimentou em direção à faixa antes de estacionar o carro em frente a uma loja movimentada.
A rua ainda estava agitada, com pessoas andando para lá e para cá e se amontoando na frente de um caminhão de comida ao lado de uma floricultura.
"É grave?" perguntei a ele.
"Não muito, vou dar uma olhada e logo estaremos fora daqui." O homem garantiu, abrindo a porta, quase acertando várias pessoas que passavam.
Suspirei baixinho e relaxei na minha poltrona. Olhei pela janela, observando o ambiente.
O rabo de cavalo loiro de uma linda menininha brincando com flores chamaram minha atenção. Olhei para a placa da loja, "Flores do Coração". O vento soprou, espalhando pequenas pétalas, agitando os cabelos da menininha, e um pequeno sorriso apareceu nos meus lábios.
A cena era linda, eu podia ver a mãe dela sorrindo para ela, mas logo ela se distraiu com um cliente que veio comprar flores.
Continuei observando a menininha que me lembrava de mim mesma. Eu adorava flores; dezesseis anos atrás, meu pai fez um jardim para Andressa e eu. Naquela época, Andressa tinha sete anos, mas cuidava de mim sempre que minha mãe decidia sair de casa. A gente era próxima. Quando Andressa entrou em contato comigo algumas semanas atrás, fiquei feliz que ela me convidou para o casamento dela, já que não conversávamos mais com frequência.
De repente, um grupo de homens de terno cinza entrou no meu campo de visão, bloqueando a menininha.
Enquanto entravam na floricultura, vi um de terno preto empurrar a menininha e ela cair no chão.
Continuei observando, furiosa por o homem nem mesmo ter olhado para baixo. Olhei de volta e vi a menininha chorando, seu joelho estava sangrando. A mãe dela só consolava ela, mas ela não parava de chorar.
Que cara mal-educado!
Notei como as pessoas se afastavam dele, para ele passar.
Antes que eu percebesse, estava saindo do táxi. Se ninguém se importava em colocar aquele homem rude em seu lugar, eu deveria fazer isso!
"Ei!" gritei, meus saltos altos batendo no chão cada vez mais rápido enquanto eu tentava alcançar ele e seus capangas.
"Ei!!!" As pessoas ficaram chocadas quando perceberam que eu estava indo atrás do homem rude!
Suspirei de frustração, aumentando meu ritmo, e finalmente o alcancei e o empurrei pelas costas, fazendo ele avançar um pouco para a frente.
Seus homens se viraram para mim com olhares de raiva como se quisessem me atacar. Tenho que admitir, isso me assustou, mas eu me mantive firme.
Notei como as pessoas balançavam a cabeça com olhares de pena para mim. Mas, por quê?
"Deixa pra lá", disse o homem rude e surdo enquanto se virava lentamente, tirando os óculos de sol e entregando para um dos seus capangas.
Levantei as sobrancelhas para ele e estava prestes a explodir, foi quando vi todo o seu rosto e tive que fazer força para meu queixo não cair.
Seus olhos, escuros, sérios e penetrantes, me faziam querer me encolher em um canto. Suas maçãs do rosto bem definidas pareciam dar um brilho que só se encontra ao olhar para super modelos, e suas sobrancelhas cheias estavam franzidas, mostrando que ele estava irritado. Seus lábios, os lábios cheios desse estranho, estavam pressionados em uma linha fina, mas conseguiam me atrair para um transe intenso no qual eu, Rebecca Lewis, nunca pensei que pudesse cair.
Peraí, um pouco.
Eu tinha acabado de empurrar um deus?
Pisquei para trazer meus sentidos de volta para o meu cérebro. O que você está fazendo, Becca? Mantenha-se firme; dê a esse cara bonito e arrogante o que ele merece!
"Quem você pensa que é? Você não pode derrubar essa criança sem pedir desculpas. Exijo que você peça desculpas agora!" eu disse a ele.
