Carlos Henrique de Oliveira, um homem de quarenta anos, viveu que toda uma vida pensando ser uma pessoa, e assim se tornou mais forte do que os irmãos.
Quando criança, o pai dele sempre falou para ele, que a mãe dele morreu no parto, portanto foi ele que matou a sua mãe, ele tinha mais cinco irmãos, sendo três irmãos homens e duas irmãs mulheres, ele era o casulo dos filhos do seu Paulo Soares. Apesar de ser o casulo, ele nunca teve os privilégios que os seus irmãos mais velhos tinham, ele quando tinha seis anos ele, foi para a escola pela primeira vez, numa escola pública, que ficava muito longe da sua casa, e ele ia a pé, tinha que acordar às seis horas, para tomar banho se arruma ir comprar o pão, apesar que ele não podia comer o pão, pois ele era proibido, o pão era para seus irmãos que estavam a dormir, e depois saia a pé para a escola,pois o seu pai era um homem, com uma boa condição financeira, más ele não o levava, na escola os outros irmãos estudavam numa particular, e apesar de ser próximo à casa deles, o pai fazia questão de leva- los dê carro. Na casa tinha uma mulher que trabalhava lá, ela era um tipo faz tudo, pois ela arrumava a casa, fazia a comida, café da manhã, almoço e janta, e lavava as roupas, essa eram às tarefas que dona Marina fazia, ela sempre tratou Carlos Henrique com carinho, o Carlinhos como ela o apelidou e esse apelido pegou, pois, todos o chamava assim, até mesmo o seu pai, talvez seja também, porque ele quando criança era muito magrinho, ela nunca concordou com a maneira como Carlinhos era tratado ali dentro daquela casa. Ela se assustava com as humilhação que presenciava ali com ele. Sempre que ela tinha oportunidades, ela tentava ajudar Carlinhos de alguma forma.
Carlos Henrique sofria muito, pois ele sempre sonhou em ter o amor do pai dele, ele queria muito que, o seu pai o tratasse como ele tratava os seus irmãos, más isso era impossível, pois o seu pai não conseguia amar ele como amava os outros, ele sempre pensou, que isso era porque a sua mãe teria morrido no parto, e isso fazia com que o seu pai não conseguisse se aproximar dele. As roupas que Calos usava, eram as roupas dos outros irmãos, pois quando as roupas não serviam mais para eles, o pai dele dava-lhe, o pai dele nunca comprou roupas novas para Carlos Henrique, sempre ele usava, roupas usadas e velha dos seus irmãos. Ele tinha uma ou duas peças de roupas novas compradas para ele mesmo, era presente de dona Marina, ele nunca concordou com as atrocidades que o seu pai e os seus irmãos faziam com ele. Isso fazia com que ele se sentisse inferior aos irmãos.
Os anos foram se passando, e tudo continuava como era antes, Carlos estava com dez anos, e passou a estudar e trabalhar, para comprar as suas coisas, até na alimentação a dele era diferenciada. Pois, para os irmãos tinha frutas, verduras, carne, iogurtes, leite, biscoitos recheados, queijo, e para ele, na hora do almoço era feijão com arroz. E na janta o pai dava-lhe cuscuz as vezes tinha manteiga,outras vezes eram sem manteiga mesmo. No café da manhã, ele não tinha direito a comer nada se quisesse, podia tomar um café preto simples. Pois, o pai dele falava-lhe que o homem não tem que comer nada pela manhã. Ele levava uma vida bem humilhada, se caso tivesse algum aniversário para irem, ele não tinha direito a ir, pois, o pai dele, logo falava, que não era amigo dele, o aniversariante era amigo dos irmãos dele, então não precisava ele ir, e brinquedos, ele nunca ganhou, do seu pai, e já até ganhou um carrinho de brinquedo pequeno, presente de dona Marina, mas se ele quisesse brincar com os brinquedos automáticos dos seus irmãos, teria que esperar os brinquedos dos irmãos quebrarem para eles jogarem fora, aí ele pegava e consertava para ele... Por levar uma vida bastante sofrida