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O Rei Das Sombras

capítulo 1

Capítulo 1: os heróis de um novo mundo

Numa noite sombria na floresta, ele tentava recuperar o fôlego após enfrentar uma intensa batalha contra uma matilha de lobos negros. Ele se questionava há quanto tempo estava perdido naquele lugar desconhecido.

De repente, um uivo ecoou, interrompendo seus pensamentos e obrigando-o a olhar ao redor. Mais quatro lobos negros surgiram das sombras, cercando-o. Era difícil discernir se estavam apenas famintos ou protegendo seu território.

Sem hesitar, ele estendeu seu braço, conjurando uma espada de sombras em suas mãos.

— Vamos lutar—, desafiou, avançando corajosamente em direção aos lobos.

Em um piscar de olhos, os lobos foram rapidamente abatidos, deixando para trás os seus corpos inerte no chão.

Observando a lua cheia que iluminava a escuridão da floresta, ele pensou:

Espero que Fenrir não fique enfurecido por eu ter eliminado criaturas que se assemelham a ele

Em meio à admiração pela bela lua, a espada de sombras desapareceu no ar.

— Esses malditos... Eu irei me vingar

murmurou Ryen, alimentando o desejo ardente de vingança em seu coração.

◆◇◇◇◇◇◇◆◇◇◇◇◇◆

Na sala de aula, três amigas estavam reunidas, discutindo animadamente sobre os garotos da turma. Pareciam estar particularmente interessadas em Kanato e Ryze. No entanto, a garota de cabelos curtos castanhos dirigiu seu olhar para um garoto de cabelos pretos que estava com a cabeça apoiada na mesa.

— Ei, o que você acha do Kentaro?— perguntou ela para a amiga loira.

— Acho que ele é meio sem graça— respondeu a garota loira.

— Também acho. Prefiro o Ryze— opinou a garota de cabelos pretos.

Enquanto fingia estar cochilando, Kentaro captou os comentários das garotas sobre si mesmo.

— Além disso, ele é o mais fraco e só pensa em estudar— comentou a garota de cabelos curtos.

As palavras das garotas eram verdadeiras. Kentaro realmente se destacava por sua dedicação aos estudos, enquanto Kanato e Ryze, os garotos admirados pelas garotas, pareciam não ter ideia do que queriam para o futuro.

Recebendo de repente a aproximação de Kanato e Ryze, Kentaro manteve a cabeça apoiada na mesa, os olhos fechados, tentando fingir que estava dormindo.

— Ei, sabemos que você está acordado— disse Ryze, cruzando os braços.

Permanecendo imóvel, Kentaro pretendia ignorar a presença dos dois garotos.

—Então por que fez isso?— disse Ryze, curioso.

Kentaro decidiu não se deixar abalar pelas provocações dos dois garotos. Ele olhou para as garotas que haviam falado mal dele e percebeu que era uma oportunidade de mostrar sua força interior.

—Fingir dormir era a melhor maneira de mostrar para vocês que não me importo com opiniões negativas e superficiais—, respondeu Kentaro com confiança.

As garotas ficaram surpresas e até um pouco admiradas com a resposta de Kentaro, enquanto Kanato e Ryze pareciam sem palavras por um momento.

Sem esperar por mais comentários, Kentaro se levantou determinado e se afastou, escolhendo não dar mais atenção àqueles que buscavam menosprezá-lo.

Ele sabia que era importante seguir seu próprio caminho, confiando em si mesmo e em suas próprias habilidades, em vez de se deixar influenciar pelos julgamentos e opiniões alheias.

Enquanto Kanato, Ryze se preparavam para confrontar as garotas, uma luz intensa irrompeu na sala de aula, ofuscando a visão de todos. A sala começou a girar e todos foram envolvidos por uma sensação de vertigem, quando de repente se viram transportados para um lugar completamente desconhecido.

Desorientados, os outros mantiveram seus olhos fechados, tentando compreender o que havia ocorrido. Foi então que Kentaro ouviu uma voz e abriu os olhos para identificá-la. Uma garota de cabelos rosas, emanando uma aura de nobreza, falava com eles. Ela estava acompanhada por um homem idoso, carregando um cajado, e uma garota de cabelos brancos, ligeiramente mais alta.