Com os olhos um pouco apertados devido a luz do sol e a mandíbula cerrada, ele olhou ao redor por cinco segundos, antes de seus olhos voltarem para os meus.
"E por que eu faria isso?" ele perguntou, sua voz e expressão eram desprovidas de emoção, nem mesmo um leve sinal de raiva em seus traços perfeitos.
Comecei a me sentir intimidada.
"B-bem, está errado! Você tem que pedir desculpas para a criança e a mãe dela", eu disse.
Ele bufou e olhou ao redor novamente; uma pequena multidão começou a se formar ao nosso redor. Por que eles não estavam me apoiando nisso? Eles não viram o que aconteceu?
Algumas pessoas me deram um sinal com os olhos para deixar o assunto, mas não eu não ia voltar atrás!
"Eu não estou fazendo nada, então por que você não se vira e volta para onde veio, e eu continuo o meu caminho?" Sua voz ainda estava calma, e seu rosto ainda não mostrava emoção.
Alguém da multidão gesticulou freneticamente com a mão para que eu saísse. Mas eu o ignorei.
"Sabe, eu costumava pensar que pessoas como você só existiam em filmes, agora, tenho certeza de que babacas como você realmente existem!"
Com um olhar sem expressão, ele perguntou:
"Você já terminou?"
Eu dei um suspiro, me sentindo insultada.
"Ainda não! Você é tão cheio de si, não é? Você precisa perceber seus erros, e também, você precisa pedir desculpas para a criança. Você não vê que ela está machucada!?"
Os olhos dele se moveram para olhar atrás de mim.
"Ela parece estar bem", ele disse, "Agora, já terminou?"
Fiquei atordoada com isso e olhei rapidamente para a garotinha, que ainda estava soluçando e a mãe dela mandando ela ficar quieta.
"Não consigo acreditar nisso. você é um idiota arrogante!"
Não sabia mais o que dizer.
"Você não tem educação! Nem um pouquinho. Só porque você é rico não significa que pode pisar nos pobres, entendeu? Tá pensando que é o que?."
Ele levantou a sobrancelha.
"Você precisa de dinheiro?" Ele me perguntou.
Fiquei furiosa.
"O que você quer dizer com isso!?"
Ele deu de ombros, com o rosto vazio.
"Você é um idiota! Um babaca rude e insensível!"
"Acho que já acabou", ele pegou seus óculos de volta e os colocou de novo. Deu as costas para mim e começou a se afastar, junto com seus capangas.
"Ei! Não seja um covarde e peça desculpas para a criança!" Ousei gritar.
Ele parou, de repente. E quando ele se virou para mim e tirou os óculos novamente, seus olhos estavam cheios de raiva.
"Cuidado com o que diz para mim, garota" Sua voz era profunda e sombria de raiva.
Me aproximei mais, ficando na frente do arrogante bonitão.
"Ou o quê? O que. Você. Pode. Fazer? Hein?"
Ohhh. O que você está fazendo, Becca?
Imediatamente, meus pés não tocaram mais o chão. Percebi que um dos seus seguranças me agarrou com suas mãos ásperas e me jogou em seu ombro.
"O que você está fazendo?! Me solta agora!" Eu gritei, batendo em suas costas.
Em vão, gritei, enquanto nos afastávamos da garotinha.
"Me solta, seu grandão! Me solta agora mesmo!"
De repente, vi duas limusines parando na nossa frente, nós também paramos, e então outro homem abriu a porta da limusine e me jogaram em um assento de couro preto.
A porta se fechou!
O quê? Não! O que está acontecendo?
Tentei abrir a porta, mas ela não se mexia! Santo Cristo! O que está acontecendo?
"Me deixem sair!" Bati na janela. "Me deixem sair, seus malucos!!!" Vi o bonitão deslizar para a outra limusine.
Então, como se fosse algo normal que acontecesse todos os dias, o carro começou a se mover.
"Ajuda! Alguém me ajuda, por favor! Alguém ajuda!" Eu gritei, observando pela janela enquanto todos cuidavam de suas próprias vidas. Que diabos está acontecendo com essa gente? Por que ninguém está fazendo nada para me salvar!?