principalmente no que se referia a alimentação, que ele resolveu trabalhar, engraxando sapato, como ele conseguiu essa habilidade de saber consertar brinquedos estragados, quebrados, ele pediu para consertar alguns brinquedos da vizinhança, em troca eles lhe dariam,o que pensavam que ele merecia, e assim com o dinheiro que recebeu, ele comprou o material de engraxate, e assim começou. Ele ia para a escola com uma calça remendada por dona Marina, e uma camisa muito grande para o tamanho dele, pois, por não se alimentar adequado, ele era bem magrinho, e pequeno, e a amiga dele era do seu irmão mais velho que era alto e forte. Ao sair da escola às onze e meia, ele ia correndo para casa, as vezes almoçava, outras vezes, saia mesmo sem comer, e ia para a praça central, ver se conseguia alguns clientes para engraxar sapatos. O dinheiro que ele conseguia ele colocava em um cofrinho que ele mesmo fez de lata de leite e escondia em cima do guarda-roupa dos seus irmãos, pois ele não tinha um, as roupas dele era guardada numa caixa de papelão, e também não tinha cama, ele dormia numa esteira, que foi a vizinha que deu, pois, antes ele dormia num pedaço de papelão. Ele guardava o seu dinheiro, pois ele tinha um sonho de comprar uma bicicleta.
Os meses passaram-se e Carlos Henrique conseguiu conquistar muito clientes, ele trabalhava até quase onze da noite, pois de dia ele ficava na praça, a noite ele rodava nos bares, oferecendo os seus serviços e assim conseguia mais dinheiro. Ele comia algo na rua, pois como chegava em casa tardiamente, não tinha janta para ele, pois era ordem do pai, ele só tinha direito a jantar se estivesse em casa no horário certo. Os irmãos dele, também o tratava com indiferença, eles até brincavam, chamavam ele do irmão pobre, era assim que eles o apresentavam aos amigos.
Ele sempre sendo muito bem- educado com todos, principalmente com os seus clientes, ele foi conquistando a amizade deles, e principalmente de um senhor em especial. Esse senhor gostou muito do jeito de Carlos, ele identificou-se com ele, e sempre conversava com ele, sobre a vida. Um dia este senhor, seu Elias, chamou Carlos Henrique para trabalhar com ele.
Seu Elias - Carlinhos,meu filho, estou a precisar de um office boy lá na minha empresa. Você aceita trabalhar comigo?
Carlos Henrique - Nossa seu Elias, claro que eu quero e aceito trabalhar na sua empresa.
Seu Elias - Eu sei que você é uma criança e não pode trabalhar, más como já está a trabalhar aqui nas ruas a fazer esse trabalho de engraxate, não vejo problema você fazer outro tipo de serviço.
Carlos Henrique - Se o senhor puder-me dá essa oportunidade, eu prometo que farei de tudo para que o senhor não se arrependa de ter-me chamado para trabalhar.
Seu Elias- Larga esse trabalho e vem trabalhar comigo, lá eu tenho um office boy, aliás tem três office boy que presta serviço lá na empresa, porém os serviços deles são externo, no seu caso trabalho que estou a oferecer é interno.
Carlos Henrique - Eu aceito,eu só preciso que o senhor explique-me o que exatamente eu terei de fazer ?
Seu Elias - Como eu falei seu trabalho é interno, você poderia trabalhar lá dentro, sendo office boy, dentro, o seu trabalho será levar documentos para as salas, nos departamentos ali mencionada. Não será preciso você sair na rua.
Carlos Henrique - E quando eu começo?
Seu Elias - Amanhã mesmo, que horas você vem trabalhar? Aqui nessa praça
Carlos Henrique - Eu chego aqui meio dia, pois como é horário do almoço , sempre o pessoal sempre sobra uma hora, ou duas para almoçar. E eles aproveitam e sentam aqui e isso é bom para mim.
Seu Elias - Pronto então fica combinado, você vai aqui nesse endereço nesse horário e eu estarei lá para lhe mostrar a empresa e para você não se perder,Ah sim ia me esquecendo, leve seus documentos.
