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Luna

Capítulo 01

Tamires - Luna

Chego em casa cansada após mais um dia andando feito louca pela cidade atrás de um serviço, não sei mais o que fazer. Na porta de casa já ouço gritos das crianças, da entrada vejo os brinquedos esparramados pela casa, a louça suja sobre a pia, uma zona… a que ponto deixei as coisas chegarem, nesse momento minha única vontade é poder sumir.

Suspiro fundo mesmo que eu queira me jogar no sofá não posso, cato alguns brinquedos e coloco na caixa enquanto vou em direção ao quarto.

—Lucas? Lucas! Cadê você? — Saio procurando meu marido, o encontro deitado no quarto deitado jogando no celular— Cara, você não fez nada? Eu já não aguento mais, custava arrumar a casa enquanto eu estava em busca de uma melhoria para nós.— pergunto impaciente.

— Não torra Tamires! Você é a mulher, ou seja, a casa e os filhos são sua obrigação. — Ele responde saindo, certamente vai voltar só de madrugada com uma desculpa esfarrapada.

— Lucas volta aqui!— Ele se vira e eu grito já no meu limite — E a de prover a casa é sua, você sai dizendo que está fazendo sua correria, volta a hora que quer, quando quer,mas não tá fazendo nada por nossa família… quer falar de obrigação? Então cumpra as suas! — Ele me dá as costas e me deixa falando sozinha.

Não sei até quando vou suportar tanta humilhação, se eu ao menos encontrasse um emprego… se bem que não pode ser qualquer salário, como vou me manter com duas crianças e ainda pagando aluguel, comida e todo básico de uma casa estando sozinha.

Volto para dentro e as lágrimas tomam conta dos meus olhos, deixo que elas desçam enquanto arrumo tudo que está fora do lugar, a sensação de incompetência e frustração tomam conta do meu espírito.

Quando finalmente coloco tudo nos devidos lugares, meus filhos banhados, alimentados e prontos para dormir, é que deito no sofá e me permito refletir. Mais um dia finalizado, menos um dia de sofrimento nessa vida complicada. Tomo meu banho e me deito para descansar, amanhã começa tudo de novo.

Ouço barulhos da porta batendo, o relógio marca três da manhã. Droga!! Lucas bêbado de novo… me dê paciência papai do céu pois se me der forças eu mato.

— De novo? Agora todo dia é isso? — Grito assim que ele coloca o pé para dentro do quarto.

— Eu estava numa missão, coisa de homem… não vem xeretar nos meus negócios— Ele fala em tom agressivo enquanto aponta o dedo na minha cara.

— Se você continuar assim vou ter que te mandar embora de casa! — aviso em tom bem mais moderado.

Lucas me olha em silêncio, não rebate, não briga… apenas me olha com um misto de emoções que eu não soube decifrar.

— Na boa mulher, eu te amo pra Carai… não torra minha paciência, eu estou fazendo meu melhor para conseguir um progresso para gente e você fica nessa, não dá tempo para minha cabeça. Poxa, já não basta a vida, tem que vir você também ferrar com meu juízo? — Ele pergunta e se senta na cama com a cabeça baixa, no mesmo instante me sinto culpada por tudo que disse.

— Desculpa meu amor, só fiquei nervosa com tudo, mas já passou… eu também quero melhorar nossa vida, só não sei como. Não consigo arrumar um serviço, não consigo fazer nada que gere algum dinheiro.— Ele fala cabisbaixo

— Depois pensamos nisso, vem aqui! — Ele fala com a voz branda e me beija.

O beijo vai tomando intensidade como a tempos não acontecia, sorrio pequeno com essa mudança e o sorriso fica ainda maior quando ele me deita na cama e começa a beijar meu pescoço enquanto tira minha blusa.

Eu amo tanto esse homem, brigamos e tudo, mas ele sabe me deixar derretida. Me entrego completa e apaixonada deixando para trás todo ressentimento que a pouco trazia em meu peito. As mãos de Lucas percorre meu corpo com firmeza até tocar minha intimidade, sua língua brinca com os bicos dos meus seios me fazendo arrepiar.

