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Owen - Bodyguard

Capítulo Um.

" Ele me puxa para um abraço apertado, e seus lindos olhos cinzentos se fixam nos meus.

- Esse cara. .. Não sei o que tem nele, mas simplesmente não consigo ficar longe dele.

- Se isso for errado, não quero estar certa.

- Eu. .. eu quero. ..

Ele se inclina até nossos lábios se roçarem de leve, dando um frio na minha espinha.

- 'O que você quer, minha pérola?'.

Olho diretamente nos olhos dele e respiro fundo, ciente de que minha resposta vai mudar tudo entre nós.

Mas antes que eu possa admitir o que não sai da minha cabeça desde que o conheci, uma voz diferente e conhecida me gela profundamente.

- O que tá rolando aqui?!.

- 'É o meu marido?'."

Dez dias atrás. ..

Embora ser esposa de um Senador tenha suas vantagens, as desvantagens são muito maiores. Cada momento da minha vida é planejado e examinado, todas as minhas decisões são ignoradas.

Idalia_ Bom dia, Jéssica.

Lanço um sorriso largo para a recepcionista, que parece muito surpresa ao me ver. Suas bochechas estão vermelhas e sua boca fica aberta até às portas do elevador se fecharem entre nós.

O que deu nela?!.

Assim que chego no nono andar, entro diretamente no escritório do meu marido Epifânio e olho no meu relógio.

Epifânio e eu temos uma entrevista com a National News hoje pra conversar sobre a campanha dele. Estamos atrasados, vamos ter que correr pra chegar a tempo.

Abro a boca para anunciar minha chegada, mas o que vejo diante de mim me deixa travada.

Aquela é a Lexi, assistente pessoal dele? Não, espera, acho que o nome dela é luisa.

Ele está sentado em sua cadeira de pernas abertas, segurando nos cabelos ruivos dela, e ela de joelhos mamando nele e os dois gemendo sem o menor pudor.

É sério? Já outra assistente assim tão rápido?! O que será que aconteceu com a outra??.

Bato na porta, e o som da batida faz eles se assustarem, Epifânio se levanta rápido e joga a assistente no chão, fazendo que ela caia de bunda.

Idalia_ Bom dia, Epifânio!.

Epifânio_ Idalia??!!.

Assistente pessoal_ Aii!!.

Não demora muito para ela ficar de pé, e seus olhos se arregalaram quando ela percebe minha presença.

Assistente pessoal_ Sra. Vargas! Que bom te ver de novo!. -eu aceno em sua direção, enquanto meu marido guarda seu membro de volta na calça.

Idalia_ Luisa.

Lexi_ Ah, na verdade é Lexi, Senhora. Mas você chegou bem perto.

Lexi_ Uau, você está linda, Sra. Vargas!. -ela ajeita sua blusa, e passa a mão em seus cabelos, dando um grande sorriso nervoso.

Quando olho pra mais umas das amantes do meu marido tenho muita pena dela, pobre garota. .. Será que ela pensa que pode ser de amante, virar esposa dele? e que é a primeira vez que flagro isso?!.

Epifânio_ Me esqueci que você vinha, querida. Eu nem vi o tempo passar. Temos aquela. ..?.

Lexi_ A entrevista com a National News, Chefe. -epifânio lança um sorrisinho para ela, e ela fica vermelha se derretendo.

Idalia_ O que exatamente te deixou tão ocupado, querido?. -ou devo dizer quem?.

Epifânio_ Ah, sabe, o de costume. Ultimamente eu tenho mergulhado em papelada.

Idalia_ Claro. E o que a Lexi estava fazendo aqui?.

Epifânio_ A Srta. Campos estava apenas me ajudando. ..

Lexi_ Achei!!. -ela se abaixa e pega algo do chão. Lexi_Achei meu brinco! Eu sabia que tinha perdido ele aqui ontem.

Epifânio_ Oh, pronto.

Idalia_ Lexi querida, isso é um grão de arroz do almoço que preparei para meu marido. Ele é uma criança comendo, então tenho certeza de que tem mais de onde esse veio.

Epifânio estreita os olhos em minha direção, e o rosto de Lexi fica mais vermelho que um pimentão de vergonha.