O medo começou a tomar conta do meu peito, fazendo meu coração bater acelerado.
Meu deus, em que merda eu me meti?
Esse lugar é um. Castelo!!!
Tentei ao máximo NÃO admirar a mansão de pedra gigante na minha frente, mas era impossível. Esse lugar era até maior do que a propriedade do meu pai.
Quem é esse cara??
Bem, quem quer que ele seja, deve ser rico pra dedéu. Pessoas ricas, aff.
“Anda!” Um guarda me empurrou. Tinha me esquecido completamente de que estava cercada por uns caras o triplo do meu tamanho com cara de durões.
O som de um veículo se aproximando fez virar minha cabeça. Pude ver o bonitão saindo de uma limusine. Ele saiu e pisou na calçada de pedra branca.
Seu terno abraçava seu corpo como uma terceira pele. Ele parecia tão confiante e cheio de si, dava pra sentir sua influência, o cheiro do dinheiro o envolvendo.
Ele deu passos largos em direção a pesada porta de madeira, sem nem ao menos olhar para mim.
“Ei!” Gritei.
Ele parou imediatamente, virando-se lentamente para me encarar enquanto eu corria rápida e furiosa em sua direção.
“Qual o significado disso? É algum tipo de sequestro??” perguntei, estalando os dedos na cara dele.
Ele me encarou sem expressão.
Não conseguia ver seus olhos direito por causa dos óculos escuros, então tirei eles e os parti em dois, pisando com toda a força no chão.
Queria irritar ele ao máximo para que ele me soltasse.
Que direito ele tinha de simplesmente me levar com ele!??
Pensei em jogar o óculos quebrado na grama, mas eu acabei jogando eles direto no peito dele e vi seus olhos escurecerem de raiva, o que significava que ele estava ficando irritado e, com sorte, ele me soltaria logo.
Ou não?
“Pronto”, limpei as mãos de um jeito exagerado, “Eles te deixavam com cara de cego mesmo, só queria ter certeza de que você estava olhando diretamente nos meus olhos. Então, bonitão, eu te fiz uma pergunta! Qual o significado disso?"
A mandíbula dele apertou com força.
“Você me desafiou... Eu apenas provei que você estava errada, queria saber do que eu sou capaz? Aqui está, aqui está a sua resposta. Você terá que aguentar viver comigo por-“
“Espera aí”, o interrompi antes que ele completasse a frase. “Só- quem você pensa que é para tomar essa decisão? Quem diacho você pensa que é?”
Ele arqueou uma sobrancelha diante da minha pergunta.
“Diacho? Sério?”
“Sim, diacho, eu não falo palavrão.”
Ele balançou a cabeça com uma expressão que eu poderia descrever como divertida.
“Bem, para responder à sua pergunta, eu sou alguém que pode quebrar o seu pai ao meio com um estalar de dedos... Eu sou alguém que pode derrubar o império Lewis num piscar de olhos... Eu sou alguém que pode fazer o que diabos eu quiser.”
Meus olhos se arregalaram.
“Como você-“
“Eu sei de tudo, e eu também sei que você vai passar duas semanas aqui e essa é a sua punição por me desrespeitar. Em público.”
Atordoada, eu estava atordoada, mas consegui agir com coragem soltando uma risada debochada. Obviamente, ele não pode estar falando sério.
“Eu não vou ficar aqui com você, seu idiota! Nem morta que vou ficar aqui com você! Você é um arrogante desgraçado-“
“Você não tem escolha”, ele me interrompeu. “Se você discordar, sua família sofrerá as consequências, e sua irmã não poderá continuar com seu estúpido casamento!”
Meu coração deu um salto.
“O quê- você- você está brincando comigo? Quero dizer... Nós acabamos de nos conhecer há alguns minutos, eu nem sequer te disse meu nome! Como você sabe tanto sobre mim? Você está me perseguindo?”