Como se fosse nossa primeira vez, ele me faz sentir amada e desejada, preocupa-se com meu prazer e faz tudo que eu sempre gostei, só depois de me deixar completamente satisfeita é que ele termina.

Ficamos abraçados por um tempo em silêncio, em meus pensamentos o único desejo é de que as horas não passam e que esse momento perdue pela eternidade.

— Amor, está dormindo? — Lucas me chama com a voz rouca e eu sinto meu corpo descarregar uma adrenalina.

— Não, mas estou quase… o que é? — Pergunto com voz de sono e sem vontade de me levantar.

— Queria conversar com você, é sobre um emprego. — Ouço e isso me anima.

— Que notícia boa, você arrumou um serviço? Onde é? — Me sento na cama para olhar para ele.

— Esse é o ponto da questão… o emprego é para você, uma amiga vai te contratar. O que me diz? — Ele fala em tom de comemoração.

Eu acho bom, mas confesso que estou mais frustrada do que satisfeita, queria muito que ele fosse maduro suficiente para arcar com as próprias responsabilidades.

— E onde seria esse serviço, eu aceito vai ser muito bom para nós… por mais que seus pais nos ajude é chato depender deles— digo sorrindo.

— Então… minha amiga tem uma casa de massagem terapêutica, conversei com ela e está disposta a lhe dar uma vaga— Lucas fala com naturalidade.

— Mas eu não tenho curso, para isso precisa de técnica, não? — Pergunto ansiosa, parece bom demais para ser verdade.

— Ela vai te dar o curso e descontar no pagamento de forma parcelada, os ganhos são muito bons, no começo você pode não gostar, mas logo se adapta— Ele explica.

— Sei que no começo tudo é difícil, aceito sim o serviço vou me esforçar por nossa família. — Respondo feliz e ele me abraça.

Adormecemos assim, enfim o universo olhou para mim e abriu as portas. Nossa família vai encontrar a paz que tanto queremos.

Pela manhã Lucas me pede para eu me arrumar que vamos até a casa de massagem, me organizo e saímos, não há palavras que descrevam a felicidade do meu coração, já começo a fazer planos para o futuro.

Chegamos e o local não se parece com uma clínica de massagem terapêutica, na verdade é uma casa normal em um bairro de alto padrão, um dia quero poder viver num lugar assim.

Somos recebidos por uma mulher muito gentil e educada, o espaço é todo climatizado e com aroma maravilhoso, ela nos manda sentar e depois me chama para uma sala.

Entro tímida e deixo que ela me explique exatamente tudo, cada palavra sinto o sangue fugir, com toda certeza estou pálida… será que Lucas sabe o tipo de serviço ele tá arrumando para mim?

Me levanto sem esperar que ela conclua e saio sem dizer uma só palavra, meus pensamentos estão acelerados e eu não vejo nada pela minha frente.

— Lucas eu não vou trabalhar aqui, vamos embora pra casa agora! — Falo deixando uma lágrima rolar pela minha face.

Capítulo 02

Cega de raiva, olho impaciente para Lucas que me olha com um sorriso sarcástico e me puxa pelo braço para dentro de uma sala, reluto em entrar mas sou arrastada com força.

— O que é isso Lucas, me solta! Eu quero ir para casa. — imploro com lágrimas.

Ele fecha a porta e me empurra num sofá, me olha furioso e aponta o dedo em minha cara falando com muita ira entre os dentes.

— Olha aqui, você vai trabalhar sim… Você não queria tanto fazer alguma coisa fora de casa? Pois bem, tá aí o emprego que você tanto queria.

— Eu não vou fazer isso, não vou! — Falo alto, quase gritando.