Intrigado e curioso, Kentaro se aproximou do grupo, ansioso por obter explicações sobre aquele estranho evento que os havia levado a esse lugar desconhecido. Ele esperava descobrir quem eram aquelas pessoas e entender o motivo pelo qual estavam juntos nessa situação misteriosa.

—O que está acontecendo...?

murmurou Kentaro, enquanto os outros abriam os olhos, confusos. Ao observar melhor, eles perceberam que estavam dentro de um majestoso castelo, com um trono de ouro imponente à frente deles.

—Bem-vindos, bravos heróis— saudou a garota de cabelos rosas, aproximando-se dos jovens atordoados.

Kanato olhou para Kentaro, admirando sua calma em meio àquela situação desconcertante. Kentaro respirou fundo antes de direcionar sua atenção para a princesa.

— Heróis?, questionou, buscando entender a razão por trás daquelas palavras.

— Sim, a rainha dos demônios está prestes a renascer e vocês são os escolhidos para me ajudarem a detê-la, explicou a garota de cabelos rosas com seriedade.

A confusão se intensificou nas mentes dos jovens, mas também sentiram uma onda de responsabilidade em suas palavras. Com olhares determinados, eles se entreolharam, percebendo que precisavam aceitar o desafio inesperado que lhes fora apresentado

— Ganharam alguma habilidade?— perguntou a garota de cabelos brancos, olhando para Kentaro como se ele fosse um estrategista experiente.

— Sim, durante o processo de invocação— eles foram agraciados com a capacidade de utilizar magia e atributos sobre-humanos, respondeu a princesa.

Com as explicações dadas, as apresentações começaram. A garota de cabelos rosas se chamava Rosalind, a de cabelos brancos era Freya, e o misterioso mago responsável por trazê-los até ali não se dignou a fornecer seu nome.

— Heróis e...? questionou Kanato.

— Kentaro. Inoue Kentaro, apresentou-se ele.

Rosalind, Freya e o mago trocaram olhares, parecendo impressionados com a serenidade e determinação de Kentaro. Ele transmitia uma aura de liderança, mesmo diante de uma situação tão inusitada. Os jovens sabiam que tinham um longo caminho pela frente, mas estavam determinados a enfrentar os desafios que viessem pela frente, usando as habilidades recém-adquiridas.

— Agradecida Kentaro, e vocês?— indagou a princesa.

— Kanato.

— Ryze.

— Emi.

— Mari.

— Keiko.

Ao ouvir os nomes, a princesa sorriu e mostrou-se contente em conhecer cada um deles. Enquanto isso, Freya, a garota de cabelos brancos, deu um passo à frente.

— Tenho uma missão para vocês— anunciou Freya com determinação.

—Mas como vamos cumprir a missão sem armas?, questionou Ryze, expressando sua preocupação.

As palavras de Ryze foram respondidas pela própria Freiya.

— Não se preocupem, heróis. Suas armas surgirão quando vocês mais necessitarem delas, tranquilizou ela.

Curiosos e ansiosos, os jovens olharam para Kentaro, esperando que ele fizesse a pergunta necessária.

— E qual é essa missão?, perguntou Kentaro, mostrando sua liderança no momento crucial.

— Explorar uma dungeon. Se conseguirem, poderão provar que realmente são heróis, revelou Freya com uma expressão séria.

Kentaro, percebendo que aquilo era um teste, aceitou a situação com determinação, mantendo-se em silêncio.

— Agora, vão!

ordenou o mago, estendendo os braços e transportando o grupo para uma densa floresta onde a entrada da dungeon estava localizada. Ao observarem a entrada, viram um imponente portão de pedra, com adornos detalhados na cor azul. Conforme Freya havia mencionado, suas armas mágicas apareceram em suas mãos: Kentaro segurava uma espada, Kanato empunhava um cajado, Ryze tinha manoplas, Keiko possuía um arco, Mari carregava uma lança, e Emi tinha uma adaga.

— Vamos lá, nossa jornada de heróis começa agora, incentivou Kanato, avançando corajosamente enquanto o portão começava a se mover.

