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Armadilha de Estudante Mau

Capítulo 1

O sol da manhã aquece a cidade de São Paulo, a terra começa a secar depois de ser regada com milhares de águas do céu. Agora o calor acompanha os passos do homem de 24 anos vestido com o uniforme ao se aproximar da mesa de café da manhã para começar o dia com energia.

O bolo de chocolate feito pela mãe completa o menu desta manhã. Logo depois, seu irmão mais novo vestido com o uniforme da faculdade ocupa a cadeira ao lado. Ambos parecem focados nos pratos ainda cheios, acompanhados pelos talheres que se mexem em sincronia.

— Você vai ensinar na minha faculdade ? — pergunta João iniciando a conversa.

— Você se mudou de novo, Miguel? Não está cansado? Em um ano você se mudou mais de três vezes. Ainda não encontrou uma professora bonita que pudesse substituir Ana

em seu coração? — comenta a mãe interrompendo a pergunta de João.

Miguel suspira fundo. Desde que se formou na universidade e aceitou de bom grado que sua ex-namorada se casasse com seu professor e amigo, ele não conseguiu se abrir para nenhuma outra mulher. Foi isso que o levou a decidir se tornar professor, porque os sonhos que ele tinha com sua ex-namorada foram destruídos.

— Ainda não pensei nisso, mãe. Quero continuar tranquilo ensinando e me divertindo com os alunos — responde Miguel gentilmente.

— Deixa pra lá, mãe. Ainda não viu as professoras e as alunas da minha faculdade, elas fazem a deusa Venus parecer insignificante!Ana com certeza logo ficará pra trás, mãe. — continua João tranquilamente sem ser notado por Miguel.

Na verdade, o irmão mais velho termina rapidamente de comer e se despede da mãe. Miguel sempre evita falar sobre mulheres, principalmente quando sua mãe menciona casamento.

— Você vai comigo ou vai de moto? pergunta Miguel a João, que se levanta e beija a mão da mãe. Ele logo pega sua bolsa e sai da casa com a escolta da mãe.

— Eu vou sozinho, irmão, se eu for com você pode prejudicar minha fama. Se possível, ninguém precisa saber que você é meu irmão mais velho, senão vou ser atormentado. — reclama João.

— Você que pediu! —  diz Miguel, em seguida, ele sobe em sua moto. Uma moto grande e cara que ele possui, fruto de seu trabalho árduo. Mas não em professor, mas em outros empreendimentos que ele tem e agora se tornaram seus maiores ativos na vida, já que ele dá todo o seu salário de professor para a família.

Cerca de vinte minutos depois, Miguel chega ao estacionamento do campus. Aparentemente, sua chegada se torna o assunto das estudantes que também estão chegando. A moto grande, o capacete preto e a jaqueta de couro dão uma impressão diferente, especialmente quando ele começa a tirar seus acessórios, fazendo as estudantes perderem o foco quando veem que ele é muito jovem e bonito.

— Professor descolado. — Isso é o que a maioria dos alunos diz.

Miguel percebe que ele se tornou o tópico principal dos alunos. No entanto, isso já é algo comum toda vez que ele pisa em uma nova escola.

— Hum... Desculpem, senhor, senhora, moço, você pode mover essa moto um pouco? Tenho medo de bater na hora de estacionar. — Diz uma das estudantes que de repente chega dirigindo seu carro. Ela é educada, mas o modo como ela se dirige a Miguel faz com que ele balance a cabeça.

Sem muitas palavras, Miguel rapidamente move sua moto e dá espaço para que o carro possa estacionar.

— Obrigada, senhor. — diz a garota com um sorriso doce e um piscar de olhos bem raro. Talvez, se os outros estudantes vissem isso, eles ficassem encantados, mas não Miguel, que apenas levanta as sobrancelhas e vira as costas, deixando o estacionamento.

— Quem é esse? Um novo professor ou apenas um convidado? Me senti insignificante, e eu só estava tentando ser legal. Ah... eu vou me vingar dele. — resmunga Fabiana, semicerrando os olhos.

Apressadamente, Fabiana sai do carro e dá passos largos para alcançar Miguel. Ela fica irritada quando alguém a ignora assim. Talvez essa pessoa não saiba com quem está lidando.

