Olho para fora do portão e a rua estava deserta,não tinha ninguém,eu não fazia ideia de que hora era,mas eu precisava fugir ou morreria tentando,moro em são Paulo a quase três anos e nunca sair dessa maldita casa
Saio correndo pela rua sem saber para onde ir,a única certeza que eu tinha no momento é que precisava ficar longe desse lugar,vou correndo pelas ruas desertas,o meu peito dói já estava ficando casada e fraga,estava com muita fome não tinha comido nada durante o dia todo,mas não posso para e correr o risco do Murilo me encontrar.
Já estava longe quando começou a chover, mesmo assim eu não paro,continuo correndo,todas as ruas estavam desertas,estava correndo quando de repente sou atendida por um carro.
Com o impacto do carro sou arremessada longe,caio no chão e fico olhando a chuva cair sobre mim,melhor morrer do que voltar para aquela casa, estava olhando a chuva caindo quando escuto algumas vozes
Xxx:você matou a menina menor.
Menor: Eu não, essa louca se jogou na frente do carro,senhora.
Xxx: mãe, ela estava com os olhos abertos.
Vejo uma menina que me olhava com o rosto de preocupação,logo aparecem alguns homem ao meu redor e uma mulher me olhando do mesmo jeito que a menina estava,acho que é a mãe da menina.
Xxx: pequeno,pega ela,vamos levar ela ao hospital..( a mulher fala olhando para um dos homens)
Flor: Não,por favor não,me deixe aqui,me deixe morrer,eu não posso ir para o hospital,ele vai me achar,por favor não me leva para o hospital.
Todos ficam me olhando com uma interação bem grande na testa, ninguém fala absolutamente nada até que finalmente a menina fala.
Xxx: Mãe,o que vamos fazer? Não podemos deixar ela aqui nesse estado..
A mulher me olha por mais um tempo e fala:
Xxx: você está fugindo?
Flor: sim
Xxx: De quem e porque que? Se você mentir eu vou saber e vou te entregar para a polícia.
Na hora me bateu um desespero,se ela me entregasse a polícia o Murilo iria saber,afinal ele era delegado.
Flor: tô fugindo do meu marido,não aguento mas apanha todos os dias,por favor,não me entregue para ele novamente ( começo a chora desesperada,se eu voltasse para aquela casa eu iria apanhar até a morte?
Xxx: cadê a sua família? Porque não pede ajuda?
Flor: não tenho família senhora.
Ela me olha, mas o olhar era diferente, agora era um olhar de pena,ela fica me olhando e fala.
Xxx: Qual o seu nome?
Flor: Maria flor.
Xxx: flor,eu sou a Marlene e essa é minha filha Manuela,somos do rio de janeiro e estamos voltando para lá,você quer ir com nós,li garanto que lá o seu marido não vai te encontrar.
Flor: Sim,eu aceito ( o pai do Murilo e delegado lá no rio de janeiro,mas não tenho outra escolha,chegando lá eu vou embora para outro lugar,mas precisava com urgência sair daqui)
Marlene: Então vamos
Tentar me levantar mas não consigo, estava com muita dor no meu corpo,tudo doía,me esforço,mas uma vez para levantar e acabo sentindo uma dor horrível..
Flor: aaaaii..
Marlene: Calma flor,menor pega ela no colo e leva para o nosso caro
O homem se aproxima de mim e me paga com facilidade,parecia que estava carregando uma pena,nem fez esforço para me tirar do chão,ele me colocou dentro de um carro enorme e logo a Marlene e a Manuela entraram,olho para traz e vejo mais dois carros e algumas motos.
A Manuela senta na frente no lugar do carona e logo vejo o menor ocupar o lugar do motorista,eu sei que estou arriscando minha vida em confiar em pessoas que eu nunca vi,mas no momento essa era minha única opção,estava perdida em pensamento quando escuto a Marlene falar.
Marlene: para onde você ia? Afinal você não tem família
Flor: Eu,eu não sei,só queria ficar longe..
Marlene: vou levar você para minha casa,você precisa de cuidados,a viagem e loga,pode dormir
Menor: Patroa,não sei se o chefe vai gostar disso não.
Marlene: Deixa que com ele eu resolvo
Fico olhando pela janela e acabo adormecida, estava cansada com frio e faminta,sinto alguma coisas em cima de mim,abro os olhos e a Marlene tinha me coberto com um cobertor.
Depois de algum tempo eu acordo e ainda estamos na estrada,olho para o pessoal e todos estavam concentrados em alguma coisa,então volto olhar para a estrada,quando escuto a voz da Marlene.
Marlene: flor
Flor: oi
Marlene: espero que você não esteja mentindo para mim em relação de está fugindo.