*Koong~~*

Ao olharem para dentro, vislumbraram um imenso corredor escuro, iluminado apenas por tochas vacilantes. Com um misto de ansiedade e determinação, todos adentraram na dungeon, preparados para enfrentar os desafios que os aguardavam em meio à escuridão.

capítulo 2

Capítulo 2: traição

Todos eles adentraram corajosamente o corredor escuro da dungeon, segurando tochas encontradas na entrada principal para iluminar seu caminho. Kentaro sentiu uma estranha sensação, uma expectativa misturada com a possibilidade de encontrar monstros, algo comum em jogos. Caminharam até chegarem a uma porta gigante de pedra.

— Vamos procurar por uma chave— disse Kentaro, virando-se e dando ordens.

Kanato e as meninas hesitaram inicialmente, mas decidiram obedecer enquanto ele iluminava a porta com sua tocha. Após examinar cuidadosamente, um símbolo parecido com um botão se tornou evidente.

— Encontrei! — exclamou Kentaro, chamando a atenção de todos.

Em seguida, ele pressionou o botão, fazendo a dungeon tremer e a porta se abrir.

Koong~~~

Atrás da enorme porta, encontraram uma sala com um altar no centro. Intrigados, eles se aproximaram do altar enquanto exploravam o local.

— Princesas, magos e agora uma dungeon

comentou Ryze, direcionando sua tocha em direção a uma estátua que parecia representar uma deusa.

— É curioso, uma dungeon sem monstros– observou Kentaro.

— Deve ser diferente dos jogos

respondeu Kanato, tentando se libertar da frustração de não encontrar os tradicionais inimigos que esperava enfrentar.

— Meninos, olhem aqui, chamou Mari a atenção de Kanato e Ryze, mostrando um botão que havia encontrado. Kentaro se aproximou curioso, querendo saber do que se tratava.

— E se apertarmos? —, sugeriu Kanato, com um sorriso no rosto ao observar o botão de pedra.

— Kanato, dungeons não são confiáveis— alertou Kentaro, preocupado com as possíveis consequências.

—Desde quando você está no comando?— retrucou Kanato, ignorando as palavras de Kentaro.

Sem pensar duas vezes, ele apertou o botão, fazendo o ambiente iluminar-se com tochas enquanto vários monstros surgiam repentinamente, assustando não apenas Mari, mas todos ali presentes.

Apesar do aviso de Kentaro, Kanato decidiu ignorá-lo, como de costume. Isso era algo comum, já que tanto Kanato quanto Ryze frequentemente desconsideravam os conselhos de Kentaro, o que acabava resultando em confusões desnecessárias.

Kentaro deu um passo à frente, empunhando sua espada, e correu em direção aos monstros, que pareciam ser mais fracos.

Corta, corta, corta....

Kentaro avançou, cortando os goblins à sua frente, abrindo caminho para a saída. Os outros membros do grupo seguiram o exemplo de Kentaro e o acompanharam enquanto se aproximavam da porta.

— Rápido, vão! — ordenou Kentaro, incentivando as meninas a irem primeiro, seguidos por Kanato e Ryze.

Enquanto se aproximava da saída, Kentaro foi cercado por goblins. Ele deu alguns passos para trás, buscando espaço para se defender, quando algo inesperado aconteceu.

— Foi mal, Kentaro, mas você é desnecessário aqui — disse Kanato, com uma expressão fria.

Num gesto repentino, Kanato fechou a porta da saída, deixando Kentaro preso dentro daquele espaço hostil.

*Baaam!!!*

O barulho ensurdecedor da porta fechando ecoou pelo corredor, pegando Kentaro de surpresa e baixando sua guarda por um momento. Foi nesse instante que ele foi atingido por uma facada de um dos goblins em seu ombro.

“Aaaahhh!”

ele gritou

sentindo uma dor lancinante enquanto Kanato, Ryze e as meninas deixavam seu colega para trás, fugindo da dungeon sem olhar para trás. Kentaro ficou ali, ferido e traído, lutando contra os goblins que o cercavam.

Um enorme goblin surgiu com uma espada cimitarra gigantesca. Kentaro arregalou os olhos ao perceber que não era um goblin comum, era o rei dos goblins. O rei ergueu sua espada e avançou em direção a Kentaro, pronto para atacá-lo.