— Você vai, e eu não estou perguntando se quer, eu estou dizendo que vai e pronto… Não tem nada de mais, você será uma terapeuta, tá se apegando demais a crenças limitantes. Agora seca o rosto, coloca um sorriso nos lábios, seja uma boa garota… Entra naquela sala pede desculpas e aceita sua vaga, estarei lhe esperando aqui fora, não demora! — Ele fala segurando meu queixo com força e me olhando nos olhos, sua voz tem um timbre ameaçador, nunca o vi assim antes.

Com o coração na mão, coagida por Lucas e sem saber o que fazer, me levantei devagarinho e fiz o que ele me mandou. Ainda estou em choque, nunca imaginei que o homem da minha vida me colocaria em uma situação como essa.

Na sala a mulher me faz assinar um contrato de serviço quase escravocrata, o qual falta cobrar o oxigênio que respiro dentro do espaço e depois pede que a recepcionista me apresente o local.

Entro nos quartos e fico surpresa, são lindos com um aroma sedutor e música relaxante, jogo de luzes harmônico, tudo transmite uma paz que até me esqueço o que de fato acontece aqui.

Após ver o último quarto sou levada para a recepção, onde conheço Jaddy, a minha instrutora de massagem, a mulher é linda e tão tranquila, me perco nos pensamentos observando ela.

— Não precisa ficar assustada, logo você pega o jeito.— Ela diz com um sorriso acolhedor.

— Não tem como não ficar, meu marido quer que eu vire uma prostituta! — Quando percebi já tinha falado, só coloquei a mão na boca e olhei para ver se ele ouviu.

— Terapêuta, você não vai transar com os pacientes! — Jaddy me corrige em tom brando e cuidando para que Lucas não ouça, já gostei dela.

— Mas minha função é fazê-los gozar! — retruco decepcionada.

— Faz assim, chegar em casa você assiste alguns vídeos no YouTube, tenta manter a mente aberta, você vai fazer massagem tântrica e massagem Nuru, não há mal nisso, é saúde, você não é uma prostituta e sim uma terapêuta —Ana explica tentando me acalmar, mas não funciona muito.

— Mas… — Somos interrompidas por Lucas e eu me calo.

— Ainda demora? Preciso resolver umas coisas! — A voz dele está normal de novo, isso tranquiliza meu coração.

— Já terminamos, pode ir Luna, amanhã te espero às 8h para começarmos os treinamentos. — Ana sinaliza, e eu me levanto.

— Até amanhã!

Me levanto e saio tentando alcançar Lucas que está um pouco a frente, quando o portão se abre tem um carro entrando na garagem, encaro para ver quem é, o homem abaixa o vidro e fica me encarando, tento desviar o olhar, mas algo me prende.

Saio do transe quando sou puxada por Lucas que exibe uma expressão irritada além do toque violento.

— Quem é ele? — A primeira coisa que Lucas me pergunta depois que saímos de casa.

— Não sei! — respondo e sinto as bochechas corar.

— Não sabe e olhou daquele jeito? Imagina se soubesse… vai lá nele! — Lucas fala me beliscando enquanto entramos no carro para irmos embora.

Em casa tudo é ainda pior, tento por tudo argumentar que aquele não é o serviço que uma mãe de família deve exercer, para cada vez que eu tento retrucar é uma retaliação violenta.

Passo a noite em claro, graças a Deus Lucas saiu para rua a fim de resolver os corres dele e me deixou em paz com meus pensamentos.

Como não encontrei uma saída para essa situação, assisti a diversos tutoriais, fiz alguns testes em travesseiros e sinceramente espero que dê tudo certo amanhã. O sono toma conta do meu corpo e eu durmo mesmo sabendo que em pouco tempo já terei de levantar.

— Amor, acorda! Já está quase na hora de você trabalhar… trouxe café da manhã!— Lucas me chama e eu vejo que já são seis da manhã, lamentável que as horas tenha voado, pois estou um caco.

— Já vou levantar. — resmungo e me viro.

A necessidade de mais algumas horas na cama é evidente, contudo não quero mais desgaste e confusão, o melhor que faço é aceitar até que eu encontre uma saída.