— Ei? Espera! —   Exclamou Fabiana, interrompendo os passos de Miguel. Ela estreitou os olhos e observou Miguel de cima a baixo. — O senhor não sabe o que é educação? Seu sorriso parece ser bem caro.— Fabiana ousadamente repreendeu Miguel, principalmente pelo comportamento irritante dele. Ela colocou as mãos na cintura, estufou o peito e bloqueou o caminho de Miguel.

Assim como Fabiana, Miguel também avaliou a aparência de Fabiana de cima a baixo. Ele deu um sorriso discreto e fixou o olhar em Fabiana.

— Arrume sua postura antes de criticar alguém sobre educação!

Espontaneamente, Fabiana olhou para si mesma, surpresa ao perceber que os dois botões superiores de seu uniforme ainda não estavam abotoados e a saia estava um pouco amarrotada e enrolada para cima porque, quando saiu do carro, estava com pressa e não teve tempo de arrumar sua aparência.

Fabiana franzia a testa de irritação, olhando novamente para Miguel com seus olhos afiados e punhos cerrados. Ela sentiu que estava sendo humilhada e não aceitou isso.

— Se eu encontrar ele novamente, vou ensinar uma lição nesse sujeito! — Ela pensou consigo mesma e bateu o pé firmemente e caminhou em direção à sala de aula.

Após se apresentar aos outros professores, Miguel entrou rapidamente na primeira sala de aula. Assim como na escola anterior, sua presença foi bem-recebida pelos alunos, especialmente as alunas. Afinal, eles estavam acostumados a ver o professor de matemática sério e assustador. Dessa vez, eles tinham um professor jovem e atraente, superando até mesmo o aluno mais popular da faculdade. Podia-se afirmar facilmente que a matemática se tornou algo fácil de aprender porque o professor criava motivação para estudar.

A notícia sobre o novo professor tornou-se um tópico em alta no Escola Secundária.  No refeitório, a discussão estava tão animada que a notícia chegou aos ouvidos de Fabiana e suas três amigas.

— Tem um professor novo? — Perguntou Fabiana às suas três amigas.

— Hum... Pelo que ouvimos, ele é incrivelmente bonito. Até mesmo o cara lá está perdendo! — respondeu Rita, olhando discretamente para alguém se aproximando.

Esse cara era Tiago, o cara mais bonito da escola e que ainda por cima era o capitão da equipe de futebol e que tinha a sorte de ser namorado de Fabiana, a garota considerada mais bonita e mais difícil de ser conquistada. Claro que ele não sabia que ela só aceitou namorá-lo, para melhorar seu status no campus e parar de ser chamada de solteirona amargurada.

— Ei, para onde você vai? — Perguntou João ao ver Fabiana saindo apressadamente do refeitório.

— Estou curiosa com o novo professor! — exclamou Fabiana com pressa. Ela estava muito curiosa sobre quem era o novo professor que repentinamente se tornou viral e causou agitação entre os alunos da escola. Enquanto Tiago chegava à mesa de Fabiana, ele apenas suspirava profundamente ao ver Fabiana sair de forma tão impaciente.

— Tenha paciência, mano, você sabe como minha amiga é... — disse João, dando um tapinha nas costas de Tiago.

Capítulo 2

Duas horas antes do fim das atividades acadêmicas, a turma do primeiro ano de Ciências e Exatas, a turma de Fabiana de repente ficou agitada quando o novo professor entrou. Todos os alunos ficaram encantados com a presença do novo professor, bonito e imponente, exceto João e Fabiana.

João, que conhecia bem aquele professor, enquanto Fabiana encarava com tédio, lembrando do incidente da manhã quando foi ignorada e ficou com os nervos à flor da pele.

— Não sejam tão bobos! — exclamou Fabiana. O que ajudou Miguel, que ficou perdido com o entusiasmo dos alunos.

Miguel se apresentou e começou a aula sem nenhum  outro obstáculo significativo. Era compreensível que, se a bela estivesse envolvida, todos ficavam quietos automaticamente.

— Todos entenderam? — perguntou ele a todos os alunos depois de explicar o conteúdo do dia.

Fabiana levantou a mão e Miguel deu permissão para que ela fizesse uma pergunta.

— Eu não entendi, professor! — respondeu ela com um olhar significativo. Ninguém sabia o que passava pela cabeça de Fabiana naquele momento. No entanto, sua fala fez sua amiga e outros alunos franzirem a testa.