*Krack!*

Kentaro conseguiu desviar do golpe da espada, mas acabou sendo perfurado pela lança de um dos goblins menores. A dor lancinante o fez soltar um grito agudo e, ao mesmo tempo, cuspir sangue, manchando o chão enquanto ele lutava para se manter de pé.

— Ah, droga! Eu realmente vou morrer assim? — murmurou Kentaro, enquanto sua esperança desaparecia lentamente. Ele tinha plena consciência de que suas chances de sobrevivência eram mínimas. Começou a se arrepender das escolhas que o trouxeram até ali. Porém, antes que pudesse perder totalmente as esperanças, um último golpe do rei goblin arremessou Kentaro contra a estátua da suposta deusa, provocando-lhe o cuspimento de mais sangue. Em meio à dor intensa, os goblins menores o cercaram, perfurando-o com suas lanças afiadas.

— Me diga, você deseja poder?

Uma voz feminina ecoou, fluindo do silêncio ao redor de Kentaro. Essas palavras pareciam tão reais, mas ao mesmo tempo, podiam ser apenas fruto de sua imaginação. Ele se sentia à beira da morte, sua agonia e dor eram insuportáveis. No entanto, uma chama de esperança se acendeu dentro dele.

— Me diga, você deseja poder?

A voz persistia, desafiando Kentaro a tomar uma decisão. Em meio à sua angústia e desespero, ele sabia que precisava escolher um caminho. Se aquilo era real ou não, era algo que ele descobriria naquele momento.

— Eu quero... Eu desejo mais poder! — Gritou Kentaro, sentindo uma fervorosa determinação se apoderar dele enquanto fechava os olhos, preparando-se para o que viria a seguir.

Kentaro abriu os olhos e encontrou-se em um lugar desconhecido, um cenário misterioso que lembrava um limbo. À sua frente, um trono negro estava posicionado, emanando uma aura sombria. Ele sentiu uma presença atrás de si e ao se virar, deparou-se com uma mulher de cabelos negros e olhos penetrantes, cujo olhar refletia a escuridão da noite.

— Bem-vindo, futuro rei das sombras — disse ela, abraçando-o de forma enigmática.

Kentaro sentiu um arrepio percorrer sua espinha, mas também uma estranha sensação de familiaridade. Ele se perguntou como tinha chegado até ali e qual era o significado de tudo aquilo. As palavras da mulher ecoaram em sua mente, despertando uma curiosidade e uma mistura de medo e excitação.

Quem era aquela mulher assombrosa e o que ela queria com ele? Em seu íntimo, Kentaro sentiu uma faísca de poder e coragem se acender. Ele estava prestes a embarcar em uma jornada desconhecida e as decisões que tomasse naquele momento moldariam seu destino. Com o coração acelerado, ele se preparou para descobrir seu verdadeiro potencial e os segredos que o esperavam nas sombras.

— Futuro rei das sombras? — questionou Kentaro, confuso com as palavras da mulher.

Ela se afastou ligeiramente, lançando um olhar enigmático.

— Você deseja poder, mas infelizmente você morreu — declarou ela com um tom sombrio.

A notícia de sua morte o atingiu momentaneamente, mas a mulher continuou, oferecendo-lhe uma oportunidade de ressurgir, bastando apenas sentar-se no trono e tornar-se o verdadeiro rei das sombras.

Kentaro sentiu-se dividido. Embora a ideia de ressurgir com poder fosse tentadora, a perspectiva de perder suas memórias o deixava incerto. Durante um momento de confusão, ele perguntou:

— Posso ressurgir com minhas memórias intactas?

A mulher assentiu, explicando que apenas seus olhos e seu nome seriam alterados.

A revelação despertou uma chama dentro de Kentaro. Ele sabia que voltar com suas lembranças poderia ser uma oportunidade de se vingar de Kanato que o havia traído e causado a sua morte. Um sorriso sombrio se formou em seu rosto determinado, e ele começou a caminhar em direção ao trono, sua decisão estava tomada.

capítulo 3

Capítulo 3: O despertar das Sombras

Enquanto Kentaro caminhava em direção ao trono negro, ele parou subitamente no meio do caminho, fazendo a mulher de cabelos pretos olhá-lo com desconfiança, achando que ele havia mudado de ideia.

