Alice, atualmente 26 anos, casada com Guilherme. Mãe de quatro filhos, mesmo tendo perdido uma, ela sentia-se mãe de quatro filhos.

Antes independente, sempre correu atrás do que queria, alegre, amava sair para baladas e se divertir com seus amigos. E agora dedicava a vida a seus filhos, sua família era de suma importante para ela.

Guilherme, atualmente com 34 anos, esposo de Alice. Trabalha em uma das maiores empresas de importação da China. Não é o melhor cargo, mas é onde ele estudou e gostava de trabalhar. Era o mundo dele.

apesar de ser bem ignorante e não saber ser cuidado com seu tom de voz, ama sua esposa e seus filhos. Trabalha e vive para não deixar que nada os falte .

*12 Anos Atrás*

Alice e Guilherme se conheceram ainda na adolescência, Alice tinha seus 14 anos e sempre foi meio vida louca. Após se desviar da sua religião de nascimento ela ainda nova começou a bebericar algumas bebidas alcoólicas, e foi assim que ela conheceu Guilherme, que já tinha seus 18, e após a morte dos seus pais em um acidente e de ter passado por todo seu período de luto, só queria curtir sua vida .

É possível se dizer que assim que Guilherme viu Alice, ele se interessou. Mas ela era nova demais, doida de mais e ele não queria se apegar a ninguém.

Eles se tornaram amigos e frequentemente bebiam juntos, com seu grupo de amigos, mas após um ano de amizade, seguindo o curso natural da vida, Alice começou a namorar um menino que ela havia conhecido na escola em seu primeiro dia de aula. foi atração a primeira vista e quando ele a correspondeu, ela achou que era o destino.

Guilherme se sentiu frustrado, mas ele sabia que isso aconteceu devido a sua falta de mostrar interesse.

O bom para ele é que a amizade continuou. ela não era do tipo que esquecia tudo e todos, por causa de um amor .

Alice era doce e alegre, tinha o poder de fazer as pessoas se sentirem alegres ao seu lado, além de tornar qualquer conversa, num show de stand UP, não era forçada, era só seu jeito de ser mesmo.

Edgar, namorado de Alice, também era agradável, parecia confiável e tinha um ar protetor sobre Alice, além de fazer de tudo pra agrada-la.

Alice amou esse momento da sua vida, se sentir acolhida e adulta. Ela sempre quis alcançar essa fase.

Mas Edgar não era esse ser correto que parecia, ele tinha 18 anos e já tinha uma enorme lista de namoradas. Não que Alice fosse intocável e santa, ela nem virgem era mais, mesmo tão nova,. Mas ela era apaixonada por ele ao ponto de não olhar para o lado, já Edgar, não podia ver um par de saias que ele ia atrás e foi logo no início do relacionamento que veio a primeira traição.

- Quem é Amanda? - Alice o indagou furiosa.

- É só uma amiga, Alice. Está fazendo tempestade em copo d'água. - Disse Edgar convincente

- Já ficou com ela, eu sei. Já sei de tudo, seu filho da ****. - Alice sempre explodia em palavrões quando estava enraivada.

- E por acaso eu fui a primeira pessoa que a beijou? Nunca ficou com alguém e depois se tornou amigo somente? - Edgar sabia falar com firmeza .

Alice sabia que ele havia a traído, o próprio amigo dele involuntariamente falou que ele estava com Amanda, Edgar tinha a mania de dizer que sempre brigavam e se separavam. Os amigos já o conheciam, e por esse motivo não mediam palavras, era comum ele brincar com novinhas inexperientes.

Apesar do jeito galinha, Edgar era um garoto legal e tinha muitos amigos e pessoas que gostassem dele.

Alice engoliu aquela traição, ela não havia visto mesmo oque de fato aconteceu, e mesmo extremamente magoada, ela mentalmente o perdoou, porque nem perdão ele a pediu. Ela relevados isso além do mais ela gostava dele, poderia ser somente um mal entendido.

O relacionamento de Alice foi conturbado, e cheio de traições. Ele a traiu no dia que o pai dela morreu.

Era dia de pagode, mas Alice estava triste demais para ir, sentia um buraco no seu coração, havia morrido uma pessoa que ela nunca teve de verdade, mas que ainda sonhava poder ter, ele poderia se arrepender da ausência e se tornar ainda um bom pai, mas agora já era. Sofia, sua melhor amiga insistiu para que ela fosse se distrair, mas ela já tinha dito a Edgar que não iria. Mas depois de muita insistência, Alice aceitou dar um pulinho, mas avisou que não ficaria muito tempo, até porque Edgar não estaria lá e ela não queria brigar .

Poderia parecer errado ela estar no baile no dia da morte do seu pai, mas ele havia sido ausente, não a criou e nunca ajudou sua mãe, mas apesar de todo jeito ela ainda se sentia triste.

Ela foi, e ao chegar lá, ele estava com Amanda, Edgar disse que nem ao baile iria e estava lá, justo com ela.

Alice não teve forças pra brigar, e pode apostar, ela era uma linguaruda, não era calma e nem tão pouco dominável, era terrível e ácida quando queria. mas ela já estava farta demais naquele dia, e por mais que ele não tivesse a beijando ou abraçados, estavam bem próximos parecendo um casal. Ele a acusou de ter mentido, ela precisava de consolo e naquele momento, não queria brigar, voltou pra casa.