— O que você não entendeu? Você pode me perguntar e eu explicarei novamente — respondeu Miguel como professor, que era obrigado a ser mais paciente e explicar até que os alunos entendam o conteúdo que ele ensinou.

Miguel levantou-se de sua cadeira, enquanto Fabiana continuou encarando o rosto do novo professor sem desviar o olhar. Ela se aproximou com uma expressão charmosa e travessa. Miguel continuou observando, sem entender o comportamento corajoso de sua aluna. Ele se lembrou claramente daquele rosto, o rosto da aluna que ele encontrou no estacionamento. Só que dessa vez ele não sabia o que Fabiana queria, então ela continuou se aproximando e inclinando o corpo, quase fazendo seus rostos se tocarem e colocou algo no bolso da camisa de Miguel, sussurrando algo que o fez dar um passo para trás.

— Eu preciso da sua ajuda para explicar mais detalhadamente! Se você não fizer, sua reputação como novo professor aqui estará ameaçada! — Ela sorriu enquanto arrumava seu uniforme e voltava a sentar-se sem desviar o olhar.

Miguel tentou ignorar o comportamento de Fabiana, embora estivesse curioso sobre o significado de suas ações. Ele continuou ensinando até que o sinal para ir embora soou e as atividades escolares daquele dia chegaram ao fim.

Antes de entrar no estacionamento, ele se lembrou de algo que havia sido colocado em seu bolso. Ele pegou o pedaço de papel dobrado e o abriu lentamente.

— Endereço... O que ela quer dizer com me pedir para ir até a casa dela? — Ele pensou depois de ler o papel com um endereço escrito.

Miguel olhou diretamente para o local onde o carro que estava estacionado ao lado de sua moto havia saído do estacionamento pela manhã. O carro da aluna que ousou ameaçá-lo e pedir para ir à sua casa sob a desculpa de não entender o conteúdo que ele havia ensinado. Mas ele decidiu voltar para casa imediatamente e ignorar o pedido de Fabiana. Ele acelerou sua moto a uma velocidade moderada e chegou em casa ao mesmo tempo em que João também chegava.

—  Já em casa irmão? Não vai passar na oficina? — perguntou João, caminhando ao lado de Miguel.

— Estou cansado, talvez vá amanhã.— Miguel colocou sua mochila e sentou-se na cadeira do terraço, em seguida, tirou seus sapatos.

— Cansado por se aproximar de muitas garotas bonitas, não é, irmão? Quem sabe uma delas consiga fazer você seguir em frente. Eu dou cinco estrelas se alguém conseguir chamar a atenção deste meu irmão! — João provocou sabendo muito bem que não seria fácil fazer seu irmão esquecer de seu primeiro amor. Talvez o efeito de ser deixado para se casar com outro quando ele ainda estava apaixonado, tenha deixado cicatrizes que não desapareceriam tão cedo.

— Tsc, você só tem quatro dedos. É o polegar do vizinho que você vai usar! — respondeu Miguel, que em seguida entrou em casa, sendo seguido por João.

— Vou mostrar meu polegar que não tem unha e sim uma cabeça — respondeu  João ironicamente, fazendo Miguel parar e encara-lo. João  sorria de forma amigável enquanto, Miguel soltava um suspiro áspero. Então, ele entrou rapidamente no quarto, evitando responder ao seu irmão, sabendo que a conversa seria interminável.

Vendo seu irmão irritado, João apenas riu e olhou para suas calças.

— Por que o espanto se você também tem um... hahaha...

— João, troque de roupa, tome banho e coma!— exclamou a mãe, fazendo ele correr para seu quarto. No entanto, antes mesmo de entrar, ele foi impedido por Miguel, que segurou a porta do quarto.

— Quem é Fabiana?

— Fabiana Souza? — João perguntou para confirmar, recebendo um aceno de Miguel

— Ela é a aluna mais bonita da faculdade, filha de um dos maiores investidores do campus —  João explicou, mas antes que pudesse perguntar mais alguma coisa, seu irmão entrou no quarto sem explicar por que estava perguntando sobre sua amiga.

Após suas orações de costume, Miguel sentou-se na beira da cama, abrindo um relatório financeiro de um de seus funcionários. Diferente do habitual, desta vez ele parecia distraído, lembrando-se do papel que estava ainda no bolso de sua camisa anterior.