— Qual é o seu nome? — perguntou Kentaro, fazendo com que a mulher arregalasse os olhos.

— Nix — respondeu ela.

Ao ouvir o nome dela, Kentaro deu um leve sorriso e continuou caminhando até o trono, sentando-se nele.

Ao se sentar no trono, as sombras envolveram Kentaro, penetrando em sua pele e seus olhos se transformaram de castanhos para negros em questão de segundos. Ele suportou essa transformação intensa, permanecendo ali por alguns segundos, até finalmente fechar os olhos, como se estivesse desmaiado.

—Levante-se... Como devo chamá-lo, majestade?— indagou Nix, observando-o enquanto ele parecia inconsciente.

De repente, Kentaro abriu os olhos, revelando um brilho intenso em seu olhar transformado.

— Chame-me de Ryen— afirmou ele com determinação.

Ryen, anteriormente conhecido como Kentaro, levantou-se do trono com um sentimento de estranheza ao constatar que seu uniforme escolar tinha sido substituído por roupas completamente negras. Vestindo uma blusa preta por baixo de um longo casaco também negro, ele reconheceu que agora estava trajado como o Rei das Sombras. Seu olhar havia se transformado e sua personalidade assumia uma grande frieza. Ryen se afastou do trono enquanto Nix se ajoelhava diante dele.

— Existe um castelo ao norte da floresta onde a dungeon está localizada, aguardando pela sua presença — anunciou Nix em uma posição de respeito.

— Mas antes de partirmos, há algo que eu preciso fazer— respondeu Ryen com determinação.

Na dungeon, enquanto os goblins rodeavam o corpo inerte de Ryen, eles perceberam que uma energia sombria e estranha emanava de seu corpo sem vida.

“Kiiiikikiki?”, os goblins murmuravam entre si, curiosos com a transformação. Enquanto se aproximavam, almejando saquear e pilhar, as sombras negras irromperam do corpo de Ryen.

Puf, puf, puf

As sombras percorreram rapidamente os corpos dos pequenos goblins, atravessando-os sem piedade.

Splash~~~

o sangue começou a escorrer dos corpos inanimados. Enquanto Ryen se erguia, os goblins perceberam que estavam enfrentando uma força sombria e perigosa.

O rei goblin, ao ver seus seguidores mortos, virou-se para encarar Ryen. Ryen segurava uma espada feita inteiramente de sombras, e um sorriso sinistro se formou em seu rosto.

— Round 2, verdão— debochou Ryen desafiadoramente enquanto encarava o rei goblin.

O Rei goblin avançou impetuosamente em direção a Ryen, brandindo sua gigantesca cimitarra com fúria. No entanto, uma sombra em forma de garra surgiu e segurou a cimitarra, impedindo o golpe mortal. Ao mesmo tempo, Ryen lançou um poderoso soco, arremessando o rei goblin com força contra a parede da masmorra.

—O que foi? Já não consegue mais me matar?—, provocou Ryen, avançando em direção ao enorme goblin com uma expressão fria e determinada.

Ao fitar Ryen, o rei goblin se deparou com um ser que não era mais apenas um humano frágil, mas alguém dotado de uma força que superava todos os outros reis daquele mundo.

Um som cortante percorreu o ar enquanto a lâmina de Ryen deslizava velozmente em direção ao rei goblin. No instante seguinte, a cabeça do monarca desabou no chão, com um estrondo que ecoou por todo o recinto. Foi nesse momento que Ryen compreendeu verdadeiramente a magnitude de seu poder recém-adquirido.

“crumble”

a dungeon começava a estremecer e desmoronar, deixando-o surpreso. Com um pensamento rápido, ele vasculhou o cadáver do rei goblin em busca de alguma coisa.

— Achei! — exclamou com alegria ao encontrar um cristal vermelho em suas mãos.

O som estremeceu mais uma vez, sacudindo a dungeon como um aviso para que Ryen saísse dali imediatamente. Parecendo ter entendido o aviso, ele correu em direção à saída o mais rápido que pôde.

