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Foi Assim Que Fui Seduzida Por Você.

Capítulo: A Verdade Crua

O coração de Ana batia como um tambor frenético enquanto seus olhos percorriam as mensagens no celular de Pedro. As palavras, antes tão inofensivas, agora se transformavam em facas afiadas, cravando-se em sua alma. As evidências eram incontestáveis: conversas apaixonadas, planos para se encontrarem e até fotos comprometedoras. A traição, que por tanto tempo pairou como uma sombra sobre seu casamento, finalmente se materializara, cruel e implacável.

A sensação de traição era como um soco no estômago. O mundo ao redor de Ana se desfez em pedaços, e a dor era tão intensa que mal conseguia respirar. Ela se sentia tonta, nauseada, e uma lágrima solitária escorria pelo seu rosto, queimando como fogo.

A raiva, a tristeza e a humilhação se misturavam em um turbilhão dentro dela. Como ele pôde? Como pôde quebrar a confiança que ela havia depositado nele? Todos os sonhos que haviam construído juntos, todas as promessas de amor eterno, agora pareciam tão frágeis e vazios.

Ana se lembrava de todos os sinais que havia ignorado: as longas horas no trabalho, as desculpas esfarrapadas, a mudança de comportamento, a falta de interesse. Naquele momento, tudo fazia sentido. Ela havia se recusado a acreditar na verdade, agarrando-se a falsas esperanças.

Com as mãos trêmulas, Ana apagou as mensagens, como se isso pudesse apagar a dor. Mas a verdade estava ali, gravada em sua mente, como uma cicatriz que nunca iria sarar.

A partir daquele momento, nada seria mais como antes. A confiança, que era a base de seu relacionamento, havia sido destruída. Ana sabia que precisava tomar uma decisão difícil, mas ainda não tinha forças para encarar o futuro.

Enquanto se afogava em seus próprios pensamentos, Ana se perguntava como sairia dessa situação, ela se casara havia somente dois meses mas nunca tinha dormido com Pedro.

Dois meses. Dois meses desde que o vestido branco, símbolo de pureza e esperança, havia sido trocado por um fardo de desilusão. Dois meses desde que o “até que a morte nos separe” havia ecoado na igreja, prometendo um futuro juntos que agora parecia uma piada cruel.

Ana nunca fora ingênua. Sabia que os casamentos não eram fáceis, que a paixão inicial poderia se transformar em companheirismo com o tempo. Mas nunca imaginou que a sua história de amor seria tão vazia desde o início. Pedro, seu marido, nunca a tocou depois do casamento. Nem um toque carinhoso, um beijo apaixonado, nada que a fizesse sentir desejada ou amada.

No início, ela atribuiu isso ao nervosismo dele, à pressão do casamento, ao cansaço do trabalho. Mas com o passar das semanas, a verdade se impôs: Pedro simplesmente não tinha interesse nela. A ausência de intimidade física era um abismo que se abria entre eles a cada dia, deixando-a mais solitária do que nunca.

E então, a descoberta da traição. As mensagens, as mentiras, a vida secreta que ele levava. A dor era insuportável, como se uma parte dela tivesse sido arrancada. A traição a feriu profundamente, mas a ausência de toque, a falta de carinho, a tornaram ainda mais vulnerável.

Ana se sentia suja, indigna, como se a culpa fosse dela. Afinal, o que havia de errado com ela? Por que Pedro não a queria? Essas perguntas ecoavam em sua mente, martelando como um martelo em um prego.

Sentada à beira da cama, Ana esperou pacientemente Pedro sair do banheiro para resolver essa questão, afinal desprezo ela pode até tolerar mas não uma traição.

Ana respirou fundo, tentando conter a tremedeira que percorria seu corpo. Seus olhos faiscavam de raiva e desilusão.

— Pedro, eu preciso que você me explique isso. – Sua voz saiu rouca, como se estivesse sendo estrangulada.

Ele estava saindo do banheiro com uma postura relaxada, como se nada de importante estivesse acontecendo. Os olhos, que antes evitavam os dela, agora a encaravam com uma calma que a irritava.

— Explicar o quê, Ana?

— As mensagens, Pedro. As fotos. Você está me traindo.

A resposta de Pedro a deixou paralisada. Em vez de negar ou tentar se justificar, ele soltou um riso amargo.

— Traindo? É uma piada, não é? – Ele começou a andar pelo quarto, com as mãos nos bolsos. – Você se esqueceu de tudo o que fez antes do nosso casamento?

Ana sentiu o sangue ferver em suas veias.

— Do que você está falando?

— Você esqueceu de todas as suas aventuras? De todos os homens que passaram pela sua vida?

Ana estava incrédula. Como ele podia ter a audácia de acusá-la daquilo?

— Pedro, isso é absurdo! Você está tentando inverter os papéis?

— Absurdo? – Ele se aproximou dela, a voz baixa e ameaçadora. – Você me prometeu fidelidade, Ana. Mas onde estava essa fidelidade quando você estava se divertindo com outros homens?

A acusação de Pedro a deixou sem palavras. Mesmo que ele revirasse seu passado nada iria encontrar.

— Você está me culpando por algo que nunca aconteceu? – Ana perguntou, a voz trêmula.

— Nunca aconteceu? – Ele riu novamente. – Eu sei agora que você me traí com outros? Você deveria me agradece por ter casado com você? Eu deveria era ter exposto a santa do pau oco que você é.

A acusação de Pedro era tão absurda que por um momento Ana duvidou de si mesma. Mas logo a raiva voltou a tomar conta dela.

— Você está louco, Pedro! Eu nunca te traí!

— Ah, não? – Ele foi até uma cômoda pegou algo e se aproximou, segurando seu rosto com força. – Então me explique essas mensagens e fotos. Me explique o que é isso?

Ana tentou se soltar, mas ele a segurava com firmeza. Os olhos dele transbordavam ódio.

—Me Solta! – ela gritou.

Pedro a soltou bruscamente, e ela cambaleou para trás. As lágrimas rolavam pelo seu rosto, misturando-se com a raiva.

— Essa não sou eu, Pedro. Essa não sou eu! – ela repetiu, a voz falha.

— Essa não sou eu?– ele zombou. – Você acha que eu acredito nisso, Ana? Você destruiu tudo o que tínhamos.

Nesse momento, algo dentro de Ana se quebrou. A raiva, a tristeza, a humilhação se misturaram em um coquetel explosivo. Ela não aguentava mais aquela situação.

— Chega, Pedro! – ela gritou, se afastando dele. – Eu quero o divórcio.

As palavras ecoaram pela sala, silenciosas e pesadas. Pedro paralisou, como se tivesse sido atingido por um raio.

— Divórcio? – ele repetiu, incrédulo. – Você sabe que não pode me deixar, Ana.

— Posso sim, Pedro. E vou fazer.

Ele se aproximou dela novamente, mas Ana o impediu com um gesto.

— Não me toque. – ela disse, a voz firme. – Eu não quero mais nada com você.

Pedro a encarou por um longo momento, como se estivesse tentando decifrar seus pensamentos. Então, com um gesto brusco, ele se virou e saiu do apartamento, batendo a porta com força.

Ana se deixou cair no chão, olhando as fotos espalhadas. Se perguntando quem e por que alguém havia armado isso para ela.

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