Carlos Henrique — Eu só tenho certidão de nascimento, pode ser?
O seu Elias — Pronto, pode,depois nós vermos o que podemos fazer.
Foi aí onde a vida de Carlos Henrique começou a tomar rumos diferente.
Carlos Henrique passou a trabalhar na empresa do seu Elias, com apenas dez anos de idade, más para ele foi muito melhor, pois ele se acordava às seis da manhã, tomava banho, ia comprar o pão como sempre, ele ia até à panificadora, lá comprava pão, leite e queijo, levava para casa, entregava a dona Marina, e saia quase correndo para a escola, pois essa foi uma das exigências do seu Elias, ele não podia perder um dia se quer de aula.
Dona Marina — Carlinhos meu filho, come algo, você é tão magrinho o meu menino.
Ela se preocupava muito com ele, como uma mãe se preocupa com o filho.
Carlos Henrique — Não tenho tempo agora, depois eu como.
E saia, ele não gostava de chegar atrasado na escola. Depois da aula ele ia para casa, deixava o seu caderno, tirava a roupa que ele usava como uniforme escolar, tomava um banho, colocava outra roupa, e ia para a empresa. Na empresa eles deviam um bandejão, para Carlos Henrique,era um verdadeiro banquete, pois ele nunca na vida comeu daquele tanto e com verduras e dois tipos de carne, ele se sentia um rei, na frente daquela bandeja, sentado no refeitório da empresa. Ao terminar ele ia assumir seu posto. Todos ali na empresa logo encantou-se com ele, pois ele era uma criança muito educada, e sabia se comportar. Ele virou uma espécie de mascote da empresa.
Carlos Henrique sabia muito bem aproveitar seu salário, pois mesmo ele não sendo um funcionário fixo, ele recebia um salário de office boy, no seu primeiro salário, ele realizou o sonho dele, e comprou uma bicicleta, ele pediu ajuda para dona Marina ir com ele até uma loja, pois ele não sabia como comprar, mesmo ele com o dinheiro,e assim ela fez, foi com ele e além da bicicleta ela também o ajudou a comprar, roupas,e calçados, tudo do bom e do melhor. A bicicleta foi de muita utilidades para ele, pois, não precisava ele acordar mais tão cedo, e também não sair correndo como ele fazia todos os dias. Ele não perdia um ano na escola, todos os anos ele passava com notas máximas, e optou por fazer o curso de administração, já que já trabalhava numa empresa administrativa. E para ele essa opção foi ótima, pois ele fez os seus estágios na própria empresa, com a ajuda do seu Elias.
Ele sempre que recebia o seu salário, ele comprava um, presente para dona Marina, pois ele a amava como se fosse a própria mãe dele. E ela também o amava como uma mãe, ela chegou até a confessar-lhe que ainda estava a trabalhar ali naquela casa por amor a ele. Pois, os filhos dela que moravam em outra cidade havia chamado ela para ir morar com eles, más ela não foi porque não queria deixar ele só naquela casa.Seu Paulo, quando soube que ele estava trabalhando na empresa, ele logo quis tomar aproveito e passou a cobrar a ele pela moradia como se fosse um aluguel, e ele passou a pagar, mesmo ele não fazendo nenhum tipo de refeições lá, ele pagava para dormir. Anos passaram-se e ele tornou-se um jovem de dezoito anos, e sempre trabalhando de office boy na empresa.
O seu Elias chama ele para uma conversa.
Seu Elias — Carlinhos meu menino, agora você é um homem adulto, e chegou a hora de você trocar de função aqui na empresa, você não irá ser mais um menino de recados.
Carlos Henrique - Se for para trabalhar em qualquer outra função tudo bem, eu só não quero é sair daqui não importa a função que irei trabalhar.
O seu Elias - Você agora irá trabalhar do meu lado, será meu braço direito, você sabe meu filho, eu nunca tive filho, pois se eu tivesse pelo menos um, esse lugar seria do meu filho, más agora será seu, você será meu braço direito aqui na empresa, e traga os seus documentos para efetivar a sua função aqui na empresa.