Lexi_ Nossa, acho que você tem razão. Ele deve estar aqui em algum lugar. -tento resistir ao desejo de revirar os olhos.

Idalia_ Talvez ele ficou preso na braguilha do meu marido?.

Epifânio_ Idalia?!.

Idalia_ O que?! Talvez você devesse fecha-la se não quiser chamar a atenção. Isso seria muito estranho de se ver em rede nacional.

Lexi_ Eu devia voltar ao trabalho. Não posso ocupar mais do seu tempo. Me avise se você precisar de mais coisa, Sr. Vargas?.

Epifânio_ Obrigado, Lexi.

Lexi_ Ah! Antes de eu ir, aqui estão suas cartas, Chefe!. -ela coloca uma pilha de cartas na mesa de epifânio e depois corre rapidamente para a porta.

Epifânio_ Isso era mesmo necessário, Idalia?.

Idalia_ Não, acho que não. Ninguém nunca te disse pra não dormir com seus empregados? Que falta de profissionalismo. -ele revira os olhos e muda de assunto.

Epifânio_ Você analisou as respostas que eu te passei pra entrevista? Deixei uma lista no balcão da cozinha.

Idalia_ Eu olhei a lista, sim.

Epifânio_ E?.

Idalia_ Eu conheço o meu papel, como você diz uma boa esposa deve ser vista e não ouvida. Não é, querido?. -ele olha para mim.

Epifânio_ Eu realmente tirei a sorte grande de me casar com você, né? Sempre tão obediente e confiável.

Idalia_ Eu procuro agradar. -epifânio pega a pilha de cartas da mesa. Idalia_A gente devia ir andando.

Epifânio_ Só me deixa ver essas cartas, depois a gente pode ir. - ele joga várias cartas no lixo, sem se quer dar uma olhada.

Quando chega a um envelope sem rótulo, ele faz uma pausa.

Idalia_ Epifânio, a gente não tem tempo pra isso.

Epifânio_ Para de incomodar, tá?!. -ele abre a carta e desdobra o papel de dentro dela, lendo o conteúdo com atenção.

Seu rosto fica pálido e ele me olha com medo.

Epifânio_A entrevista está cancelada. Você precisa ir embora. Agora.

Idalia_ Como. ..

Epifânio_ Não discuta comigo, Idalia! Vá direto para casa, tenho que resolver uma coisa.

Eu nunca vi ele tão agitado. Ele até parece com. .. medo?. Contra minha vontade, volto para casa.

Já se passaram horas desde que cheguei em casa, e ainda nem sinal de Epifânio. Falei com a National News e expliquei que a gente precisava remarcar, lógico que eles não ficaram felizes.

Será que é assim que vai ser meu destino? De graduada em Harvard a esposa troféu? Que vergonha! E não tem nada que eu possa fazer a respeito. Sempre que eu toco no assunto do divórcio, Epifânio fica furioso. "É ruim pros negócios! Ele diz."

Então agora eu estou presa num casamento sem amor, pra que? Pelo resto da minha vida?!.

Tomo uma decisão. Não! Eu não posso mais viver assim! Assim que ele chegar em casa, vou exigir o divórcio. Quer ele queria ou não!.

Logo quando penso isso, Epifânio entra pela porta. .. e a deixa aberta por algum motivo.

Idalia_ Por onde você andou?! Já faz horas, Epifânio!.

Epifânio_ Lá vai você me irritar de novo. E te disse que surgiu uma coisa urgente. Falando nisso. .. Esse é o Owen Garcia. Ele é um ex-membro das forças especiais e é o homem mais importante da minha equipe de segurança.

Entra um homem forte e imponente, e com uma expressão fechada.

Seu rosto é sério, mas seus olhos são penetrantes.

Idalia_ Certo. .. Mas porque ele está dentro da nossa casa agora, Epifânio?.

Epifânio_ O Owen vai ser o seu guarda-costas pessoal.

Idalia_ Meu guarda-costas?!! Mas que merda está acontecendo, Epifânio??.

Epifânio_ Eu recebi essa carta hoje. -ele me entrega um envelope e eu o abro. Dentro dele a uma carta e um punhado de fotos.

Eu tremo quando percebo que as fotos são minhas numa loja, na rua e até mesmo dormindo no nosso sofá.