“Não estou te perseguindo, só quis conhecer quem era a garota idiota o suficiente para me desafiar.”
“Por que você está fazendo isso? O que você vai ganhar com isso?”
“O meu respeito. Eu não poderia deixar você sair ilesa depois da sua má conduta... Havia muitos olhos... Eu tenho que te ensinar uma boa lição para que os outros saibam qual será o destino deles quando se levantarem contra mim. Você cometeu um grande erro saindo daquele táxi."
Eu me virei para o lado, acolhendo meus pensamentos.
Como ele sabia que eu saí do táxi? Ele nem estava olhando.
Olhei para ele novamente, mas ele já tinha entrado na mansão...
Não, eu preciso sair desse lugar!
Me virei para trás e encontrei uma parede de seis seguranças bloqueando meu caminho. Que droga!
“Vocês têm irmãs?” Perguntei a eles com a voz mais suave que consegui.
“Mexa-se.” O do meio rosnou, me segurando e empurrando na direção da casa.
Com um suspiro, me soltei de seu aperto e segui na direção que o bonitão tinha ido...
Logo me vi passando por portas gigantes e entrando na sala de estar mais linda, enorme e perfeitamente mobiliada que já vi.
Olhei para cima maravilhada, meus olhos encontraram o teto de vidro, mas então algo passou rapidamente sob meus pés, eu realmente não prestei atenção nisso porque estava ocupada admirando o reflexo de peixes lindos por todo o teto. Espera um minuto.
Meu olhar foi direto para os meus pés.
Caramba
Minha nossa senhora!
O chão era um aquário, todos os peixes bonitos estavam nadando debaixo dos meus pés!
Isso me assustou, pensei que estava dentro do mar, mas então percebi que o enorme aquário estava embutido no chão!
Não acredito!
Quanto isso custou!??
“Não fique parada aí feito uma idiota!” A voz do bonitão interrompeu meus pensamentos.
Olhei para cima e encontrei seus olhos escuros me observando com irritação.
Ele se curvou, pegou um controle remoto de algum lugar embaixo da mesa ao lado de um sofá, e apertou um botão, e então um chão parecido com madeira apareceu, fazendo o oceano aquático debaixo dos meus pés desaparecer. Agora o chão parecia ser de madeira.
Que bela visão ele acabou de apagar!
Olhei para ele e falei.
“Não imaginava que você gostasse de vida selvagem.”
“Cala a boca-“ ele ia dizer algo, mas um segurança interrompeu.
“Senhor Emiliano, as malas da senhora acabaram de chegar.”
Malas?
Me virei e vi minhas malas a uma pequena distância de mim.
“ok, podem ir.” Emiliano, o bonitão, murmurou.
“Escuta aqui... Emiliano. Eu não vou ficar aqui com você! Exijo que me deixe ir agora ou vou chamar a polícia!” Falei com a cabeça erguida.
“Você pode tentar. Mas antes de fazer isso, quero que lembre que tenho a riqueza de seu pai em minhas mãos. Pense muito bem antes de agir. Além disso, controlo os serviços de emergência. Você realmente não sabe no que se meteu.”
Ele se sentou no sofá cor creme, colocando o controle remoto de volta no seu lugar debaixo da mesa. Ele agia como se fosse dono do mundo.
“Você é um- argh! Você está fazendo tudo isso só porque falei a verdade!!” Gritei.
Ele se levantou suavemente, com passos largos e aproximou-se de mim com um olhar duro.
“Ninguém. Fala. Assim. Comigo. Ninguém.” Rosnou.
“Bom, eu não sou ninguém! Sou Rebecca Lewis! Defendo a verdade! E não vou permitir que me prenda aqui contra a minha vontade!” Disse em pânico. Ele fez pouco caso, enfiando as mãos nos bolsos.
“Vejo que você tem muito orgulho... Mas deixe-me te dizer uma coisa, Rebecca. Serei eu quem vai acabar com esse orgulho! Eu vou te esmagar!” falou entre dentes.
Franzi a testa confusa.