Carlos Henrique ficou super feliz, pois ele não esperava essa decisão do seu Elias, ele pensava que logo que ficasse de maior, teria um cargo na empresa, más nunca imaginou que seria como braço direito do presidente e dono da empresa. Assim que ele assumiu o seu novo cargo ele arrendou um apartamento e foi morar lá e levou dona Marina com ele, para cuidar das coisas dele.
O pai dele não gostou nada da ideia, os outros irmãos de Carlos Henrique tomaram destino diferente de Carlos Henrique, eles não conseguiram concluir o segundo grau, os irmãos homens só se envolviam em má companhia, e só andavam de farras, e bebedeiras, as mulheres também só queriam curtição, logo ficaram grávidas e tiveram filhos sendo que os pais não assumiram, e elas tiveram que registrar os filhos como mãe solteira, de tanto gastar com advogados para tirar os filhos da cadeia, o seu Paulo acabou perdendo tudo, e agora vivia com um salário mínimo de aposentadoria.
Carlos Henrique arranjou uma namorada, na qual eram colegas de emprego, ela era a secretária dele. Mas ela estava grávida de quatro meses, ele falou que assumiria a criança, ele comprou todo o enxoval dela, e a levou para morar com ele, o seu Elias comprou o apartamento que ele estava a morar e passou para o nome de Carlos Henrique, e aos nove meses, nasceu uma linda menina. Em que ele a colocou o nome de Christielly, ele ao vê o rostinho da criança, ele logo apaixonou-se, foi amor a primeira vista, ele sentiu um verdadeiro amor de pai, na mente dele Christielly era a filha dele biológico. A mãe da criança assim que ela nasceu passou a agir de forma estranha, ele não conseguia entender o porquê, dona Marina alertou-lhe, que com certeza aconteceu algo depois que a menina nasceu, pois, Isadora estava muito estranha, ela passou até a dormir fora de casa e falava que iria dormir na casa da mãe dela, más deixava Christielly dormir em casa, Carlos Henrique contratou uma babá, mas dona Marina ajudava no que podia, ela também amava a menina como uma verdadeira avó.
Carlos Henrique, sempre ajudava seu Paulo com dinheiro, ele nunca deixou de visita lo, mesmo não sendo bem vindo, más agora tudo tinha mudado pois depois que seu Paulo perdeu tudo e estava vivendo do salário da aposentadoria, ele passou a tratar Carlos Henrique com respeito, como se ele fosse o filho que ele sempre quis e amou.
Dona Marina também dava conselhos para Carlos Henrique.
Dona Marina - Meu filho amado, mostre a todos aqueles que um dia lhe pisaram, que você é superior a eles, e mesmo você não precisando deles, você nunca irá fazer o que um dia eles fizeram com você, principalmente o seu pai, que sempre lhe tratou como um lixo, mostre a ele, que você tem um coração enorme e cabe todos.
Carlos Henrique - Eu nunca irei abandonar ele assim como ele fazia comigo, eu mesmo depois de tudo que ele fez, eu amo-o, e agradeço muito a ele, pois se ele tivesse-me tratado como ele tratou os outros, não deixando faltar nada, hoje eu não seria o homem que sou hoje. E graças a Deus ele conseguiu superar a dor que eu causei quando eu nasci, que para eu nascer o amor da vida dele, a minha mãe, precisou morrer.
Nesse momento dona Marina fica estranha, como se ela quisesse-lhe falar algo, más logo ela muda de assunto. Ele percebeu más não deu muita atenção para esse detalhe.
Depois que Christielly completou quatro meses de vida, ele conversando com Isadora, descobriu uma coisa que ele mesmo não queria acreditar, más como era destino, ele aceitou, e seguiu em frente pois a vida continua, o que ele tinha certeza era que ele nunca iria abandonar a sua querida filha amada Christielly.
Carlos Henrique - Isadora, eu acho que a gente precisa conversar...
Isadora - O que você quer conversar?
Carlos Henrique - Desde quando Christielly nasceu, percebi que você ficou estranha, você vem-me evitando e não quis mais ter relação sexual comigo, eu não questionei, mas agora dorme em quarto separado e as vezes dorme fora , e fala que está a dormir na casa da sua mãe, poxa Isadora, você não acha que eu mereço uma explicação?