Idalia_ O que é isso?.

Epifânio_ Leia a carta.

"Caro Sr. Vargas. .. Aqui a está a prova de que não só sabemos onde ela está o tempo todo. .. Como também de que podemos entrar em sua casa sem você saber. Se você não desistir da sua campanha, os dias da sua esposa estarão contados.

PS: Não diga que não avisamos."

Não tem assinatura, nada.

Capítulo Dois.

Idalia_ O que é isso?! Isso é algum tipo de pegadinha doentia?.

Epifânio_ Não é nada pra se preocupar muito.

Idalia_ Nada pra me preocupar? Epifânio, tem uma foto minha dormindo no sofá! Eles entraram na casa enquanto eu tirava uma soneca! Como não vou me preocupar com isso?!. -os olhos do guarda-costas piscam pra mim, mas ele permanece quieto.

Epifânio_ Sério, essas coisas acontecem o tempo todo. A maioria dos Senadores e membros do alto escalão do congresso já está acostumada a receber ameaças de morte. Recebem elas diariamente.

Idalia_ Então, porque o guarda-costas?. -epifânio encolhe os ombros.

Epifânio_ Eu pareceria um idiota se não levasse elas um pouco a sério. Especialmente porque a carta vazou ao público. -dou uma suspirada.

Idalia_ O que??!! Como?!. -ele olha para o relógio com uma expressão entediada no rosto.

Epifânio_ Eu tive que contar pra National News porque a gente cancelou a entrevista em cima da hora. -olho para ele em choque.

Idalia_ Porque você faria algo tão estúpido?! Você está louco! Eu te mandei uma mensagem e falei que já tinha entrado em contato com eles sobre a entrevista!

Idalia_ Já estava tudo certo!.

Epifânio_ Calma, Idalia. Essas pessoas são como abutres. Eu precisava dar algo a eles, se não nunca teriam concordado em remarcar. -ele parece não perceber o que fez.

Idalia_ Epifânio, eu já tinha remarcado! Eu tinha resolvido tudo! E se você só me colocou em mais perigo ainda? Minha vida significa tão pouco pra você?.

Epifânio_ Nossa. -ele ri, e me olha com desdém. Epifânio_Não tem porque ser tão dramática o tempo todo, querida.

Idalia_ E se eu não quiser um guarda-costas?.

Epifânio_ Eu não me importo com o que você quer. Eu sou o seu marido. O que eu digo é que importa.

Idalia_ Você é ridículo falando assim! Isso é um casamento, não uma ditadura.

Epifânio_ Independentemente disso, é assim que vai ser até que o assunto seja resolvido. A partir de amanhã, o Owen vai observar todos os seus movimentos. Ele vai me informar qualquer coisa suspeita.

Idalia_ Como uma babá de fachada, então?. -epifânio ri.

Epifânio_ Se você quiser ver dessa forma, então sim. Enquanto ele estiver com você, não tem com o que se preocupar. Eu tenho que voltar ao trabalho agora.

Idalia_ Epifânio, quero o divórcio.

Epifânio_ Agora não, Idalia. -e com essas palavras, ele passa pela porta voando.

Maravilha!

Além de eu estar presa nesse casamento sem amor. .. a pouca liberdade que eu tinha acaba de ser tirada de mim. Assim que acabarem com essas ameaças e não tiver mais problemas, pra mim já chega. Não vou me humilhar mais ficando casada com esse imbecil pretensioso.

Olho para o estranho que fica parado em silêncio. Tento ignorar o tamanho absurdo de seus músculos e olho para outro lugar, menos para. .. ele.

Idalia_ É Owen, né?.

Owen_ Sim, Senhora.

Idalia_ Bom, Owen. .. Acho que você e eu vamos nos divertir muito. -a única resposta que recebo é um aceno de cabeça.

Na manhã seguinte, minha nova sombra me segue por toda a parte.

Idalia_ Se você vai andar tão perto de mim, o mínimo que pode fazer é conversar comigo. Se não, você pode parecer um psicopata perseguidor me seguindo.

Owen_ Sim, Senhora. -como alguém pode parecer tão quieto? Será que ele nunca se entedia? Durante toda a manhã, tentei bater um papo com ele, mas as únicas respostas que eu consegui foram frases curtas ou respostas de uma palavra.