Ryen saltou para fora da dungeon enquanto a entrada desmoronava, selando-a completamente. Ele se levantou, limpando seu casaco.

— Norte, hm? — ele murmurou, seguindo o caminho indicado por Nix.

Enquanto isso, no castelo...

A princesa Freya e a princesa Rosalind estavam profundamente tristes com a morte de Kentaro. Kanato havia mentido para elas, alegando que Kentaro havia se sacrificado para salvá-las. Nesse momento, um dos magos abriu a porta do castelo.

*Creak*

— Altezas, o rei da dungeon foi derrotado! — anunciou o mago.

As princesas arregalaram os olhos em surpresa.

— O que?! —reagiu Freiya, surpreendida.

— Parece que alguém derrotou o rei da dungeon— respondeu o mago.

Rosalind olhou para Freya e perguntou:

— O que era essa dungeon, irmã?

E Freya respondeu:

— Era um teste, para determinar se precisava de treina-los

A princesa Freya olhou para o mago, determinada.

— Não sabe quem foi? —perguntou ela.

— Não, alteza — respondeu o mago.

— Ótimo, irei investigar — decidiu Freya, determinada a descobrir a verdade por trás da derrota do rei da dungeon.

No cair da noite, Ryen estava descansando após uma longa caminhada. Enquanto descansava, avistou uma maçã no alto de uma árvore. Sem forças para se levantar, uma sombra em forma de garras estendeu-se até a maçã, pegando-a e entregando-a para ele.

— Isso é bem útil— surpreendeu-se Ryen, enquanto comia a maçã.

Após descansar, ele se levantou e voltou à sua jornada, caminhando pela floresta, quando um grito ecoou.

— Socorro!!!

Ryen rapidamente correu em direção ao grito e deparou-se com uma elfa de cabelos loiros lutando contra uma espécie de lobisomem. Isso o deixou surpreso. Mesmo sendo Ryen, ele ainda tinha uma parte de Kentaro dentro de si, e um lobisomem era apenas uma lenda em seu mundo.

Além do Lobisomem, algo que também chamou a atenção de Ryen foi a presença de uma bela elfa de cabelos loiros. O Lobisomem segurava a elfa em seus braços, pronto para atacar seu pescoço, quando Ryen reagiu rapidamente e atacou-o com sua espada, cortando-o ao meio e salvando a elfa. Ao olhar para Ryen, a elfa viu um olhar frio em seus olhos, que contrastava com suas características anteriores de bondade e compaixão.

—O-obrigado por me salvar – disse a elfa, visivelmente agradecida. A espada de sombras desapareceu no ar, e Ryen sabia que não podia perder tempo. Ele se virou e começou a seguir seu caminho.

—Espere... qual é o seu nome?! – perguntou a elfa, ansiosa por conhecê-lo.

Ryen parou e olhou para ela. – Me chamo Ryen.

A elfa se levantou, limpando sua roupa enquanto se apresentava. – Lyeecia Duskwalk.

Ryen continuou olhando para ela, sua curiosidade claramente visível. Lyeecia continuou, explicando uma regra entre os elfos. – Em nossa cultura, devemos nossas vidas àqueles que nos salvaram.

Ryen balançou a cabeça, recusando a oferta. – Não precisa.

Ele se virou, sabendo exatamente onde isso levaria. Mas Lyeecia não desistiu facilmente. – Espere... mesmo que você seja bom ou mal, ainda assim devo minha vida a você. Por favor, deixe-me ser sua serva.

A ideia de ter servos não agradava Ryen. Ele não queria companhia, mas refletiu por alguns segundos. Finalmente, decidiu responder. – E se eu disser que eu...

Antes que pudesse terminar a frase, sombras começaram a emergir do corpo de Ryen, fazendo Lyeecia arregalar os olhos em surpresa.

— Sou o Rei das Sombras – concluiu Ryen.

A elfa ficou ainda mais animada com essa revelação. – Perfeito! Servir um rei é perfeito!

As sombras voltaram para dentro de Ryen, que suspirou. Sabia que não poderia negar o pedido de Lyeecia.

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