“O que eu fiz para você? Você está agindo como se eu tivesse te assassinado em uma vida passada e você estivesse em busca de vingança ou algo assim!”
“Você ainda não viu nada.” Ele disse de forma tensa.
Meus olhos se arregalaram, o que ele queria dizer com isso?
“Greta!” Ele gritou. Imediatamente, uma das empregadas correu para fora.
“Sim, senhor.” Ela disse baixinho.
“Arrume um quarto em um dos celeiros! Ela será responsável pelos cavalos.”
Espera... O que é isso? Era medieval?
“Pera aí! Celeiros?” Pisquei os olhos, sem acreditar.
“Sim, celeiros.”
Meu Deus... Isso é real...
“Espere um minuto... Você não pode fazer isso!”
“Veremos. Greta, leve as malas dela para o novo quarto e certifique-se de que ela tenha um uniforme de trabalho.”
Fiquei chocada.
“Você é um psicopata! Eu não vou ser sua escrava! Eu vou tornar sua vida um inferno! Você é um mimado rico que acha que pode conseguir o que quiser! Espere só, vou sair daqui! E quando sair, vou processar você e assistir seu estúpido ego se desfazer em pedaços, seu psicopata!” Retruquei, colocando tudo o que eu estava sentindo para fora.
Seus olhos escureceram e uma veia quase saltou da sua testa.
Com os olhos fixos nos meus, ele rosnou. “Espere, Greta!”
Imediatamente, Greta parou e voltou com as minhas malas.
“Mudei de ideia.”
Suspirei aliviada. Graças a Deus ele deve ter caído em si.
“Leve as malas dela para o meu quarto. Ela vai dormir lá. Comigo. Na mesma cama.”
Meus olhos se arregalaram.
“O quê?!”
Ele me deu um sorriso malicioso e satisfeito.
Fiquei ali parada, observando-o se afastar.
Mais uma vez, minha boca não falhava em me colocar em apuros.
Ai, meu Deus! O que vai ser de mim agora??
“Espera.”
Eu disse para Greta, que me ajudou a desfazer as malas contra a minha vontade. Ela parou bem na porta e se virou para mim, eu podia ver que ela se sentia muito mal por mim, mas eu precisava de respostas e eu ia conseguir.
“Sim, senhora?” Ela perguntou.
“Apenas me chame de Becca”, eu disse a ela. “Preciso saber quem é esse Emiliano, quem é seu chefe? Ele é alguém com alta autoridade aqui em Orlando?” perguntei a ela.
Ela ergueu as sobrancelhas e me deu um pequeno sorriso.
“Senhor Emiliano é tudo. Se você realmente quer saber mais sobre ele, pode pesquisar na internet, existem muitas entrevistas e reportagens sobre ele.”
Eu balancei a cabeça.
“Não... não quero depender da internet... preciso de alguém que o conheça de verdade... preciso saber no que me meti. Ele vai me matar?”
“Não, claro que não, Senhor Emiliano é tudo, menos um assassino!”
Suspirei aliviada com isso.
“Ele é apenas um homem muito ocupado que exige respeito e organização. Disse tudo o que pude, se você realmente quer conhecer ele precisa procurar na internet ou perguntar a ele. Vou cuidar do jantar... Você precisa se refrescar."
“Não quero ficar aqui.” Falei, derrotada.
“Acho que você não tem escolha. Vou informá-la quando o jantar estiver pronto.” Ela me deu um pequeno sorriso e saiu, fechando a enorme porta atrás dela.
Caí na cama extra grande. Ela nem me deu nenhuma informação importante. Talvez era melhor pesquisar na internet mesmo.
Imediatamente, peguei meu laptop e comecei a buscar qualquer coisa que pudesse, apenas olhei rápido diferentes artigos sobre ele, e em todas as minhas leituras e pesquisas, consegui reunir algumas informações.
Emiliano Alfredo. O CEO mais jovem de Orlando, um dos homens mais ricos do mundo, é conhecido por sua boa aparência e inteligência. Havia alguns rumores sobre ele ser da realeza...