Idalia_ Você é sempre tão quieto? Ou sou eu que faço esse seu lado emocionante vir a tona?. -o lábio de Owen se contrai antes que ele se recomponha.

Owen_ Só estou fazendo o meu trabalho, Senhora.

Vejo minha cafeteria favorita do outro lado da rua e vou em direção a ela.

Talvez um café da manhã o relaxe.

Sorrio, mostrando o caminho a ele.

Dez minutos depois, nos sentamos numa mesa vazia com o nosso pedido.

Idalia_ Não curte café da manhã, pelo que percebi?.

Owen_ Só um café pra mim já basta.

Idalia_ E você bebe ele puro. Que previsível. -ele levanta uma sobrancelha para mim. Idalia_O que? Não me olhe assim.

Owen_ Algo de errado em ser previsível?. -faço uma pausa por um momento. Essa é a frase mais longa que ele me disse a manhã toda.

Idalia_ Acho que não. Pelo menos previsível significa que você é pontual e confiável, o que são ótimas qualidades numa pessoa. Não tem problema, desde que você ainda se divirta de vez em quando, entende?. -owen toma um gole do café.

Owen_ As vezes eu adiciono creme só pra animar um pouco as coisas. -eu dou risada.

Idalia_ Sim, isso é bem ousado. -acho que ele tem senso de humor.

Ele hesita por um momento, como se não tivesse certeza se seria grosso ou não, mas depois decide falar.

Owen_ E você pediu apenas um café com leite. Essa é a sua rotina diária?.

Idalia_ Você é de perceber as coisas, né? Mas você está certo, normalmente, também peço algo pra comer. É que. .. todo esse lance de ameaças anônimas me deixou um pouco abalada. É difícil de acreditar que alguém possa ameaçar o Epifânio usando a minha vida. .. Se fosse alguém próximo dele, saberia que isso não faz sentido. Ele não se importa nem um pouco com o que acontece comigo. -eu dou um sorriso forçado. Idalia_Desculpa por isso. Espero não ter te deixado desconfortável.

Owen_ Nem um pouco, Senhora. Relacionamentos. .. tem seus desafios.

Idalia_ Parece que você passou por alguns. Sua namorada está chateada por você ter que ficar fora tanto tempo? Desculpa se eu for intrometida.

Owen_ Eu não tenho tempo pra relacionamentos no momento. Minhas prioridades são outras.

Idalia_ Isso é inteligente. -brinco com a xícara de café na minha mão. Idalia_Podemos levar isso para viagem? Eu quero ir pra casa.

Owen_ Claro.

Não demora muito para voltarmos para casa.

Owen terminou o café antes mesmo de sairmos da cafeteria, então eu coloquei o meu na mesa. Tento pensar em alguma coisa para perguntar a ele.

Idalia_ Você já experimentou. ..

Owen_ Espera. Tem alguma coisa errada.

De repente, um tiro corta o ar!. ..

Capítulo Três.

( OBS: Só uma observação que me deixa um pouco triste, e até desanima. .. Acho que está faltando histórias com personagens principais Negras e Negros nessa plataforma, Casais Negros, Interraciais, independente hetero ou lgbt. .. Sinto falta as vezes até chego a pensar que a maioria são racistas, eu fico até de cara que autoras negras fazem histórias com personagens principais brancos, "LEMBRANDO" que não tenho nada contra brancos, porque até sou casada com um homem branco. .. Mas a gente como negra quer se sentir representada! Aí vamos ler uma história esperando ser de casal interracial ou casal negro, e não só brancas e brancos. Desculpa gente mas isso é só um desabafo

e um Tok principalmente para autoras negras "POR FAVOR" se toquem, fazem a gente como negra ser mais representadas, histórias com personagens principais PROTAGONISTAS negros e negras, tá?! Já vi histórias com autoras brancas fazerem personagens principais Negras e olha histórias ficaram lindas bem representadas parecia até que elas eram negras. Só esse desabafo tá gente, porque além de autora iniciante bem, bem, bem fraca e iniciante, também sou leitora nata, mas obrigada a vocês que me acompanham!)

Curtem e comentem!.