Miguel correu para o banheiro em busca de uma pilha de roupas sujas. Ele pegou o papel que ainda estava cuidadosamente dobrado. Olhando para ele com um pensamento incerto, suas pernas o levaram a trocar de roupa e, em seguida, sair do quarto com uma vestimenta arrumada, usando um casaco e segurando a chave de sua moto favorita.

Em uma das mansões localizadas no bairro do Pacaembu, uma bela garota estava emburrada na frente do terraço. Ela olhava repetidamente para o portão, mas a pessoa que esperava não parecia chegar.

— Estou morta se o professor não aparecer!— ela murmurou, batendo a testa e mordendo os dedos enquanto pensava em todas as possibilidades. No entanto, quando estava prestes a se levantar, o som de uma moto chegando fez seu sorriso se alargar. Ela olhou diretamente para seu relógio e sorriu significativamente.

— Perfeito, vamos brincar com o professor rabugento!

— Abra, é o meu professor que está chegando! — Ela ordenou ao segurança para abrir o portão para Miguel.

Fabiana se aproximou imediatamente, com um sorriso que não desaparecia. Ela respirou aliviada ao ver Miguel, que talvez se tornasse seu protetor na vida. Infelizmente, ele não estava vestindo uma armadura preta como nos filmes dos anos 90 que ela costumava assistir no escritório de seu pai.

— Entre, professor! — Fabiana o convidou antes mesmos de qualquer coisa.

Miguel olhou depois de tirar o capacete e viu as roupas inadequadas que Fabiana usava para receber um visitante, mas ele apenas balançou a cabeça e agiu normalmente. Ele desceu da moto e se aproximou de Fabiana, que parecia impaciente.

— Tsk, vamos logo, você demorou muito, meu senhor! — reclamou ela com impaciência para seu professor.

Capítulo 3

Miguel caminha vacilante, de repente, ele hesita em entrar na casa. Ele olha ao redor e vê a casa vazia, apenas com um segurança que retorna ao prédio quadrado onde está de plantão. Ao vê-lo caminhando devagar, Fabiana fica incomodada e rapidamente se aproxima, surpreendendo Miguel.

— Muito tempo para andar, senhor! — diz ela, impaciente com Miguel por não entrar na casa. Além disso, Fabiana já ouviu o som de um carro que ela conhece muito bem se aproximando. Rapidamente,  ela segura a mão de Miguel com toda a força que tem e, agilmente, se joga no sofá, fazendo Miguel, que não estava preparado para isso, cair em cima da garota.

— Auwh... Você é tão pesado, senhor! Se não fosse por necessidade, eu não faria isso! — murmura Fabiana, segurando a dor em seu corpo, mas ainda segurando o corpo de Miguel.

Miguel tenta se levantar, mas não consegue, pois Fabiana prende seus braços firmemente. A posição é realmente perigosa. Além disso, a roupa de Fabiana faz com que qualquer homem perca o foco. Felizmente, Miguel não se sente atraído por isso, pois o nome de uma linda mulher ainda está gravado em sua mente e coração. Caso contrário, ele poderia ter devorado Fabiana por completo.

— O que você quer? — exclama Miguel quando a mão agil de Fabiana começa a desabotoar sua camisa. Ele sente-se desrespeitado por sua própria aluna.

— Pare... — Antes que Miguel possa protestar, ela o surpreende novamente, com seus olhos arregalados. Miguel fica sem reação diante de sua aluna, que repentinamente aproxima o rosto do dele, fazendo com que seus lábios se toquem. Por um momento, ambos ficam em silêncio, mesmo que seja apenas um leve toque, é o suficiente para fazer seus corações acelerarem. Esta é a primeira experiência para ambos, algo inesperado para Miguel, que se deixa levar e entrega um beijo à garota rescem saída ensino médio.

— Fabiana Souza! — grita um homem de meia-idade que acaba de entrar na casa. Ele está chocado com o comportamento de sua filha. Nunca imaginou que ela iria além dos limites. O cansaço em seus ombros parece desaparecer, substituído pela raiva que subitamente aparece. O que ele fez não está errado, sua filha está se envolvendo em comportamentos obscenos em sua própria casa.

Miguel se move rapidamente e olha para a origem do som. Ele tem certeza de que o homem que o está encarando com um olhar penetrante é o pai da aluna que agora está calmamente arrumando suas roupas um pouco bagunçadas.