Na verdade, não tinha nenhum rumor sobre ele ter namorado alguém, mas houve um pequeno escândalo sobre ele ter um caso com uma mulher casada, Camilla Schmitt, a esposa de um CEO de uma empresa concorrente.
Também havia rumores de que ele era o homem mais impiedoso que já existiu era claro que as pessoas o temiam.
Ele também era uma pessoa importante em Orlando, comprou muitas empresas aqui, incluindo o império Lewis.
Não é de se surpreender que ele tenha me ameaçado com tanta confiança!
Também havia uma queixa contra ele, mas a polícia não o investigou, pois ele era podre de rico e poderia comprar toda a delegacia com os policiais junto.”Eu controlo os serviços de emergência."
Por isso ele estava tão seguro de si mesmo!
A porta se abriu com violência e um funcionário entrou... Ele arrancou meu laptop das minhas mãos e meu celular da minha bolsa.
"O que você pensa que está fazendo???"
Eu me levantei e corri em direção ao empregado, que já estava saindo pela porta sem explicação.
“Você não pode usar nenhum desses aparelhos. Eles serão devolvidos depois de 14 dias”, disse o homem.
“O quê? Você não pode fazer isso!”
“São as ordens”, ele disse simplesmente e saiu correndo do quarto como se estivesse com medo de ficar mais tempo.
Como eu fui tao burra, porque eu não liguei pra casa??
Eu tive o celular livre por alguns minutos para ligar para casa, em vez disso fui navegar na maldita internet.
“Sou tão estúpida”, murmurei para mim mesma.
Não posso deixar que me pisem assim!
Vou ficar aqui e esperar ele entrar no quarto dele, aquele canalha vai ouvir um monte de mim!
Enquanto isso, fui até uma porta enorme que achei ser a entrada para o banheiro.
Ao abrir, meus olhos se arregalaram e meu queixo caiu.
Aquilo era um paraíso. Havia uma área para um chuveiro gigante, também havia uma área para uma banheira e, no mesmo banheiro, havia uma área para uma banheira de hidromassagem.
Minha nossa senhora!
Fiquei impressionada com aquilo, quer dizer, quem não ficaria?
Realmente fiquei vontade de tomar um banho, mas não, não posso ficar tão a vontade naquela casa. Fechei a porta.
Não vou deixar que essa casa me impressione tanto! Vou me manter firme e vou sair daqui não importa o que aconteça.
Andei de um lado para o outro no quarto por horas, pensando em maneiras de sair dali. Seja lá o que Emiliano planejou para mim, eu não quero saber na verdade, não quero nem pensar nisso.
Alguma coisa me dizia que o que ele estava planejando não era bom, ele disse algo sobre me usar até o limite! Ele queria dizer sexualmente?
O medo começou a crescer no meu peito, nunca fui tão íntima de um homem antes, meu namorado Mario e eu nunca tivemos momentos íntimos de verdade, nunca transamos.
Talvez porque estivéssemos ocupados demais com o trabalho, tudo o que fazíamos era nos beijar e dar as mãos. Chato, eu sei, mas eu o amava, isso era o que importava, certo?
Embora eu sempre tenha imaginado fazer sexo e mais coisas com ele, mas eram apenas imaginações. Mario deve estar tentando me ligar agora, Deus, tenho que pegar meu celular!
O som da porta se abrindo me fez virar. Vi Emiliano entrando, ele parecia um pouco diferente do que antes, o cabelo dele estava um pouco molhado.
E ele tinha se trocado para uma roupa mais casual. Ele estava realmente gato, senti meu estômago pular e meu pulso acelerar sem eu querer. Eu podia estar com raiva, mas não estava cega!
"Por que você ainda está com a mesma roupa?", ele me perguntou.
Cruzei os braços no peito e o encarei com raiva.
“Você deve ser mesmo um tolo em pensar que finalmente desisti! Não vou ficar aqui com você, quero ir para casa agora!"