O vaso no balcão se despedaça e os cacos de vidro voam por toda a parte. Aterrorizada cubro a minha cabeça com as mãos enquanto as balas continuam passando.

Owen me derruba no chão e sinto um deslocamento quando um tiro quase acerta meu braço. Olho para ele com os olhos bem abertos, e percebo que ele acabou de impedir que eu levasse um tiro.

Owen_ A gente precisa sair daqui!. -ele me puxa e me protege com seu corpo quando começamos a correr em direção ao meu quarto.

Sinto o sangue escorrer pelo meu braço, meu coração batendo forte de medo, e corro o mais rápido que consigo. .. Mas então vem a dor aguda e eu tropeço, Owen é rápido para reagir.

Owen_ Segura a minha mão!. -ele estende o braço e oferece para mim, me pedindo com os olhos para confiar nele. Estendo minha mão e agarro a dele sem pensar duas vezes.

O outro braço de Owen desliza por baixo das minhas coxas e ele me levanta, me segurando como se eu fosse uma noiva. Meus braços automaticamente abraçam o pescoço dele e enfio meu rosto no peito largo dele. Chegamos ao closet do meu quarto, onde ele fecha a porta e me coloca em pé no chão.

Owen_ Eu tenho que voltar lá.

Idalia_ Mas você vai levar um tiro!.

Owen_ Bobagem! Eu já passei por coisas muito piores que isso. -embora as palavras demonstrem confiança, ainda sinto uma leve indecisão na linguagem corporal dele.

Idalia_ O atirador não tem como nos pegar aqui. Se você sair, vai estar em grande desvantagem. -ele vira o corpo e o braço acidentalmente roça nos meus seios, fazendo meu coração bater mais forte.

Ele imediatamente desvia os olhos e tenta se afastar.

Owen_ Desculpa. Esse closet é pequeno demais pra nós dois.

Idalia_ Seus músculos ocupam muito espaço. -ele não diz nada, mas o canto da sua boca da uma leve levantada. Ele pega na maçaneta.

Idalia_ Owen. .. por favor, não vai. Eu estou. .. -tiros ecoam, estão atirando perto do meu quarto agora, tapo meus ouvidos e solto um grito. De repente, a mão grande e calejada dele pressiona a minha boca, abafando o som.

Owen_ Você tem que tentar ficar quieta. -chorando, balanço minha cabeça. Owen_Sra. Vargas, olha pra mim. -ele segura meu rosto delicadamente, e me obriga a olhar para ele.

Não consigo deixar de notar como ele está perto. .. como a respiração dele chega quente em meu rosto, como os lindos olhos cinzentos dele são tão intensos.

Owen_ Você está segura aqui. Ninguém vai te machucar. -meu coração ainda está disparado enquanto ele segura o meu olhar. Lágrimas espontâneas escorrem pelo meu rosto e caem em sua mão. O rosto dele amolece momentaneamente e ele usa os polegares para esfrega-las.

Owen_ Ninguém vai te machucar, Idalia. Eu não vou deixar. -meu coração aperta no peito. Essa é a primeira vez que ouço ele dizer o meu nome! E tenho que admitir. .. Gosto do jeito que sai dos lábios dele.

Ele segura meu olhar por mais um momento, depois abaixa as mãos e da um pequeno passo para atrás. A aparência profissional volta, e ele volta me olhar friamente. .. como se aquele momento nunca tivesse acontecido.

Owen_ Você está tendo um ataque de pânico?.

Idalia_ O que?! Não sei. Acho que não. -ele olha para baixo e analisa meu corpo. Ele pega no meu pulso, vira a minha mão com a palma para cima e depois confere meu pulso. Com certeza ele já fez isso antes.

Owen_ Acho que você está bem. .. Suas pupilas não estão dilatadas. Mas, mesmo assim, você devia tentar respirar fundo, tá?.

Idalia_ Certo.

Owen_ Faça o que eu mandar. Respira fundo pela boca e segura o ar nos pulmões. -faço o que ele diz. Owen_Um. .. Dois. .. Três. .. Solta. Agora repete. -eu me concentro na minha respiração, fico observando como o peito de Owen sobe e desce lentamente e tento imitar o máximo que posso.

Não demora muito para que o ar comece a correr mais leve.

Owen_ Melhorou?.