Flor: Eu não estou,eu não aguentava mas apanha.
Marlene: E porque você não deu queixa do seu marido, porque não procurou as autoridades?
Fico calada,se eu falar que o meu marido era o delegado ela vai me devolver para ele, ninguém seria louco para esconder a mulher de um delegado ainda mas sendo o Murilo,ele é o pai deles eram os delegados para respeitado,ele em são Paulo e o pai dele no rio de janeiro,fico olhando pela janela tentando elabora uma desculpa quando a Marlene falar.
Marlene: flor,não minta para mim, porque você não procurou ajuda em uma delegacia?.
Flor: Porque é o delegado mas temido em são Paulo e o pai dele o mais temido no Rio de janeiro..
Na mesma hora escuto os três no carro falar de uma única vez.
Marlene/ Manuela/ menor: puta merda...
Os três olham para mim com cara de espanto e a Marlene pergunta.
Marlene: Qual o nome do teu marido:
Flor: Murilo trindade
Marlene: filho do delegado trindade?
Flor: sim senhor
Marlene: conheço bem o seu sogro.
Flor: por favor senhora não me devolva para ele,eu imploro,me deixa em qualquer lugar,mas por favor não me entregue a ele.
Começo a ficar desesperada,eu não poderia voltar,eu não poderia voltar para aquele inferno,estava desesperada quando escuto a Manuela falar.
Manuela: O delegado Murilo trindade não é casado.
Marlene: Como assim? Se ele não é casado, como ele é seu marido flor?
Marlene: Como assim? Se ele não é casado, como ele é seu marido flor?
Flor: É uma longa história.
Marlene: ainda temos um longo caminho pela frente..
Olho pela janela e as lágrimas começam a descer me lembrando de tudo que eu já passei,respiro fundo e começo a falar.
Flor: conheci o Murilo eu tinha 16 anos,ele tinha ido passar as férias da faculdade na fazenda do pai dele na onde eu morava eu não sou de são Paulo eu morava em uma cidade chamada feira de Santana na Bahia,o Murilo tá tinha 20 anos e nós começamos a ficar,ele até pediu a minha mão em namoro ao meu pai,antes dele voltar para São Paulo ele prometeu voltar para mim buscar,nós sempre conversamos por ligação e ele sempre me mandava presentes depois de seis meses ele voltou e eu me entreguei a ele,ele foi muito gentil e carinhoso,eu não sabia muito sobre essas coisas de se previnir para não engravidar,eu não tinha mãe e meu pai não falava dessas coisas,meu pai era um homem bruto violento.
O Murilo ficou um mês lá na fazenda do pai dele,e nós passávamos todas as noites juntas,depois de alguns meses descobri que estava grávida entrei em desespero,o meu pai ficou com raiva de mim,ele ligou para o Murilo e mandou ele ir me buscar,disse que ele não ia cuidar de mim e do meu filho,o Murilo disse que ele ano poderia ir no momento, porque ele estava se formando,mas que iria em breve me buscar,eu fiquei feliz,mal sabia eu o que me esperava,se passou dois mês e o Murilo como prometido foi me buscar,eu ano aguentava mas morar com o meu pai,ele me humilhava o tempo todo,não me deixava comer,falava que eu e a Criança iria morrer de fome,quando o Murilo chegou para me buscar juntei tudo e fui embora com ele..
Começo a chorar,era difícil lembrar de tudo que eu passei,era difícil acreditar que no mundo existem pessoas tão ruim assim,engoli o choro e volto a falar.
Flor: Eu fui embora achando que as coisas iria ser melhor que o Murilo me amava e amava o filho que eu esperava,antes de ir embora para são Paulo eu fiquei sabendo que era um menino,eu já estava com quase cinco meses, quando chegamos na casa do pai dele em São Paulo assim que entramos o Murilo que eu conheci não existia más,foi a primeira vez que ele me mateu,ele me deu um tapa forte no rosto que eu caí no chão e ele saiu me arrastando pelo cabelo,saímos da casa grande e ele me levou até um quartinho no fundo do quintal,no carrinho só tinha um banho com vazo sanitário e um chuveiro,no chão tinha um colchão velho.