Tomo um banho caprichado, pego itens do figurino conforme as orientações recebidas e tomo café com Lucas, ele está com um sorriso de orelha a orelha, mas sua áurea anda pesada.

O trajeto é todo feito em silêncio, e isso me deixa louca. Queria entender o porquê dele aceitar isso, na minha cabeça não faz sentido algum.

— Bom trabalho, hoje não vou ficar com você, tenho uns corres para resolver. — Lucas fala me dando um beijo na testa e logo após para na porta da casa.

— Não tem como ser bom, mas obrigada! — respondo séria e saio batendo a porta do carro.

Assim que entro no espaço vejo que o carro de ontem está aqui, sinto um frio percorrer a barriga e um sorriso tímido formar em meus lábios.

Sou recebida por Jaddy, que está em uma camisola preta com transparência, as vestes dela me assustam mas eu tento manter a naturalidade, repito para mim mesmo que está tudo bem e será como tiver de ser, esse é meu mantra diário a partir de agora.

Entro e me visto de acordo com as escolhas de Jaddy, vamos ao treinamento para ser terapeuta.

— Pronta? — Jaddy pergunta com um sorriso tão sincero.

— Com medo, porém pronta! — respondo torcendo as mãos.

— Certo! Primeiro vamos ver a parte teórica de tudo e por fim vamos massagear um cliente antigo da casa para que ele possa assegurar suas habilidades.

Capítulo 03

Entro em um quarto acompanhada por Jady, estou tomada pelo nervosismo minhas mãos estão suando e minhas pernas bambas, basicamente a mesma sensação de quando era adolescente e ia beijar um garoto atrás da escola.

Estou vestida em uma calcinha fio dental, toda trabalhada em pedras de strass e um top em transparência, por cima uma camisola extremamente sexy de cor preta, seguindo o mesmo padrão do conjunto, acredito que nunca usei uma combinação tão ousada antes.

Ao lado da cama há duas poltronas, em uma delas o homem do dia anterior está sentado, ao pousar meus olhos sobre ele sinto minha respiração tomar um ritmo mais acelerado e meus pensamentos ficarem bagunçados.

— Luna esse é o Pedro, Pedro essa é a Luna! Hoje vou treiná-la e de agora agradeço muito por se dispor a ser nossa cobaia— Jady nos apresenta e sorri apertando a mão dele que agora está de pé em nossa frente.

— Não imagina o quanto estou sofrendo! — Ele brinca fazendo mímica com as mãos.

Com delicadeza de gestos e suavidade nas palavras, Jade me orienta sobre expressão corporal, postura e a importância de cada gesto, principalmente o sorriso. Posteriormente ela ensaia com Pedro, frisando cada frase da entrevista que devo fazer a cada um dos clientes.

— Depois de entrevistado e encaminhado o cliente para o banho, você monta a cama como eu expliquei e então aguarda. — Ela vai detalhando o passo a passo.

— Estou pronto! — Pedro diz e se deita de bruços na cama, colocando a toalha sobre suas nádegas.

— Vamos lá querida! — Jady me convida com um sorriso travesso nos lábios.

O toque das minhas mãos na pele desse homem foi capaz de sacudir todo meu emocional, não sei o que ele tem, mas sei que ele me deixa estranha l.

Vou massageando suas pernas e pés conforme as orientações que ela me passa e a cada gesto minha respiração está mais acelerada.

— Fica tranquila, você precisa estar alinhada, essa é uma troca emocional então precisa saber o que está fazendo, você vai criar uma conexão única com cada cliente através do seu corpo. — Jady vai me explicando e mostrando quais pontos devo massagear em cada parte dos pés, pernas e coxas.

— Entendi… o que pega é ficar pelada assim pra todo mundo! — Falo reprimida.

— Fica tranquila, estou aqui com você… tenta agora! — Jady diz me entregando um pé do cliente para que eu repita seu procedimento.