Ele tbm a traiu enquanto ela estava no casamento do seu primo, Alice precisou levar o celular dele, para o casamento do seu primo, pois o dela havia quebrado e quando e precisaria se comunicar com Edgar, para quando voltar, ele buscá-la na casa da sua avó, já que eles iriam dormir juntos na casa dele. Mesmo ele tirando os seus aplicativos, suas senhas, etc. Num bugue do celular, seu Facebook abriu e alice viu uma conversa dele na sua rede social, chamando uma menina pra casa dele, pois estava sozinho, e na conversa descobriu que já nem era a primeira vez. ele já tinha saído com a menina várias vezes, usando a desculpa de estar brigado e carente.

Ela não tinha coragem para terminar com ele, mesmo sendo magoada diversas vezes, ela já nem o amava como antes, mas não deu fim a relação.

Guilherme , melhor amigo de Alice,sempre esteve ali, esperando o fim do seu relacionamento, paciente, sabendo de tudo que acontecia e não entendendo o porque ela aceitava tudo isso. ela insistia numa relação desrespeitosa.

Alice já estava fora de si, a saúde mental dela foi abalada.

Mas o fim foi o dia em que uma menina foi no portão da casa dele, Alice estava sentada quando a menina chegou.

- Boa tarde, pode chamar o Edgar pra mim? - disse a menina educadamente.

- Sim, espera só um momento - Disse Alice se levantando para chamá-lo. ela não se sentiu enciumada, estava na casa dele, com a família dele, nenhuma mulher que estivesse se relacionando com ele poderia ser tão cara de pau assim.

Ela se tocou que nem sabia quem era a menina, e voltou sua atenção a ela, para saber.

- Qual seu nome? Para que eu o avise. - Disse Alice calmamente.

- Mayana, a namorada dele. - Disse a menina sem nem mesmo pestanejar, ela não parecia saber que falava com a namorada dele, Alice tremeu, e questionou a menina quanto tempo namoravam, e ela disse que faziam 3 meses.

Céus, ela estava com ele a 8 meses, todas as suas redes sociais tinham fotos dos dois. Como aquela menina poderia estar diante dela e não saber. Pior é a menina realmente não ter maldade na voz.

Alice subiu feito um furacão, a avó de Edgar, estava pálida, já imaginando o redevú que iria acontecer. Alice era uma menina amável, mas com o temperamento explosivo demais.

Edgar deitado tranquilo no sofá, se assusta com a cara de ódio que Alice fazia pra ele.

Desça agora! - Disse Alice já alterada

-O Que está acontecendo, Alice? - Disse ele, sabendo que ela havia descoberto algo.

- Sua namorada está lá embaixo Edgar, desça! - Ela disse sem rodeios

- De que vc está falando Alice? minha mulher é você. - disse Edgar, sabendo que foi pego, seu nervosismo era palpável.

Alice tinha vontade de chorar, ela queria explodir naquele momento, a família de Edgar nem gostava dela, fora sua mãe, irmãos e sua avó, ela era detestada por algumas primas e tias, e para o restante a presença dela era invisível. e tudo acontecia logo ali, no quintal das cobras, ela se sentia humilhada.

Ela ia dar um fim nisso.

Ele desceu de tanto Alice gritar, e desmentiu a menina na cara da própria, e a menina chorava feito um bebê com a cara de pau dele. Era visível que ela não sabia do compromisso dele, era uma idiota assim como Alice.

Alice por sua vez pegou sua bolsa e saiu, foi pra casa e chorou, ela quase morava com ele. ela e sua mãe não se davam muito bem e a mãe dela adorava o Edgar, sua avó que era o amor de Alice, também gostava dele, ele de fato conseguia cativar as pessoas, atencioso demais.

alice já tinha seus 16 anos e viu quase um ano da sua vida passar, levando chifres, ela tava decidida a terminar, mas tbm se vingar. e foi assim que quase assinou sua derrota.

Guilherme não entendia Alice, ela o perdoou novamente. As pessoas já estavam acostumadas com isso, era um escândalo e depois uma reconciliação, mas Guilherme gostava dela, como ela poderia ser tão idiota. Se ela ainda fosse uma menina besta, mas não, Alice era um furacão, tinha respostas na ponta da língua, não abaixava a cabeça pra ninguém. Além do mais ele sabia que ela não amava ele a esse ponto. Edgar não tinha dinheiro, e mesmo se tivesse, Alice não era interesseira. Por mais que a traísse, Edgar lambia o chão que ela pisava, ele nunca se importou em se humilhar para que ela o perdoasse. isso era uma novidade até pros amigos dele. Ele era um cafajeste infiel, mas também apaixonado.

Alice voltou, decidida a fazer com que ele a odiasse, o tanto quanto ela estava o odiando, ele a magoou demais, por diversas vezes e fazia isso incansavelmente. Ela sabia que ela também era errada, aceitou sempre isso, e era visível que nada mudaria. Depois da terceira traição, ela só poderia esperar a quarta, quinta e daí em diante.

- Obrigada por me perdoar Alice, eu juro, que nunca mais falho assim. Eu te amo. - Disse Edgar, realmente arrependido. Ele de fato se arrependia, mais continuava insistindo no erro, era mais forte que ele.

- Eu te amo. Por favor, não me decepcione mais ou eu ainda matarei você .

Edgar sorriu da fala pesada de Alice, mal sabia ele que ela falava sério, ela estava enlouquecendo.

e a culpa era dele, ele destruiu qualquer oportunidade que ela tinha em confiar em alguém, pq nunca alguém quebrou tanto a confiança dela e ainda jurava a amar.