Isadora — Tudo bem Carlinhos, eu vou lhe falar a verdade, eu devo isso a você afinal, você foi tão legal comigo, me assumindo mesmo eu estando grávida de outro homem, e ainda assumiu a minha filha como a sua própria filha dando o seu nome para ela. Eu nunca mentir para você quando eu falei que iria namorar com você, mas eu sou apaixonado pelo pai da minha filha, e só não estava com ele porque ele era um homem casado e falou que não iria deixar a mulher dele mãe dos filhos dele para ficar comigo... Pois bem, ele me procurou assim que ela completou um mês de nascida, e ele disse que agora irá ser diferente, ele pediu-me um tempo para ele se separar, e ele vai morar comigo, e as vezes que eu durmo fora, não é na casa da minha mãe e sim, eu durmo com ele em um motel. Desculpa Carlinhos,eu sei que tinha que ter lhe falado antes.
Carlos Henrique - Tudo bem, Isadora eu não vou dizer a você que estou surpreso, pois eu já tinha quase certeza que era isso que estava acontecendo, eu só precisava ouvir da sua boca, e agora estou ouvindo, mas e aí como é que vai ser ? Você está pretendendo levar Christielly daqui de casa?
Isadora - Bom eu já aluguei um apartamento e estou de mudança, e vou sim levar ela comigo, ela é a minha filha, mas você pode ir visitar ela a hora que você quiser, eu não vou impor horário, no horário em que você quiser pode ir.
Carlos Henrique - Certo, eu não posso proibir, se eu pudesse eu proibia a minha filha sair daqui, da casa dela, mas eu quero que você leve a babá com você, pois ela já está acostumada com a babá, e se você arrumar outra , ela pode estranhar... Não se preocupe com o salário dela, pois é por minha conta.
Isadora - Tudo bem, já que você irá pagar... Eu mesmo não terei condições de ter uma babá, já que vou pagar aluguel.
Ela foi no mesmo dia morar no novo apartamento, levando Christielly e a babá, Carlos Henrique, todos os dias ia visitar a filha e passava meia hora com ela, ele não deixou de ir lá vê ela nem um dia, e seu pai, Paulo, ele também fazia questão de ir lá ficar um pouco com ele já que os outros irmãos não se importava com o pai.
Os anos se passaram, e Elias passou tudo que ele tem para Carlos Henrique, ele ficou sendo o principal herdeiro de seu Elias, ele agora era um homem muito rico, e mesmo sendo tão rico, ele não deixou de ser um homem educado, alegre, muito simpático com todos que o conhecia Carlos Henrique, era uma pessoa que sabia fazer amizades, e gostava de ajudar a todos que precisavam e iam pedir ajuda a ele.
Um dia uma mulher veio pedir ajuda para comprar alimentos para o filho, pois estava separada do pai da criança e ela não tinha como alimentar seu filho. Carlos Henrique procurou onde a senhora com o seu filho estavam morando, e ela o respondeu que era moradora de rua, pois ela era de outra cidade, e estava ali porque o seu marido a levou junto com o filho, depois o marido arranjou uma amante e foi morar com ela, abandonando a senhora e o filho, ela ainda ficou na casa, mas como não teve dinheiro para pagar o aluguel precisou entregar o imóvel e foi morar com o seu filho na rua.
Carlos Henrique se comoveu com essa história e levou a senhora junto com o seu filho,para um dos apartamentos dele, mobiliado, e falou que ela podia morar ali o resto da vida dela, e só sairia dali se ela quiser, depois ele foi para o supermercado e fez compras para ela passar um mês, sendo que ele também comprou vários tipos de lanches para a criança, e ainda avisou a senhora que não se preocupasse com nada, pois a feira dela ele iria dá e a água, luz, e telefone ele também era quem iria pagar, e ainda falou que se ela quisesse um emprego como faxineira na empresa, ele também daria o emprego, já que ela falou que não tinha formação nenhuma, ele arranjaria um emprego de faxineira, e ela aceitou. Ela morou no apartamento de Carlos Henrique cinco anos seu filho já estava com quinze anos quando ela resolveu ir embora para o Rio de Janeiro que era a sua terra natal, onde morava a família dela, mas ela e o filho dela agradeceu muito a Carlos Henrique, ou seu Carlinhos, como ela o chamava, apesar que agora Carlos Henrique não é um homem magro, ele agora é um homem alto e bem forte, para não falar gordo, pois ele pesava cento e cinquenta quilos.