Ele me jogou naquele chão e trancou a porta,e foi para cima de mim,foi a primeira vez de muitas que ele me abusou,ele ficou horas abusando sexualmente de mim,eu implorava para ele para e ele não parava,teve uma hora que eu acabei desmaiando,quando acordei estava pelada,com o corpo todo marcado e suja de esperma,o meu corpo doía tanto,eu chorei deitada naquele colchão e pedi a deus para proteger o meu filho,depois de um longo tempo eu levantei e fui tomar banho,mas todos os dias o Murilo ia lá abusar de me e me bater,eu chora todas as noites até dormir,eu não sabia porque deus me odiava tanto, porque tudo isso acontecia com migo
Foi assim durante meses,eu já estava com a barriga enorme,tinha entrado no oitavo mês quando o Murilo finalmente parou de me bater e abusar de mim,me dava comida nas horas certas,eu achei que finalmente a minha vida iria melhorar,ele contratou uma moça para ficar comigo dentro do quarto,eu não podia sair de lá de dentro,ficava trancada dia e noite,a moça saia para buscar as referências e logo depois voltava,ela não falava nada,apenas ficava no quarto comigo,um dia tirante a madrugada comecei sentir muita dor,o meu menino queria conhecer o mundo,a moça ligou para o Murilo que não demorou muito e chegou, fiquei gritando de dor e a moça me ajudou no parto assim que escutei o choro do bebê eu apaguei..
Eu começo a chora lembrando da noite,o meu peito dia tanto por não ter sido capaz de proteger o meu filho,estava chorando a Marlene se aproxima de me e me abraça forte,por incrível no braço daquela mulher eu me sentir confortável,ela me abraça e faz carinho no meus cabelos,então escuto a Manuela pergunta.
Manuela: E onde está o seu bebê flor?
Flor: Ele morreu logo depois ao nacimento,quando eu acordei o Murilo falou que a criança tinha morrido,o meu coração ficou ao pedaços,eu queria ter morrido junto como o meu filho,logo depois de eu ter tido bebê a moça foi dispensada e eu voltai ficar só naquele quarto,eu todo os dias pedia a morte,com dois dias após o quarto o Murilo entrou no quarto e abusou sexualmente de mim,eu não tinham nem forçar para gritar,ficava lá deitada feito uma boneca,não fazia nada,não tinha nenhuma reação,foi assim durante quase um ano,depois ele parou de me procurar sexualmente,mas sempre ia lá me espancar e me humilhar.
Marlene: e como você conseguiu fugir ?
Flor: ontem ele chegou bêbado,ele invadiu o meu quarto,e tava tão bêbado que esqueceu de trancar a porta,ele foi tentar me Mater e eu empurrei ele que caiu e bateu a cabeça,eu fiquei desesperada olhai se estava respondendo e ele ainda estava,aproveitei que ele estava apagado peguei a chave do quartinho e tranquei ele dentro,e sai andando de vagar até o portão,um segurança me viu sair mas não disse ele só apontou para o portão que dava acesso a rua,então eu saí correndo,não conhecia nada,nunca tinha saído daquele casa,corri pelas ruas até sentir o carro bater em mim.
Olho para a Marlene e para a Manuela, as duas estavam chorando junto comigo,a dona Marlene me abraçava forte.
Marlene: eu vou cuidar de você,você é apenas uma menina e já sofreu tanto nessa vida.
Flor: por favor, não me entregue para o senhor Tavares,eu não posso voltar,por favor.
Manuela: pode ficar tranquila flor,lá na nossa casa esses verme não pisa o pé.
Fiquei sem entender mas também não quis falar nada, andamos por mais alguns tempo e logo vejo um morro enorme e vários homens armando logo no início,olho assustada para a dona Marlene e ela fala.
Marlene: pode ficar tranquila,aqui ninguém vai te fazer mal,esses homens trabalham para o meu filho.
Flor: seu filho também é delegado?
Marlene: Vamos dizer que ele é 9 delegado do morro
Menor: Nem quero ver a cara do chefe quando ele sabe que vocês está trazendo a nora do inimigo para o morro.
Marlene: A menina não tem culpa de nada menor,e deixa que com o meu filho eu me entendo
Não falo absolutamente nada,fico olhando pela janela o povo aqui parece ser feliz,tem várias crianças correndo na rua,tem homens armados por todos o lado, não entendi quando o menor disse nora do inimigo,será que o tal chefe dele não é do mesmo batalhão do pai o Murilo?
Depois de alguns tempo subindo ladeira, chegamos em uma casa enorme,fico impressionada com o tamanho da casa e a beleza.
Marlene: Chegamos
Flor: essa é a sua casa?
Marlene: Vamos dizer que sim,essa casa é do meu filho,moramos aqui com ele.
Flor: muito bonita a casa de vocês,agora já vou indo, obrigado pela ajuda.
Marlene: indo para onde?você conhece o Rio de janeiro?
Flor: Não sei para onde vou ainda,mas preciso dar um rumo a minha vida.
Manuela: flor,fica aqui com agente,casa é enorme
Flor: Eu não quero incomodar vocês,vocês já me ajudaram muito.
Marlene: larga de besteira,a Manuela está certa,a casa é enorme,e você está sem documento nenhum,nem roupas e nem dinheiro.