Idalia_ Sim.

Owen_ Você ainda parece um pouco abalada.

Idalia_ Vou ficar bem. -faço a pergunta que me assombra desde o primeiro tiro. Idalia_Você acha que. .. Eles já estavam na casa? Só me esperando voltar pra cá?. -owen se recusa a me olhar nos olhos. .. O silêncio dele diz tudo. Idalia_Eu realmente estou correndo perigo.

Ao perceber que estou de novo a beira de um ataque de pânico, Owen me interrompe.

Owen_ Shh. .. escuta. Você está ouvindo isso?. -eu congelo e faço o que ele diz, meu coração mais uma martelando no meu peito.

Idalia_ Eu. .. eu não escuto nada.

Owen_ Nem eu.

Idalia_ O que isso quer dizer?.

Owen_ Acho que ele já se foram. Mas ainda preciso garantir que é seguro sair. Fica aqui, eu já volto. -ele abre a porta e sai.

Alguém estava realmente tentando me matar. Mas o Owen me salvou. Talvez não seja tão ruim ter ele como meu guarda-costas. .. Não posso deixar de me perguntar o que o Epifânio teria feito nessa situação. Bufando, percebo que ele provavelmente teria me usado como escudo. Ou talvez até oferecido a eles uma troca. .. minha vida pela segurança dele. Como é que dois homens podem ser tão diferentes assim? Enquanto o Epifânio é egoísta e cheio de palavras vazias, o Owen é um homem de ação e integridade.

Apesar de ele também correr perigo, ele ainda fez de tudo para me proteger. Estar casada com Epifânio quase me fez esquecer que na verdade ainda existem alguns homens descentes por aí.

Idalia_ Homens como o Owen.

Owen_ O que você disse?.

Idalia_ Na. .. nada!. -eu nem percebi ele voltando!.

Owen_ Você pode sair. -saimos do closet e sentamos na minha cama.

Idalia_ Eles já foram?.

Owen_ Sim. Eles escaparam. -owen me olha e congela. Owen_Isso é sangue?. -meus olhos se arregalaram quando sigo o olhar dele para meu braço. Ele se aproxima e gentilmente segura meu braço para ver melhor. Owen_Parece que foi só de raspão. Mas ainda preciso desinfetar.

Idalia_ Tem um kit de primeiros socorros no banheiro. -ele concorda e vai para o banheiro, não dá nem um minuto ele já volta com o kit pronto. Idalia_Vai doer?.

Owen_ Vou tentar fazer com que doa o mínimo possível, Sra. Vargas. -owen tira gaze e spray desinfetante do kit e começa limpar a ferida com maestria.

Enquanto eu observo, um pensamento de repente surge em minha cabeça.

Idalia_ Eu podia ter morrido. -owen fica tenso, mas logo começa a cobrir meu braço com o gaze. Idalia_Alguem está realmente tentando me matar. Meu único crime foi me casar com um Senador. Será que posso ser culpada disso a ponto de tentarem me matar?. -começo a tremer.

Idalia_ Isso não é uma brincadeira. Eu vou. .. eu vou. ..

Owen_ Me escuta, Sra. Vargas. -ele se levanta e cruza os braços sobre o peito. Owen_Eu fui contratado pra te proteger, e é exatamente isso que pretendo fazer.

Idalia_ Você não pode estar comigo o tempo todo! O que vai acontecer quando você for pra casa? Eles entraram na minha CASA!.

Owen_ Acho que você não entende exatamente o que o seu marido está me pagando pra fazer. -ele se aproxima de mim. Owen_Meu único trabalho, meu único objetivo agora é o de te proteger a todo custo. Eu não vou sair de perto de você. Nunca.

Alguma coisa no jeito como ele me olhava fez eu sentir arrepios por todo o meu corpo. Quando falo de novo, minha voz sai quase otimista.

Idalia_ Nunca?. -um pequeno sorriso surge nos lábios de Owen.

Owen_ Até que o seu marido diga o contrário. Mas você precisa entender que ia facilitar muito o meu trabalho se escutasse as minhas instruções.

Como se fosse um sinal, a porta da sala de abre e um homem corre para dentro.

Owen gira e imediatamente saca a arma, pronta para disparar. ..

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