No entanto, sem que perceba, a coragem de Fabiana diminui ao receber um olhar cheio de perguntas, como se quisesse desvendá-la. O olhar afiado do Pai e também do seu professor quase a sufocam. Os olhos de Fabiana arregalam quando seu pai, rapidamente, dá um passo à frente e agarra as lapelas do casaco de Miguel para preparar um golpe que quase atinge o rosto bonito de seu professor.

— Papai, pare!  — diz Fabiana rapidamente, impedindo a ação de seu pai que quase machucou Miguel.

— O que você está fazendo com esse homem, Fabiana? Você quer envergonhar o seu pai? Quem é ele? — pergunta o senhor Souza, abaixando as mãos.

— Ele é meu namorado papai. Vamos nos casar, logo que eu acabar a faculdade.

Miguel olha rapidamente para Fabiana, seus olhos se arregalam novamente ao ouvir as palavras de sua aluna. Eles se conheceram hoje na escola, como é possível ele pedir aquela garota em casamento, além do fato de que eles não têm nenhum relacionamento. Ele não pode ficar em silêncio, ele não pode cair na armadilha que Fabiana criou.

— Desculpe, senhor, eu sou professor  da sua filha. E eu não...

— Então você é um professor? Mas suas ações não condizem com a imagem de um bom professor! Ou você é um professor indecente? — acusa o pai da garota.

— Pai!

— Fique quieta! — repreende o pai.

Miguel não consegue mais explicar, ele concorda com as palavras do pai do aluno, suas ações não condizem com as de um professor. Ele está tocando uma garota que ele deveria estar ensinando matemática, mas parece que ele está se aproveitando dela. Mesmo que tenha sido um acidente, é isso que parece.

— Você terá que se casar com minha filha, se não sua carreira será destruída ainda esta noite! — disse opai de Fabiana, deixando os dois chocados.

— Mas eu e sua filha...

— Ligue para sua família imediatamente se não quiser que eu o leve à delegacia com acusações de assédio a um aluna, caso não saiba, ela ainda não completou a maior idade ! — A ameaça foi lançada e isso deixou Mieguel pressionado e incapaz de recusar. Ele até mesmo relutou em defender-se novamente, pois sentia que seria em vão. Ele olhou indignado para Fabiana e  lamentou ter ido encontrar essa aluna rebelde que acabou mudando sua situação repentinamente. Na verdade, sua intenção era de ajudar Fabiana a estudar, mas acabou quase sendo atacado.

— O casamento será realizado hoje à noite! — continuou o pai da garota após Miguel não ter mais argumentos.

— Mas pai, estou estudando! E concordamos em nos casar depois que eu me formar, não agora! — desta vez foi a garota que tentou recusar. No entanto, isso não abalou a decisão de seu pai e deixou Fabiana desamparada, hesitando até mesmo em olhar para o seu professor. Ela estava tão irritada porque Miguel não recusou.

Eles teriam que se casar esta noite para evitar qualquer forma de pecado, considerando o comportamento de ambos que já havia ultrapassado os limites. Como pai da noiva, o Souza tinha que ser firme. Ele não queria que, depois de sua filha ser tocada livremente, o culpado fosse liberado sem responsabilidade.

— Eu vou me casar com a filha do senhor ainda esta noite! — disse Miguel com a mesma firmeza, deixando Fabiana ainda mais confusa. Ela tinha apenas a intenção de sabotar o noivado que seu pai estava prestes a realizar com um dos filhos de seus parceiros comerciais. E agora estava presa em sua própria armadilha.

Depois de ligar e surpreender seus pais em casa, agora o status de  Miguel havia mudado. Ele não era apenas um professor, mas marido de uma aluna rebelde que agora estava chorando depois de fazê-lo passar vergonha. Não apenas porque ele teria que se casar com uma menina, mas também por causa do escândalo que o levou  a se casar com sua própria aluna.

Vestindo apenas a camisa branca de seu sogro, e Mashayu usando roupas quase iguais, agora eles estavam legalmente unidos em um vínculo indesejado. Um casamento de diferentes idades resultado de uma armadilha planejada por uma das partes, que acabou sendo prejudicial para ambos. Verdadeiramente inesperado.

—Não era isso que você queria? Por que está chorando? Afinal, você atuou tão bem agora pouco! — sussurrou Miguel diante do cerimonialista. Ele estendeu a mão, permitindo que sua aluna, agora esposa, o cumprimentasse respeitosamente. Em seguida ele enxugou as lágrimas de Fabiana, então beijou suavemente a testa da garota.

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