Anos se passam e tudo continuava a mesma coisa mas agora algo aconteceu finalmente Carlos Henrique se interessou por outra mulher, ele ao vê essa mulher, ela logo chamou a atenção dele fazendo com que ele se interessasse por ela.
Ele tentou se aproximar dela oferecendo uma carona, como ele era esperto, ele sabia que se ele oferecesse uma carona para ela de cara tinha quase certeza que não aceitaria, então ele usou a inteligência, como vinha no caminho ela e logo a frente dela ia um rapaz, ele parou perto do rapaz e ofereceu carona, e logo depois perguntou se ela também aceitaria, e assim ela aceitou, mas na mente dele, o rapaz como um bom cavalheiro iria descer e daria a frente para a mulher e sentaria atrás, mas não foi bem assim,que funcionou... O tiro saiu pela culatra, o rapaz não ofereceu a frente, e ela sentou atrás, mas mesmo assim, ele não desistiu dos planos dele. O rapaz chegou a seu destino primeiro, e ele pediu para ela passar para o banco da frente para eles conversarem melhor, ele chamou ela para tomar uma cerveja, e ela aceitou, pois estava muito quente o dia.
Ele levou ela para uma barraca na praia, e logo quando o garçom o viu foi logo sorrindo, pois ele era o freguês preferido dos garçons, pois a gorjeta que ele dava ela muito gorda, e todos queriam atender los, más Carlos logo fazer um sinal para o garçom e logo ele entendeu, ele não queria que a mulher soubesse que ele, era rico e que era o freguês daquele local, pois ele estava pensando em pregar uma peça para ver a intensão da mulher, pois ele não confiava, muito em mulheres, pois todas que topava saírem com ele ,era puro interesse financeiro, por saber que ele era rico ,e queriam levar vantagens.
Carlos Henrique - Bom você bebe o que? Caipirinha, cerveja, vinho, Whisky...
A moça - Cerveja mesmo.
Carlos Henrique pede para o garçom trazer uma cerveja e dois copos.
Carlos Henrique — Posso saber o seu nome moça linda!?
A moça — Claro, o meu nome é Sônia.
Carlos Henrique - O meu é Carlos Henrique mais todos me chamam de Carlinhos.
Sônia, achou estranho esse apelido de Carlinhos, já que ele era alto e gordo, no mínimo deveria ser Carlão. Sônia - Desculpa eu perguntar, más porque esse apelido de Carlinhos? Carlos Henrique - Eu sei porquê você está me fazendo essa pergunta, aliás todos que não me conheceram antes, fazem-me essa mesma pergunta, más bem vou explicar, quem me colocou esse apelido foi a empregada do meu pai, quando eu era criança, eu era uma criança bem magra, e pequeno, aí ela passou a me chamar de Carlinhos, e depois todos passaram a chamar-me assim Sônia — E a sua mãe, também chama-lhe assim, eu pergunto porque toda a mãe chama o filho por um apelido.
Ao ouvir Sônia perguntar sobre a mãe dele, o semblante dele mudou, e ele ainda ficou surpreso, pois nunca ninguém perguntou sobre a sua mãe
Sônia - Desculpa,eu acho que falei demais...
Carlos Henrique - Não Sônia, você não falou demais , eu só fiquei surpreso pois ninguém nunca pergunta sobre a vida da minha mãe.
Sônia - Más você ficou triste, seus olhos mostra isso.
Carlos Henrique - É porque eu não tenho mais mãe, ela morreu quando eu nasci.
Sônia - Realmente me perdoa,eu não sabia...
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