Manuela: fica aqui com a gente e você pode trabalhar na ONG aqui do morro junto com eu e minha mãe
Flor: Está bem
Marlene: agora vamos entrar
Vou andando, acompanhando elas, o meu corpo estava todo dolorido, Quando estava chegando perto da porta vejo tudo rodando e apago....
Acordo sentindo uma dor insuportável no meu corpo e minha cabeça doendo muito,antes de abrir os olhos escuto uma discussão e decido fingir está dormindo.
Xxx: Como você traz uma estranha para dentro de casa mãe,ficou louca?
Marlene: Me respeite moleque,você pode ser o dono da porra toda e tudo mais,mas ainda sou sua mãe,fale baixo comigo ou quebro os seus dentes tudo,tá achando que sou suas puta é?
Xxx: Desculpa mãe,a senhora sabe que eu não gosto de nenhum estranho na minha casa,ainda mas ela sendo quem é,o menor me disse tudo.
Marlene: Ele te contou a história dessa menina? ele te contou tudo que ela sofreu na mão daquele miserável?
Xxx: Mãe,os problemas dela não tem nada a ver com a minha vida,cada qual com o seu problema e se essa menina realmente tem problema com os Tavares ela que vá resolver sozinha,eu não dou meus problemas para ninguém resolver então não vou pegar os problemas de ninguém para mim.
Marlene: O que o menor te contou? Eu te conheço muito bem,e sei que você não aprovaria o que aquele monstro fez com essa menina.
Xxx: Ele me contou o básico,que a menina se jogou na frente do carro,que ele parou para da socorro,que ela não queria ir para o hospital e nem para delegacia,Que era mulher do filho do miserável do Tavares e que estava fugindo e que a senhor com esse coração enorme como sempre trouxe a guria para cá.
Marlene: menor fofoqueiro nem fala a história toda,essa menina foi mantida em cativeiro,vou abusada sexualmente por mais de um ano,o filho foi arrancado dela assim que nasceu,foi espancada e violentada não só em atos mas também em palavras,olha para essa menina filha,olha como está toda machucada,você acha certo deixar ela a própria sorte?
Xxx: Está bem mãe,vou deixar ela ficar, porque realmente ela não merece ficar na mão daqueles filhos da puta,mas se essa menina aprontar alguma coisa ou trazer problema isso vai ficar em sua responsabilidade.
Marlene: Está bem, ela vai trabalhar na ONG comigo,Manuela e Daniela.
Xxx: Está bem mãe,vou ver o Arthur.
Marlene: Depôs, vou lá dar um cheiro no meu neto.
Xxx: viu
Escuto passos pelo quarto, provavelmente era ele indo embora,já vi que não sou muito bem vinda aqui,vou evitar o máximo o dono da casa,vou trabalhar na ONG e assim que conseguir algum dinheiro vou alugar uma casa,fico mas um tempo com os olhos fechado e depois vou abrindo fingindo que estava acordado,não quero que dona Marlene descubra que eu escutei a conversa.
Marlene: Finalmente você acordou.
Flor: o que aconteceu?
Marlene: você desmaiou,o menor te trouxe para o quarto
Flor: aah, desculpe por está dando tanto trabalho.
Marlene: não precisa pedir desculpas,qual foi a última vez que você comeu?
Flor: ontem de manhã
Marlene: Meu deus do céu, você precisa comer menina,não pode ficar com fome,vai já tomar um banho para depôs descemos para comer
Flor: está bem
Marlene: a Manuela deixou um vestido e uma langeri nova dela para você usar,acho que vai ficar bom em seu corpo.
Flor: obrigado.
Marlene: para de agradecer tanto,vai tomar banho para nós comer,depois vamos comprar roupas para você,e nem venha falar que não precisa, porque precisa sim.
Flor: está bem
Marlene: vou estar lá embaixo te esperando e só descer as escadas.
Ela sai e nem espera eu falar nada e sai do quarto,levanto vejo o vestido e a langeri pego e vou até o banheiro,pego uma toalha no armário e tomo um longo banho aproveito e lavo os cabelos com os produtos que tinha no banheiro,depôs de um longo banho me enxugo e me visto,estava toda marcada por conta da última agregação do Murilo,saio do banho e dou uma olhada no quarto,o quarto era enorme e muito bonito,não tinha reparado ainda,dou uma olhada rápida no quarto,vou em outra porta e era um closet enorme e tinha uma porta de vidro que dava acesso para a janela e de lá dava para ver o morro todo e era incrível,estava admirando o morro quando minha barriga roncou alto,lembrei que tinha que descer para comer,mas tava com medo de ver o dono da casa..
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