— A massagem Nuru é uma experiência única, inebriante, agradável e relaxante, proporciona benefícios em diversas áreas, principalmente as sexuais. — Jady explica

Apenas sorrio em respostas, tento esquecer todo preconceito que atormenta minha cabeça e foco nos movimentos seguindo Jaddy, pouco a pouco sinto meu nervosismos passar e o ambiente começa a ficar mais leve.

Pedro dá algumas dicas sobre meu toque e elogia meu rápido aprendizado, eu agradeço constrangida, é muito estranho três adultos nus conversando normalmente. Depois de finalizado, ele vai até o banheiro tirar todo o gel de massagem enquanto Jaddy me ensina como organizar o espaço novamente.

Nos despedimos dele, que sorri intimamente para mim me arrancando um fisgado no estômago, por padrão de atendimento o acompanho até o carro, Jaddy não vem junto o que me deixa nervosa outra vez.

— Foi um prazer estar com você! — Pedro diz e me dá um beijo no rosto.

Sinto minhas bochechas queimarem, respiro fundo e me despeço sendo o mais gentil possível, ele sai e eu entro novamente. Na recepção, Jady está ansiosa para saber o que senti da minha experiência,dispenso riqueza de detalhes e ela sorri de mim com alegria, ela me parece uma boa pessoa.

— Você leva jeito, só tem que deixar a timidez em casa quando estiver aqui!— Vivi, a secretária, me fala .

—Estou tentando!— Digo confusa.

— Se arruma, daqui a pouco vamos ver se já sabe fazer, vou apenas observar!— Jady diz e eu sinto meu corpo se arrepiar, rio nervosa.

— Acreditamos em você!— Vivi diz com um sorriso largo.

Entro no banheiro, tomo um banho quente, visto a lingerie do dia, respiro fundo e me olho no espelho e então a imagem de Lucas vem em minha mente, ele me colocou nessa situação humilhante.

— Vamos lá! — Digo de frente às meninas.

— O cliente está chegando, esse você irá receber e atender sozinha, estarei junto apenas para observar e sanar eventuais dúvidas.

Um pavor sobe em meu corpo e uma lágrima brota em meus olhos, viro disfarçadamente para limpá-la, Jady me entrega a chave do portão e dá um passo atrás para começarmos, o cliente chegou.

— Boa Tarde, eu sou a Luna e irei lhe atender hoje, seja muito bem vindo! — digo abrindo a porta e o guiando até o quarto.

Ele se apresenta, cumprimenta as meninas com um pouco mais de intimidade e segue para o quarto, Jady nos acompanha em silêncio. Inicio o processo com muito receio e ódio, só de pensar que estou expondo meu corpo para vários estranhos perco meu equilíbrio mental.

Faço tudo conforme fui orientada, seguindo o passo a passo e forçando minha mente a esquecer todos os meus problemas pessoais, já basta a energia pesada que recebo desses homens, estou ansiosa pelo fim desse dia, chegar em casa vou tentar conversar com Lucas, não me conformo com tudo isso.

Vez e outra olho para Jady para receber algum tipo de crítica sobre meu desenvolvimento, mas pelo sorriso de aprovação acredito que estou indo no caminha certo, embora não seja o emprego dos meus sonhos fico satisfeita em saber que estou conseguindo superar minha expectativa e aprendendo algo novo, mesmo que seja uma coisa que não pretendo levar para a vida.

— Eu o acompanho até lá fora, pode terminar aqui! — Jady diz ao fim do atendimento.

Sei que ela vai fazer uma avaliação sobre o meu trabalho e eu já estou nervosa só de pensar, cada segundo parece uma eternidade. Jady retorna depois de alguns minutos, abre a porta e me chama, eu a acompanho até a recepção então junto da Vivi ela faz observações relevantes.

—No geral, você foi muito bem, melhor que a maioria das pessoas que passaram por aqui, tô impressionada, você só precisa se consertar um pouco mais com o cliente, senti você distante. — Ela fala e eu apenas rio pequeno.

Foi um bom dia apesar do meu inferno pessoal, mas ele ainda está apenas começando,em casa ainda tenho que encarar Lucas.

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