"Sério? Não achei que você seria tão difícil", ele disse com uma expressão neutra, se aproximando.
"Ah, você ainda não viu nada, bonitão! Não vou descansar até sair daqui, e não gostei de você ter tirado meu notebook e meu celular, isso foi totalmente desnecessário!"
"São as regras."
"Que se dane as regras!"
Seus olhos se arregalaram.
"Droga... Eu não sabia que você falava tão abertamente. Para uma garota da igreja, inocente e bem educada, você tem uma boca bem grande, espero que saiba usar ela da forma apropriada"
Meu queixo caiu quando entendi o que ele estava insinuando.
"Você é um tarado! Eu nunca-"
"Confie em mim, você nunca vai querer parar quando começar."
"Cala a boca! Eu nunca vou te chupar! Nunca, nunca, nunca! Grave isso em sua cabeça de pedra!"
"Por quê? Você já deve ter feito isso antes, você tem um namorado, certo? Mason?"
"Você realmente é um maníaco psicopata! E para sua informação, Mason e eu nunca..."
Parei antes de dizer algo do qual me arrependeria.
"... fomos tão íntimos", completei.
"E você realmente acha que eu vou acreditar nisso?" Ele perguntou, parecendo se divertir as próprias palavras.
"Você pode pensar o que quiser, bonitão! Tudo o que sei é que nunca vou colocar minha boca no seu maldito pau!"
Ele zombou "Você pode mentir para si mesma, Bambina." Ele se aproximou devagar, "Mas eu sei do que você precisa" Ele continuou se aproximando cada vez mais.
Dei alguns passos para trás até minhas costas encostarem na parede, ele começou a diminuir a distância entre nós, me cercando com seus braços musculosos. Meu coração estava batendo que nem um tambor no meu peito e minha pele toda estava arrepiada.
Por que diabos estou me sentindo tão animada?
Ele se inclinou sobre mim, seus lábios roçando a parte inferior do meu pescoço e aquilo parecia realmente bom, Mario nunca fez isso comigo... espera o que você está pensando, Becca?? Você realmente está comparando esse sequestrador com seu doce namorado?
Meu corpo estava ciente da nossa intensa proximidade e isso me fez sentir coisas na parte inferior da minha barriga, coisas que fizeram eu me sentir estúpida e suja! O que você está pensando, Becca!?? Afaste ele! Afaste ele agora!
Mas eu não conseguia, alguma parte idiota dentro de mim queria sentir tudo o que ele estava fazendo. O que aconteceu com os pensamentos de fugir? O que aconteceu com os pensamentos de permanecer firme?
"Estive pensando em maneiras de te punir pelo que fez. Olhando para você, parece que você não liga para tarefas domésticas ou outras punições físicas constrangedoras, mas então pensei. O que machucaria até a alma uma garota de igreja bem educada? O que a quebraria? O que a deixaria infeliz e vulnerável? Então decidi mudar as coisas, decidi punir você emocionalmente. Portanto, isso será sua punição." Ele sussurrou contra meu pescoço, "Vou te torturar até todo o orgulho que você tem escorregar de você. Vou fazer você implorar para que eu te pegue, vou foder essa sua bocetinha apertada até você ficar inchada e dolorida, vou fazer você sonhar comigo te fodendo, vou te quebrar tão profundamente que você não conseguirá mais olhar para o seu namorado. Você entrou aqui como uma garota de igreja doce e inocente..."
É estranho que eu estava ficando excitada com as ameaças dele?
Seus lábios roçaram suavemente meu pescoço, até que ele ergueu a cabeça lentamente e me encarou nos olhos, minha boca estava seca, não tinha palavras para revidar. Pela primeira vez na minha vida, fiquei sem palavras.
"Mas eu prometo", ele continuou. "Você vai sair daqui como uma garota de igreja nada inocente, louca por sexo, e adivinha?"
Ele sorriu de canto.
"Você terá que se preparar, porque eu tenho apenas 14 dias para cumprir essas punições."
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